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Panorama da

Educação

Jaqueline da Hora Santos


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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

Possuir um conhecimento histórico não implica ter uma ação


mais eficaz, mas estimula uma atitude crítica, reflexiva e métodos
assertivos. Amplia a memória e a experiência, o leque de escolhas
pedagógicas, o que permiti ampliar o repertório do profissional
da educação pois lhes fornece uma visão da diversidade das
instituições escolares no passado

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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

A educação não é um “destino”, mas uma


construção social, o que renova o sentido da ação
cotidiana de cada educador

A escola surgiu entre os povos da antiguidade oriental (Egito,


China, Índia), com a finalidade de transmitir tradições e costumes,
principalmente de cunho religioso. Privilegiava-se a formação de
pessoas letradas, que seriam responsáveis pela manutenção dos
cultos 3
Na antiguidade clássica (Grécia e Roma), a escola adotou
duas linhas opostas, mas complementares: a pedagogia da
personalidade, que visava a formação individual, e a
pedagogia “humanista”, que procurava desenvolver o
indivíduo dentro de um sistema educacional
representativo da realidade social.

Durante a Idade Média, a educação concentrou-se nas


catedrais e mosteiros. No final do período, adquiriu maior
independência em relação ao clero e ganhou sentido mais
socializador.

4
A história do tratado de Lancaster, na Pensilvânia, Estados
Unidos, no ano de 1744.

Da resposta dada pelo representante dos índios podemos


concluir que não há forma única nem um único modelo de
educação. Em cada sociedade ou país a educação existe
de maneira diferente

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A ideia de educação de cada povo
depende, portanto, da sua realidade
concreta e de seus valores. A educação
dada pelas escolas do Norte aos jovens
indígenas não correspondia nem aos
valores nem à realidade das nações
indígenas

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A EDUCAÇÃO ANTES DA ESCOLA

Desde a mais remota antiguidade, o lar ou a família tem sido a


instituição educacional por excelência na terra, ou deveria ser.

As crianças eram cuidadosamente conduzidas pelos adultos


que pacientemente entendem as condições de ser criança e de
terem ritmos próprios. Assim, elas aprendiam para a vida e por
meio da vida, sem que seja exclusivamente separado para
tarefa de educá-las.

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PERÍODO GREGO OU HELÊNICO

Com as conquistas de Alexandre, o Grande surgiu o período


greco-romano, que abrange cerca de 300 anos de história.
A cultura grega dominou o mundo, conhecido por nós cristãos
como período intertestamental ou interbíblico.
Nesse período, a educação estava sujeita a dois sistemas:

Esparta, em que o indivíduo era induzido ao máximo para o


benefício da cultura geral, enfatizando o aspecto militar, enquanto
Atenas enfatizava a filosofia, as artes e as ciências.

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Nesse período, surgiram dois filósofos muito
conhecidos em nossos dias:
Platão e Aristóteles.

Platão foi o grande pioneiro na filosofia da


educação. Nasceu em Atenas, entre 428 e 427
a.C., e lá morreu em 347 a.C.

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Algumas ideias de Platão para a educação:
• Valorizava os métodos de debate e conversação como
formas de alcançar o conhecimento.
• A educação deveria funcionar como forma de
desenvolver o homem moral.
• A educação deveria dedicar esforços para o
desenvolvimento intelectual e físico dos alunos;
• Aulas de retórica, debates, educação musical,
geometria, astronomia e educação militar;
• Para os alunos de classes menos favorecidas, Platão dizia
que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de
idade;
• Afirmava também que a educação da mulher deveria ser
10
a mesma educação aplicada aos homens
Aristóteles que é considerado o criador do pensamento
lógico, filósofo grego. Nasceu em 384 a.C. na Macedônia e
morreu em 322 a.C. Por tão pouco anos de vida, mas de
grande impacto suas ideias.

"O verdadeiro discípulo é aquele que consegue superar o mestre."


