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INTRODUÇÃO
O presente trabalho, aborda sobre a agricultura, com o objectivo de cumprir uma
orientação da Sra. Professora Joana Mmi Viemba e adquirir mais conhecimento sobre o
assunto já mencionado.

A metodologia usada no projecto científico foi a pesquisa bibliográfica. Que


consiste na etapa inicial de todo trabalho científico ou académico com o objectivo de
reunir informações e dados que servirão de base para a construção de investigação
proposta a partir de um determinado tema.

O mesmo trabalho está organizado por quatro capítulos, em que o primeiro, trata
sobre a origem e evolução mundial da agricultura, a origem da agricultura remonta ao
início do período neolítico (10.000 – 6.000 AC), época em que o Homem domestica a
natureza (vegetal e animal) deixando de ser caçador - coletor, tornando-se agricultor, e
sobre conceitos de agricultura segundo alguns autores, como por exemplo "a
agricultura consiste no esforço para situar a planta cultivada nas condições ótimas
de meio (clima, solo) para lhe tirar o máximo rendimento em quantidade e em
qualidade" (Diehl, 1984).

O segundo retrata sobre a agricultura a nível nacional, em 2016 o Governo


lançou um programa que visa diversificar a economia, que passa pela redução das
importações e o aumento da produção interna também para exportar, sendo a agricultura
uma das principais apostas, e a agricultura nacional abrange as produções de cereais,
dados oficiais indicam que dois milhões 379 mil e 912 toneladas de cereais foram
colhidas na campanha agrícola 2015-2016, com maior realce para a cultura do milho
que registou um acumulado de dois milhões 238 e 456 toneladas, obtendo um excedente
de quatro por cento.

Terceiro capítulo aborda sobre os tipos de agriculturas, dentre elas temos,


Agricultura Tradicional ( usada em pequenas propriedades e os produtos são destinados
para subsistência, Agricultura (agricultura voltado para o alto investimento no uso de
tecnologias e inovação no campo).

Já o quarto capítulo, trata sobre engenharia genética na agricultura, engenharia


genética expandiu os genes disponíveis para os criadores usarem na criação de linhas
germinativas desejadas para novas culturas.

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CAPÍTULO 1- ORIGEM E EVOLUÇÃO DA AGRICULTURA
MUNDIAL

1.1- ORIGEM E EVOLUÇÃO DA AGRICULTURA MUNDIAL

A origem da agricultura remonta ao início do período neolítico (10.000 – 6.000


AC), época em que o Homem domestica a natureza (vegetal e animal) deixando de ser
caçador - coletor, tornando-se agricultor. Este acontecimento teve uma importância
crucial para a mudança do estilo de vida das populações, passando de nômades a
sedentários. O Homem desenvolve a agricultura, a criação de animais e surgem as
primeiras aldeias primitivas. Estes acontecimentos ocorreram um pouco por todo o
mundo e situa-se o seu início numa região do Médio Oriente conhecida por “Crescente
Fértil”, situada entre os rios Nilo, Tigre e Eufrates. As primeiras culturas a serem
domesticadas nesta zona foram os cereais: trigo, ervilhas, aveia, lentilhas e o linho, e os
primeiros animais foram: o cão, o porco, as cabras, as ovelhas e as vacas.

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Com o domínio do fogo e a descoberta e fabrico do ferro inicia-se uma nova
etapa, desta vez de natureza técnica. Entre 4.000 – 3.500 AC desenvolveram-se
invenções que tiveram uma contribuição decisiva para a expansão e evolução da
agricultura: o arado, na Mesopotâmia, e a roda que revolucionou não só a agricultura
como a própria civilização.

