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2 de agosto de 2021
Agosto 2021
Asset
Strategy
2 de agosto de 2021
Macro Research - BTG Pactual digital
03 Alocações Sugeridas
Em agosto, ajustamos nossa exposição em
05 Macro Strategy
No mercado internacional, variante delta traz
renda f ixa em função das oportunidades
com alta de juro. Em renda variável, 5 alguma preocupação, mas não altera nosso
cenário base. No Brasil, cenário ainda é de
seguimos construtivos com Brasil, que preocupação com a dinâmica de inflação e
ainda não entregou os retornos esperados também a discussão fiscal para 2022. Em
da reabertura e vacinação. termos de atividade, visão segue positiva.
07 Tese de Alocação
Global ainda focado em EUA, observando
12 Análise Detalhada
Nesta sessão, apresentamos as
China e com olhos táticos para Europa. rentabilidades dos índices de referência, o
Local ainda construtivo para teses ligados ao desempenho detalhado das carteiras
ciclo doméstico, mas deterioração das sugeridas, nosso suitability de risco e um
expectativas de inflação seguem suportando glossário ao final.
nossa visão atrativa para títulos pós-fixados
e atrelados ao IPCA. 1
Asset Strategy
Mercado local ainda não colheu os retornos completos da
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• No Brasil, PIB acelera, mas atual cenário de inflação deve forçar BCB mais firme no ciclo
de alta da taxa Selic. Nesta toada, câmbio pode apreciar no final do ano e pós-fixados ficam
mais atrativos.
• Política local começa a fazer preço nos ativos: debate sobre orçamento de 2022 associado
ao menor espaço fiscal pode refletir em maior risco-país.
Indicadores de Mercado
Em julho, bolsa americana performou bem mesmo com avanço da variante Delta, ajudada pela queda de 15% nos
juros americanos de 10 anos. No Brasil, ativos de risco performaram mal. Além de multimercado, Ibovespa teve
mês muito negativo em todos os setores, com quedas significativas do setor financeiro e de materiais básicos.
Pós-Fixado Prefixado Inflação Ibovespa S&P 500 Taxa de Câmbio FI Imobiliário Multimercados
Comitê Rentabilidade
de Alocação das Alocações Sugeridas
Renato Mimica Para o acompanhamento da rentabilidade das nossas sugestões, cada classe e subclasse de
Álvaro Frasson ativo recomendada irá refletir o desempenho do seu índice de referência, apresentado na sessão
Arthur Mota Análise Detalhada deste relatório. Portanto, as alocações sugeridas apresentam desempenhos
Leonardo Paiva teóricos, mas fruto de índices reais. Logo, o objetivo é trazer uma referência de retorno que cada
perfil de investidor pode alcançar com o seu portfólio.
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Asset Strategy
Asset Strategy
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Conservador
Intensificamos nossa alocação em pós-fixados (67,5%) para este perfil,
ainda alinhado com nossa visão de oportunidades no novo ciclo de alta de
juros. Por sua vez, dado os desafios esperados para agosto envolvendo a
curva de juros, ajustamos marginalmente a alocação em Inflação (7,5%),
mas mantendo a proteção para o atual cenário.
Para os demais ativos, reduzimos a volatilidade implícita da estratégia com
ajuste nas posições em multimercado.
Balanceado
Neste mês, seguimos vendo que 15% em ações brasileiras como uma
exposição adequada para este perfil. Ainda vemos oportunidade na
retomada da economia local, em linha com a diversificação proposta pela
a Carteira Recomendada de Ações 10SIM.
Em renda fixa, também ajustamos para cima nosso pós-fixados (35%), em
linha com movimento de juros. Por sua vez, vemos como oportuno para o
mês um ajuste marginal na posição em multimercado líquido e alternativo,
melhorando a eficiência do retorno esperado versus o risco.
Sofisticado
Neste mês, retiramos a posição em prefixado dado o risco ainda latente
de uma inflação elevada demandar mais juros e afetar tal subclasse.
Por sua vez, ainda vemos oportunidades nas ações de empresas
domésticas (22,5%) e ainda com posição relevante em ações
internacionais (7,5%), dado o ambiente de ampla liquidez – mesmo que os
retornos esperados sejam mais moderados.