"A principal qualidade do estilo é a clareza."
"O homem que é prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo
quanto diz."
"O homem livre é senhor de sua vontade e somente escravo de sua
própria consciência."
"Devemos tratar nossos amigos como queremos que eles nos tratem."
"O verdadeiro sábio procura a ausência de dor, e não o prazer."
11
PERÍODO ROMANO
Caminhava exatamente na direção contrária dos ideais gregos,
que procuravam julgar e medir todas as práticas e ideais pelo
prisma da racionalidade harmonia ou da proporção.

A educação romana baseava-se principalmente na concepção de


direitos e deveres.
Em resumo:
• O direito do pai sobre os filhos;
• O direito do marido sobre a esposa;
• O direito do senhor sobre os escravos;
• O direito de um homem livre do outro que lei lhe dava por
contrato ou por condenação;
O direito sobre a propriedade.
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A EDUCAÇÃO E A ESCOLA NA IDADE MÉDIA

Nesta fase a educação ficou nas mãos da Igreja Católica.


Ela contrapunha-se ao conceito liberal e individualista da educação.
Surgem os grandes luminares do cristianismo como: Justino,
Orígenes, Crisóstomo, Basílio, Jerônimo, Agostinho dentre outros,
cada um com aspectos variantes, mas centrados nos ideais do
cristianismo.

Aparecem os catecumenatos, escolas que ensinavam a doutrina aos


catecúmenos, isto é, aprendizes da fé cristã.

Eram o que se chamaria hoje de escolas confessionais.

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Este sistema formava um método peculiar de atividade intelectual
que procurava apoiar a fé a razão. Desse movimento, surgiram as
universidades.

Alguns fatores estabelecendo-se como desenvolvimento das escolas


monásticas e catedrais: O desenvolvimento da ciência e da teologia,
o crescimento do comércio, das cidades.
A sociedade europeia sai do seu isolamento.

Surge uma organização aglomerando vários ramos do saber e que


se passou a se chamar “Universitas”.
Menciona-se como a primeira nesta linha a Universidade de Nápoles
em 1.224 que ensinava teologia, direito, medicina e filosofia.
Mais tarde surgiram as Universidades de Paris, Bolonha, Salermo,
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Oxford, Viena e Salamanca.


RENASCIMENTO ou RENASCENÇA
séculos XIV e XVI

Nesse período o domínio da Igreja Católica sobre o oeste europeu


diminui, foram encontrados manuscritos antigos em grego e latim e
a cultura daquele contexto ressurgiu. O período avançou para o
“humanismo”, que trabalhou ainda mais para diminuir a influência
católica sobre os diversos ramos do saber.

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TEMPOS MODERNOS

O movimento renascentista surgiu uma grande insatisfação pela


atuação da Igreja Católica e essa insatisfação acabou desaguando na
chamada Reforma Protestante.
Lutero, Calvino e Zuínglio e Henrique VIII, Rei da Inglaterra
romperam com a Igreja Católica.

Martinho Lutero foi aquele que lutou para que a educação se


libertasse da Igreja e passasse para o Estado. Esta seria a única
maneira pela qual a educação atingiria todas as pessoas do povo,
nobres, plebeus, pobres, meninos e meninas. Eis porque os alemães
foram os primeiros a dar atenção a este aspecto.

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PÓS-MODERNIDADE

Um movimento sócio-cultural que ganhou impulso a partir da


segunda metade do século XX

Com ela nasce a arquitetura e a computação dos anos 60. Cresceu


ao entrar pela filosofia, durante os anos 70, como crítica da cultura
ocidental.

E amadurece hoje, alastrando-se na moda, no cinema, na música e


no cotidiano programado pela tecnociência (ciência + tecnologia
invadindo o cotidiano com desde alimentos processados até
microcomputadores) sem que ninguém saiba se é decadência ou
renascimento cultural

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A compreensão do homem como máquina, fruto da visão moderna
do mundo, passa a ser questionada pelas novas descobertas da
ciência e gera resultados na medicina, na educação, no
desenvolvimento da tecnologia, nas organizações empresariais, nas
soluções urbanas.
A aprendizagem se dá a todo instante, através das interações com os
diversos grupos sociais.
A escola tem um importante papel, ela passa a ser responsável pela
formação física, intelectual e moral, através da integração entre os
educandos da sociedade, e desta forma contribuindo para seu
desenvolvimento individual e social.

