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História

Independência das 13 colônias inglesas

Teoria

As características das 13 Colônias


A colonização inglesa na América teves suas peculiaridades, ou seja, algumas características que a
diferenciava das experiências portuguesa e espanhola no Novo Mundo. Uma questão fundamental para
entendermos essa colonização é, antes de tudo, a iniciativa individual que muitos colonos tiveram de vir por
vontade própria para a América e, em seguida, a liberdade que esses ingleses tiveram para se estabelecer e
se desenvolver aqui.
Neste ponto, podemos destacar que a liberdade comercial obtida por tais colonos
pode ser explicada pela ideia de uma negligência salutar, ou seja, uma política de
pouca interferência da Inglaterra nos negócios coloniais. Tendo em vista que a
Inglaterra ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII esteve envolvida e sucessivas
guerras contra Espanha, Holanda e França, destacando-se principalmente a Guerra
dos Trinta Anos (1618-1648) e a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), além das
próprias crises internas, como a sangrenta Guerra Civil de 1642, podemos entender as dificuldades da Coroa
inglesa e do parlamento para interferirem em outro continente.
Assim, o modelo de colonização inicialmente contou com certa liberdade e isso influenciou na própria escolha
das práticas econômicas, das formas de administração e das culturas que se difundiram pelas 13 colônias.
Desta forma, os colonos logo se adaptaram aos diferentes climas e condições de cada região.
Nas colônias do Norte, por exemplo, as baixas temperaturas não tornavam a agricultura em larga escala algo
economicamente próspero. Logo, nessa região, a exploração de madeira das vastas florestas, o comércio de
peles de animais, a manufatura e a agricultura sustentável em pequenas terras formaram a melhor forma de
sobreviver ao frio do Norte.
É importante também destacar que as colônias dessa região utilizaram pouquíssima mão de obra escravizada,
preferindo muitas vezes o trabalho assalariado ou regimes de servidão por contrato, onde um indivíduo
trabalharia por um período fixo para pagar dívidas. Normalmente, os protestantes que fugiam da Inglaterra
buscando oportunidades e liberdades na América rumavam para o Norte sem
nada e se submetiam a esses trabalhos como forma de se manter.
Enquanto isso, o Sul das 13 Colônias apostava muito mais em um modelo
agroexportador baseado no sistema de plantation, ou seja, composto por
latifúndios, voltados para a monocultura (algodão e tabaco) e com uso
predominante de mão de obra escravizada.

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O fim da negligência
Visto isso, mantendo certa liberdade por alguns anos, os colonos não receberam bem as mudanças propostas
pela metrópole no sécuculo XVIII, principalmente sobre os aumentos de impostos. Uma situação ainda mais
agravante para a recusa às mudanças foi a construção, ao longo do século XVIII, de um sentimento maior de
união e de uma autoconfiança dos próprios colonos.
Com a Guerra dos 7 anos (1756-1763), que ganhou dimensões intercontinentais e alcançou à América, o
governo inglês praticamente delegou aos colonos a defesa de suas possessões. Desta forma, a luta contra
os franceses despertou moradores da colônia um forte sentimento de autoconfiança, bem como a
consciência de sua força militar. Pela primeira vez as 13 Colônias se uniram em torno de um ideal comum,
que mais tarde culminaria na Independência dos Estados Unidos. Vários líderes militares surgiram neste
conflito, destacando-se a figura de George Washington.
No entanto, apesar da Inglaterra ter saído vitoriosa do conflito contra a França, os constantes gastos militares
geraram uma forte crise econômica no país. Assim, para se recuperar
economicamente, os ingleses adotaram uma nova política fiscal sobre suas
colônias, ou seja, no lugar da liberdade comercial foram impostas rígidas práticas
de controle. Segundo os ingleses, os colonos deveriam contribuir com a
arrecadação pois a Guerra teria sido motivada justamente para defender as terras
coloniais.
Deste modo, com o término da Guerra dos Sete Anos, a Inglaterra criou novos impostos para a região:
• Lei do Açúcar (1764) - instituiu-se uma taxa sobre todos os carregamentos de açúcar que não fossem
das Antilhas inglesas. Essa medida prejudicava diretamente os colonos, pois negociavam melaço com
regiões do Caribe para produzir rum.
• Lei do Selo (1765) - que obrigava a compra de um selo produzido pela metrópole para estampar todos
os documentos que circulassem dentro da colônia. A Lei do Selo, portanto, foi revogada no ano seguinte.
• Lei do Chá (1773) - que obrigava os colonos a somente consumirem chá das Companhias das Índias
Orientais, sediada em Londres.

