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Há uma real ameaça de invasão estrangeira, por parte da Áustria e da Prússia que, receando
que o movimento alastrasse aos seus países, se preparam para invadir a França.
- Os emigrados conspiravam a partir do exterior contra a revolução, apelando aos reis e aos
exércitos das potências estrangeiras, opositoras da revolução, como a Prússia e a Áustria;
- Fuga falhada do rei e da família real, detidos junto à fronteira com a Áustria; o rei foi acusado
de conspirar contra a revolução e foi preso;
A Revolução:
Detido na sua tentativa de fuga, Luís XVI e a família são conduzidos a Paris e instalados no
Palácio das Tulherias.
Em 1792 uma comuna insurrecional assalta o Palácio, o rei é preso e destituído de funções
pela Assembleia Legislativa, a Constituição suspensa, o poder é assumido pela comuna de
Paris, que convoca eleições para uma nova Assembleia - a futura Convenção - a eleger por
sufrágio universal.
A República
A prisão do rei (1792) e mais tarde a execução do rei (1793) provocou uma
Áustria, Prússia, Inglaterra, Espanha, que assim reagiam à política de anexações territoriais da
Convenção e à execução de Luís XVI.
Entre 1794 e 1795, a Convenção manteve-se como assembleia legislativa. Passou a ser
dominada por elementos mais moderados. Os novos deputados defendiam os interesses da
burguesia, por isso se diz que à república popular sucedeu uma república burguesa.
Prosseguimento da guerra
Entretanto, com o contributo do jovem general Napoleão Bonaparte, a França alcançou uma
série de vitórias militares: no Piemonte, na Lombardia, no ducado de Mântua e na Áustria que
culminaram com a assinatura do tratado Campo-Fórmio. Com os tributos cobrados aos povos
vencidos, a França pode reequilibrar o orçamento
O tratado de Campo Fórmio foi assinado a 17 de outubro de 1797. Assinado entre Francisco II,
Imperador romano-germânico e a República Francesa, vitoriosa ao final da campanha contra a
Primeira Coligação, a 17 de outubro de 1797.
Fim do Diretório
Esta política teve como consequência a constituição de uma segunda coligação estrangeira
contra a França por parte da Inglaterra, Áustria, Estados alemães, Prússia e Rússia), não evitou
contudo a nível interno a eclosão de vários golpes militares o último dos quais daria fim ao
desacreditado Diretório: foi o 18 do Brumário (9 de novembro de 1799), dirigido por Napoleão
Bonaparte.
Do Consulado ao Império
Após o 18 do Brumário, o poder executivo foi entregue a uma comissão formada por três
cônsules, o Consulado, no qual pontificava Napoleão. Era um governo republicano, com poder
partilhado embora a Constituição de 1799 previsse a possibilidade de ele vir a concentrar-se. E,
com efeito, durante a sua vigência (1799/1804), vai assistir-se ao reforço progressivo do poder
pessoal de Napoleão.
Fig. X Retrato de Napoleão Bonaparte (1769-1821)
Do Consulado ao Império
Napoleão foi nomeado 1° Cônsul por dez anos, tornando-se o chefe do poder executivo. A
Constituição de 1802 proclama-o Cônsul vitalício. O Senado proclama-o Imperador hereditário
e em 1804 coroa-se Imperador, em Notre-Dame, na presença do Papa Pio VII. Era o fim da
República e o início do Império.
• Fim das perseguições aos republicanos radicais, desde que dispostos a servir poder;
Napoleão sempre procurou dar ao seu governo uma aparência democrática. Na realidade
tratou-se de uma ditadura do tipo monárquico. Poderemos considerar este período um
regresso ao Antigo Regime? À partida não. Porque a sua base de apoio foi a burguesia e não a
aristocracia. Depois, durante quinze anos em que esteve no poder, Napoleão procurou
consolidar as conquistas da revolução.
Mas não consolidou só as conquistas da revolução, realizou uma obra modernizadora notável.
- Centralização Administrativa:
- Recuperação Financeira:
- Reforma do Ensino:
• Criação dos liceus para acolher os filhos da burguesia, de quem se esperava mais tarde
devoção ao serviço do Estado;
Quando em 1792 o país iniciou a guerra, fê-lo para defender a revolução, mas também para
expulsar os tiranos do poder.
O que inicialmente era uma guerra de libertação, depressa se converteu numa guerra de
conquista, revelando uma pulsão expansionista. Anexou a Bélgica, Nice, Sabóia, a margem
esquerda do Reno, entre outras.
No auge do poder napoleónico, a França estendera o seu domínio a um vasto território, desde
a Espanha à Polónia, a cujos povos se apresentava como portadora de uma mensagem de
liberdade, igualdade e fraternidade, mas também de esperança numa futura
autodeterminação.