Você está na página 1de 3

 

Enquanto isto, na América do Norte...

Quando a Inglaterra tomou posse de sua parcela no território americano, não


encontrou de imediato, riquezas minerais, como havia ocorrido com os espanhóis.
Não havia a principio, nada que justificasse um intenso esforço dos reis ingleses
para explorar os novos territórios.

Além disso, a Inglaterra passava internamente por duras disputas religiosas


entre católicos e protestantes, que se arrastavam por vários anos, até encontrar uma
paz relativa no reinado de Elizabeth I.

As guerras de religião na Inglaterra acabaram por se tornar um estimulo a


imigração para as colônias.

Além disso, a Coroa concedia terras aqueles que se dispusessem a fazê-las


produzir. O acesso a terra é uma das diferenças fundamentais entre a colonização
latina e inglesa.

Entre os ibéricos, a posse da terra era concedida a ricos fidalgos ou a nobres,


enquanto na América inglesa, pequenos lotes eram distribuídos ao cidadão comum.

Embora todas as treze colônias estivessem igualmente submetidos à


legislação inglesa e ao pacto colonial, a colonização não foi hegemônica.

Enquanto as colônias do Norte e do Centro eram caracterizadas pela


pequena propriedade e pelo trabalho livre, no Sul prevalecia a mesma estrutura de
plantation já disseminada pelos ibéricos, latifúndio, agroexportador e escravocrata,
sendo o tabaco e o algodão alguns dos principais produtos de exportação.
No aspecto político, os colonos ingleses possuíam maior autonomia, embora
seguissem as leis inglesas, estavam organizados em câmaras e legislavam sobre os
assuntos locais.
A Inglaterra era o exemplo de organização política e a prática da negligência
salutar resultou em uma liberdade legislativa que as demais coloniais do continente
desconheciam.
 

Entre 1756 e 1763, a Inglaterra envolveu-se na Guerra dos Sete Anos, contra
a França. Esse conflito evidencia o frágil equilíbrio no qual viviam os reinos europeus
e as constantes disputas por território e domínio econômico no continente. Embora
tenha saído vitoriosa, a Inglaterra sofreu grandes prejuízos e viu na exploração
colonial a maneira de diminuir a crise econômica que se alastrava pelo reino.
Se até então as colônias gozavam de relativa autonomia, essa situação
estava com os dias contados. A Coroa aumentou impostos e criou novas taxas para
poder recuperar seus cofres e estabeleceram diversas novas leis nas quais
submetiam os colonos ao jugo metropolitano. Essas leis foram chamadas de “Leis
Intoleráveis” e provocaram uma enorme reação colonial.
Em 1774, foi convocado o primeiro congresso continental da Filadélfia, no
qual se buscava negociar um acordo com os ingleses. Mas a Coroa permaneceu
irredutível e, em 1776, os Estados Unidos declaram sua independência e entram em
guerra contra a Inglaterra em um conflito que se arrastou até a derrota inglesa e o
reconhecimento da emancipação das treze colônias pela Coroa, em 1783.
Enquanto as colônias do Norte e do Centro eram caracterizadas pela
pequena propriedade e pelo trabalho livre, no Sul prevalecia a mesma estrutura de
plantation já disseminada pelos ibéricos, latifúndio, agroexportador e escravocrata,
sendo o tabaco e o algodão alguns dos principais produtos de exportação.
No aspecto político, os colonos ingleses possuíam maior autonomia, embora
seguissem as leis inglesas, estavam organizados em câmaras e legislavam sobre os
assuntos locais.
A Inglaterra era o exemplo de organização política e a prática da negligência
salutar resultou em uma liberdade legislativa que as demais coloniais do continente
desconheciam.
Entre 1756 e 1763, a Inglaterra envolveu-se na Guerra dos Sete Anos, contra
a França. Esse conflito evidencia o frágil equilíbrio no qual viviam os reinos europeus
e as constantes disputas por território e domínio econômico no continente. Embora
tenha saído vitoriosa, a Inglaterra sofreu grandes prejuízos e viu na exploração
colonial a maneira de diminuir a crise econômica que se alastrava pelo reino.
Se até então as colônias gozavam de relativa autonomia, essa situação
estava com os dias contados. A Coroa aumentou impostos e criou novas taxas para
poder recuperar seus cofres e estabeleceram diversas novas leis nas quais
 

submetiam os colonos ao jugo metropolitano. Essas leis foram chamadas de “Leis


Intoleráveis” e provocaram uma enorme reação colonial.
Em 1774, foi convocado o primeiro congresso continental da Filadélfia, no
qual se buscava negociar um acordo com os ingleses. Mas a Coroa permaneceu
irredutível e, em 1776, os Estados Unidos declaram sua independência e entram em
guerra contra a Inglaterra em um conflito que se arrastou até a derrota inglesa e o
reconhecimento da emancipação das treze colônias pela Coroa, em 1783.
Entretanto, se a América Latina pós-independência tinha uma aparente
homogeneidade, as diferenças entre as ex-colônias britânicas eram mais do que
evidentes. Não só a economia era diversificada, tendo o Norte se tornado mais
industrial e o Sul, marcadamente agrário, mas a escravidão era um problema
aparentemente inconciliável.
Enquanto no Norte predominava a mão de obra livre, no Sul os escravos
compunham não só a maior parte dos trabalhadores, mas também da população. A
independência não trouxe a abolição, embora também estivesse influenciada pelos
ideais iluministas de liberdade e cidadania. A contradição da escravidão se manteve
até 1863, com a Guerra de Secessão.

Você também pode gostar