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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANIDADES


ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO PÚBLICA

TEMA: ECONOMIA DE DESENVOLVIMENTO

DOCENTE
dr. Carlos Zomane

DISCENTE
Eulália Francisco Biriba

MOCUBA, ABRIL DE 2021


Índice

1. Oque entendes por economia de desenvolvimento e porque estudar economia de


desenvolvimento?.......................................................................................................................1

2. Qual é o significado real do desenvolvimento e como é que diferentes conceitos


económicos contribuem para uma melhor compreensão do desenvolvimento?........................2

3. Quais são as fontes nacionais e internacionais do crescimento econômico; quem se


beneficia e porquê? Porquê que poucos países pobres conseguem alcançar progresso rápido
de desenvolvimento a maioria continua objectivamente pobre e estagnado?............................2

4. Quais são a teorias mais influentes de desenvolvimento, essas terias são compatíveis?...4

4.1. Teoria de Nacional-desenvolvimentismo.......................................................................4

4.2. Teorias da dependência..................................................................................................4

5. O subdesenvolvimento é um fenômeno internamente ou externamente induzido?...........5

6. Como é que o melhoramento do papel do estatuto da mulher pode beneficiar o impacto


das perspectivas de desenvolvimento?.......................................................................................6

7. O crescimento rápido da população ameaça o progresso econômico dos países em vias


de desenvolvimento?..................................................................................................................8

8. Porque que há tanto desemprego nos países subdesenvolvidos especialmente nas


cidades? Porquê que as pessoas fluem nas cidades sabendo que há falta de emprego?.............8

9. 70 á 80 % da população dos países em vias de desenvolvimento residem nas zonas


rurais. Como é que a agricultura e desenvolvimento rural podem ser promovidas?..................9

10. Oque queremos dizer com o desenvolvimento ambientalmente sustentável?...............9

11. Será que o sistema de educação no terceiro mundo realmente promove o


desenvolvimento económico? Ou são simplesmente mecanismos de relações de grupos ou
classes de pessoas para manter suas posições de riqueza, poder e influência..........................10

12. Devem as empresas estrangeiras multinacionais serem encorajadas a investirem nos


países pobres em que condições?.............................................................................................10

13. Porquê que o estudo da economia é importante para se compreender os problemas de


desenvolvimento?.....................................................................................................................11

Referencias bibliográficas........................................................................................................12

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1. Oque entendes por economia de desenvolvimento e porque estudar
economia de desenvolvimento?

Segundo Bentham, (1823) a Economia do desenvolvimento é um ramo da economia que


lida com os aspetos económicos do processo de desenvolvimento dos países menos
ricos. Foca não só os métodos para promover o crescimento económico e a mudança
estrutural, mas também em como melhorar o potencial da massa populacional, por
exemplo, através da melhoria das condições de saúde, educação e trabalho, seja através
de meios privados ou públicos.

Nesta ordem de ideias Bourdieu (1898) acrescenta que a economia do desenvolvimento


se dedica à criação de teorias e métodos para ajudar na determinação de políticas e
práticas, e podem pretender ser implementadas tanto ao nível doméstico como ao nível
internacional. Isso pode implicar a reestruturação dos incentivos de mercado ou a
utilização de métodos de otimização, para a análise de projetos, ou ainda uma mescla de
métodos quantitativos e qualitativos.

Assim, é importante estudar a economia de desenvolvimento porque ela fornece


conhecimento e intuições fundamentais sobre o funcionamento das actividades
econômicas, das sociedades e da economia Global, ajuda-nos perceber as decisões dos
indivíduos, das famílias, das empresas e do comportamento humanos, dos
conhecimentos e das crenças dos indivíduos e dos grupos, das estruturas das sociedades
e da disponibilidade de recursos.

