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APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO

Diogo Quirino Buss

RESUMO

Aprendizagem e Avaliação diz respeito ao estudo do comportamento do educador e do


educando no processo de aprendizagem, e ainda faz uma abordagem sobre os métodos
avaliativos. Este estudo norteia algumas atitudes tanto do educando quanto do educador
para que a relação de aprendizagem entre ambos seja a mais proveitosa possível, e fala
também sobre como o método de avaliação exclusivamente escrito pode ser parcial na
avaliação de aproveitamento de um indivíduo, e como essa parcialidade pode ser
minimizada.

Palavras-chave: Aprendizagem; Avaliação; Educador.

1 INTRODUÇÃO

A aprendizagem é o mecanismo de captação de conhecimentos para um indivíduo,


enquanto a avaliação é a maneira de mensurar a captação destes conhecimentos.
Nesse estudo pretende-se estabelecer uma análise de como o processo de
aprendizagem deve prosseguir, além de fazer uma abordagem crítica a respeito dos métodos
de avaliação empregados.

2 APRENDIZAGEM

Independentemente da linha pedagógica que o professor adota, ele precisa seguir


certos aspectos. Todo modelo/método de ensino precisa levar em conta que o processo de
aprendizagem não é unilateral, e sim uma troca de conhecimentos entre o professor e o aluno,
onde o educador também aprende com o educando.
O educador tem como função despertar o interesse pelo saber no educando, questiona-
lo sobre o que ele sabe e sobre o que ele não sabe, despertando-o para um aprendizado com
senso crítico, ou seja, refletindo e avaliando cada novo conhecimento adquirido. O educador
estará assim direcionando-o para a autonomia do aprender, terá dado ao educando ferramentas
para que ele seja capaz de auto-aprendizado, e irá ajuda-lo a desenvolver um senso crítico.
Cabe ainda ao educador, todavia, instaurar um método de ensino viável, onde seja
imposta certa disciplina ao educando (e de certa forma também ao educador), ou seja, delinear
limites no que diz respeito à autoridade do professor para esta não se transformar em
autoritarismo, e a liberdade dada ao aluno não se transformar em libertinagem.
A liberdade do educando dentro da sala de aula deve ser de questionar o professor, de
expor seus pontos de vista, de buscar as informações necessárias e processá-las de forma
crítica, não aproveitando-se de sua posição para agir de forma incoerente com o processo
educativo. Já o educador deve ter como limite exigir do aluno empenho no processo de
aprendizado, instigá-lo a buscar o conhecimento por si só, provoca-lo a adquirir um senso
crítico, não deixando a sua autoridade torná-lo um ser autoritário e restringente do processo de
aprendizagem.

3 AVALIAÇÃO

O sistema de avaliação busca testar os conhecimentos do educando, a fim de confirmar


se ele está apto ou não para uma nova fase do processo de aprendizagem. Porém, o método
empregado como critério decisivo nessa avaliação é quase que exclusivamente o conhecido
teste escrito, ou na linguagem popular, a prova. Este é o método conhecido como mais eficaz,
entretanto ele possui diversos pontos obscuros os quais leva-nos a crer que não deva ser
tomado como método exclusivo na avaliação de um indivíduo. Não se está afirmando que não
seja um método válido, apenas que deve ser usado em conjunto com outros métodos
avaliativos.
Além de haver diversos fatores que podem influenciar na avaliação apenas escrita,
como o emocional do aluno, fatores externos (ambiente, condições climáticas, doença, etc), a
avaliação escrita deixa a desejar em alguns aspectos, que são importantes na formação do
conhecimento do aluno. “Os objetivos a serem avaliados (conhecimentos, atitudes,
habilidades) geralmente têm amplitude e complexidade difíceis de serem captadas através dos
meios de avaliação convencionais” (FLEURI, 1994).
Outro aspecto deve ser levado em consideração com bastante importância. Segundo
Fleuri, (1994) a nota, através da prova poderá ser um método coercitivo e chantagista por
parte de que avalia, e pode revelar a sua postura naquele momento em que estará avaliando,
como a disponibilidade, o humor, o cansaço. Isso tudo é muito diferente do que o aluno
realmente expressou na hora da sua avaliação. Em outras palavras, a parcialidade não-
intencional ou intencional do educando pode prejudicar a veracidade da avaliação.
Então como avaliar de maneira “correta”? Não há uma maneira totalmente correta,
eficaz de avaliação, mas pode ser feita uma combinação de fatores a serem analisados para a
formação do conceito avaliativo. A avaliação deve abordar sim o teste escrito, inclusive
com maior peso na formação da nota do aluno, mas também avaliar aptidões complementares,
como testes orais, exercícios surpresa, questionamentos aos educandos durante as aulas,
trabalhos, comportamento e interesse no aprendizado. Estes aspectos, combinados, terão uma
possibilidade mais ampla de avaliar o educando com maior eficiência.

4 CONCLUSÃO

Não importando a linha pedagógica que um professor adota, o processo de


aprendizagem conduzido por ele deve ser uma troca de conhecimentos entre o educando e o
educador. O educador tem o dever de orientar, instigar o educando a buscar o conhecimento, a
refletir e formar um senso crítico. O educando, por outro lado, tem a missão de aprender a
buscar conhecimento, a questionar, e adquirir senso crítico. Este processo deve acontecer tal
que ambos respeitando os limites da autoridade e liberdade a eles concedida.
A avaliação busca testar os conhecimentos adquiridos pelo indivíduo. Ela deve ser
feita da forma mais imparcial possível, ao mesmo tempo que de preferência combinando
vários métodos avaliativos diferentes, a fim de ser a mais eficiente e avaliar o educando de
forma integral.
5 REFERÊNCIAS
_______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7. ed.
Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1998. 165 p. (Coleção Leitura).

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz
e Terra. 1975. 150 p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1970.

FLEURI, Reinaldo Matias. Educar para quê? 7 ed. São Paulo: Cortez, 1994.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação de aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo:


Cortez, 1994.

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