Você está na página 1de 14

INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMÉRCIO E FINANÇAS

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO – MOCUBA

ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

DISCENTE
Luis Ernesto Joaquim

MOCUBA, MAIO DE 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO, COMERCIO E FINANÇAS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO – MOCUBA

ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Ética e Deontologia Profissional, leccionado no
curso de Gestão de Recursos Humanos, turma
única, regime pós laboral.

DOCENTE
dr. João Francisco Mutuguedagana

DISCENTE
Luis Ernesto Joaquim

MOCUBA, MAIO DE 2023

2
Índice
Introdução....................................................................................................................................1

Objectivo Geral............................................................................................................................2

Objectivos específicos..................................................................................................................2

Metodologia.................................................................................................................................3

1. Ética e Deontologia Profissional..........................................................................................4

1.1. Definição de conceitos......................................................................................................4

1.2. Deontologia profissional...................................................................................................5

1.3. Ética profissional, relações sociais e individualismo........................................................6

1.4. A importância da ética profissional..................................................................................7

1.5. Códigos de conduta...........................................................................................................8

1.5.1. Características de um código de conduta......................................................................9

1.5.2. Características de um bom profissional.........................................................................9

1.6. Princípios deontológicos...................................................................................................9

2. Conclusão...........................................................................................................................10

3. Bibliografia.........................................................................................................................11

3
Introdução

O presente trabalho de pesquisa, visa tratar da “Ética e Deontologia Profissional”. Nesta ordem
de ideias o objectivo deste trabalho é desenvolver uma concepção teórica do significado e a
importância da ética profissional, e a mesma desenvolve uma importância fonte de direito da
pessoa, tanto na esfera pessoal quanto profissional. Mas a ética enquanto bem moral deve ser
conquistada com esforço e cobrança pessoal, de forma contínua e incessante, pois são várias as
oportunidades que se apresentam para transgredi-la no quotidiano de qualquer pessoa.

O exercício profissional é um dos campos mais carentes no que diz respeito a aplicação da ética.

O profissional enfrenta problemas éticos quando do exercício da profissão que se circunscrevem


nos conceitos de dever, direito, justiça, responsabilidade, consciência e vocação, por isso e de
extrema importância o estudo nessa área.

Em face das conquistas tecnológicas actuais, a ética está mais do que nunca presente nos debates
a respeito do comportamento humano e o seu estudo é sempre necessário em decorrência da
necessidade das pessoas orientarem seu comportamento de acordo com a nova realidade na vida
social.

Assim, a Ética é o conjunto de normas morais pelo qual o indivíduo deve orientar seu
comportamento na profissão que exerce e é de fundamental importância em todas as profissões e
para todo ser humano, para que possamos viver relativamente bem em sociedade. Com o
crescimento desenfreado do mundo globalizado, muitas vezes deixamos nos levar pela pressão
exercida em busca de produção, pois o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e
exigente, e as vezes não nos deixa tempo para refletir sobre nossas atitudes.

4
Objectivo Geral

Compreender a importância da Ética e Deontologia Profissional

Objectivos específicos

 Descrever o conceito de Ética e Deontologia Profissional


 Debruçar sobre a importância da Ética e Deontologia Profissional
 Enunciar os princípios deontológicos

5
Metodologia

Visto que a pesquisa é de caráter básico de suma importância para o sucesso do objetivo final,
adotou-se a revisão de literatura, relacionada com o objeto de estudo, caracterizado por uma
pesquisa bibliográfica documental ou de fontes secundárias.
Marconi e Lakatos (2003 p. 58) comentam que:
“... as fontes secundárias possibilitam não só resolver os problemas já conhecidos,
mas também explorar novas áreas onde os problemas ainda não se caracterizam
suficientemente. Assim, a pesquisa bibliográfica propicia a investigação de
determinado assunto sob um novo enfoque ou abordagem.”

No presente estudo, adotou-se como principais fontes de pesquisa: livros, trabalhos acadêmicos,
artigos científicos e avulsos, bem como consultas à internet, cujo aporte técnico direcionou a
operacionalização do conhecimento.

