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Thomas Jefferson
O curso da guerra pode ser dividido em duas fases a partir de 1778. A primeira fase, ao
norte, assistiu à captura de Nova York pelos ingleses (1776), além da campanha
no vale do rio Hudson para isolar a Nova Inglaterra, que culminou na derrota
em Saratoga (1777), e a captura de Filadélfia (1777), depois da vitória na batalha de
Brandywine.
A segunda fase desviou as atenções britânicas para o sul, onde grande número de
legalistas podiam ser recrutados. Filadélfia foi abandonada (1778) e Washington acampou
em West Point a fim de ameaçar os quartéis-generais britânicos em Nova York. Após a
captura de Charleston (1780) por Clinton, Cornwallis perseguiu em vão o exército do sul,
sob a liderança do general Greene, antes de seu próprio exército, exaurido, render-se
em Yorktown, Virgínia (outubro de 1781), terminando efetivamente com as hostilidades. A
paz e a independência do novo país (constituído pelas treze colónias da costa atlântica) foi
reconhecida pelo Tratado de Paris de 1783.
Mais tarde, em 1812 e 1815, ocorreu uma nova guerra entre os Estados Unidos e o
Reino Unido. Essa guerra consolidou a independência norte-americana.
𝐀𝐭𝐫𝐢𝐭𝐨𝐬
Mas, pouco depois, surgiram novos atritos. Procurando restaurar o equilíbrio financeiro,
a metrópole apertava as malhas do pacto colonial com vários atos. Em 1750 fora proibida a
fundição de ferro nas colônias; em 1754 proibiram-se a fabricação de tecido e
o contrabando. Apesar de vencer a Guerra dos Sete Anos, a Grã-Bretanha impôs novas
medidas restritivas às treze colônias. Em 1765 foi aprovado um decreto regulamentando a
obrigação de abrigar e sustentar tropas britânicas em solo americano (prática que pesava
muito sobre as finanças coloniais). Foram ainda criadas a Lei do Selo que acrescentou
um imposto de selo sobre jornais, documentos legais e oficiais etc., e os Atos de
Townshend, que procuravam limitar e mesmo impedir que os americanos continuassem
suas relações comerciais com outras regiões que não a Inglaterra.
As reações dos colonos foram, de início, exaltadas, mas pacíficas: exigiram o direito de
eleger representantes para o Parlamento de Londres (para poderem discutir e votar as leis
que lhes diziam respeito), passando depois a atos de boicote às mercadorias britânicas.
Esta guerra econômica desencadearia motins e forçou o governo a alguns recuos, que
contudo não satisfizeram os colonos. O conflito agravou-se com a presença de tropas
enviadas para conter os protestos. Como resposta, em 1774 os representantes das colônias
americanas, exceto Geórgia, enviaram seus delegados a Filadélfia, num primeiro
Congresso Continental que, a partir daí, embora com divergências no seu seio, foi a voz
política dos colonos.
𝐂𝐨𝐧𝐬𝐞𝐪𝐮𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬
𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐭𝐞𝐠𝐢𝐚 𝐇𝐮𝐝𝐬𝐨𝐧
O plano, que ficou conhecido como "estratégia Hudson", envolveu operações ao longo
do rio Hudson, indo de Nova York ao Canadá. Este sempre fora um rio estrategicamente
importante e, assumindo o controle, os líderes britânicos esperavam isolar a Nova Inglaterra
rebelde das colônias mais moderadas do meio e do sul. A estratégia era atacar do norte
passando pelo Canadá ao longo do rio Hudson. Essa invasão ao descer o vale do Hudson
até Albany foi a estratégia de dividir e conquistar de Burgoyne. Seu plano era se reunir com
outras tropas britânicas lideradas por Sir William Howe. Ao isolar a Nova Inglaterra de sua
base de suprimentos ao sul, a Grã-Bretanha acreditava que a rebelião americana poderia
ser estrangulada.
Primeiro Erro
Isso preparou o cenário para um colapso na cooperação entre as forças britânicas, que
condenou a estratégia de Hudson ao fracasso. Com um novo oficial comandante, John
Burgoyne, o exército do norte voltou a rumar para o sul no Hudson na próxima campanha.
Burgoyne estava confiante e era ousado e ele não estava disposto a voltar, como Carleton
havia feito. Exceto que desta vez, não havia exército marchando pelo Hudson para apoiar
Burgoyne. Howe decidiu ir para o sul e capturar Filadélfia, e o secretário de Estado das
Colônias, lorde George Germain, concordou com esse abandono unilateral da estratégia
acordada. Quando Burgoyne teve dificuldades, Howe não estava perto o suficiente para
oferecer assistência e o resultado foi a perda de um exército inteiro na Batalha de Saratoga,
em outubro de 1777.
A Grã-Bretanha levou algum tempo para repensar seu plano. Eventualmente, os líderes
de guerra britânicos concordaram que a guerra mudaria para o sul, com o objetivo de
restabelecer o controle nas colônias do sul menos militantes. Isso teria o mesmo efeito de
negar às colônias do norte sua base de suprimentos, mas exigiria a criação de um exército
menor. Isso foi importante, porque a entrada da França na guerra havia mudado
completamente a escala da luta. A Grã-Bretanha estava mais preocupada agora em
proteger seus bens das Índias Ocidentais dos franceses.] Começando na Carolina do Sul,
com a captura de Charleston em 11 de maio de 1780, a Grã-Bretanha pretendia subjugar a
região das colônias do sul por região, levantando forças leais para manter a paz enquanto o
pequeno exército britânico avançava para o próximo alvo. Essa segunda estratégia britânica
se desenrolou quando as forças leais se mostraram incapazes de igualar a milícia de
patriota. Sempre que o exército britânico deixava uma área, a resistência surgia atrás dela.
O comandante no sul, lorde Cornwallis, também estava ciente de que seu exército era
pequeno demais para defender qualquer área substancial do território; portanto, ele se
moveu, visando qualquer resquício de resistência organizada de patriotas americanos. Isso
funcionou na Batalha de Camden, onde um exército americano sob Horatio Gates foi
destruído, mas o momento não pôde ser mantido sem uma erosão de seu exército devido a
doenças, fadiga e baixas em batalhas. O esforço de guerra britânico acabou perdendo força
e parando em Yorktown. Em 19 de outubro de 1781, Cornwallis entregou seu exército aos
americanos - as estratégias britânicas fracassaram.
𝐂𝐫𝐨𝐧𝐨𝐥𝐨𝐠𝐢𝐚
Além dos conflitos políticos, iniciou-se um movimento contra a carga tributária exercida
pelos britânicos sobre a produção de açúcar (Sugar Act), e sobre a produção gráfica (Stamp
Act).
𝐁𝐢𝐛𝐥𝐢𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚
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