A agricultura foi evoluindo gradualmente por todo o mundo. No período que


decorreu entre 3.000 AC e 500 DC houve um especial desenvolvimento a nível técnico,
diversificação das culturas e domesticação de novas espécies animais. Nesta época
destacam-se os seguintes acontecimentos: Alto consumo de uvas e vinho no Egito
(2.900 AC); Comércio de azeite e vinho difundido no Mediterrâneo (1.000 AC);
Vegetais e frutos plantados e cultivados em Ur (atual Iraque), nomeadamente cebolas,
pepinos e melões (3.000 AC); Algodão cultivado e fiado na Índia (2.000 AC); Linho e
seda usados intensamente na China (2.000 AC); Melhoria dos métodos de armazenagem
de grãos e óleo em silos, cisternas e frascos; Domesticação do cavalo, primeiramente na
Mesopotâmia e na Ásia Menor e, em 1.600 AC, no Egito; Na China, Egito e Médio
Oriente foram aperfeiçoados e desenvolvidos sistemas de irrigação, aumentando as
áreas de cultivo. Através do desenvolvimento de moinhos de vento e de água foi
possível contornar as incertezas climáticas; Aumento da produtividade pela introdução
de fertilizantes (dejetos de animais) no cultivo das terras.

Após o declínio do Império Romano surge um período que muda o sistema


agrícola: o feudalismo, que teve o seu ponto alto por volta de 1.100 DC. Este período é
caracterizado por sistemas agrícolas mais complexos, cultivo de uma maior diversidade
de legumes, cereais e frutos, e, criação e domesticação de mais espécies animais
(principalmente de aves). Os solos agrícolas começam a ser utilizados e explorados com
fins monetários, através do pagamento de taxas na utilização das terras, e de poder, com
a subjugação dos camponeses aos senhores das terras – senhores feudais. Os
acontecimentos mais relevantes nesta época foram: Implementação de sistemas de rega
em solos estéreis ou não produtivos; No Egito a produção de grão era suficiente para
vender trigo para outros países; Na Espanha começaram a cultivar vinhas em terrenos
inclinados que eram irrigados com água proveniente das montanhas; Cultivo laranja,
limões, pêssegos e ameixas no Oriente Médio; Criação do bicho-da-seda e plantação da
sua alimentação amoreiras; As cruzadas aumentaram o contato da Europa com as terras
islâmicas, familiarizando a Europa Ocidental com os citros, os têxteis de algodão e a

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seda; Utilização da rotação das culturas; Criação de ovelhas com a finalidade de lhes ser
retirada a lã;

O séc. XVI caracteriza-se pelo decaimento do feudalismo e pela ascensão de um


novo sistema industrial e comercial: o capitalismo liberal. O aumento populacional
levou à expansão da agricultura na Europa. Com exceção de algumas técnicas propostas
pelos “agrônomos” romanos (Columela, Plínio, Varrão), a agricultura européia
manteve-se pràticamente inalterada até ao séc. XVIII. A rotação bienal cereal - pousio
herdada do Neolítico, uma alimentação baseada em hidratos de carbono e uma produção
animal marginal no sistema, baseada nos ovinos e caprinos que apascentavam os
restolhos e os revestimentos espontâneos das terras em pousio, eram os traços mais
marcantes da agricultura européia.

Após a I Guerra Mundial houve uma nova explosão demográfica que levou a um
incremento na procura de alimentos. O aumento da produção obteve-se
temporariamente com a Revolução Verde, que envolveu o cultivo seletivo de colheitas,
a introdução de novos híbridos e métodos de cultura intensivos. Atualmente, a indústria
da agro-pecuária conta com a intervenção e apoio das mais diversas áreas e domínios:
genética, evolução tecnológica (ex.: maquinaria e sistemas de irrigação e drenagem),
desenvolvimento de produtos químicos para o combate a pragas e para a fertilização dos
solos, entre outros, que contribuem para o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento
contínuo. A agricultura, como atividade econômica que é, está invariavelmente ligada à
Sociedade, refletindo a sua estrutura e evolução. É necessário ter sempre em mente que
os sistemas de agricultura são, em grande medida, uma herança do passado e que parte
da compreensão da sua estrutura e funcionamento nos advém do conhecimento da sua
história.