6
1. Ética e Deontologia Profissional
1.1. Definição de conceitos

Segundo De Brito (2007), a palavra ética vem da palavra grega ethos, que significa carácter ou
costume;

Segundo Camargo (1999) a ética é um ramo da filosofia que estuda aquilo que é considerado
correcto e adequado, o de saber como devemos viver. A ética é a teoria como devemos viver. A
ética profissional não é mais do que a aplicação da ética ao exercício da uma profissão;

De acordo com Childs (1957) a ética profissional é conjunto de normas de conduta que deverão
ser posta em pratica no exercício de uma profissão. Associada à ética profissional surge a
deontologia profissional.

Segundo Dos Santos (2010) a Deontologia Profissional é o conjunto de regras éticas e jurídicas
pelas quais um determinado profissional deve pautar o seu comportamento. A deontologia de
uma determinada profissão inclui, assim, as regras éticas e jurídicas no caso dos profissionais
existe uma preocupação do legislador em regulamento destes profissionais através da lei.

Portanto, o termo “ética” designa um conjunto de princípios normativos da conduta humana,


estabelecido segundo o sistema de valores consensuais. A ética define-se, assim, como a
ciência da moralidade, entendida esta como a “aquisição do modo de ser, o que é conseguido
pela apropriação ou por níveis de apropriação” das normas por parte dos indivíduos.

Segundo Maria (2012), a Ética é também a reflexão filosófica sobre a Moral (é teoria) e visa:

- “determinar o que é bom tanto para o indivíduo como para a sociedade no seu todo”, num
determinado espaço e tempo; é o estudo que contribui para estabelecer a natureza dos deveres
nos relacionamentos indivíduo-sociedade;

- Indicar mudanças no comportamento humano e nas regras sociais, e as suas


consequências, podendo detectar problemas e/ou indicar caminhos;

- Fornecer subsídios para solução dos dilemas mais comuns.

O objectivo da ética é promover a pessoa de uma forma integral e integrada:

- Integral: realização plena (física, psíquica e emocionalmente);

7
- Integrada: condicionamento a interesse idêntico do próximo.

A ética regula e dirige, deste modo, os costumes, dizendo como as pessoas “devem viver”.

É a ciência dos costumes tal como devem ser. Implica o recurso às noções de bem e mal, de
dever e obrigação, de responsabilidades e de juízos de valores – que são conteúdos de
consciência – e indicam o que deve ser, propõem o ideal e as formas de o realizar.

A ética corresponde à opção individual, escolha ativa, adesão da pessoa a valores, princípios e
normas morais, e está ligada intrinsecamente à noção da autonomia individual; Visa à
interioridade do ser humano, implica convicções próprias que não podem ser impostas de fontes
exteriores ao indivíduo, requer aceitação livre e consciente das normas.

1.2. Deontologia profissional

Para Ullmann & Bohnen (1993) a deontologia também se refere ao conjunto de princípios e
regras de conduta — os deveres — inerentes a uma determinada profissão. Assim, cada
profissional está sujeito a uma deontologia própria a regular o exercício de sua profissão,
conforme o Código de Ética de sua categoria. Nesse caso, entende-se deontologia como o
conjunto codificado das obrigações impostas aos profissionais de uma determinada área, no
exercício de sua profissão. São normas estabelecidas pelos próprios profissionais, tendo em vista
não exatamente a qualidade moral, mas a correção de suas intenções e ações, em relação a
direitos, deveres ou princípios, nas relações entre a profissão e a sociedade.

Segundo Passos (2014) a Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral
contemporânea, que significa ciência do dever e da obrigação.

Segundo Vidal (1980) a deontologia é um tratado dos deveres e da moral. É uma teoria sobre as
escolhas dos indivíduos, o que é moralmente necessário e serve para nortear o que realmente
deve ser feito.

O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, para falar
sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo é o fundamento do dever e das normas. A
deontologia é ainda conhecida como "Teoria do Dever".

Immanuel Kant também deu sua contribuição para a deontologia, uma vez que a dividiu em dois
conceitos: razão prática e liberdade.

8
Para Kant, agir por dever é a maneira de dar à ação o seu valor moral; e por sua vez, a perfeição
moral só pode ser atingida por uma livre vontade.

A deontologia também pode ser o conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres de uma
determinada profissão, ou seja, cada profissional deve ter a sua deontologia própria para regular
o exercício da profissão, e de acordo com o Código de Ética de sua categoria.

