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Tecnologia de Alimentos
Humanos habitam a Terra há cerca de 2,5 milhões de anos e se alimentavam com aquilo
que a natureza oferecia, por meio da caça e coleta de plantas silvestres.
Não havia a preocupação em criar ou cultivar, apenas variavam o território a ser explorado à
medida que diminuía a oferta de alimentos ou o clima fosse desfavorável à sua permanência.
Por 10 mil anos o homem foi se fixando em regiões convenientes e foi domesticando animais
e plantas para sua subsistência.
O homem primitivo caçava e colhia frutos para se alimentar, o que não lhe permitia fazê-lo
com regularidade, pois dependia de sua disposição em buscá-los e da disponibilidade no
ambiente que habitava.
As primeiras tentativas das sociedades caçadoras e coletoras de frutos foram de usar o calor
do fogo ou a água fervente para tornar as carnes, as raízes e os vegetais mais palatáveis.
Revolução agrícola
Após uma lenta evolução, o homem foi deixando de ser nômade e procurou se fixar e, para
isso, se tornou agricultor criando animais e passou a plantar para ter alimentos à disposição.
A mudança gradual para sociedades agrícolas no Egito (entre 3000 e 1500 anos antes de
Cristo) exigiu que se pensasse em técnicas de armazenamento e processamento, incluindo a
secagem ao sol para conservar peixes e carnes, fermentação para produzir álcool, a
moagem de cereais e fornos para assar pães fermentados.
Até 1500 a.C., todos os principais alimentos vegetais usados hoje, exceto o açúcar de
beterraba, eram cultivados em algum lugar do planeta.
Revolução agrícola
Nos diferentes lugares do mundo, foram surgindo novas técnicas de acordo com as
condições locais de clima e preferências alimentares.
Na China, já se fazia o tofu a partir da soja e cereais torrados e desidratados, assim como
carne seca para as rações dos militares.
Por volta de 600 a.C., os judeus começaram a comercializar especiarias com o oriente.
Revolução agrícola
Em 1500, os portugueses trouxeram cravos das Índias para usá-los como especiarias em
conservas e molhos e para tratar carnes para evitar a deterioração.
O homem permaneceu no campo até a Revolução Industrial no século XVIII, quando houve
uma evasão em direção às cidades.
Para suprir a demanda das populações que migraram para as cidades, houve necessidade
de aproveitar melhor e aumentar a produção no campo e diversificar as atividades
relacionadas à produção de alimentos.
Do século XX até os dias atuais
Normalmente, em torno das grandes concentrações urbanas, existe um cinturão verde para
garantir a oferta de alimentos frescos à sua população.
E para que a oferta de alimentos seja satisfatória, mesmo nos períodos de entressafra, existe
a necessidade de desenvolver técnicas adequadas para conservá-los de forma segura, sem
prejuízo de suas propriedades nutricionais e organolépticas e, se possível, torná-los mais
atraentes e agregando valor ao produto original.
Papel do processamento de alimentos
No segundo milênio, houve uma rápida expansão do comércio e da troca de alimentos através
de comerciantes e das tropas e cavaleiros, Marco Polo trouxe macarrão da China. Em 1500, os
portugueses trouxeram cravos das Índias para usá-los como especiarias em conservas e
molhos e para tratar carnes para evitar a deterioração. Essas evidências já demonstravam a
necessidade do surgimento da industrialização de alimentos. Nesse sentido, aqui no Brasil, não
é possível o relacionar com:
No segundo milênio, houve uma rápida expansão do comércio e da troca de alimentos através
de comerciantes e das tropas e cavaleiros, Marco Polo trouxe macarrão da China. Em 1500, os
portugueses trouxeram cravos das Índias para usá-los como especiarias em conservas e
molhos e para tratar carnes para evitar a deterioração. Essas evidências já demonstravam a
necessidade do surgimento da industrialização de alimentos. Nesse sentido, aqui no Brasil, não
é possível o relacionar com:
2 - Rotação de cultura:
permite que o solo se recupere e não fique exaurido pelas necessidades de apenas um tipo
de plantação (descanso adubação química ou orgânica).
Fatores que afetam a qualidade de matérias-primas de origem vegetal
3 - Técnicas de hibridização:
selecionar espécies mais resistentes a pragas, mais produtivas, com melhores
características nutricionais e organolépticas.
4 - Técnicas de transgenia:
mais específicas que hibridização, envolvem melhoramentos pelo uso da engenharia
genética que altera genes responsáveis por qualidades individualizadas (planta sofre
cruzamento com outra planta da mesma espécie, que tenha uma ou mais características de
interesse).
No Brasil, algumas plantas geneticamente modificadas foram liberadas para plantio
como milho, soja, algodão, feijão.
1- Nutrição:
responsável pelo pleno desenvolvimento do animal
2- Manejo adequado:
garante a resistência e a qualidade dos produtos que possam vir a fornecer (carne, ovos)
Fatores que afetam a qualidade de matérias-primas de origem animal
3- Tipo de criação:
Sistemas intensivos são excelentes fábricas de proteína animal (representa demanda
crescente de consumo no país e para exportação). No Brasil, a prática da produção intensiva
é exercida especialmente com suínos e aves na produção de carnes e de ovos.
Sistema extensivo ou semiextensivo: criação de animais mantidos soltos custa muito mais
caro e o preço dos produtos pode dobrar ou se tornar impraticável.
Alimentos minimamente processados são aqueles que foram tratados para atender a uma
demanda por alimentos o mais próximo possível dos alimentos frescos.
São produtos convenientes para o consumo, que mantêm suas qualidades nutritivas e
sensoriais, higienizados e embalados para garantir a segurança alimentar.
Esse tipo de alimento não possui uma legislação própria, sendo necessário adotar
medidas de controle sanitário, assim como: análise de controle e riscos, adoção de
BPF (Boas Práticas de Fabricação), capacitação de profissionais da vigilância
sanitária e inspeção periódica.
Fonte: http://www.cienciasdosalimentos.wordpress.com
Nos alimentos minimamente processados não há mudanças perceptíveis nas características
dos alimentos, mas existem manufaturas que alteram profundamente a imagem dos
mesmos.
Fonte: http://www.respostas.sebrae.com.br
As matérias-primas de origem animal são de elevado valor biológico, apresentam todos os
aminoácidos essenciais em proporções satisfatórias e incluem:
as carnes (bovina, suína, caprina, de aves) que são mais consumidas,
a carne de equinos que é mais destinada à exportação,
a carne de coelho,
os pescados (mamíferos, crustáceos, peixes, cefalópodes, moluscos, anfíbios),
o leite de diversas variedades e tipos,
o mel obtido a partir do néctar das flores e extraído pelas abelhas,
os ovos.
As carnes
Entre as carnes, podemos nos referir à carne de caça que tem pouca importância para a
Indústria e inclui a carne de jacaré, anta, capivara, pomba, tatu, codorna, perdiz, javali. A
carne de caça se enquadra entre as matérias-primas extrativas.
A carne vermelha se liga à carne bovina, bubalina, ovina, suína, caprina, equina. Quando nos
expressamos em termos de carne de açougue, temos carnes resfriadas e congeladas.
As carnes de aves podem ser originárias de várias espécies, como frango, galinha, pato,
marreco, ganso, peru, chester, avestruz.
Pescados
A carne de peixes pode ser fresca, resfriada, congelada, em conserva, óleo de peixes e de
baleias, óleo de foca, óleo de fígado de bacalhau.
Os pescados fazem parte das matérias-primas extrativas, mas os pescados criados em
cativeiro não pertencem a essa categoria.
Entre os tipos de pescado temos:
Peixes de água doce e salgada
Crustáceos
Moluscos bivalves ou cefalópodes
Anfíbios
Quelônios
Alguns mamíferos
Frescos – protegidos por gelo (não armazenado)
Resfriados – sob refrigeração (0,5 – 2,0 °C)
Congelados – temperatura < -25 °C
Leite e derivados
O leite é um produto obtido por ordenha diária ou periódica de secreção proveniente das
glândulas mamárias de animais criados para essa finalidade.
Como derivados do leite podemos citar: leite desidratado, leite fermentado, creme de leite,
manteiga, queijos, doce de leite, sorvetes.
Ovos
Ovos são produzidos a partir de aves criadas em granjas e deles pode-se obter diversos
tipos de matérias-primas: ovos descascados, ovos integrais, clara e gema separados e
pasteurizados em embalagens tetra-pak, ovos refrigerados, ovos congelados, ovos em pasta
e ovos desidratados.
Mel
Se forem para consumo doméstico, serão usados como ingredientes para as preparações
diversas, tanto “in natura” quanto processados.