Assim como nos demais perfis, ajustamos nossa posição em multimercado
(30%) e seguimos bem construtivos para o cenário de recuperação dos
fundos de investimento imobiliário (10%) nos próximos meses.
Alterações
Conservador Balanceado Sofisticado
do Mês Julho >> Agosto Julho >> Agosto Julho >> Agosto
Renda Fixa 70,0% 5,0% 75,0% 45,0% 5,0% 50,0% 25,0% 5,0% 30,0%
Pós-fixado 60,0% 7,5% 67,5% 30,0% 5,0% 35,0% 12,5% 7,5% 20,0%
Prefixado 2,5% -2,5%
Inflação 10,0% -2,5% 7,5% 15,0% 0,0% 15,0% 10,0% 0,0% 10,0%
Renda Variável 10,0% 0,0% 10,0% 20,0% 0,0% 20,0% 30,0% 0,0% 30,0%
Brasil 7,5% 0,0% 7,5% 15,0% 0,0% 15,0% 22,5% 0,0% 22,5%
Internacional 2,5% 0,0% 2,5% 5,0% 0,0% 5,0% 7,5% 0,0% 7,5%
Multimercado 15,0% -5,0% 10,0% 27,5% -5,0% 22,5% 35,0% -5,0% 30,0%
Líquidos 15,0% -5,0% 10,0% 20,0% -2,5% 17,5% 22,5% -2,5% 20,0%
Alternativos 7,5% -2,5% 5,0% 12,5% -2,5% 10,0%
FI Imobiliário 5,0% 0,0% 5,0% 7,5% 0,0% 7,5% 10,0% 0,0% 10,0%
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Em julho, o ambiente desfavorável a ativos de risco no Brasil penalizaram as carteiras com maiores
posições em ações e em multimercados e, dado o cenário de deterioração das expectativas de inflação,
títulos de renda fixa pós-fixados tiveram um desempenho muito satisfatório, pois o mercado começou a
precificar maior necessidade de juros na próxima reunião do Copom.
Logo, o perfil conservador teve um melhor desempenho já que tinha maior parcela da sua carteira em ativos
com menor risco de mercado. O desempenho dos perfis balance ados e sofisticados tiveram contrapeso
positivo em função dos percentuais alocados em renda variável internacional e em fundos imobiliários.
Para agosto, mantemos parcelas significativas em renda variável e multimercados por entender que a tese
de recuperação econômica (seja local, seja internacional) ainda apresenta espaço para capturar retornos
atrativos em ativos de maior risco.
Contudo, ajustamos nossas posições de forma gradual na direção da renda fixa pós-fixada, a fim de diminuir
a volatilidade implícita que as incertezas do mercado local ainda podem trazer para as alocações sugeridas.
Macro Strategy
Nossa expectativa de desaceleração da economia chinesa e americana continua sendo confirmada pelos
dados de mais alta frequência, motivando nossa visão de entrada de meio de ciclo econômico. Enquanto a
China está na fase mais avançada do ciclo de recuperação do COVID, tendo já iniciado um processo de
retirada e ajuste fino dos estímulos, os EUA seguem envoltos nas definições das políticas fiscal e
monetária: os pacotes fiscais de Biden e o timing da retirada de estímulos monetários de Powell
seguem como os principais drivers de preço de mercado nos próximos meses até o final do ano.
A nova onda da variante Delta e as dificuldades em algumas cadeias produtivas da indústria – em especial
aquelas que necessitam de semicondutores – alimentam um mercado mais cauteloso à frente para a
“entrega” do crescimento já precificado nos principais ativos cíclicos. A despeito desse risco de curto prazo,
vale lembrar sempre que ainda vemos um cenário de crescimento acima do potencial para as
principais economias tanto no restante de 2021 quanto em 2022, o que sustenta um ambiente de apetite
à risco.
Na esteira do debate do futuro da política monetária e liquidez global, julho trouxe informações
relevantes com o Fed não colocando a Delta como uma preocupação elevada na reunião do FOMC, além
de sugerir que a economia americana está em direção às metas estabele cidas para uma movimentação em
sua política monetária.
