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NAPOLEÃO

CONSULADO:
O Consulado foi o regime político vigente na França revolucionária desde o golpe de estado
de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799), que pôs fim ao regime do Diretório (1795-1799),
até o início do Primeiro Império, em 1804, quando Napoleão Bonaparte foi proclamado
Imperador dos Franceses.

O governo era exercido por três cônsules -


Roger Ducos,
Emmanuel Joseph Sieyès e
Napoleão Bonaparte.

Porém Ducos e Sieyès não duraram muito tempo como cônsules e em dezembro de 1799
Jean-Jacques-Régis de Cambacérès e Charles-François Lebrun assumiram o cargo ao lado de
Napoleão Bonaparte. Embora a ascendência de Napoleão fosse indiscutível. Como Primeiro
Cônsul, Bonaparte, estabeleceu-se como chefe de um governo mais conservador, autoritário,
autocrático e centralizado, embora não se declarasse chefe de Estado. Apesar dessas
características, as duradouras instituições criadas nesse período tornaram o Consulado um dos
mais importantes períodos da história da França.

Durante o Consulado, Napoleão neutralizou a oposição interna.


Fez um acordo com a Igreja - a Concordata de 1801 - pelo qual reconhecia o catolicismo como
a religião da maioria dos franceses.
Os sacerdotes tornar-se-iam então uma espécie de funcionários públicos, remunerados pelo
Estado, e, EM TROCA, o Papa Pio VII renunciaria às terras da Igreja que haviam sido
confiscadas pela Revolução.

Napoleão também conseguiu neutralizar as ameaças externas, através de acordos de paz e


armistícios, com a Áustria e a Inglaterra. Uma vez controlada a situação interna e externa, foi
possível estabelecer as bases institucionais que favoreceram o crescimento da economia
francesa, notadamente da indústria do país. Bonaparte organizou o sistema financeiro, com a
fundação do Banco da França em 1800, e criou o novo padrão monetário, o franco. Também
promulgou o Código Civil, que institucionalizou valores burgueses, proibindo greves e
defendendo a propriedade privada.

Em 18 de maio de 1804 (28 de floreal do ano XII), a chamada Constituição do ano XII instaura o
Primeiro Império, e Napoleão torna-se imperador dos franceses
REFORMAS POLÍTICA, ECONÔMICA, SOCIAIS E OUTRAS.

Durante o período do consulado, ocorreu uma recuperação econômica, jurídica e


administrativa na França:
Economia - criou-se o Banco da França, em 1800, regulando-se a emissão de moedas,
reduzindo-se a inflação. As tarifas impostas eram protecionistas (ou seja, com
aumento de impostos para a importação de produtos estrangeiros); o resultado geral
foi uma França com comércio e indústria fortalecidos, principalmente com os
estímulos à produção e ao consumo interno.
Religião - com o objetivo de usar a religião como instrumento de poder político,
Napoleão assinou um acordo, a Concordata de 1801, entre a Igreja Católica e o Estado.
O acordo, sob aprovação do Papa Pio VII, dava direito ao governo francês de confiscar
as propriedades da Igreja e, em troca, o governo teria de amparar o clero. Napoleão
reconhecia o catolicismo como religião da maioria dos franceses, mas se arrogava o
direito de escolher bispos, que mais tarde seriam aprovados pelo papa.
Direito - estabeleceu-se o Código Napoleônico, um Código Civil, em 1804,
representando em grande parte os interesses da população e burguesia, como
casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à
liberdade individual e igualdade de todos ante a lei. Está em vigor até hoje, embora
com consideráveis alterações legislativas posteriores. Napoleão também instituiu
em 1809 um código penal, que vigorou até 1994, quando a Assembleia
Nacional aprovou o novo código.
Educação - reorganizou-se o ensino, que antes era organizado e regido pela igreja e o
clero, com base maior nos ideais iluministas. Também Reconheceu-se a educação
pública como meio importante de formação das pessoas, principalmente nos aspectos
do comportamento moral, político e social.

Administração - Indicavam-se pessoas da confiança de Napoleão para cargos


administrativos. Após uma década de conflitos gerais no país, com a Revolução
Francesa, as medidas aplicadas deram para o povo francês a esperança de uma
estabilização do governo. Os resultados obtidos neste período do governo de
Napoleão agradaram à classe dominante francesa. Com o apoio desta, elevou-se
Napoleão ao nível de cônsul vitalício em 1802, podendo indicar seu sucessor.
Aproximando -se cada vez mais de um regime monárquico.
BLOQUEIO CONTINENTAL:
Na busca de outras maneiras para derrotar ou debilitar os ingleses, o Império
Francês decretou o Bloqueio Continental em 1806, em que Napoleão determinava
que todos os países europeus deveriam fechar os portos para o comércio com a
Inglaterra, debilitando as exportações do país e causando uma crise industrial.
Um problema que afetou muitos países participantes do bloqueio era que a
Inglaterra, que já passara pela Revolução Industrial, estava com uma consolidada
produção de produtos industriais, e muitos países europeus ainda não tinham
produção industrial própria, dependendo da Inglaterra para importar este tipo de
produto, em troca de produtos agrícolas.
Napoleão pretendia, dessa forma, enfraquecer a economia britânica, que precisava
de mercado consumidor para os seus produtos manufaturados e, assim, impor a
superioridade francesa em toda a Europa. O decreto, datado de 21 de
novembro de 1806, dependia, para seu real vigor, de que todos os países da Europa
aderissem à idéia. O Acordo de Tilsit, firmado com o czar Alexandre I da Rússia, em
julho de 1807, garantiu a Napoleão o fechamento do extremo leste da Europa. A
França procurou beneficiar-se do bloqueio com o aumento da venda dos produtos
produzidos pelos franceses, ampliando as exportações dentro da Europa e no mundo.
A fraca quantidade de produtos manufaturados deixou alguns países sem recursos
industriais.

O governo de Portugal relutava em concordar ao Bloqueio Continental devido à sua


aliança com a Inglaterra, da qual era extremamente dependente. O príncipe D. João,
que assumira a regência em 1792, devido ao enlouquecimento de sua mãe, a rainha D.
Maria I, estava indeciso quanto à alternativa menos arriscada para a monarquia
portuguesa.

DERROTA FRANCESA NA RÚSSIA


Em 1812, a aliança franco-russa é quebrada pelo tzar Alexandre I da Rússia, que
rompe o bloqueio contra os ingleses.
Napoleão empreende então a campanha contra a Rússia, à frente de mais de 600 000
soldados oriundos dos mais diferentes recantos da Europa.
SEM SAÍDA, a Rússia usa uma tática de guerra chamada terra queimada, que consistia
em destruir cidades inteiras para criar um campo de batalha favorável aos
defensores.
Aliada com o inverno rigoroso, a Rússia consegue vencer o exército napoleônico que
sai com apenas 120 000 homens (o restante ou morreu ou se dispersou pelo
continente).
Enquanto isso, na França, o general Malet, apoiado por setores descontentes da
burguesia e da antiga nobreza francesa, arma uma conspiração para dar um golpe de
Estado contra o imperador. Napoleão retorna imediatamente a Paris e domina a
situação.
INVASÃO DOS ALIADOS E DERROTA DE NAPOLEÃO (DECLÍNIO)

Tem início então a luta da coligação europeia contra a França na Batalha das
Nações (Confederação do Reno) que acabou com a derrota de Napoleão. Com a
capitulação de Paris, o imperador é obrigado a abdicar.
GOVERNO DOS CEM DIAS
Exílio em Elba
O Tratado de Fontainebleau, de 1814, exila Napoleão na Ilha de Elba, mas lhe dá o
direito a uma pensão de 2 000 francos e o de poder levar uma escolta com 400
militares; além disso, o seu título de imperador é mantido.
Quando chega na ilha, em 4 de maio de 1814, ele acaba por passar dificuldades lá,
pois a sua pensão não é paga. Separado da esposa e do filho e sabendo de rumores de
que ele iria ser banido para uma ilha remota no meio do oceano Atlântico, Napoleão
escapa de Elba em 26 de fevereiro de 1815.
Ele aportou em Golfe-Juan, na França, dois dias depois. O 5º Regimento foi enviado
para interceptá-lo.
Napoleão encarou toda a tropa sozinho, desmontou de seu cavalo e, quando se
encontrou sob a linha de fogo, gritou, "Aqui estou eu! Matem seu imperador, se
assim o quiserem!" Os soldados responderam com "Vive L'Empereur! (Viva o
Imperador!)" e marcharam com Napoleão até Paris, de onde Luís XVIII fugiu.
Assim, Napoleão reconquista o poder.

A VOLTA AO PODER (deixei esse porque achei importante )


Inicia-se então o "Governo dos Cem Dias". Napoleão então tenta fazer uma
constituição baseada no liberalismo, contrariando as expectativas dos republicanos,
que queriam a volta da revolução e a perseguição aos nobres.[56] A Europa coligada
retoma sua luta contra o Exército francês. Napoleão entra na Bélgica em junho
de 1815, mas é derrotado por uma coligação anglo-prussiana na Batalha de Waterloo e
abdica pela segunda vez, pondo fim ao império napoleônico. Mas a expansão dos
ideais iluministas continuou.

O CONGRESSO DE VIENA:
Foi uma conferência entre embaixadores das grandes potências europeias que
aconteceu na capital austríaca, entre setembro de 1814 e junho de 1815, cuja
intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota
da França napoleônica na primavera anterior.
Este congresso pretendia também restaurar os tronos das famílias reais derrotadas
pelas tropas de Napoleão (como a restauração dos Bourbons).
Os termos de paz foram estabelecidos com a assinatura do Tratado de Paris (30 de
maio de 1814), em que se estabeleciam as indenizações a pagar pela França aos
países vencedores. Mesmo diante do regresso do imperador Napoleão I do exílio,
tendo reassumido o poder da França em março de 1815, as discussões prosseguiram.
O Ato Final do Congresso foi assinado nove dias antes da derrota final de Napoleão
na batalha de Waterloo em 18 de junho de 1815

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