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agronegócio brasileiro
2022
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Este estudo Perspectiva para o Agronegócio Brasileiro é uma publicação anual produzida pelo departamento de Pesquisa
e Análise Setorial para clientes e parceiros do Rabobank Brasil
Analistas Rabobank: Andrés Padilla, Andy Duff, Bruno Fonseca, Gabriel Santos, Guilherme Morya, Marcela Marini, Mauricio Une e
Wagner Yanaguizawa.
Perspectivas para o
agronegócio brasileiro
2022
Sumário
2022
4
Sumário
Macroeconomia |
Bovinos | p.26 Leite | p.44
p.06
Suco de
Insumos | p.10 Frango | p.30
Laranja | p.48
Açúcar, Etanol
Algodão | p.22
e Cana | p.40
5
Macroeconomia
Riscos e oportunidades (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
▪ Fed Funds acomodativas e uma política fiscal americana ainda estimulativa sustentam o
apetite por risco por agora. Mas, o restabelecimento das cadeias globais de produção
permanece como um desafio à percepção de um surto temporário de inflação global.
q Os temas relacionados ao surto de Covid-19 ainda pesam sobre o apetite de risco global
com a aproximação do inverno no hemisfério norte. Na América do Sul, o foco sobre os
impactos da pandemia na economia perde terreno frente o avanço da vacinação.
E o teto?
O avanço da vacinação tem feito com que o investidor enfoque menos nos impactos da pandemia
sobre a economia. As curvas de contágio e óbitos têm apresentado melhora consistente, abrindo
espaço para que as medidas sanitárias de isolamento sejam reduzidas. Se, por um lado, a maior
mobilidade permite a continuidade da recuperação econômica, sobretudo a do setor de serviços, por
outro, porém, também cresce a incerteza fiscal. O Auxílio Emergencial, que termina em outubro de
2021, foi bem-sucedido em seu papel de suavizar os impactos econômicos decorrentes das medidas
restritivas durante a pandemia. Mas, como a economia como um todo começa a perder tração, o foco
em Brasília volta-se para a criação do Auxílio Brasil, um novo programa de transferência social mais
robusto que o Bolsa Família, ainda antes de 2022. O desafio do novo programa esbarra em dois fatores:
i) o Judiciário informou em julho de 2021 que o Executivo precisa pagar R$ 89 bilhões em precatórios
em 2022, ii) o limitado espaço do teto de gastos para acomodar gastos extras. Neste contexto, a
coalizão do governo no Congresso recentemente propôs incluir na PEC 23/2021: 1) o parcelamento do
pagamento dos precatórios e 2) a mudança da janela de indexação das despesas primárias do governo
(teto de gastos), abrindo o espaço para acomodar as diversas demandas. A medida política traz uma
solução no curto prazo, mas, também traz dúvidas quanto à sustentabilidade fiscal no longo prazo. O
teto de gastos tem sido a principal âncora fiscal do país desde sua criação em 2016, dando maior
previsibilidade à trajetória de gastos e da dívida pública, ajudando a diminuir os prêmios de risco
associados aos ativos brasileiros e manter um regime de juros mais baixos. Ainda que a medida não
tenha formalmente eliminado o teto de gastos, os investidores interpretaram que a antecipação (de
2026 para 2021) de uma eventual discussão para rever as regras do teto traz dúvidas quanto à
disposição do Brasil em melhorar suas contas públicas. Paradoxalmente, a não aprovação da PEC
23/2021 traz mais dúvidas que certezas.
A piora na percepção de risco foi imediatamente sentida no câmbio, que já incorpora maiores prêmios,
contribuindo para desancorar expectativas inflacionárias, apesar dos fundamentos sólidos do nosso
balanço de pagamentos. O real brasileiro depreciou-se fortemente e, com alta volatilidade, distanciou-
Macro se ainda mais de seu valor justo e dos principais pares. A elevada incerteza fiscal também atenua
vetores de apreciação, como a tempestiva elevação dos juros domésticos e os ventos externos ainda
favoráveis (liquidez global abundante e elevação dos termos de troca). Para 2022, nós esperamos que
parte dos ventos contrários vai persistir em graus diferentes, enquanto alguns vetores de sustentação
da moeda devem se dissipar: desaceleração dos nossos principais parceiros comerciais e uma potencial
redução dos estímulos monetários no mundo desenvolvido. O efeito líquido deve fazer com que o
dólar seja negociado em torno de 5,51 reais no final de 2021 e de 5,61 no final de 2022.
1 – PIB Anual 2 – Inflação Anual
7.0 12.0 10.7
2.0
-3.2 -2.9
-3.9 0.0
Variação do IPCA
USD/BRL
% ao ano
4.00 3.18
3.00
10.0
10.50
2.00
5.0 7.25 6.50 1.00
Ponto de Atenção
• As principais fontes de risco para a moeda brasileira continuam emergindo do campo fiscal e
Macro
dos choques inflacionários. O questionamento das âncoras fiscais e a típica incerteza frente a
um novo ciclo eleitoral manterão vetores de depreciação para o real em 2022.
