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História

REVOLUÇÕES LIBERAISAATLÂNTICAS
11º ano I
Módulo 5
REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
REVOLUÇÕES
ARLIBERAIS Americana I
evolução ATLÂNTICAS
REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES

A Revolução Americana

George Washington; Montesquieu; Thomas Jefferson; Rei Jorge III;


Cerimónia da Assinatura da Declaração da Independência;
Texto da Declaração da Independência; A bandeira das treze colónias.

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES

Condicionantes prévias da revolta dos colonos americanos


Momentos políticos e de tensão social na Inglaterra
a partir da segunda metade do século XVII.
Periodização Século Data Acontecimento
Em Inglaterra, radicais revoltam-se contra a excessiva dependência do
XVII 1688 Parlamento face ao rei. Acusam-no de não ser isento e de não
IDADE MODERNA

salvaguardar os direitos individuais e as liberdades dos súbditos.


Declaração dos Direitos na Inglaterra – fica estabelecida a superioridade
1689
do Parlamento sobre o monarca.
1704 Franceses e índios matam ingleses no Connecticut (América do Norte).
XVIII As ideias iluministas de Montesquieu e outros filósofos invadem a
1750
América.
1763 Fim da Guerra dos Sete Anos entre a França e a Inglaterra (vencedora).

Resumindo…
• Em Inglaterra havia manifestações contra o poder exercido pela Coroa.
• Desgaste político e económico provocado pela rivalidade pela posse
de territórios coloniais entre a França e a Inglaterra (Guerra dos Sete Anos).
• As ideais Iluministas difundem-se.

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES

As 13 colónias inglesas na América do Norte (século XVIII)

No século XVII, vivia-se em


Inglaterra uma crise religiosa
que desencadeou uma vaga de
emigração com destino à costa
da América do Norte. Aí se
fundaram 13 colónias inglesas.

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES

Os colonos

A população das colónias norte-americanas


cresceu de 200 000 habitantes, em 1700,
para mais de 2 000 000, em 1770, devido
ao facto de à emigração inglesa se terem
juntado alemães, protestantes franceses e
camponeses irlandeses e escoceses. A
fraca lealdade destes emigrantes à Coroa
britânica começava a ser partilhada pelos
norte-americanos de origem inglesa, para
quem a mencionada política mercantilista
constituía um sério obstáculo ao seu
desenvolvimento económico.
Enrique Giménez López

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
Características das 13 colónias inglesas na América do Norte
População: índios nativos, ingleses,
escoceses, irlandeses...
• Autonomia administrativa entre si.
• Partilhavam a mesma língua e religiões
protestantes.

• As colónias estavam submetidas ao poder


político da Inglaterra (decisões do
Parlamento).
• Os colonos revelavam grande dinamismo,
espírito de trabalho e iniciativa e forte
tradição de liberdade de pensamento.

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
O arranque da Revolução Americana…
A burguesia colonial mostrava-se contra a forma como a Coroa
britânica, através do Parlamento, impunha as suas decisões, sem
nunca consultar os colonos, nomeadamente a questão dos impostos.

1764 Lei da Renda Impunha elevados impostos sobre produtos que só


(Revenue Act) podiam ser importados da metrópole ao mesmo tempo
que agravava as penas para o contrabando.
1765 Lei do Selo Impunha o pagamento de uma taxa sobre um
(Stamp Act) documento jurídico e comercial (o papel selado).
1767 Novas taxas aduaneiras sobre o vidro, o chá e o papel.
O mal-estar entre os colonos foi imediato. As reações sucederam-se e os
colonos organizaram-se, recusaram o pagamento desses impostos e
criaram medidas de boicote às importações da metrópole; ocorreram
episódios de violência contra os funcionários da alfândega.

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REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
A radicalização do conflito
“Matança de Boston” - soldados ingleses
disparam sobre habitantes de Boston e matam
cinco pessoas.
Face ao avolumar das tensões…
1770 A metrópole levantou o imposto sobre a
maioria dos produtos à exceção do chá
- deixando, assim, bem claro o princípio de
autoridade.

No porto de Boston, homens disfarçados


de índios assaltaram os barcos e atiraram
ao mar os fardos de chá – Boston Tea Party.

1773

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REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
A rutura dos colonos americanos com a Inglaterra
‐ A Inglaterra ordena o encerramento do porto de Boston, até que as companhias de comércio, que
foram prejudicadas pelo ataque, fossem indemnizadas e exige que os culpados sejam julgados na
metrópole.
‐ Os colonos, enfurecidos, reúnem-se no I Congresso de Filadélfia no qual reafirmam o poder das
associações locais sob a metrópole.

