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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
A Idade Média (segundo a historiografia clássica, período compreendido entre 473 d.C. à
1453 d.C.)foi um período marcado fortemente pela hegemonia da Igreja Católica sob todos os
aspectos. Foi um período de intensas transformações que até hoje influenciam o pensamento
Ocidental.
Devido à invasão de povos bárbaros, a cultura greco-romana quase foi destruída, fato que
não aconteceu em grande parte graças à atuação da Igreja Cristã, pois somente através da educação
religiosa foi possível reeducar os povos.
Na Idade Média, a Igreja católica dominava o cenário religioso. A Igreja, detentora do poder
espiritual influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade
Média. Também tinha um grande poder sobre a economia, pois possuía grande quantidade de terras
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e até mesmo servos que trabalhavam em seu favor. Os monges viviam em mosteiros e eram
responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e
copiando livros e a bíblia.
Durante a Idade Média, a doutrina da Igreja foi o guia da educação dos povos da Europa.
Esta doutrina se opunha ao conceito liberal e individualista dos povos gregos, e também ao conceito
de educação prática e social dos romanos.
Clemente de Alexandria (150 – 215 d.C) sustentava a idéia de que a filosofia pagã era uma
forma de se chegar ao Cristianismo, ou seja, que a filosofia pagã era o evangelho helenizado.
Certo tempo depois, porém, alguns membros da Igreja começaram a se opor ao saber pagão,
especialmente à filosofia grega. Isto fez com que os convertidos à religião cristã, antes de serem
admitidos como membros efetivos da Igreja, necessitassem de um período de preparação. Para isto,
foram criadas as escolas catecúmenas, onde eram instruídos por um sacerdote a respeito da religião
Cristã, ou seja, recebiam a catequese. Após certo tempo, as crianças também passaram a freqüentar
essas escolas, onde, junto com a catequese, aprendiam canto, leitura e escrita.
Com o crescimento elevado dessas escolas, tornou-se necessário formar mestres, o que levou
algumas escolas catecúmenas a se tornarem escolas de catequistas (mestres responsáveis pelo
ensino da catequese).
Outra escola surgida nessa mesma época foi a monacal ou monástica. Organizada pela
Igreja, seu modelo estava ligado à vida nos mosteiros. Relacionando com o sentido etimológico, a
palavra “mosteiro” significa solitário. O monge era um religioso que buscava perfeição, isolando-se
do mundo.
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Segundo Nunes (apud COSTA, p. 3), até o aparecimento da literatura vernácula (séculos XI
e XII), a manutenção e produção de praticamente todos os textos escritos foi feita pelos monges
cristãos. Eles preservaram a cultura antiga, graças a seu meticuloso trabalho realizado nos
mosteiros, no qual eles copiaram os escritos antigos, salvando-os assim das invasões bárbaras da
Alta Idade Média. Parkes e Hamesse (apud COSTA, p. 3) afirmam que, além disso, eles lideraram
uma revolução cultural sem precedentes: inventaram nossa caligrafia (minúscula carolíngia), o livro
(folio) e nossa forma de leitura (em silêncio), expandindo ao máximo a capacidade cerebral de
reflexão profunda.
Carlos magno, a partir do século XIII e início do século IX, deu início à reforma da vida
eclesiástica, e por conseqüência, da educação. Inicialmente sua atenção foi destinada à educação do
clero e dos monges, e em seguida definiu que o povo todo precisava ser educado, desde que o
propósito central fosse religioso. Proclamou a obrigatoriedade da educação, e organizou-a em três
graus: educação elementar (voltada à sociedade), educação secundária (mosteiros e cardeais), e a
educação superior (sábios). A educação elementar era ministrada pelo sacerdote, nas paróquias, a
elementar, nos mosteiros e catedrais, e a terceira, pelos sábios que instruíam na Escola Imperial ou
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Palatina, destinada a preparar os futuros funcionários, sendo que esta era itinerante, seguindo os
deslocamentos da corte.
Durante a Idade Média também, por volta do século XI, que se educou os cavaleiros:
soldados com habilidade no manejo de armas, oriundo das classes nobres, embora houvesse
também eventualmente a participação de camponeses e aventureiros ricos. Na educação do
cavaleiro, a atividade intelectual não tinha importância: o que importava eram as atividades
relacionadas à caça e guerra, e as que se referiam à formação espiritual. Ou seja, não era importante
se um cavaleiro não sabia ler nem escrever, mas era imprescindível ter certas virtudes, como a
honra, fidelidade, coragem, fé e cortesia. Estes homens eram submetidos a um rigoroso código de
honra, e severa disciplina moral.
Em relação às mulheres, quando estas pertenciam à classe pobre não possuíam acesso à
educação formal, trabalhando arduamente ao lado de seus maridos. As de classe nobre, no máximo,
aprendiam música, religião, trabalhos manuais e alguns rudimentos de artes liberais, tudo isso no
próprio castelo.
Apenas com a criação das escolas seculares que as meninas burguesas tiveram acesso à
educação formal. Quando meninas conseguiam ser enviadas aos mosteiros, eram educadas e
consagradas à Deus.
2.3 Escolástica
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Escolástica foi um movimento católico que tinha como objetivo explicar a fé cristã de uma
maneira mais racional, ou seja, buscava a harmonia entre a fé e a razão. Acreditava-se que não
havia conflito entre saber e fé, entre Filosofia e Teologia, entre razão e revelação.
Tomás de Alquino, um dos principais filósofos da escolástica, defendia a idéia de que era
através da inteligência do aluno que a aprendizagem desenvolvia-se, atuando sobre os dados que
eram observados pelos sentidos. Para ele, Deus era o verdadeiro mestre, que criou-nos como
portadores da razão, que nos ilumina, mas que também pode cometer falhas. A Educação, com a
ajuda indispensável do mestre, desenvolve as potencialidades dos alunos. Este movimento foi o
predecessor do que deu origem à Educação Moderna.
Após a morte e ressurreição de Cristo, não haviam escolas propriamente ditas. As crianças
aprendiam em casa as narrativas das Escrituras, das histórias dos profetas, enfim, os ensinamentos
cristãos. Quando ficavam mais velhas, deveriam recitar passagens bíblicas relativas à doutrina e
deveres religiosos.
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Progressivamente o Cristianismo foi se expandindo, através do desenvolvimento de uma
prática educativa e teorização prática própria, não só internamente, mas também em relação à
comunidade externa, o que fortaleceu muito o poder da Igreja. não só religioso, mas também o civil
e administrativo.
São Tomás de Aquino tomou muito de Agostinho para criar sua própria síntese do
pensamento grego e cristão. Dois teólogos posteriores que admitiram influência especial de
Agostinho foram João Calvino e Cornelius Jansen. O calvinismo se desenvolveu como parte da
teologia da Reforma, enquanto que o Jansenismo foi um movimento dentro da Igreja Católica;
alguns jansenistas entraram em divisão e formaram sua própria igreja.
4 CONCLUSÃO
A Educação na Idade Média pelo que se pode ver, era na realidade uma educação voltada
para a religiosidade, para a doutrina dos ensinamentos Cristãos, deixando um pouco de lado as
outras formas de conhecimento.
A Igreja era a responsável principal e quase que exclusiva pelo ensino, e isso lhe garantiu ser
o centro e a hegemonia no que diz respeito a vários aspectos por muitos anos. As pessoas eram
educadas para praticar e repassar os ensinamentos bíblicos, apesar de, com o crescimento das
cidades e as mudanças no contexto histórico em geral, terem sido incorporadas algumas mudanças
neste modo de ensino.