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A revolução industrial pela qual passava a economia britânica confere um salto na

produção. As maiores necessidades de matéria-prima (como algodão) e busca por novos


mercados são um subproduto da revolução indústria têxtil na inglaterra. Um parlamento
dominado pelos burgueses buscava dar um outro sentido ao papel da colônia. Ainda assim, um
outro antecedente mais importante do processo de independência dos EUA se junta esse fator:
a Guerra dos Sete Anos (1756). O conflito, que beirou uma guerra sistêmica envolvendo
coalizões das principais potências europeias, gera impactos significativos sobre o novo mundo
e as possessões coloniais em diferentes regiões. De todos os elementos relevantes do conflito
aquele que mais se destaca são as disputas franco-inglesas sobre o controle comercial e
marítimo das Índias e da América do Norte. Como resultado:

 A França sai em definitivo da Índia e vê suas ocupações na América do Norte


se reduzirem.
 Experimentação na prática de um exército.
 Formação dos primeiros sentimentos de unidade contra o inimigo comum.
 A guerra implicou altos custos e maior presença militar das tropas britânicas
na América do Norte.
 Altera-se a política fiscal inglesa, interferindo na relativa autonomia econômica
e política a qual gozavam as treze colônias (negligência salutar – desinteresse
ingleses pelos assuntos da colônia dado que, sobretudo no norte, produziam
poucas coisas de interesse da metrópole)

A guerra dos sete anos tem impacto de intensificar as medidas de recrudescimento das
relações entre colônia e metrópole em toda a américa. Vemos consequências na América
Ibérica a partir das reformas bourbônicas e pombalinas que buscaram tornar a administração
das colônias mais eficiente. Na prática, isso significou tentar extrair mais recursos para a
metrópole via intensificação da tributação, questão essa que também se faz presente na
América Inglesa. A implementação gradual do exclusivo colonial e presença militar mais
ostensiva caracterizam o período pós-guerra, conferindo uma ruptura com a negligência
salutar. Uma série de legislações da coroa britânica dão o tom das políticas mercantilistas que
buscava implementar.

 Lei do Açúcar (1764), Lei da Moeda (1764), Lei da Hospedagem (1764), Lei do
Selo (1765): tentativa de interferir comércio triangular no açúcar, na circulação
de moeda, na circulação de documentos e fazer com que as colônias
bancassem os custos da presença militar inglesa no continente. A insatisfação
se generaliza.
 Atos Townshend (1767): impostos sobre o chá, vidro, corante
 Novos funcionários para repressão do contrabando.
 Paralelo à anulação dos Atos Townshend: massacre de Boston.
 Concessão do monopólio de chá à Companhia das Indias ocidentais, fazendo
com o que o preço subisse.
 Boston Tea Party como reação.
 Tréplica do parlamento inglês: leis intoleráveis, o auge da imposição inglesa e
da radicalização das treze colônias como reação. A mais conhecida é
justamente a interdição do porto de Boston (transformação numa efetiva
colônia)
Ideias iluministas atravessaram o atlântico e se frutificaram nas treze colônias,
especialmente aquelas de Jonh Locke. Assumiram nesse contexto caráter de ideário de uma
revolução. Ainda assim, não é possível falar em uma união das colônias sob um sentimento
nacional. O que é possível afirmar é a existência de um sentimento antibritânico que alimentou
o movimento da independência. As elites latifundiárias ou comerciantes das colônias resistiram
bastante à separação, apenas aceitando-a quando ficou evidente desejava prejudicar seus
interesses. Tanto as elites do norte quanto do sul temiam que os ideias de liberdade também
fossem aplicados aos negros ou pobres e descambasse assim em um conflito interno
incontrolável – era o sul, de toda maneira, a região mais resistente à separação.

A continuidade das medidas inglesas levou os colonos a organizarem o congresso


continental da Filadélfia. A ambígua resposta inglesa não evitou o choque gerado pelos efeitos
do incremento da força militar britânica na região. O segundo congresso da Filadélfia, já com
maioria dos patriotas em relação aos realistas, reuniria todas as colônias e renovou os
protestos junto ao Rei.

Em 2 de Julho de 1776, o congresso da Filadélfia acabou por se decidir pela separação


e encarregou uma comissão de redigir a declaração de independência. Esta ficou pronta em 4
de Julho de 1776. Seu teor reflete o espírito do pensamento iluminista mesclado com
argumentos religiosos. Os problemas que ele enumera são bem característicos: as leis
mercantilistas, as guerras, a presença das tropas inglesas, a figura do Rei George II enquanto
inimigo comum, etc. Thomas Jefferson foi seu mais importante autor do documento.

As guerras de independência (1776-1983) disseram respeito a sucessão de batalhas


ocorridas posteriormente à declaração, ora favorecendo um lado e ora favorecendo outra.
Muito embora a violência inglesa tenha sido um fator de coesão, são algumas vitorias decisivas
que permitem ao Embaixador Benjamin Franklin conquistar em definitivo o apoio espanhol e
francês. A entrada na guerra dos dois países altera seus rumos a partir de 1781. As tropas dos
colonos e seus aliados obtém vitórias decisivas em outubro desse mesmo ano em Yorktown, na
Virgínia. Dois anos depois era assinado o tratado de Paris. O temor inglês de tornar aquela
guerra um conflito sistêmico pesa decisivamente para incentivar a paz, conferindo a França o
Senegal e algumas ilhas nas Antilhas enquanto a Espanha recebia a ilha de Minorca e os
territórios da Flórida. A conferência de Paris de 1983 estabelece a paz entre os colonos e os
ingleses, consolidando uma expansão territorial das treze colônias cujo território dobra de
tamanho e chega até a Louisiana.

Se a independência criou o sistema continental, apenas em 1787 com a promulgação


da constituição que os Estados Unidos da América são criados, cinco anos depois da paz,. Até
lá, as treze colônias eram uma confederação. O novo projeto republicano foi um projeto levado
a cabo pela elite das colônias; ou seja, um fenômeno predominantemente branco, masculino e
latifundiário e comerciante.

 O Sul manteve a escravidão (compromisso do Missouri)


o Missouri fica como Estado escravocrata.
o Nenhum Estado ao Norte poderia ser escravocrata.
o Estados do Sul mantém a escravidão.
o Tensão crescente entre Norte e Sul.
 Organização interna
o República Federalista presidencial.
o Federalismo: governo de cada Estado busca se equilibrar com o
governo central
o Divisão dos poderes
o Suprema core no papel de interpretar a constituição
o Representatividade popular.
o Na prática, estava excluída da participação política boa parte da
população dado que a independência foi liderada por comerciantes,
latifundiários e intelectuais urbanos.
 Organização interna
o Primeiras 10 emendas à constituição dos EUA introduzidas por James
Madison
o “Et pluribus unum”: de muitos um. Escolhida como lema do novo país,
representa o surgimento de um novo país unificado que surgiu de
muitas colônias. Ainda assim, levaria mais outra geração para
comentar um sentimento nacional de fato.
o Constituição ratificada em 1789 e ganha o acréscimo da Bill of rights
(declaração dos direitos dos cidadãos dos EUA), treze anos após a
declaração de independência.

 Se inaugura o primeiro sistema partidário dos EUA: federalistas (defensores de


maior centralização contra a confederação naquele contexto, ou seja a favor de
um governo central) vs democratas republicanos (jeffersonianos, os defensores
de uma confederação)

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