• No sentido de apreciação da moeda, podemos ter um ciclo de aperto monetário doméstico mais
longo que o projetado. Adiamento de normalização de política monetária global e
restabelecimento das cadeias globais de valor também tendem a apreciar a moeda em 2022.
Insumos
Riscos e oportunidades para o setor (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
p Preços dos defensivos também podem sofrer impacto da menor produção chinesa.
■ Preços das commodities devem ajudar a manter a relação de troca interessante para o
produtor.
Margem comprometida pelos custos
Nos últimos anos os produtores puderam observar um bom crescimento na sua margem de produção,
especialmente no caso de grãos, que foi em grande parte puxada pela alta observada nos preços das
commodities e pela desvalorização do real frente ao dólar durante este período. Agora, com a
estabilização nas cotações internacionais, o produtor começa a ver sua margem ameaçada pela
elevação nos custos de produção em consequência da menor oferta global de alguns insumos aliado a
um cenário de incertezas e de câmbio desvalorizado frente ao dólar.
Ao final de 2020 com este cenário de boas margens em mente, muitos produtores já aproveitaram e
travaram parte de suas vendas para a safra 2021/22 aproveitando as boas cotações internacionais, mas
mais importante, aproveitaram e travaram parte de seus custos para a safra. O principal fator que levou
o produtor a tomar esta atitude foi a relação de troca bastante atrativa durante o último trimestre de
2020. Um ano atrás, em novembro de 2020, no Mato Grosso eram necessárias 11,2 sacas de soja para a
aquisição de uma tonelada de 02-20-20, o menor valor observado em nossa série histórica. Mas, desde
então, o produtor mato-grossense observa somente a deterioração da relação de troca. Em outubro de
2021, para a aquisição do mesmo adubo foram necessárias 23,6 sacas de soja, um aumento de 110%.
A piora na relação de troca nos fertilizantes, de forma geral, vem ocorrendo desde o início do ano pelas
altas na cotação dos fertilizantes no mercado internacional. Quando olhamos o caso da Ureia, no início
do ano a tonelada do adubo chegava aos portos brasileiros a um custo de USD 309, agora em outubro,
o custo está cerca de 150% maior, sendo cotada a 775 USD/tonelada. No caso do Cloreto de Potássio
(KCl), a alta é ainda mais acentuada, 206%, cotada a 771 USD/tonelada no porto versus 252
USD/tonelada em janeiro deste ano.
Mas o que está por trás desta alta nos preços? Bom, um dos primeiros fatores por trás dessa alta nos
preços foi o aumento na demanda pelos fertilizantes após a subida nos preços das commodities. Soja,
milho, algodão, açúcar, café, todas estas commodities apresentaram valorização nos seus preços, o que
tornou as atividades mais rentáveis e atrativas, fazendo com que seus produtores ficassem mais
3. Evolução do preço médio do Glifosato - MT (R$/l) 4. Importação de fertilizantes – Jan até Set (1.000 t)
22
10.000
19.5 9.000
20
8.000
18 17.4 7.000
15.8 15.7 16.1 6.000
16
14.5 14.7 5.000
4.000
14
12.5 3.000
12 2.000
1.000
10
0.000
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
KCL Ureia MAP
Glifosato - MT 2018 2019 2020 2021
Ponto de Atenção
• Volatilidade cambial em ano eleitoral pode trazer alguns riscos adicionais para a formação dos
custos.
Insumos • Preço dos nitrogenados pode ser impactado caso a Rússia mantenha quota para a exportação
por mais do que 6 meses.
Soja
Riscos e oportunidades para o setor (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
p Importações de soja da China no ciclo 2021/22 devem alcançar pela primeira vez 101
milhões de toneladas, impulsionadas pela reconstrução (estrutural) do rebanho suíno.
Área(milhões de hectares)
400 15 35 120
10
30
300 5 100
25
0 80
20
200 -5 60
15
-10
10 40
100 -15
-20 5 20
0 -25 0 0
3. Importações e volume esmagado de soja da China 4. Perspectiva de preços da soja em Chicago (CBOT)
120 1700
1600
100
1500
milhões de toneladas
CBOT (USc/bushel)
80 1400
1300
60
1200
40 1100
20 1000
900
0
800
Importações Esmagamento
Soja (CBOT) Perspectiva Rabobank
Ponto de Atenção
• Em caso de confirmação do aumento da mistura mandatória de 13-14% de biodiesel no diesel
em 2022, o esmagamento de soja no Brasil poderá ultrapassar 48 milhões de toneladas.