Na verdade, uma compreensão básica de Economia de desenvolvimento é essencial se


quisermos ser cidadãos bem informados. A maior parte dos problemas políticos actuais
possui importantes aspectos econômicos. A Economia enfatiza bastante a análise
detalhada e sistemática. Logo estudar Economia de desenvolvimento invariavelmente
auxilia os estudantes a melhorar suas ferramentas analíticas, que são muito procuradas
no mercado de trabalho.

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2. Qual é o significado real do desenvolvimento e como é que diferentes
conceitos económicos contribuem para uma melhor compreensão do
desenvolvimento?

O debate acerca do conceito de desenvolvimento é bastante rico no meio acadêmico,


principalmente quanto à distinção entre desenvolvimento e crescimento econômico, pois
muitos autores atribuem apenas os incrementos constantes no nível de renda como
condição para se chegar ao desenvolvimento, sem, no entanto, se preocupar com o tais
incrementos são distribuídos. Deve-se acrescentar que “apesar das divergências
existentes entre as concepções de desenvolvimento, elas não são excludentes. Na
verdade, em alguns pontos, elas se completam” (SCATOLIN, 1989, p.24).

O desenvolvimento, em qualquer concepção, deve resultar do crescimento econômico


acompanhado de melhoria na qualidade de vida, ou seja, deve incluir “as alterações da
composição do produto e a alocação de recursos pelos diferentes setores da economia,
de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza,
desemprego, desigualdade, condições de saúde, alimentação, educação e moradia)”
(VASCONCELLOS e GARCIA, 1998, p. 205).

Na verdade, diferentes conceitos económicos contribuem para uma melhor compreensão


do desenvolvimento visto que poucos são os outros conceitos nas Ciências Sociais que
se têm prestado a tanta controvérsia. Conceitos como progresso, crescimento,
industrialização, transformação, modernização, têm sido usados frequentemente como
sinônimos de desenvolvimento. Em verdade, eles carregam dentro de si toda uma
compreensão específica dos fenômenos e constituem verdadeiros diagnósticos da
realidade, pois o conceito prejulga, indicando em que se deverá atuar para alcançar o
desenvolvimento.

3. Quais são as fontes nacionais e internacionais do crescimento econômico;


quem se beneficia e porquê? Porquê que poucos países pobres conseguem
alcançar progresso rápido de desenvolvimento a maioria continua
objectivamente pobre e estagnado?

Actualmente, as principais fontes de crescimento econômico são capital físico, capital


humano e tecnologia.

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Cada um pode ser definido da seguinte maneira:

Capital físico: são os ativos não humanos, feitos por humanos e que são utilizados na
produção, como por exemplo as ferramentas, máquinas e estruturas físicas usadas nas
empresas e instituições. Entram nessa lista as máquinas, os prédios da companhia,
infraestrutura, como transportes, energia, comunicações e tecnologia.

Capital humano: são as atividades que resultam em um custo no período corrente e que
proporcionam um crescimento na produtividade no futuro. Em outras palavras, as
características adquiridas pelo cidadão que melhoram sua performance. Quanto maior
for o nível médio de habilidade e conhecimento das pessoas, mais fácil será aplicar esse
conhecimento em prol do progresso técnico, consequentemente aumentando o padrão de
vida do país.

Tecnologia: por fim, o desenvolvimento da tecnologia é outra fonte primordial, que é


considerada a força motora principal do crescimento econômico. Historicamente o
desenvolvimento tecnológico proporciona um aumento da produtividade do trabalho,
tornando-se fundamental para o crescimento econômico.

De acordo com o Consenso de Washington, poucos países pobres conseguem alcançar


progresso rápido de desenvolvimento a maioria continua objectivamente pobre e
estagnado, porque países pobres inteligentes apostaram em promover uma reforma
fiscal, a abertura comercial com a liberalização das exportações e importações.
Apostaram em realizar cortes de salários e demissão de funcionários públicos,
mudanças na previdência social, nas leis trabalhistas e no sistema de aposentadoria, com
o objetivo de diminuir a dívida pública, apostaram na abertura comercial, o aumento de
facilidades para a entrada e saída de capitais estrangeiros e a privatização de empresas
estatais e apostaram na ciência e tecnologia com ênfase em pesquisas cientificas, com
objetivo de depender menos do ocidente.