1.2- CONCEITOS DE AGRICULTURA

A agricultura, como atividade do homem inserido na sociedade, só de uma


forma imperfeita se pode enquadrar em definições formais. Uma definição sucinta, tal
como "a agricultura é a arte de cultivar os campos", é de tal forma vaga e pouco
informativa que está longe de poder transmitir a idéia da complexidade e dos objetivos
da atividade. Além disso, na agricultura empresarial moderna a arte, cada vez mais,
cede o seu lugar à ciência.

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Definições mais requintadas e elaboradas afirmam que "a agricultura consiste
no esforço para situar a planta cultivada nas condições ótimas de meio (clima, solo)
para lhe tirar o máximo rendimento em quantidade e em qualidade" (Diehl, 1984).
Esta definição, sendo elucidativa do ponto de vista técnico, peca por negligenciar o
conceito de agricultura como atividade econômica e social. Na realidade o objetivo
econômico da agricultura, num sistema de produção capitalista ou empresarial (ver
Barros, 1975) não é a maximização do rendimento, mas sim do lucro, o que, como se
sabe da teoria microeconômica da produção, não coincide com o máximo rendimento.

Por outro lado, numa agricultura de subsistência o objetivo é o de assegurar a


alimentação do agregado familiar, o que se faz sem a utilização de fatores de produção
adquiridos no mercado e sem a preocupação da adequação das plantas ao meio. Foi
também sugerido que "a agricultura é a arte de obter do solo, mantendo sempre a
sua fertilidade, o máximo lucro" (Diehl, 1984). Embora introduzindo o conceito da
manutenção da fertilidade do solo, que serve o objetivo de obter produções regulares ao
longo dos anos (sustentabilidade dos sistemas de agricultura), esta definição apenas se
adequa aos sistemas capitalistas de produção. Além disso, não refere quais os
intermediários entre o solo e o lucro, pelo que pode ser utilizada sem grande esforço
para as atividades extrativas.

Uma definição sintética e expressiva foi proposta por René Dumont (Barros,
1975). Para este autor a agricultura é "a artificialização pelo homem do meio natural,
com o fim de torná-lo mais apto ao desenvolvimento de espécies vegetais e animais,
elas próprias melhoradas". O conceito de artificialização do meio engloba as técnicas
culturais, independentemente do seu grau de aplicação.

CAPÍTULO 2- A Agricultura em Angola

2.1- A Agricultura em Angola

 Executivo lançou em Janeiro de 2016 um programa que visa diversificar a


economia, que passa pela redução das importações e o aumento da produção interna
também para exportar, sendo a agricultura uma das principais apostas, um programa do
Governo do MPLA de 2017-2022.

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Promover uma gestão florestal sustentável, procurando compatibilizar a
conservação e protecção dos recursos com a sua utilização económica, e monitorizar a
situação nutricional e de segurança alimentar da população, procurando conjugar
esforços com a sociedade civil e o sector privado para propor estratégias que viabilizem
o alcance de níveis satisfatórios,  são dentre outros objectivos a que se compromete o
partido no poder. Ainda no domínio da agricultura, o MPLA compromete-se a    passar
de uma produção anual de dois milhões de toneladas de cerais (milho, massango,
massambala, arroz e trigo), para cinco milhões de toneladas, e melhorar a produção e a
produtividade no domínio das leguminosas (feijão, amendoim e soja) passando da
produção actual de 800 mil toneladas para um milhão de toneladas, criando excedentes
para a reserva alimentar nacionais.

No seu programa de governo, o partido maioritário compromete-se a melhorar


os níveis já alcançados na produção e na produtividade de raízes e tubérculos
(mandioca, batata rena, e batata-doce ), passando de uma produção de 11 milhões de
toneladas para 15 milhões de toneladas.