1774 Algumas das decisões mais importantes saídas deste Congresso:


‐ As colónias assinaram um documento que reafirmava a lealdade ao rei, mas que negava a
competência do Parlamento para legislar e impor tributos à América - Declaração e Acordos
(Declaration and Resolves).
‐ Criação de órgãos comuns nas colónias.
‐ Novo boicote aos produtos britânicos, Iniciando uma guerra económica.
A Inglaterra reage: o rei decide atacar o depósito de armas que
os americanos tinham criado. As tropas de ambas as fações
defrontam-se na batalha de Lexington.

George Washington, um abastado fazendeiro da Virgínia ,foi eleito


1775 comandante-chefe do exército dos colonos americanos.

Início da Guerra da Independência, que teria a duração de oito anos.

George Washington

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REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
A proclamação da independência dos Estados Unidos da América,
1776 - 1776

Assinatura da Declaração da Independência. Aspeto atual da sala onde foi assinada


a Declaração da Independência.

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES
A proclamação da independência - 1776
Thomas Jefferson publica uma declaração na qual
1776 justifica o desejo de independência das colónias.

Quando, no decurso dos acontecimentos humanos (…) um povo


romper os laços políticos que o prendem a outro povo e assumir
(…) o lugar livre e igual a que as leis da natureza e o Deus do
universo lhe dão direito (…) obriga-o a declarar as causas que o
levam à separação. Consideremos estas verdades incontestáveis
(…) todos os homens nascem iguais; que todos são dotados pelo
seu criador de certos direitos inalienáveis1, entre os quais a vida,
a liberdade e a procura da felicidade; que para garantir esses
direitos, são estabelecidos governos pelos seus homens e o seu
justo poder emana do consentimento dos governados; que todas
as vezes que um governo se torne contrário a esses objetivos, o
povo tem o direito de o mudar ou de o abolir e de estabelecer
um novo governo. Por consequência, nós (…) afirmamos e
declaramos solenemente que estas colónias unidas são, e têm o
direito de ser, Estados livres e independentes.

Declaração do Congresso de Filadélfia, 4 de julho de 1776.

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES

As ideais Iluministas na Constituição americana

Excertos do texto da Constituição americana Ideal Iluminista


Todos os homens nascem iguais. Igualdade
(…) que todos são dotados pelo seu criador de certos Liberdade
direitos inalienáveis, entre os quais a vida, a liberdade e Felicidade
a procura da felicidade
(…) para garantir esses direitos, são estabelecidos Soberania popular
governos pelos seus homens e o seu justo poder emana (voto)
do consentimento dos governados.

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES

AS FASES DA REVOLUÇÃO AMERICANA


Construção da República
Início da Guerra Internacionalização do conflito
Federal

A Inglaterra não tinha Em França o povo simpatizava com os Finda a guerra, as 13


como prever a duração ou revoltosos e com a possibilidade de colónias enfrentavam outros
as implicações do conflito. abalar o sistema colonial inglês. problemas:
Pensava-se que os colonos ‐ A autonomia de uns
leais ao rei estavam em Em 1777, multiplicam-se em França os Estados em relação a
maior número que os apoios aos colonos e surgem voluntários outros.
revoltosos. a querer integrar o exército de George ‐ Como organizar o poder
Washington. politico.
O exército da metrópole Após 16 semanas de
sofreu derrotas e Em 1778, é assinado, por Luís XVI, o trabalhos, à porta fechada,
começava a dar sinais de Tratado de Comércio que colocava o rei os delegados apresentaram,
desgaste. françês ao lado dos colonos no conflito em 1787, a primeira
contra os ingleses. Constituição americana que
A França começa a definia uma Confederação
ponderar a hipótese de Em 1783, foi assinado o Tratado de Paris de Estados Federados.
enviar tropas para apoiar que pôs fim à guerra e reconheceu a Em 1789, George
os rebeldes contra a independência das colonias inglesas da Washington foi eleito o
Inglaterra. América do Norte. primeiro Presidente dos
Estados Unidos da América.

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES

4 de julho nos Estados da América

Imagens das celebrações americanas do feriado nacional do 4 de julho


no qual se comemora o nascimento dos Estados Unidos da América.

Joana Cirne | Marília Henriques


REVOLUÇÕES LIBERAIS ATLÂNTICAS I – REVOLUÇÕES E ESTADOS LIBERAIS CONSERVADORES

A criação na América do Norte de um Estado


republicano federal por via da
autodeterminação dos emigrantes europeus
foi um dos acontecimento políticos de maior
importância no século XVIII. (…)

Joana Cirne | Marília Henriques

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