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ATIVIDADE REVISIONAL
1. (ENEM 2014) “Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser
concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso
prático, a um acordo quanto à validade dessa norma”.
(Habermas, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,
1989)
Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo (a):
a) Liberdade humana, que consagra a vontade.
b) Razão comunicativa, que requer um consenso.
c) Conhecimento filosófico, que expressa a verdade.
d) Técnica científica, que aumenta o poder do homem.
e) Poder político, que se concentra no sistema partidário.
2. Segundo a fórmula universal do imperativo categórico kantiano, uma ação está correta
quando:
a) está de acordo com o princípio de autoconservação.
b) gera a maior felicidade e bem-estar para o maior número de pessoas.
c) está de acordo com os dez mandamentos.
d) é uma ação correta.
e) pode ser praticada por todas as pessoas.
5. (Unicamp 2015) Apenas a procriação de filhos legítimos, embora essencial, não justifica a
escolha da esposa. As ambições políticas e as necessidades econômicas que as
subentendem exercem um papel igualmente poderoso. Como demonstraram inúmeros
estudos, os dirigentes atenienses casam-se entre si, e geralmente com o parente mais
próximo possível, isto é, primos coirmãos. É sintomático que os autores antigos que nos
informam sobre o casamento de homens políticos atenienses omitam os nomes das
mulheres desposadas, mas nunca o nome do seu pai ou do seu marido precedente.
Adaptado de Alain Corbin e outros, História da virilidade, vol. 1. Petrópolis: Vozes, 2014, p.
62.
7. (UEL PR) De acordo com Aristóteles, a vida consagrada ao ganho, que tem como fim a
riqueza, não é a vida feliz. Portanto, a vida consagrada ao ganho identifica erroneamente o
que é o bem ou a felicidade.
(ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da
versão inglesa de W. D. Ross. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 12.)
Qual a principal razão invocada por Aristóteles para rejeitar a vida que tem como fim último a
riqueza?
a) A vida consagrada ao ganho é apenas um meio e não um fim em si mesmo.
b) O acúmulo de bens exteriores representa uma agressão à natureza.
c) A busca de riqueza é um fim acalentado por indivíduos mesquinhos e egoístas.
d) A vida consagrada ao ganho é modo de vida típico do capitalismo.
e) A riqueza torna as pessoas escravas do dinheiro e, portanto, infelizes.
8. (UFPEL RS) A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre diferentes. O escravo
tem corpo forte, adaptado para a atividade servil, o homem livre tem corpo ereto,
inadequado para tais trabalhos, porém apto para a vida do cidadão.
Na cidade bem constituída, os cidadãos devem viver executando trabalhos braçais
(artesãos) ou fazendo negócios (comerciantes). Estes tipos de vida são ignóbeis e
incompatíveis com as qualidades morais. Tampouco devem ser agricultores os aspirantes à
cidadania. Isso porque o ócio é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à
prática das atividades políticas.
ARISTÓTELES (384-322 a. C.). Política [Adapt.].
Esta ideologia foi produzida na (o)
a) Período Homérico e manifesta o pensamento burguês em relação a todas as classes
sociais.
b) Império Romano e apresenta resquícios nas discriminações étnicas vigentes nos Estados
Unidos da América.
c) Antiga Grécia e reflete o preconceito – em relação às atividades manuais – também
presente ao longo da história da sociedade brasileira.
d) Período Arcaico, em Atenas, quando era necessário estabelecer legitimações para as
expansões colonialistas modernas.
e) Idade Antiga, mas foi eliminada, após a Revolução Francesa, pela filosofia liberal.
9. (UNESP SP) É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que proporcionam a
força, a riqueza, [...] [os muito ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aos
magistrados [...] Ao contrário, aqueles que vivem em extrema penúria desses benefícios
tornam-se demasiados humildes e rasteiros. Disso resulta que uns, incapazes de mandar, só
sabem mostrar uma obediência servil e que outros, incapazes de se submeter a qualquer
poder legítimo, só sabem exercer uma autoridade despótica.
(Aristóteles, A Política.)
Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e em outras cidades gregas, o
bom exercício do poder político pressupõe
a) o confronto social entre ricos e pobres.
b) a coragem e a bondade dos cidadãos.
c) uma eficiente organização militar do Estado.
d) a atenuação das desigualdades entre cidadãos.
e) um pequeno número de habitantes na cidade.
10. (Enem 2013) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido
que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil
juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas.
Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis,
simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus,
oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está
longe; mas quando ele chega, revoltam-se.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.
11. (Unesp 2011) Analise o texto político, que apresenta uma visão muito próxima de
importantes reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os
domínios da ética e da política são práticas distintas.
“A política arruína o caráter”, disse Otto von Bismarck (1815-1898), o “chanceler de ferro”
da Alemanha, para quem mentir era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o
mundo ao reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram colocados e
mantidos no poder por nações que se enxergam como faróis da democracia e dos direitos
humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável? Os ditadores eram a
única esperança do Ocidente de continuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter um
mínimo de informação sobre as organizações terroristas islâmicas. Antes de condenar,
reflita sobre a frase do mais extraordinário diplomata americano do século passado,
George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades não vivem para conduzir
sua política externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua política externa para
viver”. (Veja, 02.03.2011. Adaptado.)
A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo:
a) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo simpático à
repressão militar sobre populações civis.
b) foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer tipo de
manifestação de autoritarismo por parte dos governantes.
c) foi um dos teóricos do socialismo científico, respaldando as ideias de Marx e Engels.
d) foi um pensador escolástico que preconizou a moralidade cristã como base da vida
política.
e) refletiu sobre a política através de aspectos prioritariamente pragmáticos.
Platão:
A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de
seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios;
confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor
rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo
opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o
seu caráter insuficiente.
(Citado por: CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17)
Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à:
a) oligarquia
b) república
c) democracia
d) monarquia
e) plutocracia