Sociedade espartana
Localização e território de Esparta
A cidade-estado de Esparta
localizava-se na Península do
Peloponeso, Esparta apresentava algumas
particularidades em relação aos demais
Estados algumas delas são: seu território
era superior, tanto na extensão quanto na
qualidade, nela não havia fortificações
nem acrópole fortificada.
Esparta era repartida em cinco
aldeias, e “não possuía um verdadeiro
centro urbano” (Austin. Naquet, 95).
Mapa onde mostra a localização de Esparta
“Notemos ainda que o fato singular de
Esparta, apesar de ser considerada como
uma polis em geral, ter sido atípica em
relação as outras poleis, não possuía um
verdadeiro centro urbano; não só não
existiam fortificações (só os homens
deviam defender a cidade), como nem se
quer havia uma acrópole fortificada,
semelhante á de numerosos outros
centros cívicos.” (Austin.Naquet, 1986)
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De certa forma mito e arqueologia
se assemelham entre si: Esparta é fruto de
“um grande desastre na história grega”.
No Peloponeso existiam pequenos
reinos, onde existiu vestígios de objetos.
Que mostrava que seus habitantes
levaram uma vida de luxo, comerciando
objetos preciosos, mas uma onda de
invasões aconteceu e parte dos palácios
foram queimados o que levou a região ã
voltar a ter um estilo rural.
Divisão social de Esparta
Esparta tinha sua população
dividida em três categorias: Homoioi
(Pares), Periecos e os Hilotas. Essa
divisão é totalmente distinta das
categorias legais atenienses: Cidadãos,
Metecos e os escravos.
Homoioi (Pares ou Esparciatas)
Os homoioi eram cidadãos de pleno
poder, e compõe a minoria da população
de Esparta. Eram possuidores
de grandes propriedades, nas quais
recorriam ao trabalho dos hilotas para
cultivar essas propriedades, a atividade
econômica não pertencia a essa categoria
de cidadãos.
Os homoioi dedicavam-se
essencialmente a formação militar, deles
saiam os grandes guerreiros.