Por sua vez, reconheceu que a inflação pode ficar num patamar mais elevado e persistente a depender dos
gargalos na produção e que, nesta última reunião do FOMC, se iniciou o começo do debate entre
composição e ritmo da redução do seu programa de compra de ativos – o tão falado tapering. No campo
fiscal, os Democratas seguem na sua cruzada para aprovação de dois amplos pacotes, o bipartidário de
mais de US$ 1 trilhão envolvendo a infraestrutura, sendo US$ 550 bilhões de gastos novos, e o outro pacote
focado nas famílias de US$ 3,5 trilhões.
Esse movimento deve continuar a dar suporte ao dólar global (DXY) nesse patamar mais elevado nos
próximos meses vis-à-vis o início do ano. Por sua vez, ainda entendemos que o juro de 10 anos deve
ganhar força até o final do ano, mas que esse movimento não será abrupto como ocorreu no tapering de
2013.
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Por sua vez, a China intensificou sua cruzada regulatória nos setores de tecnologia e, agora, também em
educação. Embora o movimento ocorra no mesmo momento de uma acomodação do crescimento – o que
acaba por elevar ainda mais a percepção de risco – não devemos ver uma intenção direcional de “destruição
do PIB” por parte do Governo Central, mas um alinhamento maior para com seus planos e objetivos
planificados de médio e longo prazo.
Os próximos meses devem mostrar a contabilidade do processo de reabertura e normalização das
atividades no Brasil. Os indicadores mais soft data, como o caso dos índices de confiança setorial já para
o mês de julho, seguem apontando uma recuperação do otimismo por parte dos empresários e
consumidores não só para a situação atual, mas principalmente em relação às expectativas para os
próximos meses. Como consequência, pavimenta-se uma potencial recuperação do consumo e também da
tomada de risco e investimento dos principais agentes da economia.
No âmbito político local, a retorno das atividades parlamentares darão holofote a Reforma Tributária e ao
Orçamento de 2022. Na tributária, atenção aos debates sobre modificações nas alíquotas de IRPJ e
escalonamento da tributação de dividendos, uma vez que a ren úncia fiscal apresentada na relatoria do
Deputado Celso Sabino assustou parte do mercado e jogou risco na curva de juros.
Inflação Brasil – Expectativas acelerando (%) Vacinação Brasil: Cenários 1ª dose (% população)
Fonte: Banco Central e BTG Pactual digital Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital
No âmbito macro, o principal risco doméstico continua sendo a inflação, que segue acelerando nesse meio
de ano e com choques que podem ser transitórios (como caso de energia, gasolina e alime ntos in natura),
mas outros nem tanto (especialmente os preços do setor de serviços). Nesse sentido, nosso cenário de
IPCA de 6,8% para o final do ano ainda conta com riscos de novas revisões para cima, o que poderia
demandar uma nova análise de nosso cenário de Selic de 7,5% nesse ano.
Entendemos que o ambiente para o Banco Central está ainda mais desafiador e os próximos passos
da sua política e comunicação serão decisivos para recalibragem de nosso panorama e das nossas teses
de alocação. Vemos um ajuste de mais 1 p.p. da Selic agora em agosto e acreditamos ser necessário
o Copom comunicar outro ajuste de igual magnitude para a reunião de setembro a fim de controlar as
expectativas de inflação e diminuir a volatilidade do mercado de juros.
Dessa forma, ainda vemos suporte para nossa expectativa de câmbio em R$/US$ 4,90 no final do
ano, mesmo ressaltando que sua trajetória não será linear, sobretudo no curto prazo com a volta do
recesso parlamentar e a discussão do Orçamento de 2022 numa situação em que o espaço do teto dos
gastos é cada vez menor, dado o aumento da inflação esperada para o final do ano. O BC mais hawkish
na reunião de agosto poderia ser uma válvula de escape para dar apoio à nossa moeda.
Em linhas gerais, ainda estamos entrando na janela de tempo em que os dados mais oportunos de atividade
econômica (junho em diante) serão divulgados, e temos um viés positivo para a expectativa de
crescimento de 5,3% para este ano, ainda que tal revisão seja menos exuberante como ocorreu nos
últimos meses. Dessa forma, ainda temos tom positivo para o timing de Brasil, mas com uma preocupação
maior do que antes para o cenário de inflação deste e do próximo ano.
