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RELIGIÕES
Introdução
A história da humanidade foi construída conjuntamente à história da
religião e da filosofia. Nesse contexto, não há como dissociar a religião de
seu contexto histórico ou como separar a história do exercício crítico da
filosofia sobre ela, sobre os fatos que ocorreram e as representações de
um determinado período — é o que se dá desde a Antiguidade Grega.
Desde os primórdios, a religião encontra-se presente em todas as
sociedades das quais temos vestígios documentais. Na Grécia Antiga,
o politeísmo estruturava o modo grego de pensar a realidade, de com-
preendê-la; posteriormente, na Idade Média, a religião cristã se tornou
central e centralizadora; já na Idade Moderna, temos o desmembramento
das ciências humanas em distintas disciplinas, e a sociologia, a princípio,
encarrega-se de pensar a religião a partir de uma epistemologia social.
Entretanto, cabe ressaltar que, desde a Idade Média, a teologia já vinha
desenvolvendo um trabalho de pesquisa sobre a religião cristã.
Neste capítulo, você vai conhecer a religião em suas relações históricas
e filosóficas. Além disso, vai ver como a religião passou a ser pensada
culturalmente e epistemologicamente a partir da modernidade. Por
fim, vai analisar quais são as bases teológicas e como elas se relacionam
com as bases sociais.
2 Introdução à religião
Tal teoria veio a ser ressignificada pelo filósofo Santo Agostinho (1997)
durante a Idade Média e deu as bases para a consolidação do cristianismo.
O mesmo ocorreu com a filosofia aristotélica: o filósofo grego Aristóteles
(2001), diferentemente de Platão, compreendia que a verdade está nas coisas
em si. Sua teoria do conhecimento defende que a essência das coisas consiste
em suas funções, em suas formas; para tanto, categorizou-as em quatro causas:
causa formal, causa eficiente, causa final e causa material.
Leituras recomendadas
AGOSTINHO. A verdadeira religião. São Paulo: Paulus, 2002.
AGOSTINHO. Solilóquios e a vida feliz. São Paulo: Paulus, 1998.
DARWIN, C. A origem das espécies. São Paulo: Hemus, 2013.
DURKHEIM, E. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
MAIA, A. G.; NICOLAU, M. F.; OLIVEIRA, R. A. Luc Ferry e Gianni Vattimo: duas perspectivas
filosóficas sobre o fenômeno religioso na contemporaneidade. Argumentos, n. 19,
2018. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/argumentos/article/view/32017. Acesso
em: 16 jul. 2020.
SPICA, M. A pluralidade e diálogo inter-religioso: possibilidades e limites das atuais
abordagens pluralistas. Trans/Form/Ação, v. 41, n.4, 2018. Disponível em: https://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31732018000400135. Acesso em:
16 jul. 2020.
TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. São Paulo: Loyola, 2006.
WEBER, M. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2002.
WEBER, M. Conceitos básicos de sociologia. São Paulo: Centauro, 1987.
WEBER, M. Economia e sociedade. 3. ed. Brasília: UnB, 1994. v. 1.
WEBER, M. Sobre a teoria das ciências sociais. São Paulo: Centauro, 1991.
Introdução à religião 15
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