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Revolução Industrial

Atualmente, as revoluções de trabalho de produção passam por grandes mudanças,


essas transformações estão ligadas ao desenvolvimento de novas tecnologias, como
a informática, a robótica e o uso combinado do computador com outros meios de
telecomunicação .
há quem diga que estamos em plena “ Terceira
Revolução Industrial”. Então, quais foram as duas “revoluções” anteriores ? que
transformações provocaram ?

Do artesanato a produção mecânica

como já sabemos ate o fim do século XVIII, a maioria da população européia


vivia no campo. Ali produzia o alimento para seu sustento e organizava
grande parte da vida social em função das atividades agrícolas e pastoris

A atividade de transformação de matéria prima era feita de modo artesanal


e o produtor (artesão) controlava as diversas fases da produção. Alem de
dominar todo o processo produtivo, o artesão também era dono das
matérias primas e dos instrumentos de produção . apesar de a forma
artesanal, caseira, ser a mais comum, em alguns países, como na Inglaterra
e França, a produção também era organizada em manufaturas , ou seja,
grandes oficinas onde vários artesãos executavam as tarefas manuais
usando ferramentas, sob o controle do dono da manufatura .
nas manufatura, foi implantado
um processo de divisão de trabalho que deu origem as linhas de produção
de montagem. Cada trabalhador cumpria uma tarefa especifica , com isso,
aumentava-se a velocidade de produção.

O estagio da produção mecanizada nas fabricação foi atingido quando os


avanços técnicos, aliados ao aperfeiçoamento dos métodos
produtivos,propiciaram a criação das maquinas industriais. O processo de
mecanização da produção ,conhecido como Revolução Industrial, teve inicio
na Inglaterra.

Pioneirismo inglês na industrialização

O fato da Revolução Industrial ter iniciado na Inglaterra não foi um acaso.


Ao longo da Idade Moderna, a burguesia inglesa acumulou capitais por
meio da concentração de terras nas mãos de poucos proprietários e da
expansão do comercio, por exemplo , que deram impulso ao processo de
produção industrial.
Alguns fatores contribuíram para que a burguesia expandisse o
comercio marítimo e acumulasse capitais.
Os donos de capitais investiram nas
fabricas (manufaturas )e adquiriram propriedades rurais modernizando
métodos de produção que incluíram, entre outras melhorias, a introdução
de maquinas agrícolas. Esse processo levou a um aumento da produtividade
e reduziu o numero de trabalhadores rurais, substituídos pelas maquinas. As
grandes levas de camponeses que perderam suas antigas funções foram
obrigadas a migrar para as cidades , onde se engajaram no trabalho nas
industrias que surgiram.

Alem desses fatores, algumas condições naturais favoreceram ao


pioneirismo industrial inglês . o fato da Inglaterra ser uma ilha situada à
margem da Europa Ocidental facilitou o acesso ao comercio marítimo e a
exploração dos grandes mercados ultramarinhos. E as jazidas de carvão,
abundantes no subsolo supriram de energia as indústrias.

Mudanças na produção e no trabalho

Com a Revolução Industrial inglesa, as maquinas substituíram varias


ferramentas e eliminaram algumas funções antes exercidas pelos
operários. As relações de trabalho
se modificaram na Inglaterra. Milhares de camponeses mudaram-separa as
cidades em busca de emprego nas fabricas, onde não eram proprietários de
nenhum instrumento de produção , o trabalhador era apenas dono da sua
força de trabalho, que ele “vendia”, em condições desfavorável em troca
de um salário . Desenvolveu-se ,então uma oposição social, de um lado os
empresários industriais, donos dos meios de produção das fabricas
(matérias-primas, maquinas e equipamentos ); de outro, os operários
urbanos, trabalhadores assalariados das industriais.