Nesse mesmo contexto, após a criação da Lei do Selo, os colonos passaram a alegar que os impostos eram
ilegítimos porque as colônias não tinham representação no Parlamento em Londres. A ideia de “nenhum
imposto sem representatividade” (no taxation without representation), passou a ser defendida pelos colonos.
No entanto, apesar dessas manifestações, foi a Lei do Chá que foi considerada a mais controversa e que
gerou uma das principais mobilizações anti-metrópole. Assim, contra a Lei do Chá os colonos protestaram
através da Boston Tea Party – A Festa do Chá de Boston, que foi um grande ataque de colonos, que se
vestiram como nativos e jogaran o carregamento de chá de três navios da Companhia das Índias no mar.
A Inglaterra reagiu com a promulgação das “Leis Intoleráveis “, uma forma de punição aos colonos. Na
Inglaterra, essa legislação ficou conhecida como “Atos Coercitivos" e visavam aumentar ainda mais a
presença militar inglesa na colônia e o aumento das taxas. Entre as determinações da Lei, destacam-se:

• Lei do porto de Boston – determinava o fechamento do porto de Boston a todos os navios até que os
colonos pagassem pelo chá despejado na Boston Tea Party.
• Lei de Aquartelamento - obrigava todos os colonos a fornecerem alojamento, alimentação e transporte
aos soldados britânicos.
• Ato de Quebec - tinha como objetivo impedir que os colonos incorporassem terras na região do Canadá.

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A luta pela independência


Para responder a rígida política de pressão adotada pela Inglaterra, as colônias realizaram o Primeiro
Congresso Continental da Filadélfia, em 1774. Essa primeiram reunião teve como objetivo traçar planos de
boicote à metrópole, de combate às Leis Intoleráveis e exigir o fim dos entraves ao desenvolvimento da
colônia e a participação dos colonos no parlamento inglês.
A Inglaterra, no entanto, não interessada em negociar com os colonos, manteve a repressão, chegando a
destruir um depósito de armas dos colonos. A permanência dessa condição de opressão, portanto, provocou
uma série de rebeliões contra a Metrópole nas 13 Colônias e iniciou, em 1775, a Guerra de Independência.
Assim, nesse mesmo ano os colonos se reuniram no Segundo Congresso Continental
da Filadélfia, onde se organizaram para formar o Exército Continental que resistiria aos
ataques ingleses e para declarar a ruptura definitiva com a metrópole. Desta forma,
durante a guerra os colonos derrotaram os ingleses em diversas batalhas, sob a
liderança de George Washington e, no dia 4 de julho de 1776 promulgaram a Declaração
de Independência, redigida por Thomas Jefferson, com colaboração de Benjamin
Franklin e John Adams.
Entretanto, apesar da declaração, os ingleses não aceitaram inicialmente a emancipação e mantiveram os
esforços para combater os “rebeldes” até 1783. Com o prolongamento dos combates, Benjamin Franklin foi
enviado para a França para conseguir apoio da velha rival dos ingleses, que aceitou entrar no conflito ao lado
da Espanha, em 1777, após a vitória americana na Batalha de Saratoga. Assim, em 1783 foi selada a paz
definitiva com a assinatura do Tratado de Paris, através do qual a Inglaterra reconheceu a independência e a
formação dos Estados Unidos da América.
Defendendo ideais emancipatórios e republicanos, a Independência das Treze colônias teve influência das
ideias Iluministas, especialmente de John Locke, como evidenciado no trecho abaixo:

“Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais,
dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da
felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus
justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne
destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em
tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a
segurança e a felicidade.”
(Declaração de Independência das Treze Colônias)

Sendo o primeiro país da América se tornar independente, influenciou outros movimentos de emancipação
na América ao longo século XIX.

