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REVOLUÇÃO AMERICANA

Baseada nos ideias iluministas, que pregavam ideais de liberdade e igualdade de direitos, teve
seu início pela insatisfação colonial com o aumento da exploração colonial nas Treze Colônias
da América do Norte. Foi motivada pelo descontentamento com a ampliação da exploração da
metrópole sobre a colônia.

As treze colônias surgiram na América do Norte e foram constituídas com um alto grau de
autonomia, onde as colônias eram governadas por funcionários enviados pela metrópole, mas
existia uma assembleia de representantes dos colonos, por eles eleita, com várias funções
(self-government ou alto governo). No entanto, a partir do século XVIII, as tentativas inglesas
de reduzir essa autonomia geraram insatisfação.

Durante o século XVII a Inglaterra envolveu-se em uma série de conflitos, as chamadas guerras
intercoloniais entre Inglaterra e França. A mais importante foi a Guerra dos Sete Anos, que ao
final teve a Inglaterra como vitoriosa, porém bastante endividada. A guerra envolveu uma
diversidades de interesses políticos e econômicos conflitantes, relacionados às questões sobre
direitos de sucessão e fronteira dento da Europa. A França estava preocupada com o
fortalecimento do reino da Prússia, visto como uma ameaça à independência de seus aliados.
Os ingleses, por sua vez, apoiaram os prussianos devido aos laços de parentesco entre as duas
dinastias. Os reinos da Espanha e Portugal também acabaram arrastados para o conflito em
função dos acordos diplomáticos firmados anteriormente com França e Inglaterra,
respectivamente.

Não demorou para que o conflito transbordasse para o Novo Mundo, onde Inglaterra, França,
Espanha e Portugal disputavam fronteiras por toda a América. Na América do Norte, a Guerra
dos Sete anos aceleraram o processo de independência das Treze Colônias com a participação
dos colonos no conflito, o que desenvolveu o exército colonial.

Com o seu endividamento, a Inglaterra passou a ver a colônia como uma forma de obter a
recuperação da economia. Isso fez com que diversos impostos fossem decretados pela
Inglaterra. Esses impostos e leis também pretendiam impor controle sobre a economia da
colônia para torná-la mais dependente da metrópole.

Para aliviar a crise econômica, a Inglaterra decidiu criar novos tributos nas colônias
americanas, dando início a um arrocho fiscal. As chamadas Leis Intoleráveis.

Lei do Açúcar e do Melaço (1764): ampliava as taxas sobre o açúcar ou melaço que não fosse
comprado das Antilhas Inglesas;

Lei do Selo (1765): instituía a cobrança de taxas sobre documentos comerciais, jornais, livros,
além de que aquele documento só seria válido ao receber o selo inglês.

Lei dos Alojamentos (1765): exigia que os colonos americanos oferecessem alojamento e
alimentação aos soldados ingleses;

Lei do Chá (1773): a Coroa inglesa concedeu o monopólio da venda de chá nas colônias à
Companhia das Índias Orientais, que passou a concorrer com os comerciantes locais ao vender
o produto mais barato diretamente à população local.

Em 1773, um grupo de comerciantes da colônia, insatisfeitos com as novas exigências


tributárias, disfarçaram-se de indígenas, invadiram barcos da Companhia das índias Orientais e
jogaram ao mar todo o carregamento de chá, episódio que ficou conhecido como Festa do
Chá.

LUTA PELA INDEPENDÊNCIA

Após as Leis Intoleráveis, a elite colonial reuniu-se no Primeiro Congresso Continental da


Filadélfia, onde eles exigiram representação política no Parlamento Inglês para que pudessem
opinar quanto às medidas relacionadas aos seus interesses. Diante da negativa da Coroa, que
agiu com mais repressão, os colonos organizaram o Segundo Congresso Continental da
Filadélfia, onde a elite colonial concluiu que não era mais possível manter-se sob o domínio
inglês em vista do desrespeito da metrópole com os interesses coloniais. Assim foi redigida a
Declaração da Independência, emitida em 4 de julho de 1776.

A Inglaterra não admitiu a ruptura colonial, iniciando a Guerra de Independência. Liderada por
George Washington, os colonos obtiveram algumas vitórias iniciais, no entanto, o exército
inglês acabou prevalecendo. A situação foi revertida quando a França e a Espanha apoiaram os
colonos, interessadas em retomar o territórios perdidos para os ingleses na Guerra dos Sete
Anos. Os ingleses foram derrotados, em 1781, na Batalha de Yorktown.

Com o fim da guerra, os ingleses assinaram o Tratado de Paris, em 1783, no qual


reconheceram a independência da sua ex-colônia, onde as Treze Colônias adotaram um
modelo republicano e um sistema federalista, que garantiu a aplicação de autonomia para os
estados. O nome adotado para a nova nação foi o de Estados Unidos da América.

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