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A predominância rural

● A Europa dos séculos XVI a XVIII apresentou-se maioritariamente rural.


● Os camponeses eram o estrato social mais numeroso cerca de 70% a
85%).
● As propriedades comunitárias e as grandes propriedades dos senhores da
realeza, clero e nobreza ocupavam a maior parte do solo em cada país.
● Com a passagem para o século XVI, o mundo rural sofreu algumas
mudanças estruturais e alguns processos e inovações agrárias.
● Na maior parte dos países europeus houve um alargamento das áreas
cultivadas, um recuo do pousio, utensílios mais resistentes e novas
culturas.
● As modificações jurídicas e fiscais trouxeram maior liberdade pessoal e
profissional para os camponeses.
● Os países que aproveitaram estas ideias na íntegra foram: a Inglaterra, a
França e a Holanda.

Dinamismos dos centros urbanos

● Nos séculos XVI a XVIII as cidades tornaram-se os centros dinamizadores


da economia pré-industrial.
● No século XVII, as regiões mais urbanizadas eram: a Inglaterra e os Países
Baixos, onde a população urbana representava entre 30% e 50% do total,
por outro lado o Sul e Leste europeus permaneciam particularmente
rurais.
● As cidades eram o local ideal para os grandes mercados e feiras.
● A burguesia comercial e financeira atraiu às cidades fluxos populacionais.
● As cidades eram mais heterogéneas, com maior mobilidade profissional e
social.
● Os grandes mercados urbanos, ligados ao tráfico colonial e internacional,
promoveram a crescente procura e o desenvolvimento da produção
artesanal (economia pré-industrial).
● Existiu o impulsionamento da especialização e mercantilização da
economia agrícola.
● Os grandes mercadores urbanos foram os construtores de todo este
dinamismo mercantil e financeiro, desenvolvendo o comércio à distância
(marítimo), impulsionando a economia agrícola e artesanal e
aperfeiçoando as práticas pré-capitalista (sociedades, bolsas,
companhias e bancos).

O arranque industrial inglês e a formação de um mercado nacional


e de novas estruturas económicas

● O sucesso inglês começou a partir dos meados do século XVIII.


● Este processo foi impulsionado pelo desenvolvimento do comércio interno
e externo e pelo crescimento das cidades. Floresceu também uma
burguesia mercantil, dinâmica e empreendedora, e a nível demográfico,
que transformou num enorme mercado consumidor para a produção
agrícola.

As condições que a Inglaterra tinha na altura que permitiu tornar-se a maior


potência económica e política em meados do século XVIII
● rede natural de comunicações, compostas por rios navegáveis e bons
portos;
● abundância de recursos minerais, Inglaterra tinha no subsolo ferro e hulha
essenciais para alimentar as máquinas a vapor;
● aparecimento de novas invenções mecânicas;
● uma grande expansão demográfica que fornecia, deste modo
consumidores e mão de obra abundante;
● o setor agrícola em modernização, devido às novas técnicas de cultivo,
geradoras do aumento de produtividade e produção;
● mercado interno extenso, ligado por uma rede de transportes e
alimentado pelo aumento do número dos consumidores com poder de
compra;
● mercado externo vasto e coeso, fornecedor de matérias-primas e
escoador das produções excedentárias da metrópole;
● setor manufatureiro desenvolvido e aberto à inovação técnica e
tecnológica;
● sistema financeiro estável, bancos capazes de facilitar e suportar
negócios, companhias monopolistas e uma bolsa de valores ativas e
empreendedoras.
→ O Parlamentarismo (câmara dos lordes) era o que vigorava na época.
→ A nobreza inglesa participava ativamente no comércio e era proprietários de
terras os landlords, dinamizando as atividades financeiras e mercantis.
→ Inglaterra era desta forma o centro da economia-mundo no século XVIII.

A expansão demográfica e a urbanização


● Quebra da mortalidade, baixou significativamente pela melhoria das
condições higiénicas e sanitárias, a nível da saúde com a aplicação das
primeiras vacinas e progressos na obstetrícia, e também a nível da
alimentação que era mais racional e variada;
● Aumento da taxa de natalidade.
→ O crescimento populacional não foi tão acentuado nas áreas rurais.
→ O saldo fisiológico passou a ser cada vez mais positivo.
→ Passou a existir uma interação entre crescimento demográfico e
desenvolvimento económico.
→ A Inglaterra passou a ser a região mais urbanizada da Europa.

A expansão dos mercados interno e externo


→ O tipo de comércio à escala mundial que a Inglaterra conseguiu desenvolver
entre 1550 e 1700, baseou-se:
● num grupo mercantil competente, na abundância de capital físico e
financeiro;
● numa estrutura organizacional de crédito;
● num governo consciente e favorável às aspirações da classe mercantil;
● na força da sua marinha.
→ No século XVIII, a rota triangular assumiu grande importância.
→ A Inglaterra pretendia a todo o custo o controlo das áreas comerciais
ultramarinas.

As inovações agrícolas
● seleção das semntes e cabeças de gado;
● afolhamento quadrienal substituiu o trienal, consiste na substituição do
pousio pelo cultivo de plantas forrageiras, exemplo: trevos e nabos que
depois serviam para alimentar o gado;
● novas máquinas agrícolas (semeadoras);
● drenagem do pântano;
● novos sistemas de irrigação;
● as enclosures é o processo de vedação dos campos, acompanhado pelo
emparcelamento de terras e consequentemente formação de grandes
propriedades.

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