Soja • Em caso de melhora significativa das margens de esmagamento na China em 2022, isso
impulsionará as exportações de soja brasileira em 2022- que podem alcançar um volume acima
de 90 milhões de toneladas.
Milho
Riscos e oportunidades para o setor (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
Milho recomposição em relação à safra 2020/21. A combinação de um aumento da oferta e de uma retração
da demanda será determinante para que os estoques de milho alcancem níveis mais elevados, porém
ainda 11 milhões abaixo da média dos últimos 5 anos. Esse cenário tende a perdurar ao longo de todo
ano de 2022, com isso o Rabobank estima que os preços do milho em Chicago tenham espaço para se
manter, em média, em intervalo entre USD 5,35 e USD 5,50/bushel durante 2022.
1. Produção de milho no Brasil 2. Consumo interno e exportações brasileiras de milho
140 50
40
20
0
0
CBOT (USc/bushel)
25,000 600
200
20,000 500
150
15,000 400
100 300
10,000
5,000 50 200
- - 100
0
Importações Estoques
Milho (CBOT) Perspectiva Rabobank
Milho • Um possível atraso na entrega dos insumos poderá reduzir o pacote tecnológico utilizado na
segunda safra de milho em 2022, o que pode reduzir o potencial de produtividade.
Algodão
Riscos e oportunidades para o setor (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
p O impacto da crise energética global que atingiu grandes produtores da fibra poderá
impactar a retomada do consumo de algodão, assim como os custos relacionados a
produção.
q Produção impactada positivamente por área e clima favoráveis durante a safra 2021/22
podem pressionar preços.
Retomada do aumento de área
A competição pela área plantada ocasionada pelas altas cotações de outras commodities agrícolas e a
irregularidade climática reduziram a oferta de algodão em 2021. Para a safra 2021/22 é esperado que
três dos cinco maiores produtores da pluma obtenham uma produção de algodão maior do que a
observada em 2020/21. Os Estados Unidos, Brasil e Paquistão serão responsáveis por parte do aumento
global de algodão, que deverá crescer 9% se comparado ao ciclo 2020/21.
A restrição da oferta durante o ciclo 2020/21 combinada a um aumento do consumo global que teve
um incremento de 17% foram fundamentais para uma redução dos estoques globais da pluma. Para o
ciclo 2021/22 é esperado um menor impacto ocasionado pelo avanço da vacinação da pandemia de
Covid-19. Porém, o cenário de desaceleração econômica poderá limitar esse aumento impactado por
custos mais altos de energia e de produção da indústria têxtil. Em meio a esse cenário é esperado um
leve incremento da demanda para 2022. A demanda global de algodão na safra 2021/22 deverá
crescer 3% no comparativo com o ciclo anterior e atingir 27 milhões de toneladas.
Vale apontar que, além dos fundamentos relacionados a oferta e demanda, as elevações nas cotações
do petróleo em 2021 que elevaram os preços das fibras sintéticas e impactam na competitividade da
fibra natural foram fatores que também ofereceram suporte às cotações do algodão. Os preços
internacionais do algodão em Nova Iorque (ICE) chegaram a ultrapassar a barreira de USD 1,0/lp,
patamares que não eram atingidos desde 2011.
Nos Estados Unidos, a competição com culturas como soja e milho, que tem apresentado preços
atrativos ao produtor americano, limitou a expansão da área. Porém, o clima favorável e o aumento da
área plantada levarão a safra americana a alcançar uma produção de 4,0 milhões de toneladas, um
aumento de 25% se comparado ao ciclo passado.
Pontos de Atenção
As exportações da fibra americana devem ser suportadas pela demanda chinesa. Apesar da redução de
5% esperada para as exportações de algodão nos EUA, os estoques de passagem permanecerão em
níveis baixos - o que continuará a dar suporte às cotações da fibra em 2022. O Rabobank estima que as
Algodão cotações da fibra em Nova Iorque entre USD 0,85/lp e USD 0,95/lp nos próximos 12 meses.
O cenário global enfrentará um aumento de 9% na produção algodão, porém um aumento esperado
no consumo global da fibra deverá manter os estoques globais em 2021/22 abaixo dos níveis do ciclo
anterior. O Rabobank acredita que já nesse ciclo 2021/22, a relação estoque/consumo global deverá
atingir níveis menores em relação ao ciclo 2020/21.
1. Oferta/demanda global de algodão 2. Área e produção (pluma) de algodão no Brasil
Produção/Consumo (milhões de ton)
4.0 1.8
15 0 2.0 0.9
10 -2 0.6
1.0
5 -4 0.3
0 -6 0.0 0.0
3. Ritmo de comercialização do algodão em pluma em MT 4. Perspectiva de preços do algodão em Nova York (ICE)
100% 110
Comercialização de pluma (% da
80% 100
produção esperada)
ICE-NY (USc/lp)
60% 90
80
40%
70
20%
60
0%
50
Jan
Jan
Mar
Mai
Ago
Dez
Mar
Mai
Ago
Fev
Jun
Jul
Out
Fev
Jun
Jul
Out
Nov
Dez
Abr
Set
Nov
Abr
Set
Ponto de Atenção
• A alta dos custos dos insumos poderão impactar negativamente a rentabilidade do algodão da
safra 2021/22 e a disponibilidade do produto também deverá ser monitorada.