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UMA RETROSPECTIVA DA EDUCAÇÃO NO
BRASIL
Em 1540, com o primeiro governador General Tomé de Souza,
os jesuítas chegaram ao Brasil e se estabelecem inicialmente
na cidade de Salvador, na Bahia, onde inauguram uma escola
“de ler e escrever”

O ideal dos jesuítas era voltado para as belas letras, para o


saber letrado e eruditos e para a formação do homem culto e
polido, era mantido e atendia as exigências da sociedade
nobre.

19
Uma lei, promulgada em 15 de outubro de 1827, determinou a
criação de escolas elementares em todas as cidades, vilas e
lugarejos. Nas povoações mais populosas deveria ser
estabelecida uma escola para meninos e outra para meninas,
enquanto nas demais zonas o ensino poderia ser misto, isto é
para meninos e meninas em uma mesma sala ou escola.
Entretanto, o baixo salário dos professores continuava a ser o
grande obstáculo ao sucesso desta medida, uma vez que as
vagas nunca eram preenchidas. Faltavam ainda recursos para
construir escolas e fornecer material pedagógico.

20
A ESCOLA E SUAS CATEGORIAS

A Constituição Brasileira estabelece os direitos e deveres de


todos os cidadãos que vivem em nosso país em relação à
educação, bem como define responsabilidades dos Municípios,
Estados, Distrito Federal e da União. Além da Constituição
Federal existem as Constituições Estaduais, a do Distrito Federal
e as Leis Orgânicas dos Municípios que completam a Carta
Magna.

A regulamentação dessas normas é feita pelas leis que podem


ser federais, estaduais ou do Distrito Federal, ou municipais e,
por sua vez, são mais detalhadas pelos Decretos, Portarias e
normas complementares.
21
Estão distribuídas em três categorias:
1. Escolas privadas confessionais;
2. Escolas privadas não confessionais;
3. Escolas públicas (federal, distrital, estadual ou municipal)

Cada uma dessas categorias de escola


exige tratamento, treinamento
especial e diferenciado quanto a
prestação de serviços da Capelania
Escolar.

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Apresenta uma divisão em níveis (etapas, fases):
1. Educação Básica:
• Educação Infantil,
• Ensino Fundamental I (1º ao 5º),
• Ensino Fundamental II (6º ao 9º),
• Ensino Médio.
2. Educação Superior (graduação, pós graduação).

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Modalidade de ensino:
• Educação de Jovens e Adultos (EJA)
• Educação Especial
• Educação Profissional e Tecnológica
• Educação Básica do Campo
• Educação Escolar Indígena
• Educação Escolar Quilombola
• Educação a Distância

Existe uma discussão com relação à inclusão de outras


modalidade. Por exemplo: educação para a população em
situação de rua, educação para os ciganos, educação
ambiental, dentre outras

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ESCOLA PÚBLICA

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios planejar, financiar, manter e executar
conjuntamente políticas de ensino que estejam de acordo
com a BNCC- Base Nacional Comum Curricular , a LDB - Lei de
Diretrizes e Bases da Educação e as Diretrizes Constitucionais
e de igual modo as escolas privadas do país.

O ensino religioso ainda é


constitucionalmente legalizado nas escolas
públicas. O que está sendo discutido com
pouca participação daqueles que conhecem
seu benefício.
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Precisamos desenvolver e apresentar materiais didáticos
adequados que evidencie o ensino religioso como uma ponta
que conduza os estudantes no caminho do bem, aos valores
humanistas construídos com as bases sólidas do amor, da
fraternidade, da bondade, da honestidade, da humildade e,
principalmente, do respeito aqueles cujas opiniões divergem
das nossas, confirmando que os cristãos não são e não tem
nenhuma intenção de praticar o proselitismo (Tentativa
persistente de persuadir ou convencer outras pessoas a aceitar
suas crenças, em geral relativas à religião ou à política).