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Asset
Julho Strategy
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Tese de Alocação
Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: AAII e BTG Pactual digital
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Renda Fixa
Após o bom resultado das nossas alocações em RF ao longo de julho, seguimos com nosso posicionamento
de aproveitar o novo ciclo de alta de juros a partir da exposição em pós-fixados, mas naturalmente com a
proteção do cenário de inflação pressionada à frente. Como consequência deste cenário, que ref letiu na
abertura da curva de juros e, em especial, nos vencimentos mais curtos, não recomendamos estruturalmente
prefixados neste momento para nenhum perfil de risco.
Movimento recente do mercado foi de uma reprecificação altista do juro nos vértices iniciais e que nos motiva
a continuidade de uma visão mais cautelosa para essa subclasse. Dado a liquidez em duration mais curtas,
acreditamos menos em uma alocação estrutural e mais em uma eventual participação tática a depender do
produto, com viés mais para crédito do que para título público.
Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital
Curva de Juros Pré x DI Juro 10 anos prefixado no Brasil
Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital
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Renda Variável
O movimento dos juros nos EUA deverá ditar o apetite por ações nos próximos meses , mas ainda
assim vemos os mercados ainda concentrados nessa classe de ativo – reflexo da escassez de alternativas
e ainda um ambiente de ampla liquidez. A continuidade de um crescimento global acima do seu potencial
seguirá pavimentando bons resultados das principais empresas de qualidade negociadas lá fora.
Por outro lado, é preciso ressaltar que as economias estão em fases diferentes do ciclo de recuperação,
com China mais avançada, seguida por Estados Unidos e acompanhados de trás por Europa e Brasil.
Momento de reabertura favorece Brasil, mas há bons resultados para serem capturados em Europa e ainda
no EUA – que exigirá seleção mais criteriosa.
Internacional: Estados Unidos seguirá guiando a performance global após desafios na China
Nos EUA, o S&P 500 voltou a entregar bons resultados ao longo de julho mesmo com temores de variante
delta. O fluxo global migrou novamente para os EUA para capturar a boa temporada de resultados e para
arrefecer outros riscos, sobretudo em mercados emergentes. Ain da assim, vale destacar que a alta teve
importante contribuição de setores mais defensivos, como health care, utilities e consumo não cíclico. A
preocupação com crescimento global acabou afetando todos as estratégias mais cíclicas, em especial o
preço de petróleo e ações do segmento de energia. Vemos espaço para esse último setor adicionar bons
resultados ao longo dos próximos meses, assim como o setor financeiro, guiando o mercado global.
A Europa também apresentou performance positiva no mês, com contribuição importante do setor industrial
e de tecnologia. Reforçamos que dado a expectativa de pico de crescimento nesse trimestre, os ativos
cíclicos e de valor ainda devem oferecer uma relação saudável de retorno esperado e risco para o
mercado europeu como um todo. Em termos de setores, devem seguir contribuindo para essa trajetória o
consumo cíclico, bem como o setor financeiro e industrial.
Por fim, em relação à China, a nossa estratégia mais cautelosa para alocação, que era baseada no estágio
do ciclo e expectativa de resultados, bem como monitorando os riscos regulatórios provou -se certa.
Reforçamos ainda que o timing de entrada precisa ser mais cauteloso, mesmo considerando o ajuste fino
das suas políticas de estímulo esperado para os próximos meses. O balanço de risco regulatório e cíclico
ainda sugere para uma posição subalocada ou neutra no país no curto prazo.
Rentabilidade 6 meses (%) Rentabilidade Ações Small vs Large
Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital
Setor Financeiro supera Índice com alta de juro Rentabilidade Setorial em 2021 (%)
Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital
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Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital
Small Caps superam Large em retomada Performance Setorial no Brasil (%)
Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital
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Multimercado
Em multimercados, os fundos da categoria foram penalizados ao longo de julho em posições compradas no
juro longo americano e também no Real. O IHFA exibiu variação negativa de 1,17% em julho, mas entrega
uma alta de 2,1% no ano e de 5,9% em 12 meses.
A despeito do impacto negativo do mês, ainda vemos essas duas posições como boas estratégias para o
restante do ano, embora o balanço de risco demande um ajuste nas nossas estratégias. Como ainda
estamos vigilantes com mercados emergentes, como foco maior em Brasil, preferimos a exposição direta.
Por sua vez, com movimento mais intenso de políticas monetárias e juros básicos, tais fundos
(multimercados) tendem a capturar bem os movimentos das demais paridades de câmbio que vão além do
Real vs Dólar, sendo ainda exposição importante para a nossa estratégia.