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4. Quais são a teorias mais influentes de desenvolvimento, essas terias são
compatíveis?

De acordo com Campos (1963) das terias influentes de desenvolvimento destacam-se:

4.1. Teoria de Nacional-desenvolvimentismo

O nacional-desenvolvimentismo tem origem na teoria econômica clássica, mais


especificamente na teoria das vantagens comparativas de Ricardo.

Seguindo a tradição utilitarista, o enfoque ricardiano recai sobre a distribuição do fluxo


de renda social, ou seja, de valor, considerado como resultante exclusivamente do
trabalho.

A quantidade de trabalho a ser empregado é, por sua vez, determinada pelo volume de
capital previamente acumulado e os salários determinados pela interação entre oferta de
trabalho e capacidade de emprego deste (demanda). Está implícita, portanto, a
pressuposição da impossibilidade do gerenciamento arbitrário do nível de salários, estes
tendo seu nível determinado naturalmente pela interação das variáveis anteriormente
citadas (FURTADO, 2000).

Tendo em vista os pressupostos de garantia de justiça e liberdade adotados pelo


determinismo econômico, não haveria qualquer motivo para descontentamento em
relação ao nível de salários, este deveria ser considerado adequado porque dado pela
natureza, não havendo responsabilidade de quaisquer pessoas ou classes sobre o mesmo.

4.2. Teorias da dependência

As teorias da dependência têm em comum essencialmente dois traços, o conceito de


dependência como ponto-de-partida para a análise do desenvolvimento e o abandono do
nacionalismo metodológico (teorização do desenvolvimento como passível de ser
alcançado por uma economia nacional, independentemente do comportamento da
economia internacional) sustentado até então.

A dependência é considerada um processo de interação entre Estados capitalistas, em


que são dependentes os Estados cuja acumulação é determinada pelo consumo de outros
países, ou seja, países em que não há interdependência entre a realização da produção e
a capacidade interna de consumo (MARINI, 2000).

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Já o nacionalismo metodológico é descartado na medida em que as economias nacionais
deixam de ser vistas como indivíduos cuja ação é independente (MARTINS, 2006), para
serem vistas como um conjunto de agentes inter-relacionados por fatores que vão muito
além daqueles de ordem comercial.

Sob esta ótica, uma economia nacional é analisada levando em consideração seu
contexto de criação, sua história, principalmente no que tange seu papel no sistema
capitalista mundial.

4.3. Teoria do Neodesenvolvimentismo

Face à crise do esgotamento cíclico do capitalismo dependente, voltou-se à defesa do


Estado como grande curandeiro dos males do capitalismo. Partindo de uma visão
endógena, o movimento teórico conhecido como neodesenvolvimentismo resgata o
Estado como grande articulador do desenvolvimento, defendendo sua democratização,
combinada com a industrialização, como mecanismo capaz de promover a volta ao
crescimento econômico. Ainda que composto por uma produção teórica bastante
significativa no contexto Moçambicano, o neodesenvolvimentismo não apresenta
unidade como corpo teórico único, sendo muito mais um movimento de resposta
alternativo ao neoliberalismo que se impunha.

5. O subdesenvolvimento é um fenômeno internamente ou externamente


induzido?

Segundo Dussel (2007) as principais causas do subdesenvolvimento são:

1. Explosão demográfica: elevada natalidade que se verifica nos países em


desenvolvimento gera problemas porque:

a) as débeis infra-estruturas não acompanham o crescimento populacional

b) problemas de fome

c) desemprego

2. Agricultura tradicional: de fraca produtividade e virada para o autoconsumo é


insuficiente para as necessidades de uma população crescente.

