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Figura 2.

Superfície ocupada pela agricultura familiar e não familiar, por estado (2017)
CRÉDITO: CENSO AGROPECUÁRIO 2017 (IBGE)/ELABORAÇÃO: BÜHLER, E. A.; OLIVEIRA, V. L. DE;
AGUIAR, P.

Hoje em dia é bem automático pensarmos em plantações


imensas de soja, um horizonte repleto de coqueiros, fazendas de
milhares de kilometros com 500 cabeças de gados e muitos
outros cenários. Porém, a agricultura como conhecemos passou
por inúmeras mudanças e inovações que a possibilitou crescer
exponencialmente.

Muito antes do cultivo de plantações e afins, a domesticação dos


animais já era muito utilizada também como forma de caçar
outras presas e, todas essas atitudes foram direcionando o
homem (como civilização) para um destino dominante e
racional em relação ao campo.

A prática da agricultura é uma das mais antigas atividades


desenvolvidas pelos humanos. No Período Neolítico, por
exemplo, a constituição das primeiras técnicas e materiais
utilizados para o cultivo de plantas e confinamento de animais
foi a principal causa para aquilo que se denominou como a
sedentarização do ser humano, o que permitiu a sua moradia
fixa em uma dada localidade, embora a coleta e a caça tenham
convivido por muito tempo lado a lado da agricultura.

E como foi esse começo de cultivo aos grãos?

Os grãos selvagens foram coletados e consumidos pelo menos


20.000 a.C. Depois, por volta de 9.500 a.C, começou a ser
cultivado o trigo, a cevada, ervilha, lentilha, ervilhaca e o grão-
de-bico e o centeio (embora esse obtenha controversas se já
havia sido cultivado antes ou não). Já o arroz, foi domesticado
na China em 6200 a.C., sendo o cultivo mais antigo conhecido a
partir de 5700 aC, seguido por feijão-da-china, soja e azuki.

É interessante ressaltar que o cultivo passou a ser necessário


como uma adaptação à demanda encontrada conforme a
quantidade de pessoas foi se multiplicando. Essa demanda ainda
sofre aumentos hoje em dia, questão essa que questiona os
pesquisadores atuais quanto a possível futura falta de alimentos
para a população mundial

Como foi o desenvolvimento de domesticação dos


animais?
Pesquisas apontam que a Mesopotâmia foi o primeiro lugar a
domesticar porcos, por volta de 11.000 a.C, seguidos por ovelhas
entre 11.000 a.C. e 9.000 a.C.

Já o gado, foi domesticado em torno das áreas da Turquia


moderna e do Paquistão por volta de 8500 a.C.

Nos dias atuais os resultados da domesticação de animais em


relação as espécies tem sofrido algumas modificações. Isso
porque alguns laboratórios estão alterando características
genéticas de animais, e agora podemos criar miniaturas de
porcos, bois, galinhas, galos, coelhos e vacas , por exemplo,
criando outras espécies de estimação. Sim! Tudo mudou demais!

O crescimento da agricultura

O desenvolvimento da agricultura, portanto, esteve diretamente


associado à formação das primeiras civilizações, o que nos ajuda
a entender a importância das técnicas e do meio técnico no
processo de construção das sociedades e seus espaços
geográficos. Nesse sentido, à medida que essas sociedades
modernizaram suas técnicas e tecnologias, mais a evolução da
agricultura conheceu os seus avanços.
Originalmente, a prática da agropecuária foi desenvolvida na
proximidade de grandes rios, notadamente o Tigre e Eufrates,
além do Nilo, o Ganges e outros. Não por coincidência, foram
nessas localidades que surgiram as primeiras grandes
civilizações que se teve notícia, pois a prática da agricultura
permitiu o desenvolvimento do comércio graças à produção de
excedente.

O que foi a Revolução Agrícola?

Um dos momentos mais importantes do processo de evolução da


agricultura ao longo da história foi, sem dúvidas, aquilo que
ficou conhecido como a Revolução Agrícola. Podemos dizer que,
com o passar do tempo, várias revoluções agrícolas sucederam-
se, mas a principal delas ocorreu a partir da Revolução
Industrial.
O processo de industrialização das sociedades permitiu a
transformação do espaço geográfico no meio rural, o que
ocorreu graças à inserção de maiores aparatos tecnológicos na
produção agrícola, permitindo uma maior mecanização do
campo. Essa transformação materializou-se a partir do
fornecimento de insumos da indústria para a agricultura, tais
como maquinários, fertilizantes e objetos técnicos em geral.

Outro fator extremamente importante para o desenvolvimento


da agricultura no mundo foi a expansão marítima europeia em
que os povos europeus disseminaram as diferentes culturas pelo
mundo por meio das plantations. No Brasil, o caso mais evidente
foi a produção da cana-de-açúcar.
Vale lembrar que essa interação entre colonos e colonizadores
também contribuiu para a evolução agrícola, na medida em que
técnicas antes pouco conhecidas passaram a ser aplicadas, a
exemplo do terraceamento praticado tanto na China antiga
quanto pelas civilizações pré-colombianas.

E a Revolução Verde? Tem algo a ver com essa


história?

No século XX, mais precisamente após a Segunda Guerra


Mundial, a evolução da agricultura conheceu um de seus
patamares mais importantes, o que ficou conhecido como
Revolução Verde. Trata-se, basicamente, de um conjunto de
medidas e promoção de técnicas baseado na introdução de
melhorias genéticas nas plantas e na evolução dos aparatos de
produção agrícola para ampliar, sobretudo, a produção de
alimentos.
A introdução das técnicas provenientes da revolução verde
permitiu um aumento, em larga escala, da produção de grãos e
cereais, diminuindo sensivelmente a necessidade por alimentos
em várias regiões da Ásia, África e América Latina, muito
embora a fome não tenha sido erradicada, uma vez que a sua
existência não se deve somente à falta de alimentos.

Embora a Revolução Verde seja bastante criticada pelos seus


impactos ambientais e também pelo processo de concentração
de terras que acompanhou a sua evolução, é impossível negar
sua importância para o desenvolvimento da agricultura no
mundo.

Como a Culte pode contribuir para o


desenvolvimento da agricultura?

Como plataforma, queremos facilitar o trabalho do pequeno e


médio agricultor, no intuito de levar a ele ferramentas que
possam divulgar e deixar seus produtos expostos, atraindo
possíveis consumidores.
Dessa forma, pensamos em parcerias feitas com os agricultores,
podendo levar a ele mais tecnologia no processo de produção!
Com esse processo mais facilitado, o trabalhador se sente mais
motivado a continuar trabalhando, o que impulsiona também o
aumento e lucratividade do agronegócio no Brasil!

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