IHFA: Últimos 12 meses vs CDI (%) IHFA vs IMA-B 5 desde a crise em 2020
Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital
Fundos Imobiliários
Para fundos imobiliários, ainda não vemos uma disseminação da variante delta no país - embora já esteja
presente e seja a mais transmissível. O risco epidemiológico para o segmento imobiliário segue diminuindo,
sobretudo alinhado ao nosso cenário de vacinação. Dessa forma, ainda há fundos tijolos bem posicionados
– que apresentam valuations atrativos, abaixo do valor patrimonial e do custo de reposição.
Em julho, o IFIX apresentou alta de 2,5%, com contribuição positiva de lajes corporativas, galpões,
shoppings e segmento de recebíveis. O movimento reflete em boa parte uma reversão do choque negativo
da apresentação da segunda fase da proposta de reforma tributária, com a nova proposta do relator
mantendo a isenção da distribuição de dividendos dos FIIs e assegurando a competitividade do produto.
Com a saída do risco tributário da mesa, ainda enxergamos uma taxa de vacância em tendência cadente no
curto e médio prazo para galpões logísticos e um avanço positivo nas vendas dos shoppings, mas um
cenário ainda desafiador para as lajes corporativos. Acompanhe a Carteira de Fundos Imobiliários do BTG
Pactual digital.
IFIX depende também da melhora do juro longo Retorno 6 meses (%): IFIX é menos volátil que pares
Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: Bloomberg e BTG Pactual digital
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2Asset Strategy
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Análise Detalhada
Índices de Referência
Em julho, as maiores rentabilidades dentre todas as nossas exposições ficaram no componente
internacional, com as posições de ações internacionais do S&P 500 e de Europa entregando alta de 5,99%
e de 4,13% respectivamente, lembrando que não possuem hedge cambial e o câmbio ajudou de forma
relevante para tal performance. Vale reforçar que não tinhamos alocação em China, que mostrou queda de
mais de 10% no mês. A performance abaixo considerada os resultados desde o dia 1 de julho, quando
lançamos nosso Asset Strategy (e não desde 30 de junho, que é usualmente considerado para o
mês).
Por sua vez, na alocação mais arriscada na parte doméstica, destaque negativo para o SMLL (4,86%) e
também do próprio Ibovespa (3,94%), que sofreram com a a aversão de risco global ao longo do mês e o
risco doméstico por conta da sustentabilidade fiscal no último dia do mês. Por serem riscos sistêmicos, as
small caps acabaram mostrando pior performance pois são históricamente mais voláteis. Ainda assim é
importante pontuar que em 2021, o SMLL se valoriza 4,96%, praticamente o do retorno do IBOV no mesmo
período, com 2,3%.
Por fim, toda a curva média e longa acabou por entregar performance negativa no mês, mesmo com
um bom comportamento do juro nos EUA. O risco fiscal no dia 30 de julho provou forte abertura de taxa
e afetou negativamente, por marcação à mercado, os títulos de IPCA+ do IMA-B e prefixados do IRF-M.
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Relação Volatilidade e Nota de Risco – Classe Relação Volatilidade e Nota de Risco – Estratégia
Fonte: Anbima, Bloomberg e BTG Pactual digital Fonte: Anbima, Bloomberg e BTG Pactual digital
É importante ressaltar que o Asset Strategy busca alinhar a nota de risco da estratégia para cada perfil,
mesmo considerando ativos mais arriscados para perfis mais conservadores. A gestão de risco é feita
baseado na análise top-down macro, além da avaliação quantiativa das sugestões de alocação, mas
pensando como um portoflio e estratégia.
Nesse sentido, não há conflito em alocação de um ativo de risco moderado para um perfil conservador
(apenas um exemplo), desde que respeitando as demais alocações para não fugir do suitability. Dessa
forma, a relação entre o risco pelas notas de anbima e a volatilidade esperada para cada uma das nossas
estratégias de alocação seguem a relação linear esperada.
