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MONTESQUIEU – Montesquieu fez parte da primeira “geração” dos pensadores iluministas e viveu entre os anos de 1689 e 1755. Sua
principal atuação foi sempre no ramo da psicologia, sendo a obra de maior renome a “O Espírito das leis”. Além de um dos maiores
iluministas de todos os tempos, ele também foi considerado como um dos pais da sociologia em seus primórdios.
VOLTAIRE – nascido em 1694, Voltaire foi um dos grandes críticos da monarquia e das crenças religiosas, sendo a sua imagem marcada
como um símbolo da revolução iluminista. Polêmico, extremamente agito e com ideais iluministas bem explícitos, ele criticava muito a
igreja católica, sendo totalmente intolerante com a religião. Ele defendia a liberdade dos pensamentos e sua obra mais conhecida é
“Cartas Inglesas”. O pensador morreu em 1778.
JOHN LOCKE – por muitos, ele é considerado como o pai do movimento iluminista. A obra mais conhecida do autor foi “Ensaio sobre o
entendimento humano”, escrito por ele em 1689. Para ele, o poderoso Deus na verdade não tinha tanto poder assim sobre a grande
maioria das coisas, como o nosso próprio destino. Por isso, acreditava também que a sociedade era a responsável pelo molde dos
indivíduos, que podiam optar entre o bem e o mal. Esse pensador foi também um dos maiores críticos ao absolutismo, defendo a
liberdade de expressão dos cidadãos.
ROUSSEAU – Jean Jacques Rousseau, conhecimento popularmente só pelo seu sobrenome, é um dos maiores sociológicos de todos os
tempos, que defendia também a pequena burguesia. Sendo uma de suas principais obras “O contrato social”, ele diz que o estado só
pode tomar decisões conforme a própria vontade de seu povo. Dessa forma, Rousseau sempre foi um defensor de um estado
democrático, que poderia oferecer aos seus cidadãos igualdade jurídica.
INDEPENDÊNCIA
DOS ESTADOS UNIDOS DA
AMÉRICA
AS 13 COLÓNIAS
Ao longo do século XVIII, a Europa foi
palco de um movimento de ideias
conhecido como Iluminismo, que
defendia a liberdade de opinião, o uso
da razão, a tolerância religiosa e o fim do
absolutismo, entre outros preceitos.
Em pouco tempo, as ideias desse
movimento se espalharam e chegaram,
junto com os colonizadores ingleses, à
América, onde despertaram o
sentimento de independência em
muitos colonos.
. 1776, em nome da soberania e da
Em
liberdade do povo, os habitantes das
Treze Colônias fundaram os Estados
Unidos da América (EUA). Em 1789,
menos de quinze anos depois, começava
a Revolução Francesa que, com base nos
mesmos ideais, buscava outras formas
de expressão e organização
COLONIZAÇÃO
A COLONIZAÇÃO INGLESA
Na América do Norte, a colonização inglesa ocorreu por meio da
divisão do território em diferentes colônias. Não havia um governo
centralizado e as formas de organização variavam de uma região para
outra.
Setembro, 1774
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-
se na utilidade comum.
Art. 2º. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do
homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum
indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo. Assim, o exercício dos
direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros
da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei. (…)
Art. 6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente
ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger,
seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades,
lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas
virtudes e dos seus talentos. (…)
DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
«Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário um povo dissolver laços políticos que o ligavam
a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as
do Deus da natureza, o respeito digno às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa
separação. (…)
Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do
consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao
povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os
poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. (…) Mas quando
uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objeto, indica o desígnio de reduzi-
los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos-
Guardas para sua futura segurança. (…)
Nós, Por conseguinte, representantes dos Estados Unidos da América, reunidos em Congresso Geral, apelando para o
Juiz Supremo do mundo pela retidão de nossas intenções, em nome e por autoridade do bom povo destas colônias,
publicamos e declaramos solenemente: que estas colônias unidas são e de direito têm de ser Estados livres e
independentes, que estão desoneradas de qualquer vassalagem para com a Coroa Britânica, e que todo vínculo
político entre elas e a Grã-Bretanha está e deve ficar totalmente dissolvido; e que, como Estados livres e
independentes, têm inteiro poder para declarar guerra, concluir paz, contratar alianças, estabelecer comércio e
praticar todos os atos e ações a que têm direito os estados independentes. E em apoio desta declaração, plenos de
firme confiança na proteção da Divina Providência, empenhamos mutuamente nossas vidas, nossas fortunas e nossa
sagrada honra».