Para os profissionais, deontologia são normas estabelecidas não pela moral e sim para a correção
de suas intenções, ações, direitos, deveres e princípios.

O primeiro Código de Deontologia foi feito na área da medicina, nos Estados Unidos.

O primeiro código deontológico foi destinado à área médica, tendo sido elaborado nos Estados
Unidos, em meados do século XX.

1.3. Ética profissional, relações sociais e individualismo

Segundo Perroux (1980) a ética profissional e um conjunto de normas de conduta que deverão
ser postas em pratica no exercício de qualquer profissão. Seria a acção reguladora da ética agindo
no desempenho das profissões, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando
no exercício da sua profissão.

Ela atinge todas as profissões. E quando falamos de ética profissional estamos nos referindo ao
carácter normativo e ate jurídico que regula determinada profissão a partir de estatuto e código
especifico.

O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades de sua profissão,
seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.

Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a
diferentes áreas de atuação.

Aquele que só se preocupa com os lucros, geralmente, tende a ter menor consciência de grupo e
a ele pouco importa o que ocorre com a sua comunidade e muito menos com a sociedade.

9
O número dos que trabalham visando primordialmente o rendimento é muito grande, fazendo
assim com que as classes procurem defender-se contra a dilapidação de seus conceitos, tutelando
o trabalho e zelando para que uma luta encarniçada não ocorra na disputa dos serviços, pois
ficam vulneráveis ao individualismo.

A consciência de grupo tem surgido mais por interesse de defesa do que por altruísmo, pois
garantida a liberdade de trabalho, se não se regular e tutelar a conduta, o individualismo pode
transformar a vida dos profissionais em reciprocidade de agressão.

Tal luta quase sempre se processa em virtude da ambição de uns em cima de outros, e que em
nome dessas ambições, podem ser praticadas, por exemplo, quebras de sigilo.

A tutela do trabalho processa-se pelo caminho da exigência de uma ética imposta através dos
conselhos profissionais. As normas devem ser condizentes com as diversas formas de prestar o
serviço de organizar o profissional para esse fim.

A conduta profissional, muitas vezes, pode tornar-se agressiva e inconveniente e esta é uma das
fortes razões pelas quais os códigos de ética quase sempre buscam maior abrangência. Assim, ao
nos referirmos à classe, ao social, não nos reportamos apenas a situações isoladas ou modelos
particulares, mas a situações gerais.

O egoísmo desenfreado de poucos pode atingir um número expressivo de pessoas e até mesmo
influenciar o destino de nações, partindo da ausência de conduta virtuosa de minorias poderosas,
preocupadas apenas com seus lucros.

Sabemos que a conduta do ser humano pode tender ao egoísmo, mas, para os interesses de uma
classe, de toda uma sociedade, é preciso que se acomode às normas, porque estas devem estar
apoiadas em princípios de virtude, assim a ética tem sido o caminho justo e adequado, para o
benefício geral.

1.4. A importância da ética profissional

Segundo Carvalho (2011) a ética não é uma opção, é uma necessidade ninguém pode viver pode
viver sem normativos éticos. A ética profissional funciona como garantia e segurança da
sociedade, protegendo a sociedade contra determinados abusos por parte dos profissionais.

10
A ética favorece a confiança da sociedade na profissão. A ética favorece um bom
ambiente de trabalho.

O profissional moderno só se torna mais forte à medida que enfrenta novos desafios a cada dia
nas mais diversas situações.

É sempre bom lembrar que para ser bem sucedido em qualquer profissão é necessário que a
pessoa:

• Comunique com eficiência.


• Saiba lidar com conflitos internos e externos.
• Tenha metas bem definidas.
• Relacione-se com inteligência.
• Aprenda algo novo todos os dias.
• Pratique o marketing pessoal com eficiência.

O profissional que no seu dia-a-dia já pratica as suas ideias acima citadas , já tem um potencial a
mais do que aqueles que não praticam. Mas só isso não é tudo. É preciso muito mais.

É necessário ter uma visão global de tudo o que acontece em seu redor, bem como estar o tempo
todo actualizado com o que acontece com a sua profissão ou seu ramo de negócio.