1
https://www.anbima.com.br/data/files/92/76/52/EC/B349E61055FEC5E6192BA2A8/Regras_e_Procedimentos_do_Codigo_de_
Distribuicao_11.11.19.pdf
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Glossário
Índices de Referência (Benchmark)
Renda Fixa
CDI: é o principal benchmark para o mercado de renda fixa em pós-fixados. O Certificado de Depósito
Interbancário é um título financeiro das operações entre bancos, sendo utilizado no cálculo da taxa DI que, por sua
vez, é utilizada como referência para o cálculo da rentabilidade de diversos títulos. É calculado pela B3.
IRF-M: é o principal benchmark para o mercado de renda fixa em prefixados. Sua evolução representa a
rentabilidade de uma carteira de títulos públicos prefixados, que são as LTNs (Letras do Tesouro Financeiro) e as
NTN-Fs (Notas do Tesouro Nacional série F). É calculado pela ANBIMA.
• IRF-M 1: benchmark prefixado de curto prazo, pois a carteira possui vencimentos inferiores a 1 ano.
• IRF-M 1+: benchmark prefixado de longo prazo, pois a carteira possui vencimentos superiores a 1 ano.
IMA-B: é o principal benchmark para o mercado de renda fixa em inflação. Sua evolução representa a
rentabilidade de uma carteira de títulos públicos Tesouro IPCA+ (ou NTN-B), que são indexados por uma taxa de juro
real mais a inf lação medida pelo IPCA. É calculado pela ANBIMA.
• IMA-B 5: benchmark de inflação de curto prazo, pois a carteira possui vencimentos inferiores a 5 anos.
• IMA-B 5+: benchmark de inflação de curto prazo, pois a carteira possui vencimentos inferiores a 5 anos.
IDA-GERAL: é o principal benchmark para o mercado de crédito privado, mais especificamente debêntures. O
índice ref lete a totalidade das debêntures precificadas. É calculado pela ANBIMA.
• IDA-DI: benchmark de debêntures pós-fixadas, pois a carteira ref lete os créditos indexados ao CDI.
• IDA-IPCA: benchmark de debêntures de inflação, pois a carteira reflete os créditos indexados ao IPCA.
Renda Variável
IBOV: é o principal benchmark da bolsa de valores do Brasil. O Índice Ibovespa reflete o desempenho uma carteira
com mais de 90 ações, com rebalanceamento é feito a cada 4 meses (janeiro, maio e setembro). A ação com maior
peso no índice é a VALE3, com 11,85%.
IDIV: é um indicador utilizado pela Bolsa de Valores do Brasil para apresentar aos investidores qual é o rendimento
médio das empresas de capital aberto que melhor pagam dividendos aos seus acionistas. A carteira possui 50 ações.
A ação com maior peso no índice é a BRDT3 (Petrobras Distribuidora), com 7,36%.
SMLL: é um indicador responsável por representar uma carteira teórica de ações de empresas que operam na Bolsa
de Valores com menor capitalização. A carteira possui 120 ações. A ação com maior peso no índice é a PRIO3
(PetroRio), com 3,86%.
IVVB11: é um ETF listado na Bovespa que permite acesso às 500 principais ações americanas.
BCHI39: é um BDR de um ETF que acompanha que acompanha o índice MSCI China, composto por empresas
chinesas de grande e médio porte, listadas em todos os mercados.
BIEU39: é um BDR de um ETF que replica a carteira teórica do MSCI Europe, índice que engloba empresas de média
e alta capitalização de mercado acionário europeu.
IFIX: é um índice que representa uma carteira teórica de fundos de investimento imobiliários, sendo o principal
benchmark para fundos imobiliários.
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Termos Técnicos
Política Monetária
Hawkish: Tom de política monetário mais duro, usualmente relacionado ao aperto das condições monetárias,
redução dos estímulos monetários.
Dovish: Tom de política monetária mais expansionista, usualmente relacionado a uma expansão das condições
monetárias, aumento dos estímulos monetários.
Juro Nominal: é a rentabilidade de um ativo em determinado período, sem ajustes.
Juro Real: é a dif erença entre o rendimento das aplicações financeiras e a inf lação.
• Juros Real ex-post: é a diferença entre a taxa de juro nominal corrente menos a inflação corrente.
• Juro Real ex-ante: é a diferença em relação a inflação esperada.
Tapering: Movimento de redução da política de Quantitative Easing, ou seja, redução da compra de ativos pelo
banco central.
