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SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS


COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR
COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR UNIDADE COLINA AZUL
SÉRIE/ANO: 8º TURMA(S): C,D,E,F DISCIPLINA: HISTÓRIA
DATA: / / 2023

PROFESSOR(A): FABIANE Lista de Atividades


4º Bimestre
ALUNO (A): Nº

Conteúdo: INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDDOS


Objetivo: Aprender os principais fatores que levaram a libertação das colônias inglesas para a
independência.
Quando se tornaram independentes, no final do século 18, os Estados Unidos já eram vistos como uma
futura potência mundial, não só por causa do seu grande território (que ainda iria aumentar mais no século
seguinte), mas também por combinar uma vida urbana baseada nos direitos individuais e nos direitos
individuais com o com o pensamento das Luzes.

Por esse motivo, o seu processo de formação e independência merecem ser vistos com mais profundidade.
Na época, existiam cerca de 2 milhões de habitantes nas colônias britânicas da América do norte. Filadélfia
era a maior cidade.

As Treze colônias

Observe que essa bandeira (não foi a primeira a ser usada, mas surgiu também na época da independência)
tem apenas 13 estrelas.

Assim como na bandeira do Brasil, cada estrela representava um dos estados (que foram aumentando, até
chegarem aos atuais 50). Também existem 13 faixas, alternando vermelhas e brancas, como continua até
hoje na bandeira dos Estados Unidos.

Esses territórios eram chamados 'Treze Colônias' porque nunca formaram, durante o domínio britânico, uma
administração única. Cada uma era uma colônia diretamente subordinada à Coroa britânica. Mas, ao
contrário das colônias espanholas e portuguesa, as colônias britânicas na América do norte tinham já uma
certa autonomia, com assembleias e governos formados por colonos nascidos nas próprias colônias - não
precisavam ser nascidos na Inglaterra.

Foi assim que, entre 1756 e 1763, essas colônias participaram ativamente dos combates contra a França
durante a Guerra dos Sete Anos. Ao final desse conflito, os britânicos passaram a controlar uma extensa
porção da América do norte, como podemos ver neste mapa.

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Contudo, em vez de aumentar o tamanho das colônias já existentes, a Coroa britânica criou uma barreira
para a expansão destas além dos montes Apalaches, determinando um território reservado aos indígenas. Ou
seja, os próprios colonos britânicos não poderiam se instalar mais a oeste, pois a Coroa tinha outros planos
para esses territórios.

Mas essa decisão não era o único ponto de atrito.

Em Nova York e Boston, muitos comerciantes compravam o melaço de cana-de-açúcar no Caribe, traziam
para produzir o rum (uma bebida alcoólica) e o vendiam na África, trocando por escravos africanos, que
eram enviados para trabalhar tanto no Caribe quanto nas demais colônias. Esse era o comércio triangular,
bastante lucrativo para as colônias, mas que não rendia nada para a Coroa, já que não passava por portos
ingleses - onde se recolhiam os impostos coloniais.

Em 1764, o Sugar Act (Lei do açúcar) aumentou o custo do melaço, tornando o seu valor inviável para o
comércio com a África, além de aumentar a tributação sobre o açúcar comprado fora das colônias britânicas
(que era muito mais barato). No ano seguinte, o Stamp Act determinou que todos os impressos (desde jornais
até contratos e baralhos de jogar) teriam que ter um selo oficial, cobrado pela Coroa.

Essas e outras leis criaram uma divergência entre os interesses da Coroa e das colônias.

Essas últimas alegavam que a Coroa estava criando um tributo interno, e isso só poderia acontecer com a
aprovação das próprias colônias. Pressionada, a Coroa revogou algumas dessas leis, e liberou a importação
de produtos vindos de colônias de outros países. Menos o chá.

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A Festa do Chá

O chá que chegava às colônias britânicas vinha da Índia, e era um monopólio da Companhia britânica das
Índias Ocidentais. A Lei do Chá de 1773 garantiu esse fornecimento, sem intermediários.

