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O iluminismo foi um movimento filosófico e intelectual que aconteceu entre os séculos XVII e
XVIII na Europa, em especial, na França. Os pensadores iluministas defendiam as liberdades
individuais e o uso da razão para validar o conhecimento.
O iluminismo pode ser entendido como uma ruptura com o passado e o início de uma fase
de progresso da humanidade. Essa fase é marcada por uma revolução na ciência, nas artes, na
política, e na doutrina jurídica, por exemplo.
Ao contrário do que pregava a religião, os intelectuais iluministas defendiam que o homem era
o detentor do seu próprio destino e que a razão deveria ser utilizada para a compreensão da
natureza humana.
A razão era, portanto, elemento central dos ideais iluministas, afinal, somente a racionalidade
poderia validar o conhecimento. Eles acreditavam que a educação, a ciência e o conhecimento
eram a chave para essa libertação.
Características do Iluminismo
• Defesa dos direitos naturais do indivíduo (liberdade e livre posse de bens, por
exemplo);
• Antropocentrismo.
Importância do Iluminismo
Progresso da ciência
Foi nesse momento que o homem descobriu como funcionava a órbita dos planetas e a
circulação sanguínea no corpo humano. A criação do microscópio permitiu que o campo de
visão fosse ampliado e a compreensão da natureza fosse expandida. Robert Hooke (1635-1703)
criou o microscópio composto e é considerado o descobridor da célula.
Todos esses avanços na ciência foram fundamentais para que a Revolução Industrial fosse
possível anos mais tarde.
Desenvolvimento da política
O ponto central das discussões políticas dos iluministas eram as liberdades individuais dos
cidadãos. Para esses filósofos, o Estado deveria garantir os direitos individuais, a liberdade de
expressão, igualdade jurídica, justiça e a posse de bens.
Nesses países, os monarcas continuavam exercendo seu poder absoluto, mas deveriam
conhecer os princípios iluministas ou ser assessorados por filósofos dessa corrente.
Pensadores Iluministas
Defendia que o Estado deveria ser uma monarquia constitucional e que o monarca deveria ser
assessorado por filósofos. Voltaire era um admirador da Constituição Inglesa e em sua obra
"Cartas Filosóficas" comparou a tolerância religiosa e a liberdade de expressão na Inglaterra à
atrasada sociedade francesa.
Francês e ligado à aristocracia, Montesquieu desenvolveu em sua principal obra - "O Espírito
das Leis" - a Doutrina dos Três Poderes. Grande parte dos Estados modernos hoje tem sua
estrutura baseada nessa ideia.
Essa doutrina defende a divisão do poder entre legislativo, executivo e judiciário. Para o
filósofo, "todo homem que tem poder é tentado a abusar dele", assim, a separação dos
poderes seria uma forma de frear tais abusos.
Rousseau nasceu na Suíça, mas viveu boa parte de sua vida na França. O filósofo era defensor
da democracia e crítico da propriedade privada, que para ela era a origem das desigualdades
e dos males sociais.
Sua principal obra foi "Contrato Social", onde ele descreve que para a construção de uma
sociedade harmoniosa, as pessoas deveriam obedecer a vontade geral. Isso só seria possível
com um Contrato Social, segundo o qual os homens deveriam abrir mão de alguns direitos em
prol da comunidade.
A origem do iluminismo
Durante a Idade Média, entre os séculos V e XV, a sociedade europeia foi marcada por forte
influência da Igreja Católica.
A igreja defendia uma visão teocêntrica da sociedade e boa parte do conhecimento era fruto
das crenças religiosas, de profecias e do próprio imaginário das pessoas.
Entre o final da Idade Média e início da Idade Moderna, o progresso da ciência começa a
colocar em questão muitos conhecimentos e o próprio entendimento do mundo proposto pela
religião.
A descoberta de que a Terra não era o centro do universo, por exemplo, abalou a supremacia
do conhecimento eclesiástico.
O regime absolutista também era outro fator de insatisfação de boa parte da população. Essas
sociedades eram divididas em estamentos e o clero e a nobreza - que estavam no topo da
pirâmide social - gozavam de privilégios, que eram sustentados com os impostos do povo.
Iluminismo no Brasil