Reflação/reflation: Reflação é um período no qual a inflação e a atividade econômica estão em aceleração, após um
período de deflação e depressão econômica. Este período tende a beneficiar empresas de setores de setores cíclicos,
como energia, commodities, financeiras, entre outras.
Inflação Implícita: é a diferença entre as taxas de juros de títulos públicos prefixados (juros nominais) e títulos
públicos indexados pelo IPCA (juros reais). A inflação implícita mede a inf lação média projetada pelo mercado para
um determinado prazo.
Mercado
CDS: abreviação de Credit Default Swap, é um derivativo negociado no mercado financeiro que mensura o risco de
inadimplência (default) das operações de crédito. Portanto, o CDS Brazil 10y mede o risco dos títulos do governo de
10 anos não cumprirem suas obrigações e, por isso, é utilizado para mensurar o nível de risco-país.
Curva Prefixada DI Futuro: referência para mostrar a expectativa do mercado em relação aos próximos movimentos
do Banco Central e ao futuro das taxas SELIC e CDI. Vencimentos de curto prazo normalmente afetados pelos
movimentos do Banco Central e os vencimentos de longo prazo normalmente afetados pelo risco país.
• Back-end: Vencimentos mais longos da curva de juros.
• Belly: Vencimentos intermediários da curva de juros.
• Front-end: Vencimentos curtos da curva de juros.
Valuation: método de estudo onde analistas buscam encontrar o valor adequado para algum ativo
• Preço-lucro: Preço sobre Lucro é um indicador que relaciona o valor de mercado de uma ação com o lucro
apresentado ou projetado pela empresa em questão, indicando ao investidor quão disposto o mercado está a
pagar pelos resultados da companhia.
• Dividend-yield: um indicador utilizado para relacionar os proventos pagos por uma companhia e o preço atual
de suas ações, explicitando o retorno obtido através dos proventos de um investimento.
• Value: Empresas que estão descontadas, preços das ações abaixo do seu valor intrínseco.
• Growth: Empresas com grande potencial de crescimento, normalmente com preço das ações mais elevadas
Fundos tijolo: O f undo imobiliário de tijolo é uma categoria formada exclusivamente por imóveis físicos.
Fundos papel: O f undo imobiliário de papel de papel aloca seu patrimônio em recebíveis imobiliários, principalmente
em Certif icados de Recebíveis Imobiliários (CRI)
Backwardation: termo em inglês utilizado nos contextos em que se avaliam que as expectativas para os contratos
do mercado em geral e os contratos de commodities, moedas etc. estão menores do que o preço atual.
Contango: termo em inglês utilizado nos contextos em que se avaliam que as expectativas para os contratos do
mercado em geral e os contratos de commodities, moedas etc. estão maiores do que o preço atual.
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Asset Strategy
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Álvaro Frasson
alvaro.frasson@btgpactual.com
Arthur Mota
arthur.mota@btgpactual.com
Leonardo Paiva
leonardo.paiva@btgpactual.com
Luiza Paparounis
luiza.paparounis@btgpactual.com
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financeiros em qualquer jurisdição. As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate entre
os analistas do BTG Pactual digital e os seus clientes. O BTG Pactual digital ressalta que os relatórios não incluem aconselh amentos de
qualquer natureza, como legal ou contábil. O conteúdo dos relatórios não é e nem deve ser considerado com o promessa ou garantia com
relação ao passado ou ao futuro, nem como recomendação para qualquer fim. Cada cliente deve, portanto, desenvolver suas própr ias análises
e estratégias.
As informações disponibilizadas no conteúdo dos relatórios não possuem relação com objetivos específicos de investimentos, situação
financeira ou necessidade particular de qualquer destinatário específico, não devendo servir como única fonte de informações no processo
decisório do investidor que, antes de decidir, deverá realiza r, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente qualificado, uma
avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos face a seus objetivos pessoas e à sua tolerância a risco. Portanto, nada nos relatórios
constitui indicação de que a estratégia de investimento ou potenciais recomendações citadas são adequadas ao perfil do destinatário ou
apropriadas às circunstâncias individuais do destinatário e tampouco constituem uma recomendação pessoal.