2.2- Aposta na agricultura 


Na sua recente deslocação à Província do Huambo,  o candidato do MPLA a
Presidente da República expressou o desejo de ver a  província superar o desempenho
da época colonial em termos de produção agrícola e de cereais, em particular.
João Lourenço quer que a região planáltica volte a produzir com fartura e seja o celeiro
nacional que foi outrora. Caso vença as eleições de 23 de Agosto, Agricultura, Indústria
e a Educação constam das principais prioridades da sua futura governação.
E a aposta na agricultura deve-se, no entender do candidato  do MPLA, ao facto de o
planalto central ser abençoada pela própria natureza, que lhe conferiu a graça de ter as
principais nascentes de água do país e que dão vazão aos principais rios que serpenteiam
por Angola, e solos férteis que fazem do seu povo necessariamente produtores e
criadores da sua própria auto-suficiência alimentar.

Durante a sua intervenção, num acto de massas que serviu para a sua
apresentação pública, o candidato do MPLA a Presidente da República perguntou:  “O
Huambo é o celeiro de Angola, a população é por natureza produtora, a produção é
visível, porque não continuar a apostar na agricultura?" E sublinhou ser necessário

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reforçar a produção, colocando-a a níveis percentuais maiores que no passado, criando
permanentemente políticas públicas dirigidas ao sector  que assegurem os meios de
produção e de financiamento para proporcionar mais crescimento agrícola.

2.3- Produção de cereais


Dados oficiais indicam que dois milhões 379 mil e 912 toneladas de cereais
foram colhidas na campanha agrícola 2015-2016, com maior realce para a cultura do
milho que registou um acumulado de dois milhões 238 e 456 toneladas, obtendo um
excedente de quatro por cento.
Esta produção foi fruto do envolvimento nas campanhas agrícolas de um milhão 269 e
159 Explorações Agrícolas Familiares (EAF) e oito mil e 650 Explorações Agrícolas do
tipo Empresarial (EAE).
No mesmo período, a cultura do arroz alcançou uma produção de vinte e quatro mil e
573 toneladas, correspondendo a 71 por cento da taxa de execução da meta prevista para
o ano transacto.

A produção de raízes e tubérculos  atingiu os dez milhões e 534 mil e 585


toneladas, sendo o país auto-suficiente na produção de mandioca e batata-doce, na
medida em que não foram registados défices nestes produtos.
No domínio da pecuária, destaca-se a produção de ovos que no terceiro trimestre
alcançou  quatrocentos e vinte um milhões e 323 mil e 333 unidades, que correspondem
a 50 por cento da meta fixada para 2016.
Relativamente à produção de carne bovina, naquele período houve uma produção de
quinze mil e 930 toneladas, tendo superado em 34 por cento a meta para  2016.
A agricultura em Angola, até 1973,  satisfazia a maior parte das necessidades
alimentares do mercado nacional, segundo dados da Organização das Nações Unidas, e
Angola é o 16.º país com maior potencial agrícola do mundo, mas actualmente apenas
três por cento da terra arável está cultivada.
A Organização das Nações Unidas reconhece  que Angola já foi um dos maiores
exportadores mundiais de café,  algodão, sisal, milho, mandioca e banana e  hoje a
agricultura em Angola  caracteriza-se por produções agrícolas de valores muito baixos e
o país gasta elevados recursos financeiros na importação de alimentos.

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2.4- Investimento

O  Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação  (FAO)  indica que
Angola deve investir pelo menos  638 milhões de dólares na agricultura para reforçar o
seu Plano Nacional de Desenvolvimento e atingir os objectivos do milénio.
“Angola precisa de mais de  quatro mil milhões de dólares para investir até 2020”,
explicou  recentemente à imprensa o representante  da FAO em Angola.
Mamoudu Diallo disse ser necessário desenvolverem-se opções para angariar os fundos.
“Temos de trabalhar juntos e encontrar as formas de angariar, se pretendemos alcançar
os objectivos do milénio para Angola e um crescimento mínimo de oito por cento na
agricultura.”