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A ESCOLA E SUAS CATEGORIAS

A Constituição Brasileira estabelece os direitos e deveres de


todos os cidadãos que vivem em nosso país em relação à
educação, bem como define responsabilidades dos Municípios,
Estados, Distrito Federal e da União. Além da Constituição
Federal existem as Constituições Estaduais, a do Distrito Federal
e as Leis Orgânicas dos Municípios que completam a Carta
Magna.

A regulamentação dessas normas é feita pelas leis que podem


ser federais, estaduais ou do Distrito Federal, ou municipais e,
por sua vez, são mais detalhadas pelos Decretos, Portarias e
normas complementares.
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SISTEMA EDUCACIONAL
BRASILEIRO

A estrutura do sistema educacional brasileiro é


definida por duas legislaturas principais. São elas
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei n.º
9.394 de 1996, conhecida como LDB, e as Diretrizes
Gerais da Constituição Federal de 1988 – que dentro
do Capítulo III determina que a educação básica é
um direito de todos os cidadãos. 28
Essas diretrizes autorizam que as esferas
governamentais conduzam e mantenham os
programas educacionais, que são pensados a
partir da Base Nacional Comum Curricular –
BNCC.
A BNCC está prevista na LDB como um conjunto
de orientações de aprendizagem dos alunos para
atingir metas educacionais. Ou seja, ela busca
garantir que todos os alunos tenham acesso ao
conhecimento básicos
29
Além dessas leis, vários órgãos são responsáveis
pelo funcionamento do nosso sistema educacional.
A nível federal, são os seguintes:
• Ministério da Educação (MEC);
• Conselho Nacional de Educação (CNE).
Já no âmbito estadual, assim como no Distrito
Federal, decisões sobre o sistema educacional ficam a
cargo das seguintes entidades:
Secretarias Estaduais de Educação (SEE);
Conselhos Estaduais de Educação (CEE);
Delegacias Regionais de Educação (DRE).
30
E, por fim, em nível municipal, quem coordena a
educação são:
Secretarias Municipais de Educação (SME);
Conselhos Municipais de Educação (CME).

31
COMO A EDUCAÇÃO E O ENSINO
SE ORGANIZAM LEGALMENTE NO
BRASIL (LDB - PNE)

A Seção I do Capítulo III da Constituição de 1988,


intitulada “Da Educação”, define os pontos mais
cruciais da educação em relação aos sistemas de
ensino, aos deveres do Estado, aos recursos
públicos destinados à área e aos seus objetivos, que
de acordo com art. 205 são:

32
o “pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”.
Entre as definições mais importantes dessa seção,
estão os princípios com base nos quais o ensino deve
ser ministrado (art. 206) e as responsabilidades que o
Estado deve exercer em vista de assegurar a efetivação
do seu compromisso com a educação (art. 208).

33
OS 8 PRINCÍPIOS-BASE DO ENSINO
O artigo 206 da Constituição Federal estabelece oito
princípios nos quais o ensino deve ser baseado. São eles:

I – Igualdade de condições para o acesso e permanência


na escola;
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
pensamento, a arte e o saber;
III – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
34
IV – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos
oficiais;
V – Valorização dos profissionais da educação escolar,
garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas
e títulos, aos das redes públicas;
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da
lei;
VII – garantia de padrão de qualidade;
VIII – piso salarial profissional nacional para os
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profissionais da educação escolar pública, nos termos de


AS 7 RESPONSABILIDADES DO ESTADO COM A EDUCAÇÃO
Já o artigo 208 da Constituição estabelece que o Estado
brasileiro tem sete responsabilidades para efetivar seu
compromisso com a educação:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17
anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para
todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
II – progressiva universalização do ensino médio
gratuito;

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III – atendimento educacional especializado aos
portadores de deficiência, preferencialmente na rede
regular de ensino;
IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às
crianças até 5 anos de idade;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da
pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de
cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às
condições do educando; 37
VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da
educação básica, por meio de programas suplementares
de material didático escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde.