Guerreiro espartano
Periecos
Eram cidadãos livres, porém
submetidos ao governo, o pouco do que
se sabe a respeito deles é que formavam
pequenas comunidades independentes.
Provavelmente foram reduzidos à
condição de subordinados em uma época
retrocedida. Possuíam suas próprias
terras, e não pagavam impostos à
primeira categoria, regularmente
ingressavam no exército junto dos
espartanos (homoioi).
“Cultivavam suas terras e exerciam
o artesanato; deviam, por exemplo
fornecer as armas ao Estado.”
(Vidal.Naquet, 1986)
Hilotas
A terceira categoria são os hilotas,
que são os iguais, são os cidadãos que
pertenciam ao Estado, também
conhecidos como escravos homogêneos,
eles são considerados cidadãos espartanos
e que fazem parte da minoria que foi
privilegiada entre toda a população, todos
eles são povos indígenas gregos e não
gregos que falam a mesma língua. Com
seu trabalho, sustentavam os cidadãos
(homoioi). Quando se fala em grupos
servis que tomam parte nos conflitos
políticos pode se dizer que são grupos do
tipo hilotas.
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Politica em Esparta
A política era administrada por três
órgãos: a Gerúsia, a Ápela e o Conselho
dos Éforos.
A Gerúsia era o conselho Vitalício
de Anciãos, constituído por dois reis e 28
esparciatas, a Ápela era uma assembleia,
formada por cidadãos espartanos e o
Conselho dos Éforos era um grupo com
cinco membros eleito anualmente pela
Ápela.
Estrutura Política de Esparta
Algumas tradições mostram-nos
que no tempo de Licurgo, entre os
espartanos existia duas classes, e elas
estavam em lutas. Licurgo mesmo não
sendo rei, obrigou este último a fazer um
juramento que no qual diminuía o seu
poder, instituiu um senado oligárquico e
fez com que a tirania se transformasse em
aristocracia. Há antigos e modernos que
afirmam que de todas as cidades que
possa ter existido, Esparta pode ter sido
talvez aquela onde a aristocracia durou
por mais tempo e que menos se conheceu
a igualdade.
Uma característica que diferencia
de outras cidades gregas, é que ela se
manteve oligárquica, e não evolui para a
democracia. Era um Estado militar, mas
não totalmente militarista, pois, eles não
apontavam a vitória sobre os estrangeiros
e nem a conquista pela força.
“Esparta era governada por dois
reis, um pertencente, tradicionalmente, á
família dos Agidas e o outro á família dos
Euripônides. Entre as funções,
destacavam-se os serviços de caracter
militar e religioso, em tempo de guerra,
um dos reis exercia o comando dos
exércitos.” (Cotrim, 2005)
Guerras e Revoluções em Esparta
Esparta sofreu muitas revoluções ao
longo de séculos e sofreu com muitas
divergências mais que qualquer cidade
grega, o fato é que essas lutas são poucas
conhecidas, pois o governo tinha por
costume manter tudo no mais profundo
mistério.
“Esparta conquistou a região da
Messênia, que a circundava, e solidificou
seu caráter essencialmente guerreiro,
vindo a desenvolver-se de forma peculiar
e distinta das demais polis gregas, e por
estar no interior e cercada por
montanhas, isolou-se das demais
cidades-estados, baseando sua economia
na agricultura.” (Vicentino, 2000)
Homens em Batalha
Guerras Greco Pérsicas ou Guerras do
Peloponeso
A ascensão econômica da Grécia
gerou disputas por rotas comerciais, isso
desencadeou em um longo conflito que
podemos chamar de:
Guerras Greco Pérsicas ou Guerras
Médicas.
As guerras Greco Pérsicas de certa
forma foi quem estabeleceu o vinculo
entre os gregos, que reforçaram sua
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identidade cultural contrastando-a com a
dos persas. Sob o comando de atenienses
e espartanos, os cidadãos de outras polis
gregas uniram-se para somar esforços e
deter a invasão persa.
Ao finalizar este conflito Atenas
tornou-se a cidade grega mais poderosa,
tanto no sentido econômico, como no
sentido militar. O transporte marítimo
usado pelos atenienses para o comercio
com varias outras cidades eram intensos.
Atenas foi crescendo e assumindo
comando das forças militares e aos
poucos as cidades se viam sendo
subordinadas ao poder ateniense. Atenas
se transformou num rico centro comercial
e marítimo.
Após as guerras Greco Pérsicas,
algumas cidades tentaram se separar, mas
foram impedidas pelas lideranças
atenienses. Os líderes de algumas cidades
começaram a despertar oposição ao
crescente poder de Atenas no mundo
grego. E durante esse conflito se destacou
os líderes aristocráticos de Esparta.
Guerra do Peloponeso
Com a fundação da aliança politico-
militar conhecida como liga do
Peloponeso, Esparta liderou os esforços
de um conjunto de cidades (Corinto,
Mégara e Tebas) que se opunham ao
domínio ateniense. Teve início, então, a
Guerra do Peloponeso, que durou 27 anos
com breves intervalos de paz.
Ao final desse desgastante conflito
o mundo grego estava debilitado. Os
atenienses foram derrotados, aos poucos
procuraram reconquistar sua posição no
mundo grego, mas não conseguiram
recuperar a antiga liderança.
Vitoriosos na Guerra do
Peloponeso, os aristocratas espartanos
estenderam sua influência sobre o mundo
grego durante cerca de trinta anos (404-
371) a.C.