Apesar da crise económica e financeira, o representante da FAO disse ser


possível atingir esta meta com trabalho conjunto focado na elaboração e implementação
de “planos de investimento mais estruturados e viáveis”, devendo potenciar-se a
agricultura familiar e o aproveitamento das potencialidades agropecuárias das
províncias da Huíla, Benguela, Namibe, Cuando Cubango, Cuanza Sul, Cunene,
Huambo e Bié.

“Devemos destacar  que mais de 70 por cento da produção nacional está


concentrada nas províncias do centro e sul de Angola, o que quer dizer que ao cuidar da
agricultura familiar nessas províncias estamos a cuidar de uma boa parte da agricultura
de Angola, garantindo os cinco pilares da segurança alimentar: o acesso, a
disponibilidade, o consumo, a utilização e a estabilidade dos alimentos", disse o alto
funcionário das Nações Unidas em Angola.
A agricultura familiar é a base da agricultura angolana, sendo a responsável pela
produção de 79 por cento dos cereais, 92 por cento de raízes e tubérculos e de 90 por
cento das leguminosas e oleaginosas. De acordo com dados do Censo Geral da
População 2014, a agricultura absorve 9.635.036 habitantes, o que equivale a 37,7 por
cento da população nacional, ou seja, 1.773.743 de famílias.

A agricultura familiar, de acordo com especialistas, constitui a maior actividade


no meio rural, devendo por isso haver maior apoio na constituição das micro e pequenas
empresas, bem como cooperativas e associações.
O Ministério da Agricultura, dentro do seu plano estratégico, aposta no aumento da

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produção e produtividade, com particular atenção para o desenvolvimento da agricultura
familiar, sem desprimor para a empresarial.

Na área da pecuária, o ministério estimula o aumento da produção de carnes de


consumo, a partir do reforço da avicultura, suinicultura e de pequenos ruminantes. No
sector florestal, trabalha para a melhoria dos processos de fiscalização e licenciamento
das actividades florestais e de extracção de madeira.
A par disso, o Ministério da Agricultura promove um conjunto de intervenções que se
articulam a partir de programas dirigidos, com o propósito de saída da crise que assola o
país. Tais programas permitem estrategicamente um acumular de recursos de acordo
com as zonas do país, bem como a identificação e concertação para o que for prioritário
para a realidade de cada província.

Para atingir os objectivos com maior celeridade e eficácia, estão organizados e


orientados programas dirigidos como os de produção de sementes, adubos, de apoio à
agricultura familiar, aumento de produção de ovos e frangos, de cereais,
comercialização de grãos, aumento da produção e promoção da exportação da madeira,
mel, café e palmar, entre outros programas. Até hoje, foram já implantadas 131 estações
de desenvolvimento agrário.

Angola dispõe de matérias-primas agrícolas que podem contribuir para a entrada


de divisas no país. Café, algodão, sisal e açúcar, entre outros, constituem um potencial
por explorar. A agricultura é ainda, de facto, a base económica do país, mas a indústria
deve constituir-se no pulmão do desenvolvimento e da viragem económica de Angola –
cujas potencialidades em recursos naturais não são ainda completamente conhecidas.

CAPÍTULO 3- Tipos de Agricultura

3.1- Tipos de Agriculturas

Dentre os principais tipos de agricultura destacam-se as seguintes:

 Agricultura tradicional

A primeira da lista dos principais tipos de agricultura é a tradicional. Ela é


conhecida por aplicar técnicas básicas de produção, ou seja, o investimento no uso de
mecanização e tecnologia nos processos de plantio e colheita são baixos.

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Esse modelo tem como uma de suas características a baixa produtividade e,
consequentemente, menor lucro para os produtores. Por isso, geralmente, ele é mais
usado em pequenas propriedades e os produtos são destinados para subsistência dos
agricultores ou para o abastecimento do mercado local de uma região. 

Isso significa que a comercialização dos produtos obtidos pela agricultura tradicional
não acontece em grande escala.

