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• Segunda Revolução
Industrial: cujo apogeu
ocorreu a partir de 1850 e é
caracterizada pelo avanço da
metalurgia, sobretudo da
indústria do ferro, e pela
A Revolução Industrial pode ser construção de ferrovias.
dividida em dois momentos:
A Revolução Industrial
• No século XVIII, a Inglaterra era um país rico, com a maioria da população vivendo
no campo. Em 1700, a população girava em torno de 6 milhões de pessoas, com
cerca de 70% ocupadas nas atividades agrárias. A produção agrícola, entretanto,
vinha sofrendo mudanças importantes.
• Novas técnicos de plantio, de tratamento da terra, o uso de animais e novos
cultivos proporcionaram a chamada “Revolução Agrícola” nos campos ingleses.
Houve, na verdade, uma redefinição da propriedade agrária e das relações de
trabalho no campo.
• O rompimento da forma tradicional com a qual os trabalhadores rurais se
relacionavam com a terra e as novas condições agrárias representaram um duro
golpe ao campesinato: o contrato de trabalho passou a ser individual, e não mais
por grupo familiar.
A Revolução Industrial
• Com o aumento da produtividade das terras em decorrência das
novas técnicas, só acessíveis aos mais ricos, o preço do arrendamento
subiu muito e até mesmo os pequenos arrendatários não puderam
mais arcar com o aluguel.
• Em 1700, estima-se que metade das terras cultiváveis inglesas era
utilizada por meio da exploração dos campos comuns. Ao fim do
século XVIII, elas praticamente já não existiam. O fim das terras
comuns e o cercamento dos campos concentraram a propriedade
fundiária nas mãos de cada vez menos pessoas.
A Revolução Industrial
• O cercamento dos campos foi elemento decisivo
para o desenvolvimento da indústria;
principalmente pela maior oferta de alimentos e
pela liberação de camponeses a trabalhar nas
fábricas e viver em centros urbanos.
• É certo que essas mudanças transformaram
profundamente o universo econômico e cultural dos
camponeses, que tiveram de se submeter a uma
ordem nova: a do capital. Tornaram-se assalariados
do campo e das cidades.
A Revolução Industrial
• A mão de obra das primeiras fábricas têxteis inglesas, no final do
século XVIII, resultava do aumento demográfico. Nessa época,
houve um aumento da população urbana e rural na Inglaterra.
Industrialização e crescimento demográfico se alimentavam
reciprocamente. A população da Grã-Bretanha saltou de 6
milhões para 10 milhões de pessoas, em fins do século XVIII, e
para impressionantes 18 milhões na década de 1840.
• O pioneirismo inglês na industrialização ocorreu, ainda, devido à
existência de vias fluviais. Elas permitiram um rápido e eficiente
sistema de transporte entre o interior e os portos marítimos,
além de serem mais econômicos do que as terrestres no
transporte de mercadorias pesadas ou volumosas, como o
carvão.
A Revolução
Industrial
• Em resumo, o fato de a Revolução
Industrial ter ocorrido
especialmente na Inglaterra não
pode ser atribuído somente a um
aspecto, mas a um conjunto de
fatores. E, como em todo processo
histórico, não ocorreu de uma hora
para a outra, nem se estendeu a
todas as regiões inglesas naquele
momento. Embora restrita a alguns
produtos e centralizada em certas
regiões, a Revolução Industrial
transformou a Inglaterra na principal
economia do mundo.
Máquina à Vapor
Capitalismo Industria
Revolução Industrial –
Unidade III – Aula I
• A máquina a vapor sempre
foi explorada como fonte de
energia desde o século XVI,
principalmente na captação
de água e na exploração de
ferro e carvão. Contudo, elas
não se mostravam muito
eficientes e com baixo
tempo de longevidade.
Máquina à Vapor
Máquina à Vapor
• Em 1712, Thomas Newcomen, aprimora a máquina a vapor e a deixa
apta a ser utilizada pela indústria incipiente; mas existe um
contraponto: ela é muito cara. Somente em 1769, com James Watt, é
que a máquina a vapor é aperfeiçoada, baixando os custos de sua
produção, estando apta a ser implantada e utilizada pela indústria na
fabricação de suas mercadorias.
• Ela foi utilizada em todas as áreas industriais, mas principalmente na
área têxtil, onde a Inglaterra possuía um amplo mercado global.
• Era o impulso que a Revolução Industrial precisava.
A nova divisão do trabalho
Capitalismo Industrial e a Sociedade
Revolução Industrial – Unidade III – Aula I
Divisão Social do Trabalho
• A fabricação de tecidos era atividade tradicional na Inglaterra. A maioria
das famílias camponesas estava, de alguma forma, envolvida com o
processo de fiar e tecer. A introdução de uma nova matéria-prima, o
algodão, no século XVIII, não mudou em princípio essa organização.
