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A independência da

América inglesa
Os antecedentes
da independência
Colônias do Sul:
Sul plantations e utilização
de mão de obra escrava. Produziam e
exportavam para a metrópole. Por esse
motivo (dependência do mercado externo)
foram mais resistentes às propostas de
ruptura com a metrópole;
Colônias do Norte:Norte agricultura em
pequenas propriedades, pecuária,
comércio e manufaturas, ampla utilização
de mão de obra livre. Povoada
principalmente por protestantes
perseguidos na Inglaterra;
Colônias do Centro:
Centro economia
semelhante ao norte, no entanto, com
mais variedade de povos e religiões.
A Coroa inglesa adotou (sobretudo no
norte e centro) a política de negligência
salutar, permitindo que as colônias se
autogovernassem.
Os antecedentes da
independência
Revolução Inglesa (1640 – 1688):
- Redução do poder da monarquia, fortalecimento do Parlamento;
(Colonos não se sentiam representados pelo Parlamento, mesmo após a
Revolução Inglesa)
Revolução Industrial (segunda metade do século XVIII):
- Ascensão econômica da burguesia;
- Colônias britânicas, fornecedoras de matéria-prima e mercado consumidor;
(Abandono da política de “negligência salutar”; autogoverno)
Guerra dos Sete Anos (1756-1763):
- Conflito entre monarquias europeias pelo controle das regiões de exploração
colonial. A França procurava reduzir o domínio exercido pelos britânicos. No fim do
conflito a Inglaterra sai vitoriosa, mas os custos gerados pela guerra enfraqueceram
sua economia. A Coroa Inglesa passa então a cobrar diversos tributos dos colonos
norte-americanos com o objetivo de reverter os prejuízos da guerra.
Guerra dos Sete Anos
- Disputa entre ingleses e franceses pela posse de terras na
América Inglesa;
- Teve início na Inglaterra, mas se desenrolou na América,
com a Guerra Franco-Índia;
Nessa guerra, os franceses se aliaram aos nativos, que
desejavam retomar suas terras. Temendo perder suas
propriedades, os colonos se associaram à metrópole
(Inglaterra) para lutar contra os franceses.
Em 1763 a Inglaterra vence a França e perde a posse do
Caribe e Canadá.
Insatisfação dos Americanos
No fim da guerra, as tropas
britânicas (casacos
vermelhos) permaneceram
nas colônias com o
objetivo de:
- proteger as fronteiras,
coibir os ataques
indígenas;
- estabelecer uma nova
política colonial (leis e
tributos).
Insatisfação dos Americanos
Lei do Açúcar (1764): determinava a redução do imposto sobre o
melaço das Antilhas inglesas e aumentava os impostos desse
produto em outras localidades. Essa medida visava obrigar os
colonos a comprar o melaço dos ingleses e, consequentemente,
aumentar a arrecadação;
- Contrabando; “sem representação, não há tributação”
Lei da Hospedagem (1765): os colonos deveriam abrigar e garantir
a alimentação das tropas inglesas;
Lei da Moeda (1765): proibia a emissão de títulos de crédito,
“moeda” usada como dinheiro nas colônias;
Lei do Selo (1765): estabelecia que os documentos taxados
recebessem um selo que comprovasse o pagamento dos tributos.
Insatisfação dos Americanos
Vários setores sociais passaram a se mobilizar contra as medidas da
metrópole;
- Boicote aos produtos ingleses;
- Levantes populares (Boston, Filadélfia e Nova York);
Em outubro de 1765, representantes das 13 colônias se reuniram no
chamado “Congresso da Lei do Selo” e elaboraram uma declaração
de direitos e reivindicações, encaminhadas ao rei George III.
No texto, inspirado nos ideais iluministas, os colonos juravam lealdade
ao rei e reconheciam a legitimidade do Parlamento, com exceção ao que
se referia a cobrança de impostos.
Em 1766 a Coroa revoga a Lei dos Selos.
Insatisfação dos Americanos
No entanto, em 1767 a Coroa instituiu outra lei:
A Lei da Receita,
Receita também chamada de Tarifas Townshend
(referencia ao seu criador, lorde Charles Townshend),
impunha a taxação de produtos como o vidro, corante,
papel, tinta e chá e, para coibir o contrabando, autorizava os
oficiais britânicos a inspecionar as residencias dos colonos;
- Protestos e boicotes;
Em 1768 a Lei da Receita é revogada. Diante da resistência
dos colonos, a Coroa envia tropas para a América para coibir
a insubordinação.
A festa do chá de Boston
Em 1772 a Inglaterra desejava controlar as colônias a partir de práticas
mercantilistas e do associadas aos métodos de racionalização da
produção,
produção conforme as premissas da Revolução Industrial;
Ao mesmo tempo, a Cia das Índias Orientais inglesa enfrentava uma crise
econômica. Para auxiliar, o Parlamento aprovou a Lei do Chá (1773) que
autorizava o envio do produto estocado para a América com a redução de
tarifas alfandegárias, medida que desagradou os colonos que
contrabandeavam a venda do chá;
Em 16 de dezembro de 1773, vestidos de mohawks (nativos), os colonos
atiraram no mar todo o carregamento de chá (45 toneladas), episódio que
ficou conhecido como “Festa do Chá de Boston”.
Em represália, a Coroa instituiu as Leis Intoleráveis que proibia a realização
de reuniões públicas, reduzia o poder da Assembleia colonial e decretava o
fechamento do porto de Boston até o pagamento dos prejuízos causados.
Além disso, enviou militares para a cidade, sitiando-a.
O aumento das tensões
As Leis Intoleráveis (1774) previam:
- O fechamento do porto de Boston até que os colonos
pagassem todo o valor do chá jogado no mar como
indenização ao prejuízo causado à Cia das Índias Orientais;
- A ocupação da colônia de Massachusetts por tropas do
exército inglês;
- A proibição do direito de reuniões ou manifestações públicas
contrárias à Metrópole;
- A prisão e julgamento, por tribunais da Metrópole, dos
colonos que participaram da “Festa do chá de Boston”.
O processo de Independência
Em 1774, representantes das colônias, com exceção da Geórgia,
Geórgia se
reuniram a revelia da metrópole no Congresso Continental da Filadélfia
(posteriormente denominado Primeiro Congresso Continental).
Continental
Na ocasião, embora sem representante presente, a Geórgia apoiou as
decisões tomadas.
Apesar das divergências entre as colônias motivadas pelos interesses
econômicos – Sul, latifundiário, dependente do mercado externo; Cento e
Norte, com industrias nascentes e comércio triangular -, havia um ponto de
convergência entre elas: combater a interferência da Inglaterra na
economia colonial.
No Congresso, as discussões giraram em torno de um interesse comum: o
fim das Leis Intoleráveis.
Nesse momento, já se vislumbrava a ideia de Independência, no entanto,
não contava com o apoio da maioria. Além disso, a elite fundiária e
comercial temia que a população mais pobre questionasse a estrutura social
(escravidão/desigualdade) e mobilizasse levantes.
O processo de Independência
Como resultado do encontro (set. out. 1774) foi elaborada e enviada uma
declaração ao rei George III que, entre outros aspectos:
- reafirmava a fidelidade dos colonos ao monarca;
- solicitava a redução do poder do Parlamento em questões
relacionadas as colônias;
- demandava a revogação das Leis Intoleráveis.
Intoleráveis
No início de 1775, a Coroa mandou prender John Hancock e Samuel
Adams, membros importantes do movimento de oposição à política colonial.
A prisão desencadeou os primeiros confrontos entre colonos e metrópole.
Em maio de 1775 os colonos organizaram o Segundo Congresso
Continental. Nesse encontro elaboraram a chamada Petição de Ramo de
Oliveira,
Oliveira documento no qual juravam lealdade ao rei e demandavam o
apoio do monarca.
O documento - refutado pelo rei - foi o estopim do início do processo de
independência. A partir de então os representantes das 13 colônias
começaram a debater e votar pela emancipação.
O processo de Independência
Os representantes das Treze Colônias deliberaram que
romperiam relações com a Inglaterra e iniciaram o processo
de escrita da Declaração de Independência dos Estados
Unidos. Tal como na Europa, as ideias iluministas circulavam
entre as elites econômicas e intelectuais da América.
A Declaração de Independência foi profundamente inspirada nos
ideais de liberdade e igualdade,
igualdade especialmente na teoria de
John Locke.
Locke
Em 4 de julho de 1776 a Declaração de Independência foi
aprovada, proclamando a liberdade das colônias. No entanto, a
Inglaterra não reconheceu a validade do documento, dando
início ao conflito armado.
A Guerra de Independência