É sempre importante lembrar que as pessoas munidas de informação – aquelas que lêem com
frequência, participam de cursos, seminários e de eventos sociais – estão muito à frente daquelas
que estão paradas no tempo e no espaço sem se darem conta que tudo neste mu ndo globalizado
está acontecer rápido demais e o profissional que tiver curiosidade e disposição para estar sempre
a aprender coisas novas terá muito mais possibilidades de progredir na sua carreira profissional.

1.5. Códigos de conduta

Segundo Mill (1976) o Código de Conduta é um acordo explícito entre os membros de um


determinado grupo social (uma profissão, uma empresa, uma associação) e visa explicar como
aquele grupo pensa e define a sua própria identidade e como se compromete a realizar os seus
objectivos particulares de uma forma compatível com os princípios universais da ética. É
composto por normas de conduta.

11
A ética profissional favorece um bom a mbiente de trabalho.

Resumindo: a ética profissional é indispensável de qualquer profissão que se queira digna de


confiança pública.

1.5.1. Características de um código de conduta

• Define comportamentos a adoptar;


• Explicita claramente as condutas a evitar;
• Reflecte e define os princípios éticos a adoptar;
• Facilita a tomada de decisões por parte dos membros do grupo

1.5.2. Características de um bom profissional

• Iniciativa
• Respeito
• Solidariedade
• Honestidade
• Lealdade
• Obediência
• Pontualidade
• Assiduidade
• Responsabilidade
• Humildade
• Optimismo
• Valorização profissional

1.6. Princípios deontológicos

• Independência
• Confiança
• Segredo profissional
• Honestidade
• Solidariedade Profissional
• Responsabilidade

12
2. Conclusão

A luz dos conteúdos expostos no presente trabalho chega – se ao consenso que jamais, na
história da humanidade, o ser humano foi tão testado e posto à prova. E em plena era de
globalização e da informatização só terá espaço todo aquele que souber, exactamente, o que
deseja alcançar e usar toda a sua força e inteligência para abrir novos caminhos e chegar aonde
deseja.

Será necessário que o profissional de hoje saiba: Definir as suas metas; Buscar novos
conhecimentos; Usar a comunicação como diferencial; Fazer o seu marketing pessoal com
simplicidade e ousadia; Relacionar-se bem com colegas, superiores e clientes; Buscar sempre a
excelência profissional.

Some-se a esses requisitos a habilidade de enfrentar crises e mudanças repentinas, pois quem
não tiver a mente aberta para as novidades do mercado de trabalho, ficará perdido e sem rumo na
vida.

Concluímos então, que o profissional deste novo século precisará inovar sempre, acreditar no seu
potencial, fortalecer os seus pontos fracos e usar com mestria as suas habilidades natas.

13
3. Bibliografia

De Brito, J. (2007). Etica das Profissoes. Braga: Universidade Catolica Portuguesa

Camargo, M. (1999). Fundamentos de Ética Geral e Profissional. Petrópolis: Vozes.

Childs, M. W. & Cater, D. (1957). A ética em uma sociedade mercantil. Trad. de Sebastião
Ferreira Chaves e Oswaldo de Araujo Souza. São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia: Editora
Civilização Brasileira S.A.

Dos Santos, C. (2010). Cartilha da Ética. Maputo: Plural Editores.

Maria Thereza Pompa Antunes (Org.). (2012). Ética. São Paulo, Brasil: Pearso.

Ullmann, R. & Bohnen, A. (1993). O Solidarismo. São Leopoldo: UNISINOS.

Passos, E. (2014). Ética nas Organizações. São Paulo: Editora Atlassa.

Vidal, M. & Santidrian P. R. (1980). Ética Comunitária: Convivência, sexualidade e família. (7ª
ed.). Vol. II. Ediciones Paulinas/Editorial Verbo Divino.

Perroux, F. (1981). Ensaio sobre a filosofia do novo desenvolvimento. Trad. de L. M. Macaista


Malheiro. Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian.

Carvalho, J. E., Lopes J. A. A. & Reimão C. M. (2011). Inovação, decisão e ética – Trilogia
para a gestão das Organizações. Lisboa: Edições Sílabo, Lda.

Mill, J. S. (1976). Utilitarismo. Trad. de Eduardo Rogado Dias (2ª ed.). Coimbra: Atlântide
Editora, s.a.r.l.

14

Você também pode gostar