• Com a utilização cada vez maior da fiandeira hidráulica, inacessível aos
camponeses, as fábricas de fiação se multiplicaram, mantendo um ritmo de
trabalho diário e ininterrupto. Tradicionalmente, eram mulheres e crianças,
os principais trabalhadores domésticos da fiação. E os negociantes
mantiveram o emprego dessa força de trabalho em suas fábricas, cuja
disciplina era muito mais rigorosa do que no sistema de fiação doméstica.
Divisão Social do Trabalho
• Entre os séculos XVIII e XIX, as formas de trabalho se
transformaram radicalmente. Milhares de trabalhadores,
principalmente mulheres e crianças, concentravam-se em
fábricas, sob um regime de serviço intenso e rigoroso. Sem uma
regulamentação específica, as jornadas de trabalho, no início,
eram acima de 12 horas por dia; com o passar dos anos, as leis
foram aparecendo e esta jornada foi sendo reduzida: em 1847,
uma lei estipulou uma jornada de trabalho de dez horas diárias e
outra de 1850 estipulou o descanso semanal aos domingos.
Divisão Social do Trabalho
• A introdução das máquinas no processo produtivo aumentou o
montante dos investimentos no setor têxtil, restringindo o
número de empresários com dinheiro para montar fábricas.
Assim, somente aqueles empresários ricos poderiam comprar
estas máquinas e utilizá-las em suas fábricas.
• Na fábrica, os operários atuavam somente em uma etapa da
produção – uma mudança radical na forma de realizar seu
trabalho. Em outras palavras, o processo produtivo nas fábricas
tendia a se fragmentar: estava em curso uma nova divisão do
trabalho.
Divisão Social do
Trabalho
• No contexto fabril, essa divisão do trabalho mostrava-se mais
produtiva e capaz de atender ao aumento do consumo –
consumo de massa. Dessa forma, os trabalhadores eram
tragados por um sistema em que a máquina era o centro do
processo produtivo.
• Na passagem do século XVIII para o XIX, o aumento da
população nas cidades, que não estavam preparadas para
receber tanta gente, teve repercussões sociais significativas:
multiplicavam-se os bairros pobres, havia ruas sem
calçamento, lixo por todos os lados, muitas pessoas morando
numa mesma casa. A situação era propícia para a disseminação
de doenças.
• Aprofundaram-se as desigualdades sociais entre ricos e pobres.
A defesa do livre comércio
• Em meados do século XVIII, na França, apareceram os primeiros
estudos ou reflexões dos fisiocratas, que criticavam as políticas
mercantilistas dos Estados europeus. A principal base do pensamento
fisiocrata é a do direito natural: todos têm direito de usufruir a vida e
de exercer suas faculdades, tendo como limite o respeito à vida e aos
bens dos outros. Também defendiam que principalmente a agricultura
produzia riqueza; criticavam o protecionismo alfandegário,
defendendo a liberdade de comércio.
• Adam Smith, escocês e fisiocrata, foi um pensador e prestigiado
teórico do liberalismo econômico. Os países, segundo ele, não tinham
de promover o crescimento com políticas que arruinavam outros
povos. Adam Smith sustentava que a riqueza era essencialmente
produto do trabalho humano. Mais ainda: “a opulência nasce da
divisão do trabalho” e da especialização, seja na agricultura ou na
indústria.
A defesa do livre comércio
• Os fisiocratas e Adam Smith são considerados os fundadores da Economia Política
moderna. A frase Laissez faire, laissez passer (deixai fazer, deixai passar) tornou-se um
emblema do liberalismo econômico. Apesar de ser uma simplificação, ela reproduzia a
ideia de que era necessário defender a liberdade econômica em oposição ao controle
por parte do Estado ou de qualquer instituição contrária à liberdade humana.
• Estava claro que os pressupostos de Adam Smith foram muito bem aceitos, em particular
pelos grandes empresários. Os governos, entretanto, insistiram no controle sobre as
esferas da produção, até mesmo na Inglaterra.
• A ênfase na divisão do trabalho foi considerada como acertada. Mas não se pôde fazer
muito em relação à liberdade do comércio. As tarifas alfandegárias e protecionistas
permaneceram. Não restava dúvida de que as teorias do liberalismo econômico foram
um grande estímulo à iniciativa privada na Inglaterra e à formação do futuro império
britânico.
O que é capitalismo?
• O termo capital começou a ser usado como
sinônimo de um conjunto de bens em comércio
ou na produção. No século XVII, começou a ser
usado como substantivo e sinônimo de riqueza,
valor, a maior expressão da riqueza do homem.
• O termo capitalista, por sua vez, já era usado no
século XVIII. Dele se originou a palavra
capitalismo, que define uma forma específica de
agir econômico, datado historicamente, e parte
de um sistema político e social maior.
O que é capitalismo?