“Os gregos, qual homens que
arpoam atuns ou outro cardume de
peixes, esmagavam a cabeça de seus
inimigos com remos quebrados.”
(Ésquilo)
Educação
Esparta tem destaque em sua forma
de educação, uma grande criação
espartana foi o estado, este que exerceu
um importante papel de educador.
O homem espartano deveria ser
forte, e bem desenvolvido em todas as
suas atividades, para isso o Estado era
soberano tanto com as crianças quanto
com os adultos.
Os valores familiares eram
reduzidos ao mínimo, o jovem espartano
logo cedo era afastado de sua família e o
estado que se encarregava da sua
educação, passado alguns anos o jovem
espartano entrava na categoria dos
homens, e então segundo as regras do
estado deveria se casar, porém a
cerimônia tinha caráter triste e não
tinham uma vida familiar normal, assim á
família espartana era desvalorizada do
inicio ao fim.
“A participação de todos os
cidadãos espartanos na educação militar
torna-os uma espécie de casta
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aristocrática. Aliás, muitos traços dessa
educação lembram a formação da antiga
nobreza grega.” (Jaeger, 1989)
As mulheres espartanas
Em diversos textos a mulher
espartana aparece um tanto quanto
“masculinizada”, embora quando
solteiras as mulheres praticassem
corridas, lutas e saltos. A mulher
espartana também tinha manifestações de
graça e inteligência, em concursos de
dança, poesia e canto.
“Nos museus da Europa, aliás,
pode ser apreciadas várias estatuetas de
bronze, representando adolescentes
espartanas de cintura muito fina – o que
é fácil de explicar – ombros
relativamente largos e membros fortes,
mas o todo acentuadamente feminino.”
(Lobo, 1979)
Quanto à esposa, cabia a ela cuidar
dos assuntos interiores da sua casa
ligados à procriação dos filhos, gerenciar
os escravos, cuidar dos alimentos e do
tesouro da família. Ela deveria estar
sempre em sintonia com o esposo.
Religião
Assim como nas demais cidades, a
religião em Esparta era politeísta,
cultuavam diversos deuses como:
Afrodite, Ares, Atena, Hades e tantos
outros comuns em toda a Grécia Antiga.
 Para saber mais

Vídeos:
A Guerra de Troia (ITA/FRA,
1961). 103. Dir. Giorgio Ferroni
Ulysses (ITA, 1955). 90. Dir.
Mario Camerini.
Trezentos Dir. Zack Snyder·.

Imagem da deusa Atena.

Algumas Curiosidades

Enquanto em Atenas e no Oriente

Cena do filme Trezentos
Médio a população vivia em Ditaduras,
em Esparta o povo elegia seus líderes.
Quando um guerreiro era designado
Leituras de Apoio
para uma batalha, este encontrava ai a
Marcelo Rede. A Grécia antiga.
forma de eternizar-se, para os espartanos
São Paulo, Saiva, 1994.
morrer gloriosamente em grandes
Teresa Van Acker. Grécia -- a
batalhas era mais importante do que ter
vida cotidiana na cidade-Estado.
uma longa vida pacificamente.
São Paulo, Atual, 1994.
Uma tradição peculiar entre
Heródoto. História, Prestígio,
espartanos eram que eles penteavam seus
2002.
longos cabelos e os adornavam com
Donald Kagan, A Guerra do
flores. Assim como os outros gregos,
Peloponeso, Record, 2006.
costumavam entrar em uma batalha
cantando.
Atividades

1- Em quantas categorias de dividia

a sociedade espartana? E a que se
dedicavam essa sociedade?
2- A politica em Esparta era
administrada por quais órgãos? Explique.
3- Porque motivo ocorreu à guerra
do Peloponeso?

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  4- Quais as características mais
marcantes da sociedade Espartana?
5- As guerras entre as cidades
gregas tiveram que tipo de consequência
na vida politica e econômica daquele
povo?
6- Elabore um quadro sobre a
organização Politica e Social em Esparta.
 7- Pesquise o significado atual da
palavra Oligarquia e explique.
 8- Sintetize:
a) Guerras Médicas: 
b) Guerra do Peloponeso: