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DOCENTE: DISCENTE:
Introdução......................................................................................................................1
Objectivo Geral..............................................................................................................2
Objectivos especificos...................................................................................................2
Metodologia...................................................................................................................3
4. Coclusão...............................................................................................................11
5. Bibliografia...........................................................................................................12
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Introdução
O presente trabalho de pesquisa está estruturado de acordo com a sequencia temática da
lição “ Filosofia politica na idade Média” Como sabe, em termos cronológicos,
depois da época antiga vem a época Média (ou medieval). No contexto histórico, sabe-
se que a Idade Média foi uma época que mais durou em relação às outras idades. É por
isso mesmo que tudo estava centrado em Deus. E como se sabe, ao longo deste estudo,
os filósofos fluentes que apareceram nesta época, são também ligados à religião. O que
reforça ainda mais este pensamento, é o facto de que os seus nomes recebem o título de
santo. Portanto, os filósofos desta época que você vai estudar chamam-se Santo
Agostinho e São Tomás de Aquino.
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Objectivo Geral
Compreender a filosofia politica na idade média
Objectivos especificos
Explicar o pensamento político de Santo Agostinho
Explicar o pensamento político de São Tomás de Aquino.
Identificar as obras em que se encontra o pensamento político destes filósofos.
Relacionar a Igreja e o Estado no pensamento político em Santo Agostinho e
São Tomás de Aquino.
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Metodologia
Visto que a pesquisa é de caráter exploratório e de suma importância para o sucesso do
objetivo final, adotou-se a revisão de literatura, relacionada com o objeto de estudo,
caracterizado por uma pesquisa bibliográfica documental ou de fontes secundárias.
Marconi e Lakatos (2002 p. 58) comentam que:
“... as fontes secundárias possibilitam não só resolver os problemas já
conhecidos, mas também explorar novas áreas onde os problemas
ainda não se caracterizam suficientemente. Assim, a pesquisa
bibliográfica propicia a investigação de determinado assunto sob um
novo enfoque ou abordagem.”
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1. Idéias Politicas do Cristianismo na Alta Idade Media
A Alta Idade Média tern a fase mais representativa de seus fundamentos filosdficos no
periodo conhecido como Patrfstica (que se estende do século 11 ao século VI). A
Patristica expressa o momento em os Padres Apologistas, conhecedores do pensamento
antigo, mas voltados para um modo santo de viver, uma postura intelectual ortodoxa e
uma in corpora ño rigida a tutela da I greja, buscam desenvol ver, sistematicamente,
uma doutrina apologética (com implica§ñes na Sociedade, na Politica, no Direito e na
Etica) que sirva de fundamento filosñfico a teologia, procurando criar novas verdades
para a religiao cristñ, impondo e explicando dogmas que regulamentam e
institucionalizam a fé catolica.
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Em suma, essas asser ñes memorñveis de Sao Paulo acerca da obediéncia civica
transformada em louvada retidño oficializavam igualmente uma fidelidade dividida,
pois ao cristao cabia saber con viver com o poder espiritual (Igreja, Papa e bispos) e
com o poder temporal (Estado, Imperador e reis). A defesa da supremacia do poder
espiritual e da autoridade eclesiastica sobre a laica proclamada por doutores, canonistas
e Padres da Igreja, na Alfa Idade Média, desencadeara numa etapa posterior (séculos
XII e XIII) um crescente processo de lutas interminaveis entre o Papado e os
Imperadores'. Ta is lutas favorecem a emergéncia de doutrinas politicas que
justificavam a hegemonic do poder religioso sobre o poder civil, a natureza e os
fundamentos das formas de govemo, a institucionalizapño politica das rela3ñes pessoais
de fidelidade e hierarquia, e, por finn, a pulveriza§ño do feudalismo sobre a no9ño de
soberania".
Em seu iivro maior, A Cidade de Deus, cscrito entre 412 e 427, procura de- fender o
cristianismo da acusaq ao feita pet os pagaos de ter sido respo ns3 vel, ao abandonar a
prote§ño dos deuses antigos, pela tomad a c saquc dc Roma (41(1), feita por Alarico.
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Santo Agostinho arguments que a fragilidade e a desgrapa do Império Romano frente
aos godos se devia muito mais ii dissoiu ao dos costumes e ao cut to do polite'i smo
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Certamente, essa notavel obra ‹Jo século V, que aglutina teologia, filosofia, histñria c
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“nño exp0e propriamente uma doutrina; toda ela é rechcada de sentimentos
contraditñrios; represents acima de ludo a medita ao apaixonada de um adepto do
cristianismo, romano pela cultura, que, ante o desmoronamento de um império
agonizante, se sente dilacerado entre a desorientaqao, o desejo de enfrentar as
contingéncias imediatas e a certeza profundo de que tal derrocada in originar algo de
eterno. Esta meditaqño acerca da historic universal encontrou um duradouro eco, mas
deformante, em toda a Idade Média. Serviu para alicerpar uma doutrina politica que,
(...) prograrnatlZara a absor§3o do Direito do Estado pelo da Igreja.”"
Desse modo, a teologia politica agostiniana traqa os marcos inicials de uma doutrina do
Estado e fornece os elementos teoricos para a justificaq ao politica da Igreja ocidental.
Nao so o Estado apresenta limites que a Igreja nño conhece, como so podera integrar-se
a Cidade de Deus subordinando-se a Igreja em todos assuntos ou gestñes espirituais" .
A respeito das consideraqñes dc Santo Agostinho sobre lei natural e lei positive,
convém lembrar que sfio retomadas a tradi ño da antiguidade class ica (os sofistas,
Séneca e Cicero) e as interpreta3ñes dos primeiros autores cristños (Sño Paulo,
Clemente de Alexandria, Origenes, Tertuliano, Lactancio e Sao Jerñnimo). Superando o
panteismo greco-romano e a pouca sistematicidade de seus predecessores da
Patristica, o Bispo dc Hipona, elabora uma doutrina unitâria c coesa que pcrmite
harmonizar o cristianismo com as idcias de lei ctcrna, natural c humana. Dessc modo, a
lei priirieira é a lei etcrna que expressii a “razao ‹livina e a vontade dc Deus”. J. a lei
natural que se manit’esta na consciencia, n'ao e $CflaO “il J.1NiC i/a§ao da criatura
racional na ordem divina do univei‘so (...). A lci eterna, quc tent Deus por autor e se
man ifcsta na intiinida‹le da consciéncia humana como lei ética natural, é o fundamento
das leis liumanas ou temporais, de ta1 sorte, nada nessus c justo e legitimo, que mo
dcrive dac}uela. Em uma palavra: o Direito positivo se bascia no Direito n atural. que a
sua vez é um aspecto da let cterna.” "
O Direito mo se fundamenta pura c siinp les nor natrtreza humana (como sc propunha
nil £lntigiiidade), pois a natures.i, sendo cingida pet o pecado, faz com que a
legitimidadc da legalidade tem/Ofill seja buscada numa ordcm divina do mundo.
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amor e da caridade. Na reinterprcta9âo do conccito, Agostinho assinilJ.i que a justi§a
“results numa qual idade quc abrange dcvosao. Crcr, venerar e adorar a Deus c dar 5 sua
Igreja o luear que 1 he compete ua comunidadc, tudo isso cell agora incluido no
conceilo de Justi;a” “’
‹i Sociedadc pol ftica. Por consepuinte, a autoridade quc cxerce o podcr terreno so ser5
per feita se for um governance crist3o. No contexto de uma mundialidadc irarcada pclo
pecado, qualquer que scja a forma dc ser do govei no, estc dcverfi contribuir na “tarcfa
espii rural de ajudar a I greja na sua I vita contra a maldade inata do homem, poi meio
de orclcns e castigos” .
Uma nova etapa da Idade Mcdia na Europa Ocidental se descortina entre o.s séculos XI
e XIV. O século X I comet a a registrar uma certa crise c decli’nio do feudalismo, novas
ordens relig iosas sao criadas, a Igreja R oinana passa por pFOfHHdil rct“orma, tendo
passado pclo Cixinri rh Orieiite (a Igreja Orient‹il rompe com a 1 gi eja Ocidcntal) e
pela dispute conhccida como a “qi«•i/ño ‹fa.i lni!esticltira.s” (controversiaentre
Gregñrio VII eo Sacro Império Romano-Germanico). No século XII, além do confiito
permanente entre o papado eo império ocorrem também as primeiras cruzadas e emerge
a Escolastica. O apogeu cultural da Baixa Idade se efetiva no século XIII, periodo que
corresponde ao enfraquecimentoda nobreza feudal, ao crescimento da populaqao, â
expansiio do comércio, ao desenvolvimentodas cidades livres e das associaq0es
mercantis. Enquanto a Igreja Catolica (através do Papa Gregñrio IX) criava o Tribunal
da Santa Inquisi§ño (para combater o surto das heresias), as grandes sinteses filosñficas
universais comeqavam a ser celebradas na Universidade de Paris, destacando-se o
ensino da dialética e da teologia22 .
E, contudo, no século XIV que come§a a dissolu§ño das instituiqñes até entño
hegemñnicas (Igreja e Sacro Império), o aumento do poder real com o aparecimento das
monarquias nacionais (Frank a, Inglaterra), o desgaste e eclipse do papado, a
emergcncia do reformismo filosofico e da seculariza9ao na politica.
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Se a Patristica for o momento cultural mais significativo da primeira fase da Idade
Média Ocidcntal, a Escolastica representou o apice da produ§ño intelectual, filosofica e
teolégica da Europa crista nos séculos XII e XIII. Como corrente filosofica hegemonica
dominada pela forte presenta dos dominicanos,
“(...) seu principal objetivo era demonstrar, por um raciocinio logico formal, a
autenticidade dos dogmas cristaos. A filosofia devia desempe-nhar um papel auxiliar na
realizaqao deste objetivo; por isso, a tese de que filosofia esta ao serviqo da teologia’ foi
o principio bâsico da Escola3tica. Esta procurava, também, utilizar para a fundamento
ño dos dogmas cristios, as teorias dos pensadores antigos, em especial de Aristételes
que, a partir do século XII, chega a ser uma autoridade iflaQ8livel, na fi losofia e na
ciéncia. Deste modo, a Escolastica medieval procurava col ocar um fundamento
filosñfico sob todo o edificio da fé.”'
Santo Tomas de Aquino, dominicano nascido na Italia, for nio so o nome mais
expressivo da Escolastica, como, sobretudo, um dos mais importantes pensadores do
Ocidente Medieval. Apñs estudar com seu mestre Alberto Magno e tornar-se professor
de teologia em Paris, Santo Tomas procurou realizar a grande sintese entre a cultura
pagñ antiga (a “razño” aristotélica) e os ensinamentos e os dogmas da Igreja Catñlica (a
teologia crista da “revelaq3o” e da “fé”). Assim, “diante das idéias pre-crisias de
Aristñteles sobre Deus, o universo e o homem, Tomas de Aquino insistia que um born
pagao poderia mostrar que as opinioes do filñsofo nño conflitavam com as da Escritura.
Achava também que ele e sua gera9ao tinham muito o que aprender com Aristñteles.
Enquanto Santo Agostinho sc embasa cm Platiio e Sao Paulo, proclamando a “fc” como
instrumental de compreensao teolñgica, Santo Tomas recupera Aristoteles através das
versñes arabes c judaicas, apregoando a qualidade e o uso humano da “r‹iz'‹io”.
Distancia- se da visao pessimista agustiniana sobre a natureza humana, pois mesmo que
o homcm tenha car do no pecado é capaz de disccrnir o bem e o mal, c guiado pela
razao (inspirada na luz div ina) habilita-se a conhecer a verdade e praticar a virtude2'.
Ainda que se tenha consagrado como teslogo e t’ilñsofo, Santo Tom5s dc Aquinti nño
dei x ou de ser também um competence pensador politico que, ao scguir e truzcr para o
cristianismo as formula§ñes aristotélicas da natureza politica do homem, discorre com
profundidade sobrc uma teori a do poder, do Estado e do bem comum, uma teori a da
nature za das leis, uma teori a da resisténcia a injusti9a e, por finn, uma teoria das
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formas de govemo. Nesse ponto, suas principals idéias politicas aparecem com destaque
na monumcntal Senna Teolñ,gica c no ens:iio inacabado Do Reitio ou do Goi!erno do.i
Prlncipe.s no Rei de Chipre” . Na verdade sua obra é numeros8, lTlilS il JHtna Teol‹›g
ica (Sumvio Theelm z tea) expressa a sistematicidiide de uma ciéncia filosofica c
teolfigica, fonte inspiradora de grandc parfe da Idade Média cristñ e do inicio dos
tempos modcmos. Com acuidadc e rigor trata metodologicamentc de matérias como
logica, inctafisica, antropol og ia, ética, teologia c politica (cm que examina e cxpñe
com riqueza dc conhecimento questoes sobre a natureza das leis).
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4. Coclusão
Ao pri vilei;iar :i historicidade das idé ias c do pensamento pol itico medics:il, n'ao se
pode dei xar dc rclacionar o poder, o Estado, as l‘ormas de governo e a legitinaidadc
alas leis cotn u cultura c lcrical e corn a valorapiii› cxtrcmada das fork as religius:is. E
ess.i cspccificidade prot‘undanaentc religioso eclesiâstica da lil osofia politica medie\’il
que a di ferencia do pensamcnto poli’tico antigo (iaattirrtl istico, pantei’sta e c ivico) e
do moderno (secul ari zado, antropocéntric‹i c racionalista). Dois mementos cultura is
‹lc relc vância para influenciar as idé ias poiiticas s'ao a Patristica c a Escolastica,
tendencies engendradas no bojo da Filosol ia e da TeolO iit. A ind‹i que priirordios de
idéias politicas possair ser cncontrados nas epistol as de S‹IO Pile O, a molivapao por
que4t0es politicas n3o era apreciada pelos scguidores da Igreja Cristii primitive nos
primeiros tempos cla cristandade. Soinentc com a proclamapao do CriStianisiro como i
eligi5o oficia! do Estado (Constantino, cm 3) é que comet a ideologicairente seu
processo de po1itizapso, tornanflo a Igreja Romana podcrosa e influente.
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5. Bibliografia
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