Benjamin Franklin
Os representantes das colônias
organizaram o Exército Continental,
Continental
liderado por George Washington
(1732-1799).
Além disso surgiram milícias
formadas por cidadãos dispostos a Os pais da
pegar em armas para defender o pátria
território do ataque inglês;
Benjamin Franklin (1706-1790),
diplomada, obteve apoio da França e
da Espanha na luta contra a
Inglaterra. Ambos viam na guerra
uma possibilidade de enfraquecer
seu maior inimigo econômico.
George Washington
A Guerra de Independência
Em 1781 o exército inglês se rendeu e apenas em 1783,
1783 com a assinatura do
Tratado de Paris,
Paris a Inglaterra reconheceu a Independência dos Estados Unidos.
Era a primeira vez que um país europeu reconhecia a independência de uma
colônia.
As antigas colônias passaram por uma reorganização política, baseada nos
ideais liberais iluministas, tornando-se uma república federalista e
presidencialista,
Inaugurava-se assim a primeira república dos tempos modernos, governada por
um presidente eleito,
eleito regida por uma constituição e com os poderes
distribuídos e organizados em Executivo, Legislativo e Judiciário.
Judiciário
A adoção do federalismo garantia a autonomia de cada estado. estado Essa medida
foi adotada em função da divergência de interesses econômicos. Dessa forma,
decisões sobre o modo de “distribuição e ocupação de terras” ou a “ manutenção
trabalho escravo” ficariam sob o controle das elites locais.

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