Algodão • O clima durante o plantio e desenvolvimento do algodão deverá ser monitorado, de acordo com
o IRI e as elevadas chances de ocorrência de La Niña pode beneficiar a cultura com chuvas acima
da média na região Nordeste do Brasil.
Proteína Animal
Riscos e oportunidades para o setor (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
p A Peste Suína Africana (PSA) segue ativa na Ásia, Europa e América do Norte e ainda sem
perspectivas de controle nessas regiões no curto prazo.
p Custos com ração devem ser menores no próximo ano com as expectativas de incremento
na produção da atual safra de grãos.
q Participação ainda maior da China nas exportações brasileiras de carnes elevam os riscos do
setor pela forte dependência desse mercado.
Demanda interna segue desafiada
A recuperação da economia nacional e global com o avanço da vacinação contra a Covid-19, os riscos
climáticos para produção de grãos e pastagens (La Niña), novas projeções de câmbio mais
desvalorizado, lançamento do novo pacote de ajuda financeira, demanda chinesa e as eleições devem
guiar o mercado brasileiro de carne bovina em 2022, que tende a ser tão volátil quanto este ano. Maior
clareza apenas com relação à demanda externa, principalmente da China, que nos volumes exportados
até outubro representou 45% do total embarcado e espera-se aumentos de demanda até pelo menos
2025. No mesmo período do ano anterior, a participação foi de 42%, mostrando que o Brasil tem se
consolidado como maior fornecedor de carne bovina e conquistando ainda mais espaço. Outro ponto
importante é com relação aos preços da ração que devido às projeções de aumento de produção
devem registrar preços médios inferiores ao comercializado este ano, principalmente na segunda
metade do ano.
Com relação às exportações, no acumulado de janeiro a outubro 2021, a China ainda se mantém como
maior destino, seguidos por Hong Kong e os Estados Unidos. Juntos, esses três mercados representam
63% de todas as vendas externas. O ponto de instabilidade fica por conta da suspensão dos embarques
para a China desde 4 de setembro, após a confirmação de dois casos atípicos de EEB. Os dados de
outubro indicam queda de 49% nos embarques totais com relação ao mês anterior, com a China
reduzindo as compras em 93% no mesmo período. Apesar das expectativas para o retorno em breve
sejam ainda positivas, os impactos nas quedas dos preços do boi gordo têm sido significativos.
Porém, quando olhamos para demanda chinesa no médio prazo, as expectativas são de incremento
nas importações. Isso porque as mudanças nos hábitos de consumo durante o período da pandemia
tem elevado o consumo de carne bovina e projetando um cenário de crescimento limitado da
produção local, a única alternativa é aumentar as compras externas. E nesse sentido o Brasil está bem-
posicionado no mercado chines.
Novas oportunidades também podem surgir com os Estados Unidos, que nos dados até outubro
aumentaram em 86% das compras do Brasil e com as expectativas de Real mais desvalorizado pode
ganhar ainda mais competitividade nesse mercado. Devido à suspensão temporária dos embarques
Boi para a China, projetamos uma redução de 2% em volume, em comparação com o ano anterior. E para
2022, ligeira recuperação de 1% nas vendas externas.
Pelo lado dos custos de produção, os custos com ração, que registraram forte escalada nos preços no
ano passado, atingiram o preço máximo em fevereiro e desde então tem adotado tendência de queda.
Já os preços do bezerro atingiram o pico em abril e a partir desse mês só tem se desvalorizado.
1. Indicador do boi gordo 2. Relação de troca boi gordo x bezerro
350 2.5
300 2.3
Relação de troca
Boi Gordo R$/15kg
2.1
250
1.9
200
1.7
150 1.5
100 1.3
1,483
Mil toneladas
Ponto de Atenção
• A falta de mão de obra em outros países produtores como da Europa e América do Norte deve
criar desafios para toda cadeia de suprimentos e pode ser fator adicional de competitividade
Boi •
(além do câmbio) do Brasil no mercado internacional.
Forte valorização da carne bovina no mercado doméstico em momento de fragilidade
econômica elevam os desafios para recuperação do consumo per capita.
Cenário favorável para produção
O cenário de reabertura e recuperação econômica mundial tem favorecido a demanda por carnes,
principalmente as mais baratas como o frango. Desafios pelo lado da oferta, como os altos custos da
ração, do frete marítimo, energia elétrica e os desafios sanitários com a gripe aviária corroboram para
equilibrar o balanço entre oferta e demanda. A China ainda se mantém como principal destino da
carne de frango brasileira, porém o ritmo ainda crescente da produção local nos últimos quatro anos e
a recuperação da produção de carne suína tem reduzido os níveis de importação do país asiático.
