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Independência dos Estados Unidos (1776)

A Independência dos Estados Unidos, também chamada de


Revolução Americana, foi declarada no dia 4 de julho de 1776. A
partir deste momento, a Inglaterra deixou de comandar os destinos
dos americanos. Inicialmente, de 1776 a 1787, os Estados Unidos
ficaram sob o regime de Confederação, onde não havia um governo
central e cada estado era soberano.
Posteriormente, em 1787, foi promulgada a Constituição, que uniu
os territórios sob o regime de república presidencialista.

As principais causas da Independência dos Estados Unidos foram:


1 - Guerra dos Sete Anos
Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de
1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América
do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole
resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que
habitavam, principalmente, as colônias do Norte. Com o aumento
das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e
manifestações contra a Inglaterra.
2 - Aumento de taxas e impostos
A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de
criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos.
Dentre estas leis podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do
comércio de chá para uma companhia comercial inglesa), Lei do
Selo (todo material impresso que circulava na colônia deveria ter
um selo vendido pelos ingleses), Lei do Açúcar (os colonos só
podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas).
3 - Festa do Chá de Boston
Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos
acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa do Chá de
Boston (The Boston Tea Party). Vários colonos invadiram, a noite,
um navio inglês carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram
todo carregamento no mar. Este protesto, que ocorreu em 16 de
Dezembro de 1773, gerou uma forte reação da metrópole, que
exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados
ingleses cercando a cidade.
Festa do Chá de Boston
Festa do Chá de Boston: reação dos colonos americanos contra o
aumento de impostos cobrados pela Inglaterra.

Antecedentes da Independência dos Estados Unidos


Após a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), o Parlamento inglês
decidiu aumentar as taxas nas 13 Colônias para cobrir os custos do
conflito.
Os colonos também teriam que arcar com a construção de fortes,
manter os soldados deslocados para o território americano e foram
proibidos de atravessar os Montes Apalaches.
Desta maneira, George Grenville, primeiro-ministro britânico, enviou
uma força militar de 10 mil homens, para a América. Um terço das
despesas seria abonado com dois novos impostos: a

Primeiro Congresso Continental


Os colonos do Norte resolveram promover, no ano de 1774, um
congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava
acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois
pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das
medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na
vida política da colônia. Porém, o rei inglês George III não aceitou
as propostas do congresso, muito pelo contrário, adotou mais
medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis
Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do
Aquartelamento, dizia que todo colono norte-americano era
obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os
soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na
colônia, influenciando diretamente no processo de independência.

Segundo Congresso Continental


Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o
objetivo maior de conquistar a independência. Durante o congresso,
Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos
Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a
independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de
Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos
Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha.

Lei do Açúcar (Sugar Act) e a Lei do Selo (Stamp Act).


A Lei do Açúcar (1764) estabelecia novas taxas alfandegárias sobre
grandes quantidades deste produto. No ano seguinte, foi aprovada
a Lei do Selo, que obrigava o uso de uma estampa em documentos,
livros, jornais, baralhos etc. Esta lei foi tão impopular e aconteceram
tantos protestos, que o governo inglês a revogou.
Em 1767, diante de novas taxas sobre vidros, papéis, tintas e a Lei
do Chá (Tea Act), que dava o monopólio desse comércio à
Companhia das Índias Ocidentais, a crise eclodiu.
Descontentes, os colonos argumentaram que as leis eram ilegais.
Afinal, eles faziam parte do Reino, mas não tinham representantes
no Parlamento na metrópole. Este sentimento foi resumido no
slogan “no taxation without representation” (nenhuma tributação
sem representação). A reclamação, contudo, foi ignorada pelos
ingleses.
Em 1770, ocorreu o Massacre de Boston, uma briga entre colonos e
soldados ingleses que terminou com a morte de cinco colonos
americanos. O fato rapidamente se tornou em um ato de
propaganda contra os ingleses e animou ainda mais os colonos que
desejavam a separação da Inglaterra.
Três anos mais tarde, em dezembro de 1773, como protesto pela
Lei do Chá, vários colonos invadiram navios que estavam
ancorados no porto de Boston e jogaram o carregamento de chá ao
mar. O episódio ficou conhecido como “Festa do Chá de Boston”.
Em represália, em 1774, o governo inglês decretou os Atos
Intoleráveis (ou Leis Intoleráveis), que atingiam, especialmente, os
habitantes de Massachustes.
Os Atos Intoleráveis fecharam o porto de Boston até ser paga a
indenização pelo chá destruído, se proibiram as reuniões,
manifestações públicas contra o rei da Inglaterra, entre outros.

Guerra de Independência dos Estados Unidos


Indignados com as Leis Intoleráveis, representantes dos colonos
reuniram-se no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia,
realizado em setembro de 1774. Nele, resolveram enviar ao
governo inglês um pedido para que fossem revogados os Atos
Intoleráveis.
A resposta inglesa foi negativa e ingleses e colonos se enfrentaram
nas batalhas de Lexington e Concord.
Ante as hostilidades, em 1775, os delegados dos estados voltaram
a se reunir no Segundo
Congresso Continental da Filadélfia onde declararam guerra à
Inglaterra.
Nesta mesma ocasião, George Washington foi nomeado
comandante das forças americanas e Thomas Jefferson ficou
encarregado de redigir a Declaração de Independência. Esta foi
aprovada no dia 4 de julho de 1776, colocando fim à dominação da
Inglaterra no território americano.
Como era de se esperar, a Inglaterra enviou milhares de soldados
para recuperar a região e o conflito se estenderia até 1783. Durante
a luta pela Independência, os colonos contaram com a ajuda militar
da Espanha, Holanda e França.
A Inglaterra foi derrotada e reconheceria a independência dos
Estados Unidos através do Tratado de Paris, em 1783.

Consequências da Revolução Americana


A Revolução Americana separou os Estados Unidos da Inglaterra e
inspiraria movimentos como a Revolução Francesa e as
independências das colônias da América Latina.
Também foi a primeira vez que se colocaram em prática os
princípios do Iluminismo, como a separação de poderes, a garantia
à liberdade individual e à igualdade social.
Uma vez conquistada a independência, os colonos americanos
começaram a expandir-se para o Oeste onde chocariam com os
espanhóis, os nativos americanos e a questão da escravidão.

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