Os produtos e serviços mencionados nos relatórios podem não estar disponíveis em todas as jurisdições ou para determinadas categorias de
investidores. Adicionalmente, a legislação e regulamentação de proteção a investidores de determinadas jurisdições podem não se aplicar a
produtos e serviços registrados em outras jurisdições, sujeitos à legislação e regulamentação aplicável, além de previsões contratuais
específicas.
O recebimento do conteúdo dos relatórios não faz com que você esteja automaticamente enquadrado em determinadas categorias de
investimento necessárias para a aplicação em alguns produtos e serviços. A verificação do perfil de investimento de cada investidor deve rá,
portanto, sempre prevalecer na checagem dos produtos e serviços aptos a integrarem sua carteira de investimentos, sendo certo que nos
reservamos ao direito de eventualmente recusarmos determinadas operações que não sejam compatíveis com o seu perfil de invest imento.
O Banco BTG Pactual S.A. mantém, ou tem a intenção de manter, relações comerciais com determinadas companhias cobertas nos relatórios.
Por esta razão, os clientes devem estar cientes de eventuais conflitos de interesses que potencialmente possam afetar os obje tivos dos
relatórios. Os clientes devem considerar os relatórios apenas como mais um fator no eventual processo de tomada de decisão de seus
investimentos.
O Banco BTG Pactual S.A. confia no uso de barreira de informação para controlar o fluxo de informação contida em uma ou mais áreas dentro
do Banco BTG Pactual S.A., em outras áreas, unidades, grupos e filiadas d o Banco BTG Pactual S.A.. A remuneração do analista responsável
pelo relatório é determinada pela direção do departamento de pesquisa e pelos diretores seniores do BTG Pactual S.A. (excluin do os diretores
do banco de investimento). A remuneração do analista não é baseada nas receitas do banco de investimento, entretanto a remuneração pode
ser relacionada às receitas do Banco BTG Pactual S.A. como um todo, no qual o banco de investimento, vendas e trading (operaç ões) fazem
parte.
O BTG Pactual digital não se responsabiliza assim como não garante que os investidores irão obter lucros. O BTG Pactual digital tampouco irá
dividir qualquer ganho de investimentos com os investidores assim como não irá aceitar qualquer passivo causado por perdas. I nvestimentos
envolvem riscos e os investidores devem ter prudência ao tomar suas decisões de investimento. O BTG Pactual digital não tem obrig ações
fiduciárias com os destinatários dos relatórios e, ao divulgá -los, não apresenta capacidade fiduciária.
O BTG Pactual digital, suas empresas afiliadas, subsidiárias, seus funcionários, diretores e agentes não se responsabilizam e não aceitam
nenhum passivo oriundo de perda ou prejuízo eventualmente provocado pelo uso de parte ou da integralidade do conteúdo dos rel atórios.
Certificação dos analistas: Cada analista da área de Análise & Research primariamente responsável pelo conteúdo desse relatório de
investimentos, total ou em parte, certifica que: i) Todos os pontos de vista expressos refletem suas opiniões e pontos de vis ta pessoais sobre
as ações e seus emissores e tais recomendações foram elaboradas de maneira independente, inclusive em relação ao BTG Pactual S.A. e /
ou suas afiliadas, conforme o caso. ii)nenhuma parte de sua remuneração foi, é ou será, direta ou indiretamen te, relacionada a quaisquer
recomendações ou opiniões específicas aqui contidas ou relacionadas ao preço de qualquer valor mobiliário discutido neste rel atório.
Parte da remuneração do analista é proveniente dos lucros do Banco BTG Pactual S.A. como um to do e/ou de suas afiliadas e,
consequentemente, das receitas oriundas de transações realizadas pelo Banco BTG Pactual S.A. e / ou suas afiliadas.
Quando aplicável, o analista responsável por este relatório e certificado de acordo com as normas brasileiras s erá identificado em negrito na
primeira página deste relatório e será o primeiro nome na lista de assinaturas.
O Banco BTG Pactual S.A., atuou como coordenador-líder ou coordenador de uma oferta pública dos ativos de emissão de uma ou mais
companhias citadas neste relatório nos últimos 12 meses. Também atua como formador de Mercado de ativo de emissão de uma ou mais
companhias citadas neste relatório.
Para obter um conjunto completo de disclosures associadas às empresas discutidas neste relatório, incluin do informações sobre valuation e
riscos, acesse www.btgpactual.com/research/Disclaimers/Overview.aspx
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