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PROCESSO EDUCATIVO MEDIEVAL

• Educação cristã e as Universidades


• Cristianismo e paganismo
• Patristica
• Enciclopédista
• Escolástica
Educação cristã
A Idade Média é o período da história geral que se inicia no século V, logo após a queda do Império
Romano do Ocidente, e termina no século XV.

O processo de educação na Idade Média era de total responsabilidade da Igreja. As escolas funcionavam
anexas às catedrais ou às escolas monásticas, muitas funcionavam nos mosteiros. A Igreja foi um
instrumento essencial no processo da educação na Idade Média, a grande disseminadora do conhecimento.

A educação cristã é uma área voltada reflexão dos acontecimentos da educação que se encaixe no processo
social e religiosos cristão.

Segundo (Al-farabi,2002:43), citado por Ramo Machado, Na Idade Média, a Educação era vista como
um instrumento para se alcançar a Sabedoria, que consequentemente, levaria o homem à Felicidade,
um bem desejado por si mesmo e mais perfeito que todos os outros bens.
Os professores eram clérigos de ordens menores e lecionavam as chamadas sete artes liberais:
gramática, retórica, lógica, aritmética, geografia, astronomia e música, que mais tarde constituíram
o curriculum de muitas universidades.

Segundo (Campos,1991),dia que a educação cristã é como uma prática educativa religiosa que deve seguir
ênfase como: educar para uma vida de transformação da sociedade em que a pessoa se encontra.

Principais características e objetivos da educação medieval:


 Transmissão de técnicas adquiridas, para formação profissional.
 Ênfase na formação religiosa católica.
 Desenvolvimento de habilidades como leitura, escrita, falar, refletir, pensar, debater e concluir.
Tipos de Escolas Medievais
 Escolas Paroquias: voltadas, principalmente, para a formação de padres.
 Escolas Monásticas: eram voltadas, principalmente, para a formação de monges.
 Escolas Palatinas: tinham como objetivo a formação mais ampla do indivíduo. Estudavam nestas escolas,
principalmente, os filhos de nobres.
 Universidades Medievais: Eram comunidades formadas por mestres e estudantes voltadas para o ensino, pesquisa,
produção de conhecimentos, reflexão e debate.

Grande parte dos estudantes da Idade Média vinha da nobreza, pois esta camada social possuía recursos financeiros para
manter os filhos nas escolas, os camponeses e seus filhos, sem recursos financeiros e presos às obrigações servis, não
tinham acesso à educação escolar, ficando sem saber ler e escrever por toda vida.
As Universidades.
Universidades Medievais: surgiram na Europa no século XII. As primeiras foram fundadas na França, Inglaterra e
Itália. As universidades da Idade Média tornaram-se as mais significativas instituições educacionais e intelectuais
desde a época clássica, período em que se destacaram o liceu de Atenas e elas só começaram a destacar-se como
um sistema de educação e investigação mais complexo que os colégios episcopais por volta do século XIII.

O que caracterizou as universidades na Idade Média foi a forma de organização, bem como a liberdade para o
estudo de temas diversos e a comunidades formadas por mestres e estudantes voltadas para o ensino, pesquisa,
produção de conhecimentos, reflexão e debate.

Conforme( Pernoud,1996. Pp. 98), citado por Fernandes, Cláudio, a Universidade tem um caráter
inteiramente eclesiástico: os professores pertencem todos à Igreja, e as duas grandes ordens que ilustram, no
século XIII, Franciscana e Dominicana.

As universidades eram compostas por quatro divisões ou faculdades. A faculdade de Artes era o lugar onde a
educação acontecia de forma mais geral, as faculdades de Direito, Medicina e Teologia trabalhavam o
conhecimento de forma mais específica.
Cristianismo e Paganismo
Cristianismo
Neste item sobre a pedagogia na Idade Média, vamos nos restringir às teorias da educação do Ocidente
cristão, por ser as que mais influenciaram as épocas posteriores.

Segundo (Aranha, p.109,2012) a queda do Império Romano, o cristianismo tornou-se elemento de


unidade na Europa fragmentada em inúmeros reinos bárbaros. Por ser os únicos letrados, os clérigos se
apropriaram do tesouro cultural greco-latino. A produção intelectual da Antiguidade, no entanto,
apresenta diferenças profundas do pensar cristão: de maneira geral, ao intelectualismo e ao naturalismo
gregos contrapõe-se o espiritualismo cristão.

A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor, A religião
cristã tem três vertentes principais: o Catolicismo Romano (subordinado ao bispo romano), a Ortodoxia
Oriental (se dividiu da Igreja Católica em 1054 após o Grande Cisma) e o Protestantismo (que surgiu durante
a Reforma do século XVI).
Os cristãos acreditam que Jesus Cristo é o Filho de Deus que se tornou homem e o Salvador da
humanidade, morrendo pelos pecados do mundo. Geralmente, os cristãos se referem a Jesus como o Cristo
ou o Messias.