Monopólio é um tipo de comércio em que apenas uma empresa pode vender ou fazer um serviço, seja
pública ou particular. Nesse caso, a Companhia (formada por sócios particulares) pagava antecipadamente à
Coroa por esse direito, e depois podia vender o chá pelo preço que quisesse, sem concorrência. O chá não
era um produto tão essencial para o cotidiano dos colonos americanos, mas o atrito com a Coroa tinha
chegado a tal ponto que essa decisão levaria a outro choque.

E foi o que aconteceu.

Em Boston, comerciantes locais disfarçaram-se de carregadores indígenas para jogarem ao mar 300 caixas
de chá, inutilizando o produto. Esse ato (conhecido como o "Boston Tea Party") foi bem vergonhoso para a
administração britânica e, desta vez, a Coroa não estava disposta a tolerar: o porto de Boston foi fechado até
que a colônia pagasse o prejuízo à Companhia. Era o primeiro de vários atos que pretendiam suprimir a
autonomia das colônias.

Mas os protestos não se limitaram a Boston. Nas semanas seguintes, outros ataques aconteceram em Nova
York, Virgínia, Nova Jersey, Nova Hampshire e Carolina do Sul.

Diante do confronto, as colônias decidiram se unir, e enviaram representantes para o Congresso Continental,
reunido na cidade de Filadélfia (1774) para exigir do Parlamento britânico a revogação das leis que foram
declaradas "intoleráveis". No entanto, a Coroa entendeu que as colônias estavam em estado de rebelião, e
enviou novas tropas para reprimi-las - o que levou a um confronto armado em Concord-Lexington e à
tomada do forte de Ticonderoga pelos rebeldes.

A partir desse ponto, já não havia como buscar uma reconciliação.

A Declaração de Independência

No segundo Congresso Continental (1775), realizado na mesma cidade, as colônias encarregaram uma
comissão (que incluía Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e John Adams) para redigir uma Declaração de
Independência, em que exigia (para as colônias) uma "posição igual e separada" em relação à Grã-
Bretanha.

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Esse congresso também entregou o comando do exército revolucionário ao coronel George Washington, um
veterano da Guerra dos Sete Anos, e aprovou os Artigos da Confederação, que estabelecia uma frágil
unidade entre as colônias, até que conseguissem a independência em conjunto.
"Em nome e por autoridade do bom povo destas colônias, publicamos e declaramos solenemente: que estas
colônias unidas são, e de direito têm de ser, estados livres e independentes; que estão desobrigados de
qualquer vassalagem para com a Coroa britânica, e que todo vínculo político entre elas e a Grã-Bretanha
está, e deve estar, totalmente dissolvido"
Benjamin Franklin, um dos autores da Declaração, já tinha publicado (anos antes) um desenho em que
comparava as Treze Colônias a uma cobra - até porque elas formavam um território estreito, ao longo da
costa leste - que estariam condenadas se estivessem desunidas. "Juntar, ou morrer".

Apesar de ter um apoio considerável nas colônias (embora a população tenha se dividido entre
revolucionários e lealistas - à Coroa), o exército de Washington não tinha condições de sustentar por muito
tempo a guerra contra os britânicos, que tinham melhores armas e o apoio da Marinha.

A situação só mudou com a ajuda externa, conseguida por Franklin junto aos governos europeus que eram
inimigos da Grã-Bretanha, como a França, a Espanha e os Países Baixos. A França chegou a enviar o
marquês da La Fayette para ajudar na organização das tropas - já que não poderia enviar suas próprias
forças, o que provocaria uma guerra com os britânicos.

Com os portos bloqueados, o exército de Washington sustentou uma guerra em desvantagem até 1781,
quando conseguiu uma vitória decisiva em Yorktown.

Livres, mas não todos...

Depois de cinco anos, a resistência dos americanos e o envolvimento da França levaram a Grã-Bretanha a
considerar inevitável a independência das Treze Colônias.