Projetamos para este ano um incremento de 5% na oferta de carne de frango chinesa com relação ao
ano anterior. Vale lembrar que além da PSA, a gripe aviária também se mantém ativa no território
chinês e impactando negativamente na produção de frango em algumas regiões.
A queda significativa dos preços da carne suína na China, atingindo patamares abaixo do
comercializado pré-PSA, somado a política de “tolerância zero” do governo para novos casos de Covid-
19, aplicando o “lockdown” logo após a confirmação, tem reduzido a demanda pela carne de frango
em restaurantes e hotéis. Mesmo com esses desafios, esperamos que a oferta chinesa de carne de
frango aumente outros 2% no comparativo anual.
Em 2021, no acumulado de janeiro a outubro, as exportações brasileiras registraram elevação de 9% em
volume e 24% em faturamento, ou seja, os repasses das altas nos custos de produção tem sido
absorvidas pelo mercado internacional. O principal destaque é a queda de 3% nos embarques para a
China, responsável por 15% das compras, e para a Arábia Saudita que cedeu o lugar de 2° maior
importador para o Japão e reduziu a demanda em 16%, reflexo dos embargos feito em maio onde 11
plantas foram suspensas. Porém, no comparativo anual o saldo ainda é positivo devido aos novos
destinos que tem ganhado espaço nas exportações brasileiras. Emirados Árabes e África do Sul têm
registrado incrementos de 25% e 17% no acumulado até outubro, em volume. Na Europa, Holanda e
Reino Unido também tem aumentado significativamente as importações, e não menos importante, o
México que no acumulado do mesmo período saltou de 14 mil toneladas para 99 mil toneladas
(+622%).
Frango Expectativas se mantêm positivas para grande parte dos destinos em 2022, porém no caso do México
as oportunidades de crescimento nos embarques estão mais limitados para o próximo ano. Isso
porque, os Estados Unidos, com sérios desafios na oferta de mão de obra, têm enviados grandes
remessas de frango para serem desossadas no México, com garantias de preços menores. E pelo lado
da oferta, os altos custos com alimentação podem limitar a produção, porém, as expectativas de
recuperação na produção suína após forte queda no ano passado, deve limitar a capacidade de
importação da carne de frango.
1. Preço da carne de frango – atacado de SP 2. Preço do frango vivo e do milho
6.5 100.0
9
6.0 90.0
8 5.5 80.0
7 5.0 70.0
R$ / saca
4.5 60.0
6
R$ / kg
R$ / kg
4.0 50.0
5 3.5 40.0
4 3.0 30.0
2.5 20.0
3
2.0 10.0
2
Milhões de toneladas
Mil toneladas
Ponto de Atenção
• A carne de frango deve se manter como destaque entre as proteínas animais, principalmente no
cenário de retomada econômica e recuperação do consumo doméstico.
Frango • Novos destinos podem ganhar espaço nas exportações brasileiras, com as tendências de queda
de importação da China e Arábia Saudita e somado as expectativas de câmbio ainda mais
competitivo no mercado internacional.
Oferta deve seguir em alta
Oferta global de carne suína deve registrar mais um aumento em 2022, seguindo o ritmo de retomada
da produção chinesa. Porém, devido à recuperação da oferta mais rápida que a demanda, os preços
internacionais devem seguir pressionados durante o ano. No caso da China, a melhora na produção
também tem sido a custas de liquidação de rebanho e matrizes (margens de produção estreitas e nova
variante da PSA afetando algumas regiões), o que deve impactar diretamente na velocidade de
recomposição do mesmo. Pelo lado da demanda do país asiático, a política de “tolerância zero” para
novos casos de Covid-19 tem ocasionados novos lockdowns e trazido mais instabilidade para
demanda, principalmente por foodservice.
Este cenário explica a queda nos embarques para a China no 3° trimestre e sinaliza que as compras
devem se manter neste nível até o final do ano. Projetamos uma queda nas importações chinesas em
aproximadamente 10%, em volume, com relação ao ano passado e recuperação do rebanho suíno em
10% no mesmo período. O movimento de abate de matrizes em algumas regiões somado aos altos
custos de produção e queda do faturamento devem impactar no ritmo de recuperação do rebanho em
2022, e com isso, esperamos um novo aumento de 5% no plantel suíno.
Mesmo com a redução nas compras este ano, a carne suína brasileira tem consigo ganhar mais
competitividade e os dados acumulados até outubro mostram uma elevação de 14% nas importações
da China no comparativo anual, se consolidando como 2° maior exportador atrás apenas da Espanha.