Exploração do trabalhador

Para desenvolver suas empresas, os industriais ingleses queriam liberdade


econômica, ampliação do mercado consumidor e Mão-de-obra barata para
trabalhar nas fabricas. Com o objetivo de aumentar os
lucros, o empresário industrial pagava aos operários um salário muito baixo,
enquanto explorava ao Maximo a sua capacidade de trabalho.
Os salários eram tão reduzidos que, para sobreviver toda a família do
operário, incluindo mulheres e crianças, era obrigada a trabalhar nas
fabricas. Em diversas industriais, eles
trabalhavam mais de 15 horas por dia. Vale apena ressaltar que na
Inglaterra, por volta de 1780, uma operário vivia em media, 55 anos e
trabalhava 125 horas .

Impactos do avanço industrial

A” Revolução Industrial“ consolidou o capitalismo nas sociedades em


que se instalou. Aos poucos, a industria passou a disputar com o comercio a
condição de setor principal de acumulação de riqueza. Foram muitas as
conseqüências sociais e transformações ocorridas com o desenvolvimento
da industria.

Expansão da Revolução Industrial


Etapas

Considerando os países envolvidos e as questões técnicas, a Revolução


Industrial pode ser dividida em pelo menos três momentos importantes.

• Primeira etapa
No primeiro momento (1760-1860), ficou limitada, basicamente, à
Inglaterra. O maior destaque foi o desenvolvimento da indústria de tecidos
de algodão, com a utilização do tear mecânico. Alem disso, o
aperfeiçoamento das maquinas de vapor teve extrema importância para o
progresso das fabricas.

• Segunda etapa
No segundo momento (1860-1900)espalhou-se por algumas regiões da
Europa Ocidental e Oriental, atingindo países como Bélgica, França,
Alemanha e Rússia. Alcançou também outros continentes, ganhado espaço
nos Estados Unidos e Japão. Nessa etapa uma das principais inovações
técnicas foram a utilização do aço (superando o ferro), também o
aproveitamento da energia elétrica e dos combustíveis petrolíferos, a
invenção do motor a explosão da locomotiva e do barco a vapor. Alem da
criação dos meios de comunicação que deram origem aos que nos
conhecemos hoje. Essa época é conhecida com a Segunda Revolução
Industrial.

• Terceira etapa
A partir da meadosdo século XX, grandes avanços tecnológicos vem
repercutindo intensivamente na produção econômica e no mundo como um
todo. Alguns historiadores e analistas contemporâneos denominaram essas
mudanças como terceira Revolução Industrial, que se traduz no impacto
de novas tecnologias, como o microcomputador , robótica dentre outros
avanços.
As conseqüências da Revolução Industrial
A partir da Revolução Industrial o volume de produção aumentou
extraordinariamente: a produção de bens deixou de ser artesanal e passou
a ser maquinofaturada; as populações passaram a ter acesso a bens
industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de
trabalho. As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que
vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário.
Outra das conseqüências da Revolução Industrial foi o rápido crescimento
econômico. Antes dela, o progresso econômico era sempre lento (levavam
séculos para que a renda per capita aumentasse sensivelmente), e após, a
renda per capita e a população começaram a crescer de forma acelerada
nunca antes vista na história. Por exemplo, entre 1500 e 1780 a população
da Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para 8,5, já entre 1780 e 1880 ela
saltou para 36 milhões, devido à drástica redução da mortalidade infantil.
A Revolução Industrial alterou completamente a maneira de viver das
populações dos países que se industrializaram. As cidades atraíram os
camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez maiores e mais
importantes.
Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país,
havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as
pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios de casas velhas e
desconfortáveis, se comparadas com as habitações dos países
industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria se
comparadas as condições de vida dos camponeses, que viviam em
choupanas de palha. Conviviam com a falta de água encanada, com os
ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas.

História da industrialização no Brasil

A industrialização no Brasil pode ser dividida em quatro períodos principais:


o primeiro período, de 1500 a 1808, chamado de "Proibição"; o segundo
período, de 1808 a 1930, chamado de "Implantação"; o terceiro período, de
1930 a 1956, conhecido como fase da Revolução Industrial Brasileira e
finalmente o quarto período, após 1956, chamado de fase da
internacionalização da economia brasileira.

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