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A Constituição e a formação do Estado


Após a Declaração de Independência, os antigos colonos formaram Congresso da Confederação, responsável
por organizar o novo Estado de 1781 até 1789, quando a nova Constituição e o novo governo se tornaram
operacionais. Durante esses anos, portanto, os vitoriosos se envolveram em um longo debate sobre a
elaboração da Constituição as características políticas e econômicas do novo país.
Enquanto os republicanos, liderados por Jefferson, defendiam um poder central enfraquecido e maior
autonomia para os estados, os federalistas, ao contrário, defendiam um poder mais centralizados para manter
a união dos estados e eram liderados Alexander Hamilton e George Washington, que
agora presidia o Congresso.
A decisão, portanto, foi a de equilibrar os desejos de ambas as facções e criar uma
Constituição e um Estado influenciados pelas ideias iluministas e que representasse uma
república federativa, agora chamada de Estados Unidos da América. Dentre as suas
principais características, podemos citar:
• República presidencialista federativa;
• A tripartição dos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário;
• Unificação do sistema monetário e de medidas;
• Garantia da liberdade de expressão e religiosa;

Esses aspectos reafirmam a influência do ideais Iluministas ao movimento. No entanto, apesar de muitos
delegados estaduais reconhecerem que a escravidão era imoral, as discussões sobre a abolição não
prosperaram, para não contrariar os representantes dos estados do Sul a escravidão foi mantida nas colônias
mesmo após a independência. Este fato aprofundaria cada vez mais as diferenças entre o Norte e o Sul, o que
culminaria na Guerra de Secessão em meados do século XIX.

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Exercícios

1. (ESPM – 2012) Em 1773, procurando aliviar as dificuldades financeiras da Companhia das Índias
Orientais, o governo britânico concedeu-lhe o monopólio do chá nas colônias. Os colonos reagiram e
disfarçados de índios, patriotas de Boston, abordaram navios que transportavam chá, lançando a
mercadoria nas águas do porto.
(H. C. Allen. História dos Estados Unidos da América)
A ação descrita pelo texto levou o parlamento britânico a promulgar, em 1774, as Leis Coercitivas ou,
como foram chamadas pelos colonos, Intoleráveis. Tais leis:
a) lançavam impostos sobre vidro e corantes;
b) interditavam o porto de Boston até que fosse pago o prejuízo causado pelos colonos;
c) proibiam a emissão de papéis de crédito na colônia que, até então, eram usados como moeda;
d) impunham aos colonos os custos do alojamento e fornecimento de víveres para as tropas
britânicas enviadas para a colônia;
e) enfraqueceram a autoridade do governador de Massachusetts.

2. (FGV-2012) “Consideramos (...) que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador
de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Que
para garantir esses direitos são instituídos entre os homens governos que derivam os seus justos
poderes do consentimento dos governados; que toda vez que uma forma qualquer de governo ameace
destruir esses fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir um novo governo,
assentando a sua fundação sobre tais princípios e organizando-lhe os poderes da forma que pareça
mais provável de proporcionar segurança e felicidade.”
(A Declaração de Independência dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Zahar, 2004, p. 53.)
Sobre a Declaração de Independência dos Estados Unidos, é correto afirmar que:
a) Defendia o princípio da igualdade de direitos dos seres humanos, mas condenava o direito à
rebelião como uma afronta à ordem social.
b) O radicalismo da sua formulação, com respeito ao direito de rebelião dos escravos, provocou forte
reação dos proprietários de escravos em toda a América.
c) Sua formulação foi baseada no ideário liberal-iluminista e acabou influenciando outros
movimentos políticos na América e na Europa.
d) Influenciada pelos tratadistas espanhóis, a declaração defendia a origem do poder divino e
condenava a desobediência dos subordinados.
e) A declaração sustentava que os governos poderiam cercear a liberdade dos indivíduos em nome
da segurança e da felicidade coletivas.

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3. (UNIFENAS - 2015) A independência dos Estados Unidos, ocorrida em 4 de julho de 1776, colaborou
para o fim do Antigo Regime europeu ao estimular movimentos semelhantes nas demais colônias da
América e ao contribuir para a eclosão da Revolução Francesa. No entanto, apesar de declaradamente
iluminista e liberal, a chamada Revolução Americana não foi capaz de promover:
a) a ruptura do pacto colonial com a Inglaterra.
b) a abolição da escravidão.
c) a separação definitiva entre sulistas e nortistas.
d) relações comerciais com outros países da Europa.
e) a formação de um governo de inspiração republicana.

4. (PUC-PR-2017) O mapa mostra as Treze colônias inglesas na América do Norte, normalmente


divididas entre Norte, de Massachusetts até a Pensilvânia, e sul, a partir de Maryland até a Geórgia.
Colonização de iniciativa particular no século XVI, as Treze colônias inglesas mantinham grandes
diferenças entre si, sendo as principais entre o Norte e o Sul.

Dentre elas, podemos citar:


a) o Norte foi caracterizado por receber um grande fluxo de imigrantes ingleses, estimulados pelos
cercamentos e pelas perseguições religiosas sofridas na Inglaterra, vieram para colônia e
montaram grandes fazendas de açúcar, tabaco e algodão, voltadas à exportação para a Europa.
b) as colônias do Sul eram voltadas à exploração, possuíam um sistema de produção baseado no
plantation, portanto, com trabalho escravo, monocultura e exportação.
c) portanto, com trabalho escravo, monocultura e exportação. o Sul abrigou colônias de povoamento,
onde a pequena propriedade para subsistência e o trabalho livre foram predominantes.

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d) a coroa inglesa se manteve presente nas Treze colônias, cobrando impostos e fundando a
Companhia Geral do Comércio, órgão cuja competência era fiscalizar e manter o monopólio inglês
sobre os produtos exportados pela colônia.
e) as colônias ao norte foram conhecidas pela exploração de matéria-prima que abastecia as
manufaturas inglesas, contudo, a partir das revoltas de escravos e o início do trabalho assalariado,
o valor das transações aumenta muito, tornando inviável para a Inglaterra continuar ligada às
colônias.

5. (UVV – 2019) “A independência das 13 colônias foi influenciada por muitos autores do Iluminismo,
movimento filosófico de crítica ao poder dos reis e à exploração das colônias por meio de monopólios
[...]. É importante lembrar que não havia na América do Norte, de forma alguma, uma nação unificada
contra a Inglaterra [...]. Surgia um novo país que, apesar das graves limitações aos olhos atuais
(permanência da escravidão, falta de voto dos pobres e de mulheres), causava admiração por ser uma
das mais avançadas democracias do planeta, naquela ocasião [...]”.
(KARNAL, Leandro. A ruptura e o novo país. In: KARNAL, Leandro [et al.]. História dos Estados Unidos: das origens
ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007. p. 81-97.)
Sobre o processo de independência dos Estados Unidos, suas origens, desenvolvimento e
desdobramentos, analisem as afirmativas abaixo:
a) O lema dos Estados Unidos: “E pluribus unum”, que significa “de muitos, um” mostra, entre outros
aspectos, que o Estado nascente se afirma com um espírito unitário evidente, em que as partes
constituintes, os estados, abriram mão da maioria de seus poderes para a formação de um
governo central forte.
b) Em sua luta pela independência da Inglaterra, as 13 colônias contaram com apoio da Espanha, da
França, de Portugal e das colônias espanholas e portuguesas das Américas, algo que foi
significativo, senão fundamental, para a vitória dos colonos americanos sobre a Inglaterra.
c) Com a independência das 13 colônias, os negros ganharam a liberdade, e as mulheres, igualdade
política e civil em relação aos homens, concretizando, assim, o discurso de igualdade contido na
Declaração de Independência.
d) O processo de luta das treze colônias pela independência contou com a participação de amplos
setores das sociedades locais, mas foram os proprietários de terras e os comerciantes os
principais membros dessa liderança.
e) Podemos afirmar que ideias defendidas pelo filósofo inglês Thomas Hobbes, defensor do
Absolutismo e do governo forte e centralizado, tiveram forte influência no processo de
independência dos EUA.

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6. (Unesp 2016) Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis,
entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para assegurar esses direitos, entre
os homens se instituem governos, que derivam seus justos poderes do consentimento dos governados.
Sempre que uma forma de governo se dispõe a destruir essas finalidades, cabe ao povo o direito de
alterá-la ou aboli-la, e instituir um novo governo, assentando seu fundamento sobre tais princípios e
organizando seus poderes de tal forma que a ele pareça ter maior probabilidade de alcançar-lhe a
segurança e a felicidade.
(Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: Harold Syrett (org.).
Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.)
O documento expõe o vínculo da luta pela independência das treze colônias com os princípios
a) liberais, que defendem a necessidade de impor regras rígidas de protecionismo fiscal.
b) mercantilistas, que determinam os interesses de expansão do comércio externo.
c) iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de rebelião contragovernos tirânicos.
d) luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar pela própria salvação.
e) católicos, que justificam a ação humana apenas em função da vontade e do direito divinos.

7. (FGV - 2011) A Constituição dos Estados Unidos da América, de 1787, é considerada a primeira
experiência significativa de Estado federal. Isso se deve:
a) ao princípio constitucional baseado na pluralidade de centros de poder soberanos e coordenados.
b) ao princípio constitucional caracterizado pela inexistência de leis gerais válidas para toda a nação.
c) ao princípio constitucional baseado na absoluta submissão das unidades federativas ao governo
central.
d) ao princípio constitucional de garantia dos direitos individuais do cidadão e das minorias sociais.
e) ao princípio constitucional baseado no corporativismo e na negação do direito de rebelião e
insubordinação política.

8. (ENEM-2009) Na democracia estado-unidense, os cidadãos são incluídos na sociedade pelo exercício


pleno dos direitos políticos e também pela ideia geral de direito de propriedade. Compete ao governo
garantir que esse direito não seja violado. Como consequência, mesmo aqueles que possuem uma
pequena propriedade sentem-se cidadãos de pleno direito.
Na tradição política dos EUA, uma forma de incluir socialmente os cidadãos é
a) submeter o indivíduo à proteção do governo.
b) hierarquizar os indivíduos segundo suas posses.
c) estimular a formação de propriedades comunais.
d) vincular democracia e possibilidades econômicas individuais.
e) defender a obrigação de que todos os indivíduos tenham propriedades.

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9. (PUC RJ - 2014) Os parágrafos que se seguem foram extraídos do documento “Declaração de


Independência dos Estados Unidos”, assinado pela unanimidade dos representantes políticos das
Treze Colônias, no Segundo Congresso Continental no ano de 1776:
“Quando no decurso da História do Homem se torna necessário um povo quebrar os elos políticos que
o ligavam a outro e assumir, de entre os poderes terrenos, um estatuto de diferenciação e igualdade ao
qual as Leis da Natureza e do Deus da Natureza lhe conferem o direito, o respeito que é devido perante
as opiniões da Humanidade exige que esse povo declare as razões que o impelem à separação. (...)
(...) o Povo tem direito a (...) instituir um novo governo, assentando os seus fundamentos nesses
princípios e organizando os seus poderes do modo que lhe pareça mais adequado à promoção de sua
Segurança (...).”
(http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados)

Assinale a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao conjunto de ideias e ideais relacionados à


época histórica tratada pelo documento:
a) O liberalismo enquanto doutrina defendia a menor intervenção possível do Estado na condução
política da sociedade.
b) O racionalismo científico renascentista atribuía ao homem o poder de conhecimento e intervenção
tanto na natureza como na condução política das sociedades.
c) O nacionalismo partia do pressuposto de que a lealdade do indivíduo ao Estado-nação deveria
estar acima dos interesses pessoais ou dos interesses de determinados grupos.
d) O Iluminismo defendia, de modo geral, a ideia de que o Estado deveria assegurar ao Homem o
direito de expressar sua consciência de forma autônoma, bem como os direitos inalienáveis à vida
e à busca da felicidade.
e) As doutrinas sociais emergentes do contexto da sociedade industrial pregavam a ampliação da
participação política à classe operária, além de melhores condições de vida para a mesma.

10. (Enem-2021) A principal característica da situação social dos anglo-americanos é seu caráter
eminentemente democrático. Afirmei anteriormente que reinava uma igualdade muito grande entre os
emigrantes que foram se estabelecer na Nova Inglaterra. Para isso contribuiu a influência das leis de
sucessão. Estabelecidas de uma maneira, as leis de sucessão reúnem, concentram e agrupam em um
só a propriedade e o poder. Estabelecidas por outros princípios, produzem o oposto: dividem, partilham
e disseminam os bens e o poder.
(TOCQUEVILLE, A. A democracia na América ,Belo Horizonte. Itatiaia, São Paulo Edusp. 1977 (adaptado))
O texto tematiza o papel desempenhado por uma norma na criação de um ambiente propicio ao(à)
a) emprego do trabalho escravo.
b) consolidação dos valores burgueses.
c) banimento das dissidências religiosas.
d) contenção da identificação nacionalista.
e) hierarquização dos agentes econômicos.

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Gabarito

1. B
As Leis Intoleráveis foram estabelecidas até que os colonos pagassem os prejuízos gerados pelo
incidente da Festa do Chá de Boston.

2. C
A independência dos EUA é chamada de Revolução Americana por ter um caráter de rompimento da
ordem do antigo regime, como propunha essas teorias, sendo o primeiro país das américas a alcançar a
independência.

3. B
A Independência dos Estados Unidos formou um país novo e inspirado nos ideais iluministas de liberdade
e igualdade. Entretanto, a emancipação e os ideais não foram o suficiente para definirem um fim da
escravidão no século XVIII.

4. B
No Sul, por conta do clima e do solo fértil, as colônias optaram por desenvolver uma exploração da
agricultura em um sistema de plantation, ou seja, voltada para a exportação, monocultura, escravidão e
latifúndios.

5. D
Apesar da ampla adesão da população no movimento pela independência das treze colônias, os lideres
se concentravam nas classes mais altas: os comerciantes e proprietarios de terra.

6. C
O trecho da Declaração traz evidente influencia de John Locke ao defender ideias como a liberdade e a
igualdade como princípios naturais que devem ser respeitados.

7. A
A constituição federal grante uma pluralidade de centros de poder com autonomia para gerir estados e
municípios, criando leis próprias, mas ainda assim se submetendo ao poder central e à Constituição.

8. D
A formação dos Estados Unidos como um país e a consolidação de sua Constituição tiveram como forte
influência os pensamentos liberais. Portanto, a ideia de cidadania até hoje visa conciliar as noções de
liberdade individual, de democracia e de propriedade privada, que são considerados direitos naturais.

9. D
O trecho da Declaração na questão traz grandes referências ao pensamento iluminista, sobretudo às
ideias liberais de Locke e ao pensamento roussoniano, que defendiam a soberania do povo e o direito de
se rebelar contra opressões em busca de igualdade.

10. B
O texto de Tocqueville destaca que a sociedade anglo-americana se formou dentro de princípios que
posteriormente seriam adotados pelos próprios burgueses influenciados pelo pensamento iluminista.
Portanto, ideias como democracia, liberdade e igualdade já teriam fundamentado a colonização antes
mesmo do iluminismo, o que demonstraria um caráter burguês.

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