Considerando os embarques totais, o aumento é de 13% em volume e 21% em faturamento no
mesmo período. Projeções de Real mais desvalorizado para o próximo ano, podem trazer ainda mais
oportunidades para carne brasileira, mesmo com a expectativa de nova queda na demanda do país
asiático. O Rabobank espera que as exportações registrem novo recorde com aumento de 1% no
comparativo anual.
Já no mercado brasileiro, o equilíbrio entre oferta e demanda por carne suína tem registrado diferenças
nas regiões produtoras, refletindo não apenas nas margens de produção, mas também nos diferentes
cenários de demanda (interna e externa). De maneira geral, os incrementos na oferta tem desafiado a
Suínos demanda, principalmente local, e dificultado os aumentos de preços tanto do suíno vivo como da
carcaça.
Em relação à oferta, de acordo com dados da PTA-IBGE, a região Sul, maior produtora e exportadora,
elevou a produção no 1° semestre de 2021 em 7,8% (volume), não somente devido ao aumento da
demanda interna, mas também pela maior demanda externa, principalmente da China.
1. Preço da carne suína – atacado SP 2. Preço do suíno vivo e do milho
14 9.5 100
13 90
8.5
12
7.5 80
11
R$ / kg
9 60
5.5
8 50
7 4.5
40
6 3.5 30
5
4 2.5 20
1.5 10
Carne Suína
Suíno Vivo - PR Milho - Oeste do Paraná
1,296 1,309
4,352 4,461 1,178
3975 4,125
3,700 3,725 3,763
3,519
3,330 3,335 3,400
832 861
Mil toneladas
Mil toneladas
776
722
661 627
585 556
Ponto de Atenção
• Pesquisas para desenvolvimento da vacina contra PSA têm avançado no mundo, porém ainda
Suínos •
sem expectativas para lançamento comercial da vacina no curto prazo.
Mesmo com a expectativa de menor demanda chinesa por carne suína, o fator cambial pode
trazer novas oportunidades para as exportações brasileiras.
Café
Riscos e oportunidades para o setor (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
p Rabobank estima a safra 2022/23 brasileira em 63,5 milhões de sacas, sendo 42 milhões
para o tipo arábica (queda de 21% para o arábica em relação ao último ciclo de alta).
p Gargalos logísticos devem continuar impactando o fluxo global de café em 2022. O índice
WCI indica aumento de 250% nos fretes conteinerizados, nos últimos 12 meses.
p Demanda global de café continua aquecida. O Rabobank projeta o consumo global 2021/22
em 168,6 milhões de sacas, 2,4% maior em relação à 2020/21.
Café meses, os estoques de café na Europa, EUA e Japão diminuíram, respectivamente, 8,5%, 5,9% e 7,0%.
Desde julho 2021, os estoques certificados de Nova Iorque apresentaram uma rápida queda de quase
350 mil sacas. Embora ainda existam preocupações com a Covid-19 nessas regiões (aumento de casos
ou surgimento de novas variantes), principalmente com a aproximação do inverno no hemisfério
norte, seguimos otimistas para o consumo. O Rabobank projeta a demanda global 2021/22 em 168,6
milhões de sacas, crescimento de 2,4% em relação ao ciclo anterior.
1. Consumo global de café 2. Preços de café
220 1,400
180 162.6 164.6 168.6
1,300
160 200
1,200
Milhões de sacas (60 kg)
U$c/lp
100 900
80 140 800
60 120 700
40 600
20 100
500
0 80 400
% Estoque/Uso
16.8 21.5 5.0 30%
20.7
20.7
12.5
0.0 20%
Ponto
Whatde
toAtenção
watch
• O Rabobank projeta o consumo 2021/22 brasileiro em 21,5 milhões de sacas, 0,5% acima em
relação a 2020/21 (maiores detalhes aqui).
Café •
•
Torrefadores devem repassar ao consumidor o aumento dos custos de matéria-prima (café
verde). Porém, não acreditamos em um grande impacto no consumo global.
Bons volumes de chuvas são previstos até o final de 2021. A partir de 2022, incertezas pairam
sobre a manutenção das precipitações. Caso as condições continuem favoráveis, a produção
brasileira de café arábica pode atingir até 48 milhões de sacas em 2022/23.
Cana, Açúcar e Etanol
Riscos e oportunidades para o setor (impacto nos preços: p alta n neutro q queda)
▪ O preço internacional de açúcar é devem seguir firmes em 2022, tanto para incentivar um
mix alto de açúcar no Brasil, em mais um ano de escassez de cana, quanto para garantir a
disponibilidade de açúcar indiano no mercado internacional no primeiro semestre do ano.
Cana, açúcar Como sempre, existem muitas variáveis a serem ponderadas para chegar em uma previsão preliminar
de moagem para a próxima safra. Por enquanto, o que parece provável é que o começo da safra
2022/23 seja tarde, para maximizar a chance de recuperação e desenvolvimento da cana. Mesmo se
e etanol
houver condições climáticas favoráveis durante a entressafra, com muito foco nos tratos culturais,
parece provável que a recuperação da moagem seja apenas parcial, em até 550 milhões de toneladas.