Vale a pena destacar que “o acesso ao ensino obrigatório


e gratuito é direito público subjetivo” (§ 1°, inciso VII, art.
208 da CF), ou seja, é um direito intrínseco ao sujeito,
que pode reivindicá-lo caso não esteja sendo cumprido
pelo Estado.
38
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA
EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB)

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


(LDB) é a principal legislação educacional brasileira,
considerada a Carta Magna da Educação.
Ela organiza e regulamenta a estrutura e o
funcionamento do sistema educacional – público
e privado – em todo o país com base nos princípios
e direitos presentes na Constituição Federal. 39
Sua legislação é de competência exclusiva da
União (Art. 22 da Constituição Federal), ou seja,
Estados, Distrito Federal e Municípios não têm
direito a legislar sobre o assunto.

Assim como a Constituição, a LDB também define


os princípios, fins, direitos e deveres referentes à
educação nacional. Porém, além disso, ela estabelece
e aprofunda outros pontos relacionados ao sistema
educacional, como:

40
Organização da Educação Nacional: determina
quais são as responsabilidades e obrigações de cada
esfera administrativa (União, Estado, Distrito Federal e
Município), das instituições de ensino e dos
professores e a composição dos diferentes sistemas de
ensino (federal, estadual – inclui o Distrito Federal – e
municipal);

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Níveis e modalidades de educação e
ensino: delibera sobre as finalidades e o modo de
organização dos níveis e modalidades da educação. Os
níveis são divididos em educação básica (composta por
educação infantil, ensino fundamental e ensino médio
– que pode ser profissionalizante ou não) e ensino
superior.
Já as modalidades incluem educação de jovens e
adultos – conhecido popularmente como supletivo –,
educação especial, educação profissional e tecnológica,
educação a distância e educação indígena; 42
PLANO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO (PNE)

O PNE é mencionado no artigo 214 da


Constituição, que estabelece a elaboração de um
plano nacional de educação para articular o
sistema nacional de educação e estabelecer
diretrizes, estratégias e metas para a educação
durante dez anos. Contudo, vale ressaltar que,
antes mesmo de estar na Constituição de 88, o
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primeiro PNE foi organizado em 1962, seguindo


A LDB atual determina que o PNE deve ser
organizado pela União em colaboração com
Estados, Distrito Federal e Municípios e estipulou
prazo de um ano (a partir da data de publicação
da lei em 20/12/1996) para elaboração e
apresentação do plano ao Congresso Nacional.

44
Sendo assim, o segundo PNE foi aprovado em
janeiro de 2001. Com o fim de sua vigência em
2010, um novo plano foi desenvolvido e
colocado em tramitação no Congresso. Foi
aprovado em 2014, após quase quatro anos de
tramitação (lei n° 13.005, de 25 de junho de
2014).

45
O Plano Nacional de Educação desenvolve um
diagnóstico da situação educacional no país e, a
partir dele, determina princípios, diretrizes,
estratégias de ação e metas a fim de guiar as
políticas públicas educacionais e combater os
problemas do sistema de educação brasileiro em
todos as esferas de governo. Em outras palavras, o
PNE aponta para onde queremos que a educação no
Brasil chegue e qual é o caminho que ela deverá
percorrer para chegar até lá.
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Ao todo, o plano apresenta 254 estratégias e 20
metas a serem cumpridas ao longo de dez anos, que
buscam garantir o direito à educação básica de
qualidade, a universalização do ensino obrigatório, a
redução das desigualdades, a valorização da
diversidade, a valorização dos profissionais da
educação e o aumento das oportunidades
educacionais.
O plano é, portanto, uma ferramenta para planejar
e articular as ações de todas as esferas do
47

governo em função de objetivos em comum.