Durante a Idade Média a maior parte da Europa foi cristianizada, e os cristãos também seguiram sendo uma
significante minoria religiosa no Oriente Médio, Norte da África e em partes da Índia. Depois da Era das
Descobertas, através de trabalho missionário e da colonização, o cristianismo se espalhou para a América e
pelo resto do mundo. O cristianismo desempenhou um papel de destaque na formação da civilização
ocidental pelo menos desde o século IV.

PAGANISMO
Paganismo é um termo usado para referir-se ao antigas tradições culturas políticas ou animistas.
Principalmente em universidades contexto histórico. A mitologia grega romana em um como as tradições na
Europa e região norte da África antes da cristianização.
Paganismo etimologicamente refere-se ao modelo cultural e religioso do povo rural (do latim pagamos =o
que mora no pagus, no campo), desde o século IV, quando se tornou religião oficial do império romano, o
cristianismo é o paganismo começaram a disputar espaço e influência entre os fies.
Na perspetiva cristã, o termo paganismo foi historicamente usado para englobar todas as religiões não abraomicas. O
termo pagão é uma adaptação cristã do judaísmo e, como tal, tem um vies abraomico inerente, com todas as conotações
pejorativa entre o monoteísmo ocidental, comparáveis ao pagão e infiéis.

Paganismo significa uma série de tradições marcadas pela devoção à natureza e a crença em vários deuses. Teve suas
origens na pré-história onde vários povos praticavam rituais à natureza, pois acreditavam que a Terra era sagrada e seus
elementos eram associados à divindades.

O paganismo também é usado desde o século IV no Império Romano para classificar aqueles que não acreditavam no
Deus único da bíblia que não batizavam. São aqueles também que não têm noção de inferno, pecado e mau absoluto. O
paganismo não tem parte com a magia negra nem com o diabo, pois não acreditam na sua existência e por ambos fazerem
parte dos ideais cristãs.

Os pagãs desenvolvem liturgias e costumes religiosos típicos, locais e ancestrais que diferencia das demais religiões.
Educação Patrísticas

Na idade média houve duas correntes educacionais que inspiraram a forma de educar o povo deste período, a
Patrística que consistia na elaboração doutrinal das verdades de fé do cristianismo e na sua defesa contra os
ataques dos “pagãos” e contra as heresias e a escolástica que surgiu da necessidade de responder às exigências
da fé, essas duas correntes educacionais filosóficas são duas formas de igreja manipular da forma como
quisesse seu poder dentro da sociedade.

O principal representante desta corrente é Santo Agostinho, (nascido no norte da África no fim do século IV)
que unia a filosofia e a religião, com isso formando sua própria filosofia que se baseava em conhecimentos.

A patrística especulava principalmente a relação entre fé e ciência, com a vida moral, com a natureza de Deus e
da alma, ou seja, fazia a religião ter base na filosofia e até na ciência. A Patrística tem três períodos: antes de
Agostinho, tempo de Agostinho e depois de Agostinho esse último período, foi sistematizado a filosofia
patrística.
Pensadores e suas ideias na patrística
Os principais pensadores que contribuíram no pensamento pedagógico patrística são:
 Santo Agostinho, Sócrates, Platão e Aristóteles.

Portanto, Se para Platão as essências da natureza era separada no mundo concreto, para Aristóteles só existe um
mundo na qual vivemos. Santo Agostinho preocupou-se pela busca da verdade com base nas convecções cristãs. A
razão para Aristóteles é um instrumento para auxílio do homem, e a educação é o esforço de aprimoramento da
essência humana para levar o homem a perfeição e, por conseguinte aproxima-lo a Deus.

As palavras de Santo Agostinho, traduzidas à linguagem menos impressionante da caracterológica, querem dizer o
seguinte: primeiro, que as acções e o comportamento de um homem são a manifestação de uma vontade; e,
segundo, que a vontade, escondida por detrás desse comportamento real, pode ser desconhecida para o homem de
que se trata.

Portanto o objetivo da filosofia patrística segundo Santo Agostinho era demonstrar que Jesus Cristo é o único
salvador da humanidade, o único caminho de felicidade e Seus escritos demonstram, também, que não há
contradição entre razão e fé.
O ENCICLOPEDISTA
O enciclopedismo correspondeu a um movimento filosófico-cultural que teve sua origem a partir do
iluminismo, foi desenvolvido na França pelo Diderot e d'Alembert e que procuravam, por meio de novos
princípios da razão, catalogar todo o conhecimento humano na Enciclopédia.