E, caso o clima na entressafra não voltar para normalidade e continuar abaixo do ideal, a moagem em
2022/23 no centro-sul ficaria igual ou até um pouco menor que a projetada para 2021/22.
1. Oferta/demanda global de açúcar 2. Preço internacional de açúcar
Premissas:
1. Câmbio médio: 5,55 BRL/USD
2. Sistema atual de precificação
da gasolina
3. Estrutura tributária atual
Ponto de Atenção
•
Cana, açúcar
Novamente, o clima durante a entressafra será fator determinante para o potencial da safra
2022/23 do centro-sul. Por enquanto, o mercado trabalha com expectativa de moagem em uma
faixa entre 530 – 550 milhões de toneladas.
• A contribuição dos preços dos combustíveis à alta da inflação em 2021 provocou uma série de
e etanol propostas para mexer com o sistema de precificação e/ou impostos. As projeções para os preços
internacionais e para o câmbio sugerem estabilização, mas, pouco alívio em 2022. Assim,
intervenções no mercado durante 2022 permanecem como possibilidades.
Leite
Riscos e oportunidades para o setor (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
p O preço ao produtor deve se manter elevado em 2022 com crescimento limitado da oferta.
Leite incertezas políticas e econômicas em ano eleitoral. O desempenho econômico esperado não deve ser
suficiente para recompor o poder de compra do consumidor e nem para aliviar significativamente o
elevado nível de desemprego (hoje, próximo de 13%). Por um lado, parece provável esperar uma
continuação do programa de transferência de renda em 2022, o que deve ajudar o consumidor de
baixa renda.
1. Preços internacionais (GDT) 2. Preço ao produtor líquido (R$/litro)
7,000 2.6
6,000 2.4
5,000 2.2
USD/tonelada
4,000 2.0
1.8
R$/litro
3,000
1.6
2,000
1.4
1,000
1.2
0 1.0
set-16
set-17
set-18
set-19
set-20
set-21
jan-16
jan-17
jan-18
jan-19
jan-20
jan-21
mai-16
mai-17
mai-18
mai-19
mai-20
mai-21
0.8
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Manteiga Leite em pó desnatado
Leite em pó integral Cheddar 2017 2018 2019 2020 2021
Mil toneladas
-5,000
R$/vaca/dia
30 -10,000
-15,000
25
-20,000
20
-25,000
set-18
jan-19
set-19
set-20
jan-21
set-21
jan-20
mar-19
mai-19
mar-20
mai-20
mar-21
mai-21
nov-18
jul-19
nov-19
jul-20
nov-20
jul-21
15
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Ponto
Pontosde
deAtenção
Atenção
•• A definição
Paradas do programa
significativas em de auxílio
2018 podem emergencial será importante
ajudar a manter para avaliar
os preços elevados comocomo
em 2018 o consumo
irá reagir no início
aconteceu em 2017. de 2022.
Leite •
•
A volatilidade
Várias
das
empresas
suas
em 2018.
morna.
dabrasileiras
taxa de câmbio
capacidades de BHKP.
poderá abrir
tem sinalizado
Novos projetos
janelasem
interesse
de
para exportação
considerar
investimento podem
nos próximos
projetos
ser
12 meses.
de expansão
As margens da indústria devem permanecer pressionadas com leite caro no campo e já
anunciados demanda
Suco de Laranja
Riscos e oportunidades para o setor (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
q A demanda global parece dar sinais de novas quedas em 2021, após uma recuperação
pontual em 2020 devido aos impactos de curto prazo gerados pela pandemia.
p O mercado global está com pouco espaço adicional para novos problemas de oferta.
CitrusBR estima estoques de passagem para o final de 2021/22 em apenas 180 mil
toneladas. O que deve ajudar a sustentar os preços internacionais do FCOJ e NFC.
Demanda menor impacta preços
A safra 2021/22 em São Paulo deve encerrar com volumes próximos de 265 milhões de caixas pelo
segundo ano consecutivo, frustrando assim, as expectativas de início de safra que apontavam para
uma recuperação da oferta no principal parque citrícola do mundo. O período de seca mais intenso
dos últimos 90 anos aconteceu em 2021, ao longo do segundo e terceiro trimestres, impactando
significativamente a produtividade dos pomares para a safra atual. Adicionalmente, múltiplas floradas
irregulares, geadas no inverno (em julho) e o estresse acumulado das árvores (nas duas safras
anteriores), se somaram ao déficit de chuvas, levando a uma segunda safra abaixo de 270 milhões de
caixas. Como consequência da menor oferta de laranja, a produção de FCOJ e NFC em São Paulo deve
fechar abaixo das 900 mil toneladas FCOJ equivalentes em 2021/22. A oferta limitada de matéria-prima,
tem contribuído para manter o preço da laranja em patamares elevados ao longo de 2021 (preço spot
de R$ 30-35/caixa), o que tem em parte compensado as perdas de produtividade para o produtor, mas,
tem impactado negativamente nas margens da indústria.