Lembrando que a deterioração em algum momento pode se iniciar quer seja por reações
químicas, enzimáticas, microbiológicas, por agentes físicos etc.
O processamento tem por objetivo aumentar a variedade de alimentos que compõem a dieta
preservando aromas, cores, sabores, textura para atrair os consumidores e satisfazer suas
necessidades nutricionais e afetivas.
Remoção das partes não comestíveis como sementes, cabos de frutas, cascas, etc.
O processamento tem por objetivo aumentar a variedade de alimentos que compõem a dieta
preservando aromas, cores, sabores, textura para atrair os consumidores e satisfazer suas
necessidades nutricionais e afetivas. Com base nos seus conhecimentos, escolha a alternativa
correta:
a) O processamento começa no armazenamento da matéria-prima.
b) O processamento começa no beneficiamento da matéria-prima.
c) O processamento começa na seleção da matéria-prima.
d) O processamento começa na conservação da matéria-prima.
e) O processamento começa no cultivo da matéria-prima.
Resposta
O processamento tem por objetivo aumentar a variedade de alimentos que compõem a dieta
preservando aromas, cores, sabores, textura para atrair os consumidores e satisfazer suas
necessidades nutricionais e afetivas. Com base nos seus conhecimentos, escolha a alternativa
correta:
a) O processamento começa no armazenamento da matéria-prima.
b) O processamento começa no beneficiamento da matéria-prima.
c) O processamento começa na seleção da matéria-prima.
d) O processamento começa na conservação da matéria-prima.
e) O processamento começa no cultivo da matéria-prima.
Fase de preservação e conservação
As possíveis causas de alterações nessa fase são a temperatura ambiente, que pode
favorecer o crescimento de micro-organismos, e a atividade enzimática, no caso de ter
havido falha nas etapas anteriores.
A temperatura pode aumentar se a respiração dos vegetais for muito intensa. Outros fatores
que precisam ser controlados são a umidade nos locais de armazenamento, a composição
do ar, defeitos na embalagem, influência de odores estranhos e ação de predadores.
Alterações e transformações físicas, químicas e bioquímicas durante o
processamento de alimentos
A deterioração de alimentos pode ser iniciada pela ação do oxigênio do ar, da luz, de
reações químicas e bioquímicas e por contaminação com micro-organismos.
A segurança dos alimentos está ligada ao controle das contaminações por substâncias
químicas, metais pesados, micro-organismos patogênicos, toxinas microbianas, micotoxinas,
pesticidas e herbicidas.
Diminuir a atividade de água pela evaporação da água ou por adição de solutos que,
solicitando água para se dissolver, tornam parte da água indisponível.
Além disso, na atualidade os métodos mais suaves, menos agressivos nas alterações são os
escolhidos, mesmo que ofereçam proteção parcial e necessitem de outros métodos para
reforçar a segurança.
O ar permite ação do oxigênio que promove oxidação das gorduras, dos pigmentos
e das vitaminas.
Alguns fatores envolvidos nas transformações que ocorrem nos alimentos estão nos próprios
alimentos e são conhecidos como fatores intrínsecos.
Intrínsecos
São próprios dos alimentos e estão relacionados com órgãos e tecidos ou secreções animais
ou vegetais: atividade de água, pH, potencial de oxirredução e composição do alimento.
Nesse caso, a água se mostra presente sob a forma de água ligada às macromoléculas
presentes nos alimentos.
Quanto menor a atividade de água, o valor da relação entre 𝑃ᵒ/𝑃 se aproxima de zero.
Os micro-organismos crescem na faixa entre atividade de água 1 a 0,65, lembrando que a
presença de água favorece o desenvolvimento dos micro-organismos, mas quando a
atividade de água for igual a 1 (água pura) não existem nutrientes para que se alimentem.
É importante frisar que uma alta atividade de água é ideal para o crescimento microbiano,
mas à medida que ficar muito próxima de 1 não existem nutrientes para garantir esse
crescimento.
Mesmo que água e gordura não tenham afinidade, a presença da água protege os glóbulos
de gordura da ação do oxigênio do ar. Quando a remoção da água é intensa, a proteção
desaparece e expõe a gordura à oxidação.
pH (potencial hidrogeniônico)
As bactérias crescem bem na faixa entre 4,5 e 7,5, com um ótimo entre 6,5 e 7,0.
Os fungos, menos exigentes, crescem bem entre pH 2,0 e 9,0, com um ótimo entre 5,0 e 6,0.