O movimento enciclopedista foi de extrema importância para que o conhecimento de estudiosos e pensadores
de tal época fosse espalhado em diversas localidades da Europa. Desse modo, os valores do iluminismo
atingiram diferentes nações e mudaram o modo de se entender o mundo, investigar a natureza e organizar as
instituições políticas.

O movimento enciclopedista foi de extrema importância para que o conhecimento de estudiosos e pensadores
de tal época fosse espalhado em diversas localidades da Europa. Desse modo, os valores do iluminismo
atingiram diferentes nações e mudaram o modo de se entender o mundo, investigar a natureza e organizar as
instituições políticas.
Realizou uma forte transformação no pensamento político e social e tornou possível uma nova visão do
mundo para o homem moderno. O enciclopedismo influenciou nos ideais da Revolução Francesa (1789).
A enciclopédia se tornou tão revolucionária porque foi uma obra que reunia diversos conhecimentos humanos em um único lugar, facilitando
o trabalho de pesquisa pelos estudiosos e tornando todos os principais conhecimentos produzidos mais acessíveis.

Pensadores Do Enciclopedismo
As obras foram organizadas por Denis Diderot e d’Albert, publicadas em francês, sendo seus últimos volumes lançados em 1772.
Diderot foi um dos filósofos de grande destaque no iluminismo e mesmo com uma formação religiosa, passou a fazer críticas e a
questionar as verdades defendidas pela Igreja

O Homem poderia alcançar o conhecimento, a convivência harmoniosa em sociedade, a liberdade individual e a felicidade. A razão
individual seria a razão única na orientação da sabedoria capaz de esclarecer qualquer problema, possibilitando ao homem a compreensão da
natureza.

Rousseau Afirmava ele que, antes do Iluminismo, todo o processo educativo foi ineficaz, porque derivava de duas fontes apenas –
dos homens e das coisas, Descobrir aquela humanidade que só existe na ordem natural, pois, nela, sendo os homens todos iguais, sua vocação
comum é o estado de ser homem é esta a base sobre a qual elaborar o processo educativo e Para Rousseau, a educação não vem de fora, ela se
constitui na expressão livre da criança ao entrar em contacto com a natureza
A Escolástica
A Escolástica é a mais alta expressão da filosofia cristã medieval. Desenvolveu-se desde o século IX, alcançou o
apogeu no século XIII e começo do XIV, quando seguiu em decadência até o Renascimento. Chama-se
Escolástica por ser a filosofia ensinada nas escolas. Scholastic’s era o professor das artes liberais e mais tarde
também o professor de filosofia e teologia, oficialmente chamado magíster.
Após o trabalho enciclopédico dos sábios da primeira parte da Idade Média, a Escolástica iniciou a
sistematização da doutrina, recorrendo cada vez mais ao concurso da razão. As universidades serão o foco, por
excelência, dessa fermentação Até entre os fiéis, mesmo quando não se desprezava a religiosidade, o gosto pelo
racional se tornava evidente.
Método da Escolástica
Segundo ( Aquino , citado por Eriúgena, 2007), filosofia tornou-se estudo obrigatório do teólogo, desde que
soubesse compreender o limite da atuação dela. Na Idade Média a filosofia era considerada “serva da teologia”,
porque a razão encontrava-se a serviço da fé.
O termo scholasticus se referia àqueles que ensinavam as sete artes liberais do trivium e do quadrivium. Algum
tempo depois, passou-se a se chamar escolástico o professor ou mestre de teologia ou filosofia que se dedicava
ao ensino nas escolas, os mesmos que mais tarde passaram a ensinar também nas universidades.
É interessante compreender que, nesse período, surge também um novo método de ensino, conhecido como
método escolástico, baseado nos conceitos de Lectio (lição ou comentário sobre um texto) e
Disputatio(levantamento dos argumentos favoráveis e contrários ao problema proposto).

A questão central da Escolástica era a mesma da Patrística: compreender racionalmente o que dizia a fé, a
revelação. Nesse sentido, era necessário que os novos clérigos (aqueles pertencentes ao clero da Igreja) fossem
devidamente formados e educados com os conhecimentos necessários ao exercício de suas funções pastorais
ou mesmo contemplativas. Essa formação só era possível dentro de um escola, de uma instituição que tivesse
as prerrogativas necessárias para prover tal formação. (Eriúgena,2007, p.3)

Pensadores da Escolástica
Pensador máximo da Escolástica claramente é São Tomas de Aquino, podemos deixar isso em evidencia pelo
fato de dividirmos a Escolástica em pré-tomistas e pós-tomistas.[carece de fonte]
FIM
MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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