Na Flórida, o cenário para a citricultura continua muito desafiador, com novas quedas na produção. O
último relatório de safra publicado pelo USDA em outubro de 2021, apresentou uma estimativa de
apenas 47 milhões de caixas para 2021/22, queda de 11% em relação à safra 2020/21. A elevada
incidência de greening, baixo nível de investimentos em novos pomares e custos de produção
elevados estão entre os fatores da contínua queda de produção. Por outro lado, a produção no México
deve apresentar uma recuperação em 2021/22 com menos problemas climáticos e, atingir uma
produção de cerca de 200 mil toneladas (FCOJ equivalente). Já na Europa, espera-se uma safra um
pouco melhor para 2021/22, estimada em 100 mil toneladas de FCOJ equivalente para a União
Europeia.
Em relação à demanda global, os números apontam que a recuperação no consumo vista em 2020,
influenciada pela pandemia, pode ter sido de fato um evento temporário. A maior procura por fontes
Suco de de vitamina C e alimentos saudáveis, somadas ao aumento por consumo de alimentos no lar durante o
período da manhã, certamente contribuíram para o crescimento da demanda por suco de laranja em
2020 e no início de 2021. Porém, após uma alta nas vendas de suco de laranja refrigerado no varejo dos
Laranja EUA de 17% (em valor) em 2020 comparado com 2019, os dados mais recentes da consultoria IRI
apontam para queda de 5% nos primeiros dez meses de 2021.
1. Oferta global de suco (FCOJ equivalente) 2. Demanda global de suco (FCOJ equivalente)
milhões de toneladas FCOJ equivalente 2.5 2.5
1.0 1.0
0.5 0.5
0.0 0.0
2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21 2021/22e 2015/16 2016/17 2017/18 2018/19 2019/20 2020/21e 2021/22e
Ponto de Atenção
•
Suco de
O preço do NFC tem apresentado estabilidade (preços próximos de USD 450/tonelada) com
demanda firme nos principais mercados importadores.
• A CitrusBR estima que os estoques de passagem para a indústria brasileira podem atingir o
menor nível dos últimos 5 anos em maio de 2022, atingindo 180 mil toneladas de FCOJ
Laranja equivalente.
Celulose
Riscos e oportunidades para o setor (impactos nos preços p Alta n Neutro q Queda)
Celulose deverá completar a fábrica de Paso de Los Toros no Uruguai, com capacidade para produzir 2,3
milhões de toneladas de BHKP. Enquanto a Arauco, no Chile, deve completar o projeto MAPA, que
deverá gerar um aumento na produção de BHKP em 1 milhão de toneladas. Além desses
investimentos, outros projetos devem entrar em operação a partir de 2023, incluindo a expansão da
CMPC em Guaíba/RS, com aumento de capacidade de 350 mil toneladas e, o projeto da Suzano no
Mato Grosso do Sul, com estimativa de 2,6 milhões de toneladas de BHKP a partir de 2024.
1. Capacidade global por tipo de celulose 2. Exportações brasileiras de celulose
60 56 1800
49 1600
50
Milhões de toneladas
1400
milhares de toneladas
40 36
1200
1000
30
22 24
22 800
20 600
11 11 10 11
7 7 9 7 8
10 400
200
nov-18
nov-19
nov-20
set-18
set-19
set-20
set-21
jan-19
jan-20
jan-21
mar-19
mai-19
mar-20
mai-20
mar-21
mai-21
jul-19
jul-20
jul-21
0
2016 2021e 2026f
BHKP BSKP Dissolving Fluff Outros Exportações de celulose Média 12 meses
1,200
USD/ tonelada
320
300 1,000
280 800
260
600
240
400
220
200 200
fev-19
out-18
abr-19
out-19
fev-21
fev-20
abr-20
out-20
abr-21
out-21
ago-19
ago-20
ago-21
dez-18
dez-19
dez-20
jun-19
jun-20
jun-21
set-18
set-19
jan-20
set-20
set-21
jan-19
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mar-19
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mai-20
mai-21
nov-18
jul-19
nov-19
jul-20
nov-20
jul-21
Ponto de Atenção
• A entrada de novas capacidades em 2022 poderá impactar o equilíbrio do mercado.
• A retomada da China no início de 2022, após restrições de produção industrial, será essencial
Celulose •
para sustentar os preços internacionais.
Estoques globais levemente superiores podem dificultar a recuperação dos preços para a
celulose de fibra curta no primeiro semestre de 2022.
Araçatuba (SP) Querência (MT)
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