 Agricultura moderna

A agricultura moderna ou comercial, como também é conhecida, é um dos tipos de


agricultura voltado para o alto investimento no uso de tecnologias e inovação no
campo.  

As produções agrícolas desse tipo são feitas em grande escala por agricultores
que têm propriedades maiores. Além disso, esse modelo permite o alcance de melhores
resultados em relação à produtividade das culturas do local.

Aqui, são utilizadas técnicas modernas de cultivo, uso de fertilizantes químicos para
melhorar o desenvolvimento do solo e crescimento saudável das plantas, além de
máquinas e ferramentas tecnológicas. 

Um exemplo disso é a agricultura de precisão, um sistema que coleta e analisa dados


das áreas rurais com o objetivo de otimizar a gestão da produção. 

 Agricultura familiar

A agricultura familiar, assim como o nome diz, é um sistema de produção agrícola


desenvolvido por famílias em pequenas propriedades rurais. Além de ter como objetivo
a subsistência dessas pessoas, esse modelo também é utilizado para abastecimento do
mercado interno de alimentos no Brasil. 

De acordo com dados do Censo Agropecuário, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), aproximadamente 77% das propriedades agrícolas utilizam
esse sistema de agricultura.

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Além disso, ele conta com políticas públicas e incentivas de programas governamentais,
com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento desse modelo de agricultura tão
importante para o país.

 Agricultura patronal

Mais um dos tipos de agricultura é a patronal ou empresarial, como também é


conhecida. Esse tipo de produção é direcionado para o mercado interno e também para a
exportação. Por isso, o investimento em fatores que contribuem para garantir uma
gestão adequada e, principalmente, produtividade, são altos. Alguns exemplos são:

 Contratação de mão de obra qualificada;


 Uso de técnicas, tecnologias e insumos focados na rentabilidade da produção;

 Infraestrutura de produção, transporte e armazenamento de alta qualidade.

Esse modelo é mais utilizado em médias e grandes propriedades.

 Agricultura orgânica

A agricultura orgânica é voltada para uma produção focada na parte de sustentabilidade


ambiental — embora outros tipos de agriculturas também possam promover a
sustentabilidade ambiental, que incluisve é o core da Yara Brasil — e com foco na
manutenção da biodiversidade da região. Por isso, é adotado o uso de diferentes tipos de
fertilizantes orgânicos e insumos de origem natural e dispensada a aplicação de
defensivos agrícolas. 

Esse modelo usa tecnologias apropriadas de acordo com a realidade do local, levando
em consideração o solo, clima, topografia e, principalmente, a biodiversidade. 

Além disso, uma de suas características é a baixa produtividade quando comparada aos
outros modelos de agricultura.

CONDICIONANTES DA PRODUÇÃO

Clima, solo, relevo, entre outros, são os fatores físicos naturais que influenciam
na produção agrícola de vegetais e animais. A influência climática é a mais importante,

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exercendo-se em conseqüência das variações da temperatura, umidade, insolação, etc.
Existem plantas tropicais, como a cana-de-açúcar, o cacau, o café, que não podem ser
cultivadas em outro clima, o mesmo ocorrendo com plantas do clima temperado, como
o trigo, a cevada etc., e plantas do clima frio, como a aveia.

Normalmente, quando as plantas são de ciclo vegetativo curto, isto é, levam


menos de seis meses entre o plantio e a colheita, podem adaptar-se a vários tipos de
climas. Assim, o fumo, planta típica do clima tropical, às vezes é cultivado em regiões
de clima temperado, desde que a semeadura se faça na primavera e a colheita no verão,
justamente no período em que as regiões de climas temperados apresentam temperaturas
elevadas. O trigo, produto típico dos climas temperados, é cultivado em regiões frias,
quando a variedade cultivada é de ciclo vegetativo curto, como ocorre nas planícies
canadenses e russas.

CAPÍTULO 4- Engenharia genética na Agricultura


4.1- Engenharia genética na Agricultura

Organismos geneticamente modificados (OGM) são organismos cujo


material genético foi alterado por técnicas de engenharia genética geralmente
conhecidas como tecnologia de DNA recombinante. A engenharia genética expandiu os
genes disponíveis para os criadores usarem na criação de linhas germinativas desejadas
para novas culturas. Maior durabilidade, conteúdo nutricional, resistência a insetos e
vírus e tolerância a herbicidas são alguns dos atributos criados em culturas por meio de
engenharia genética.

 Para alguns, as culturas de OGM causam preocupações com a segurança


alimentar e a rotulagem dos alimentos. Vários países impuseram restrições à produção,
importação ou uso de alimentos e culturas OGM. Atualmente um tratado global,
o Protocolo de Cartagena, regulamenta o comércio de OGMs. Há uma discussão em
andamento sobre a rotulagem de alimentos feitos de OGMs e, embora a União Europeia
atualmente exija que todos os alimentos OGMs sejam rotulados, os Estados Unidos não.

Sementes resistentes a herbicidas têm um gene implantado em seu genoma que


permite que as plantas tolerem a exposição a herbicidas, incluindo o glifosato. Essas
sementes permitem que o agricultor cultive uma cultura que pode ser pulverizada com
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herbicidas para controlar ervas daninhas sem prejudicar as plantas. Culturas tolerantes a
herbicidas são usadas por agricultores em todo o mundo. Com o aumento do uso de
culturas tolerantes a herbicidas, vem um aumento no uso de pulverizações de herbicidas
à base de glifosato. Em algumas áreas, ervas daninhas resistentes ao glifosato se
desenvolveram, fazendo com que os agricultores mudassem para outros herbicidas.

Alguns estudos também vinculam o uso generalizado de glifosato a deficiências


de ferro em algumas culturas, o que é tanto uma preocupação de produção quanto de
qualidade nutricional, com potenciais implicações econômicas e de saúde.

Outros cultivos transgênicos usados pelos produtores incluem cultivos


resistentes a insetos, que possuem um gene da bactéria do solo Bacillus
thuringiensis (Bt), que produz uma toxina específica para insetos. Essas culturas
resistem a danos por insetos. Alguns acreditam que características semelhantes ou
melhores de resistência a pragas podem ser adquiridas por meio de práticas tradicionais
de reprodução e a resistência a várias pragas pode ser obtida por meio de hibridização
ou polinização cruzada com espécies selvagens. Em alguns casos, as espécies selvagens
são a principal fonte de características de resistência; algumas cultivares de tomateiro
que ganharam resistência a pelo menos 19 doenças o fizeram através do cruzamento
com populações selvagens de tomateiro.

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CONCLUSÃO

Após a elaboração do trabalho conclui que:

A origem da agricultura remonta ao início do período neolítico, época em que o Homem


domestica a natureza deixando de ser caçador - coletor, tornando-se agricultor, a
agricultura é a arte de cultivar os campos. E assim pode notar a importância da
agricultura, essa importância é indiscutível, pois é a partir dela que se produzem os
alimentos e os produtos primários utilizados pelas indústrias, pelo comércio e pelo setor
de serviços, tornando-se a base para a manutenção da economia mundial. O setor
agrícola em Angola, assume elevada importância no combate à pobreza, já que é
gerador de emprego e simultaneamente representa um forte contributo para a
diversificação da economia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA LOPES, Saulo. Arranjos Institucionais e a Sustentabilidade de
SistemasAgroflorestais: uma proposição metodológica. Dissertação de Mestrado.
Desenvolvimento Rural. Porto Alegre: UFRGS, 2001.

http://www.consuladogeralangola-porto.pt/pt/agricultura ( acessado aos 16.01.2023)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura ( acessado aos 16.01.2023)

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/tipos-agricultura.htm ( acessado aos


16.01.2023)

https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/detalhes.php?id=381581 ( acessado aos


16.01.2023)

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