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ANTIGO REGIME - SOCIEDADE

Final do Século XVIII

França era uma monarquia absolutista governada pelo rei Luís XVI, que concentrava todos os poderes do
Estado. A sociedade ainda mantinha bases feudais e estava dividida em três ordens:

O primeiro estado, formado pelo clero;

O segundo estado, constituído pela nobreza;

E O terceiro estado, composto dos camponeses, dos operários, dos profissionais liberais e dos burgueses,
ou seja, da maioria da população.

Essa rígida divisão social era uma das principais características do Antigo Regime.

JACOBINOS E GIRONDINOS
A Assembleia Nacional Constituinte foi substituída por uma Assembleia Legislativa, em outubro de
1791. Seus deputados estavam divididos em grupos com diferentes tendências políticas, entre os
principais estão:

• Jacobinos. Representando os membros da pequena burguesia, eles defendiam a igualdade de todos


perante a lei.

• Girondinos. Republicanos moderados, seus membros representavam a alta burguesia mercantil e


financeira e os nobres liberais. Esses homens eram maioria na Assembleia Legislativa.

QUEDA DA BASTILHA
Bastilha: fortaleza utilizada como prisão real e símbolo do absolutismo na França.

No dia 14 de julho de 1789, em busca de armas e munição para combater as tropas reais, uma multidão
invadiu a Bastilha.

Com a tomada da Bastilha, a força popular deu início à revolução. Paris sofreu uma onda de violência
que as autoridades não conseguiram conter: funcionários do governo e aristocratas foram assassinados e
tiveram suas casas saqueadas.

Após a morte de Luís XVI, a situação da França tornou-se ainda mais instável.

Os jacobinos defendiam a necessidade de tomar medidas radicais para deter o avanço das tropas
estrangeiras e atender aos anseios populares. Em junho de 1793, apoiados pelos sans- culottes, eles
expulsaram os girondinos da Convenção e prenderam seus principais líderes. Iniciava-se, assim, a Era
do Terror.
GOLPE DO 18 DE BRUMÁRIO
A rica burguesia francesa, ameaçada pela instabilidade interna, precisava de uma solução política que
preservasse suas propriedades e favorecesse seus negócios.

Para isso, o general Napoleão Bonaparte foi convidado a compor um governo que pacificou a França. No
dia 9 de novembro de 1799 (18 Brumário no calendário revolucionário), Bonaparte, com o apoio de
dois diretores, dissolveu o Diretório e iniciou o Consulado.

O golpe logo recebeu amplo apoio da alta burguesia e dos camponeses. Para a burguesia, o general
representava a preservação da ordem; para os camponeses, a certeza de que o Antigo Regime e as taxas
feudais não seriam restabelecidos.

MEDIDAS NAPOLEÔNICAS
Napoleão Bonaparte governou de forma autoritária. No plano externo, ele assinou tratados de paz com os
países europeus, estabelecendo provisoriamente a paz, e implantou uma série de reformas jurídicas,
econômicas e administrativas nas áreas a seguir:

• Finanças. A implantação de uma política bem orientada de cobrança de impostos recuperou a


economia francesa. Foi fundado o Banco da França, responsável pela emissão de dinheiro e pelo
financiamento dos setores agrícola e industrial.

• Administração pública. Os prefeitos, chefes do Executivo de cada departamento, eram escolhidos por
Napoleão.

• Justiça. Os juízes deixaram de ser eleitos e passaram a ser nomeados. Os processos na justiça foram
padronizados em todo o território.

• Educação. A educação pública foi reorganizada com a criação de escolas secundárias e de liceus.

BLOQUEIO CONTINENTAL
Em novembro de 1806, Napoleão determinou o bloqueio comercial às Ilhas Britânicas.

A França, as nações aliadas e as áreas sob domínio francês foram proibidas de comercializar produtos e
bens com os britânicos. Os países que descumprissem essa determinação sofreriam intervenção militar.
Conhecida como Bloqueio Continental, essa medida foi tomada com o objetivo de garantir mercados
para os produtos franceses e enfraquecer economicamente o país rival.

GOVERNO DOS CEM DIAS


O período conhecido como o Governo Dos Cem Dias marca o período do retorno do imperador francês
Napoleão I ao poder, após sua fuga do exílio na ilha de Elba.

Determinados a removê-lo do trono de uma vez por todas, diversas potências europeias, como a
Inglaterra, Rússia, Prússia e Áustria, formaram uma nova coalizão (a Sétima Coligação) contra a França.

A volta de Napoleão aconteceu ao mesmo tempo em que o Congresso de Viena estava em andamento.
Em 13 de março, sete dias antes do imperador francês marchar na capital, os dignitários europeus em
Viena declararam Bonaparte oficialmente um fora da lei.

CONGRESSO DE VIENA
Quando Napoleão estava na Ilha de Elba, representantes de Grã-Bretanha, Rússia, Prússia, Áustria e
outros Estados europeus se reuniram na cidade de Viena, na Áustria, em setembro de 1814.

Os objetivos centrais desses países, no Congresso de Viena, eram reorganizar as fronteiras da Europa e
definir medidas para garantir a estabilidade política do continente.

Durante o congresso, que se estendeu até junho de 1815, decidiram-se o restabelecimento das bases
políticas do Antigo Regime e a restauração das dinastias que haviam sido depostas por Napoleão.

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