Assim, o primeiro-ministro William Pitt aceitou uma trégua e, dois anos depois, assinou o Tratado de
Versalhes (1783), em que reconhecia a plena independência dos Estados Unidos, com todo o território até o
rio Mississipi - mantendo, porém, o Canadá. A Espanha recebeu de volta a Flórida, e a França ganhou
algumas ilhas no Caribe e na África.

Os Estados Unidos eram independentes, mas não tinham ainda um governo unitário. Cada estado tinha seu
próprio governo, e os Artigos da Confederação definiam que apenas o exército seria um só para a defesa de
todos eles, além de uma moeda única. Não existiam impostos únicos e nem um Parlamento que votasse leis
válidas para todos os estados.

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E assim passou mais uma década, em que os Estados Unidos praticamente caminhavam para a separação de
cada um dos estados, cada um com sua própria legislação e política econômica. Nesta fase, alguns estados
do norte (Pennsylvannia, Nova Hampshire, Massachussetts, Connecticut e Rhode Island) iniciaram a
libertação dos seus escravos, que já eram em pequeno número, porque esses estados tinham uma economia
agro-pastoril baseada na pequena propriedade de subsistência.

Porém, nos estados do sul (especialmente a Virgínia, Maryland, as duas Carolinas e a Geórgia) essa ideia era
impensável. As suas economias eram de exportação, baseadas na grande propriedade e no trabalho de
escravos, que eram comprados na África ou eram descendentes de outros escravos africanos.

Os princípios iluministas da Independência também não favoreceram as populações indígenas.

Sem impedimentos, os colonos puderam se estabelecer livremente a oeste dos montes Apalaches, o que
levava a choques com as tribos que antes seriam protegidas pela Coroa. Como esse era considerado um
assunto diplomático, cabia ao governo da confederação assinar tratados com essas tribos, em que estas
recebiam proteção dos Estados Unidos em troca de suas terras.

Nem sempre esses acordos eram respeitados.

1.

A Constituição e o federalismo

A falta de união entre os estados levou alguns intelectuais que participaram da Independência a defenderem
a convocação de um terceiro Congresso Continental, para dar um novo ânimo ao país.

Dessa reunião resultou a elaboração de uma Constituição baseada no princípio de Montesquieu de divisão
tripartite do poder (1787), em que o poder executivo seria exercido por um presidente, eleito para um
mandato de 4 anos, enquanto o legislativo seria formado por um Congresso, composto por duas câmaras: o
Senado (escolhido pelos legisladores de cada estado) e a Casa dos Representantes, eleita pela população dos
estados.

Nesse sistema, os estados continuaram com autonomia para fazer suas próprias leis internas e compor seus
próprios tribunais. Porém, existiria também uma Suprema Corte (poder judiciário), que poderia tomar
decisões válidas em todos os estados.

Assim, os Estados Unidos deixaram de ser uma confederação para se tornar uma "federação", ou seja, uma
união de estados em que a autonomia era mantida, mas bem menor que antes.

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A grande diferença desse sistema em relação ao parlamentarismo britânico é que o presidente, durante o seu
mandato, não teria nenhuma responsabilidade diante do Congresso, ou seja, poderia governar mesmo sem
apoio dos deputados e senadores.

Esse sistema foi chamado de "presidencialismo".

Para evitar que os estados com maior população livre (isto é, eleitores) tivessem mais poder para eleger o
presidente, foi decidido que este seria eleito por um Colégio Eleitoral, montado conforme a população total
de cada estado (e não apenas dos eleitores). Isto é, os representantes brancos votavam não apenas por si
próprios, mas também pela própria população escrava dos seus estados.

Em fevereiro de 1789, George Washington foi eleito, por unanimidade, o primeiro presidente dos Estados
Unidos da América.
ATIVIDADE

Instruções: Através do conteúdo aplicado elabore vintes questões com respostas;

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