LDB e PNE: diferenças
Ficou confuso sobre a Lei de Diretrizes e Bases e o Plano Nacional de
Educação? Então confira as diferenças fundamentais entre os dois na tabela a
seguir:

48
https://www.youtube.com/watch?v=1EK1s-4bS_s

49
BASE NACIONAL COMUM
CURRICULAR (BNCC)

É um instrumento de referência dos conhecimentos


indispensáveis a todos os alunos da educação básica,
independentemente de sua origem, classe social ou local de
estudo. Através de um documento construído
colaborativamente por especialistas de todo o Brasil,
gestores, docentes, alunos e até uma consulta pública online,
a BNCC pretende reduzir as desigualdades de
aprendizado, estabelecendo as habilidades e competências
fundamentais em cada etapa da educação básica através da 50

obrigatoriedade de seu cumprimento.


É um conjunto de orientações que deverá
nortear os currículos das escolas, redes públicas e
privadas de ensino, de todo o Brasil.
A Base trará os conhecimentos essenciais, as
competências e as aprendizagens pretendidas para
crianças e jovens em cada etapa da educação básica
em todo país.

51
A BNCC pretende promover a elevação da
qualidade do ensino no país por meio de uma
referência comum obrigatória para todas as escolas
de educação básica, respeitando a autonomia
assegurada pela Constituição aos entes federados e
às escolas.

52
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CAUSAS DO ABANDONO ESCOLAR NO
BRASIL
Ainda existem jovens que se desengajam das
atividades escolares por questões ligadas à
vulnerabilidade social de suas famílias. Nessas
condições, não há como esperar que o jovem vá para
a escola e que aprenda estando subnutrido ou
afetado por outras mazelas da pobreza extrema. A
inclusão destes jovens nas atividades escolares é
primordial para termos um sistema
educacional efetivo. 54
1. Acesso Limitado
2. Necessidade Especial
3. Gravidez e Maternidade
4. Atividades Ilegais
5. Mercado de Trabalho
6. Pobreza
7. Violência
8. Déficit de Aprendizagem
9. Significado

55
10. Flexibilidade
11. Qualidade da Educação
11. Qualidade da Educação
13. Percepção da Importância
14. Baixa Resiliência Emocional

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Algumas vezes jovens deixam a escola por motivos
mais diretos e perceptíveis: necessidade de ingresso no
mercado de trabalho, envolvimento com o crime,
gravidez e maternidade. Em outras vezes, os motivos
são mais complexos e subjetivos, que requerem uma
atenção individualizada e mudanças inclusive na própria
escola como a conhecemos.

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Conhecer as causas de abandono escolar,
adianta de certa forma nosso trabalho de
investigação da problemática em que a educação
atual se encontra.
Pode-se montar um projeto levando em
consideração uma ou mais de uma das causas
acima mencionadas, levando a resposta para a
situação.

58
Políticas de combate à evasão e abandono não
têm uma fórmula única.
É preciso oferecer um conjunto de ações e
programas diversos que promovam o
engajamento dos alunos nas atividades
escolares.
No fim das contas, a escola não pode ser boa
para alguns alunos, tem que ser boa para todos.

59
Quem sou eu ...
Missionária nomeada de Missões Nacionais desde 1998
Casada com o pr. Renê Santos;
Bacharel em Educação Religiosa e em Psicologia;
Possuo formação em Psicanálise clínica, Pós-graduação em Terapia
Cognitivo Comportamental, Mestrado em Psicologia Social;
Possuo diferentes cursos livres nas áreas de liderança e gestão de
pessoas;
Experiência na Capelania escolar por 3 anos, na plantação de
igrejas por 14 anos, na construção de literatura de educação cristã
e na formação de líderes em contextos distintos;
Escrevi os livros Encontros com Jesus, Evangelização discipuladora
de crianças, Zequinha e seu novo jeito de viver e A lista de
Zequinha;
Atualmente coordeno a área da evangelização discipuladora de
crianças de Missões Nacionais e desenvolvo programas de
educação socioemocional para crianças através do Laboratório de
Relações Interpessoais e Contextos Educativos (LabRelações). 60
psijaquelinedahorasantos@gmail.com
jaquelineaugusto@missoesnacionais.org.br

@psijaquelinedahorasantos

Jaqueline Augusto da Hora Santos

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