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REVOLUÇÃO

FRANÇESA
Trabalho de história

Revolução Francesa

A Revolução Francesa foi uma revolução social e política que


acontece na França de 1789 a 1799. Sob o lema Liberdade,
Igualdade e Fraternidade

Antecedentes – No final do século XVIII, cerca de 98% da


população pertence ao Terceiro Estado, que reúne grandes e
pequenos burgueses, trabalhadores urbanos e camponeses. Ele arca
com os pesados impostos que sustentam o rei, o clero (Primeiro
Estado) e a nobreza (Segundo Estado). A população também sofre
com os abusos do absolutismo de Luís XVI (1754-1793). A
burguesia detém o poder econômico, mas perde as disputas
políticas para o clero e a nobreza, que se aliam nas votações – um
voto para cada Estado. Estimulada pelos ideais do iluminismo,
revolta-se contra a dominação da minoria. A partir de 1786, o país
enfrenta uma série de dificuldades econômicas, como a crise da
indústria e uma seca que reduz a produção de alimentos. Em 1788,
o rei convoca a Assembleia dos Estados Gerais, um ano depois que
os nobres, na Assembleia dos Notáveis, se recusam a aceitar
medidas contra seus privilégios.
Tomada da Bastilha – Os Estados Gerais começam seus trabalhos
em maio de 1789, no Palácio de Versalhes. Em junho, a disposição
de liquidar o absolutismo e realizar reformas leva a bancada do
Terceiro Estado a autoproclamar-se Assembleia Nacional
Constituinte. A população envolve-se, e as revoltas em Paris e no
interior, causadas pelo aumento do preço do pão, resultam na
Tomada da Bastilha, em 14 de julho, marco inicial da Revolução.
Grande parte da nobreza sai do país. Em agosto de 1789, a
Constituinte anula os direitos feudais ainda existentes e aprova a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Em setembro de
1791 é finalizada a Constituição, que conserva a Monarquia, mas
institui a divisão do poder (Executivo, Legislativo e Judiciário),
proclama a igualdade civil e confisca os bens da Igreja.

Girondinos e jacobinos – A unidade inicial do Terceiro Estado


contra o Antigo Regime dá lugar a uma complexa composição
partidária, que evolui conforme os vários momentos da revolução.
Os girondinos, que se sentam à direita do plenário, representam a
alta burguesia, são mais conservadores e combatem a ascensão dos
sans-culottes (o povo). Os jacobinos, à esquerda, representam a
pequena e média burguesia e buscam ampliar a participação
popular no governo. Republicanos radicais são liderados por
Robespierre (1758-1794) e apoiados pelos cordeliers, líderes das
massas populares de Paris. Os deputados do centro, que oscilam
entre jacobinos e girondinos, recebem o apelido de grupo do
pântano.

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Monarquia constitucional – Em abril de 1792, os monarquistas
patrocinam a declaração de guerra à Áustria, como possibilidade de
voltar ao poder. Austríacos e prussianos invadem a França com o
apoio secreto de Luís XVI, mas são derrotados pelos populares. Os
sans-culottes, liderados por Marat (1743-1793), Robespierre e
Danton (1759-1794), assumem o governo. Criam a Comuna de
Paris em agosto de 1792 e organizam as guardas nacionais.
Radicaliza-se a oposição aos nobres, considerados traidores. Em
setembro, o povo invade as prisões e promove execuções em
massa.

República jacobina – Forma-se nova Assembleia, a Convenção,


entre 1792 e 1795, para preparar outra Constituição. Os girondinos
perdem força, e a maioria fica com os jacobinos, liderados por
Robespierre e Saint-Just (1767-1794). Os montanheses, uma
facção dos jacobinos, proclamam a República em 20 de setembro
de 1792. Luís XVI é guilhotinado em janeiro de 1793. Começa o
Período do Terror, que dura de junho de 1793 a julho de 1794. Sob
o comando ditatorial de Robespierre são criados o Comitê de
Salvação Pública e o Tribunal Revolucionário, encarregado de
prender e julgar os traidores. A Comuna aprisiona e guilhotina 22
líderes girondinos e até jacobinos, como Danton e Desmoulins
(1760-1794), acusados de conspiração. Poucos meses após a morte
de Danton, em julho de 1794 – dia 9 do novo mês Termidor –,
Robespierre e Saint-Just também são presos e guilhotinados. Com a
execução de Robespierre chega ao fim a supremacia jacobina. Os
girondinos, em aliança com o grupo do pântano, instalam no poder
a alta burguesia.

Burguesia no poder – Os clubes jacobinos são fechados e nova


Constituição é redigida (1795), instituindo outro governo, o
Diretório (1795-1799), que consolida as aspirações da burguesia.
Nesse período, o país sofre ameaças externas. Para manter seus
privilégios, a burguesia entrega o poder a Napoleão Bonaparte.

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Mesmo com a queda do Império Napoleônico, em 1815, e a ameaça
de restauração monárquica pelas potências européias vencedoras, a
burguesia retoma o controle do governo francês em 1830. O Estado
burguês, construído por Napoleão Bonaparte, permanece. Para
muitos historiadores, a Revolução Francesa é o auge de um amplo
movimento revolucionário que consolida uma sociedade capitalista,
liberal e burguesa. Atinge outros países, como a Inglaterra e os
Estados Unidos da América (EUA), e chega à França com maior
violência e ideais mais bem delineados. Os movimentos pela
independência da América Espanhola também são reflexo dessas
transformações.

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