O NOVO ESTADO: EUA
Logo após a independência, não havia, nos Estados Unidos, um poder centralizado; sendo assim, cada ex-colônia
manteve um certo grau de autonomia.
Em 1787, representantes eleitos pela população dos treze estados aprovaram uma Constituição que vigora até hoje no
país.
A Constituição assegurava aos cidadãos direitos políticos e civis, o que abriu espaço para as ideias de liberdade e
cidadania, porém, na prática, nem todos eram contemplados por tais ideias – a escravidão foi mantida até 1863, por
exemplo.
Negros e indígenas foram excluídos do conceito de cidadania americana e, dessa forma, só eram considerados cidadãos,
basicamente, os homens brancos e que possuíam propriedades ou pertenciam às camadas intermediárias urbanas.
REVOLUÇÃO FRANCESA
A ÉPOCA…
O grande impacto da Revolução Francesa na sociedade ocidental fez com que os historiadores se valessem do fato
para marcar o final da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea.
Iluminismo Revolução
(século XVII) Revolução
Industrial Francesa – Queda
(século XVIII) da Bastilha (1789)
O CONTEXTO…
Na França do século XVIII, com uma população de cerca de 28 milhões de pessoas, a palavra estado designava os
grupos sociais que compunham a sociedade.
Ela determinava:
O fim da monarquia absolutista e o início da monarquia constitucionalista, na qual o
rei ainda governava, mas estava condicionado às novas leis;
•a autoridade do Estado foi dividida em três poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário);
•a Igreja foi separada do Estado e a liberdade religiosa foi assegurada à população
Igualdade jurídica entre os indivíduos;
•fim dos privilégios do clero e nobreza;
•liberdade de produção e de comércio (sem a interferência do estado);
•proibição de greves;
•liberdade de crença;
•separação do estado da Igreja;
•nacionalização dos bens do clero;
•três poderes criados e separados (Legislativo, Executivo e Judiciário)
Apesar de aparentemente se submeter à Constituição, em junho de 1791, o rei e
sua família tentaram fugir disfarçados para o exterior com o intuito de reorganizar as
forças militares francesas e retomar o poder, mas antes foram reconhecidos e
presos.
A REPÚBLICA
Com a prisão do rei, o governo passou para um Conselho Executivo Provisório e, em 22 de
setembro de 1792, foi proclamada a República.
A Assembleia Nacional foi substituída pela Convenção Nacional, cuja principal função era
elaborar uma constituição republicana.
O controle da Convenção variava entre os girondinos – grupo de deputados ligados à alta
burguesia – e os jacobinos – representantes da pequena burguesia e, em parte, dos
trabalhadores de Paris.
Luis XVI foi levado a julgamento por traição a pátria e foi condenado por conspirar contra a
liberdade da nação e a segurança geral do estado e em 1793 foi condenado a guilhotina.
Robespierre
Nesse período, as principais forças do país eram:
• Os Girondinos: alta burguesia;
• Os Jacobinos: pequena e média burguesia e o proletariado;
• A planície: a burguesia financeira.
Enquanto os girondinos eram moderados, os jacobinos, liderados por Maximilien Robespierre
(1758-1794), propunham medidas radicais com o objetivo de promover mudanças drásticas
na organização social francesa.
Para enfrentar as ameaças, os Jacobinos criaram órgãos para defender a revolução:
• Comitê da salvação pública: responsável pelo exército e a administração do país.
• Tribunal revolucionário: encarregado de vigiar e punir traidores da causa revolucionária. Esse
tribunal foi responsável pela morte de mais de 40 mil pessoas na guilhotina, inclusive a família
real.
Danton
Sanson, o carrasco do rei, reage à versão do
jornal "Thermomètre du Jour", dando o seu
próprio testemunho sobre a execução do rei,
em carta datada de 20 de fevereiro de 1793.