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3. Economia frágil: - Baseada na produção e exportação de matérias-primas, de recursos
energéticos e mineiros, que na sua maioria a exploração é feita por empresas
estrangeiras e multinacionais

- As trocas comerciais são desfavoráveis: exportam matéria prima a custos baixos e


importam

produtos industriais elaborados ou semielaborados

4. Baixo nível de escolaridade e baixa formação profissional

- Inviabilizam o investimento estrangeiro, e logo a criação de emprego, sobretudo de


empresas

ligadas aos sectores das tecnologias mais produtivos e lucrativos

5. Debilidade das infraestruturas económicas (rede viária, aeroportos, rede ferroviária)

-Também condiciona o investimento estrangeiro

6. Elevada dívida externa

7. Instabilidade social e política (guerras, golpes de estado, conflitos étnicos, etc.)

8. Corrupção

Feita uma análise minuciosa das causas do subdesenvolvimento chega-se ao consenso


que é um fenômeno internamente e externamente induzido.

6. Como é que o melhoramento do papel do estatuto da mulher pode


beneficiar o impacto das perspectivas de desenvolvimento?

Segundo Cardoso (2000), aumentar a participação das mulheres na força de trabalho


pode dar um impulso maior ao crescimento do que se imaginava.

Apesar de alguns avanços, as diferenças entre homens e mulheres em termos de


participação na força de trabalho continuam grandes. Para citar apenas um exemplo,
nenhuma economia avançada ou de média renda conseguiu reduzir essa diferença para
menos de 7 pontos percentuais.

Essa desigualdade de condições entre mulheres e homens tem um custo econômico


considerável, pois prejudica a produtividade e pressiona o crescimento.

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Em um estudo recente do FMI , constatou-se que as barreiras ao ingresso das mulheres
na força de trabalho — pensemos em distorções tributárias, discriminação e fatores
sociais e culturais — têm um custo mais alto do que o sugerido por estudos anteriores e
que os benefícios de eliminar as diferenças de gênero são ainda maiores do que se
imaginava. Assim, as autoridades devem se concentrar em eliminar essas barreiras com
urgência.

Para Furtado (2000) as implicações dessa constatação são significativas.

Um impulso maior ao crescimento: Como as mulheres trazem novas habilidades para o


trabalho, reduzir as barreiras à participação delas na força de trabalho produz ganhos em
termos de produtividade e crescimento resultantes do emprego de mais mulheres
maiores do que se imaginava.

De facto, nosso exercício de calibragem sugere que, nos países que se situam na metade
inferior de nossa amostra em termos de desigualdade de gênero, eliminar a diferença
entre os gêneros poderia aumentar o PIB em 35%, em média. Quatro quintos desses
ganhos viriam do acréscimo de trabalhadores à mão de obra, mas um quinto dos ganhos
decorreria do efeito da diversidade de gênero sobre a produtividade.

Aumento da produtividade: Ao interpretar dados do passado em situações em que a


diferença de gênero vem diminuindo ao longo do tempo, a contribuição para o
crescimento decorrente do aumento da eficiência (ou da elevação da produtividade total
dos fatores) é superestimada. Na verdade, uma parcela do ganho atribuído à
produtividade se deve ao aumento da participação das mulheres ao longo do tempo.

Aumento da renda masculina: Nossos resultados sugerem que os salários dos homens
também crescem em decorrência da maior inserção das mulheres na força de trabalho,
pois a produtividade aumenta. Trata-se de um dado importante, porque esse aumento
dos salários deve reforçar o apoio à eliminação de barreiras que impedem as mulheres
de conseguir empregos dignos.

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7. O crescimento rápido da população ameaça o progresso econômico dos
países em vias de desenvolvimento?

Sim! A explosão demográfica, ao retardar a elevação dos níveis de vida de certos


grupos, pode agravar, sem dúvida, a sua situação de fome, mas nunca determinar este
estado de coisas. A fome é, regra geral, o produto das estruturas econômicas defeituosas
e não de condições naturais insuperáveis.

Sabe-se que a pobreza e crescente endividamento dos países pobres deve-se à sua
exploração pelos países "desenvolvidos". E que, dentro dos países "subdesenvolvidos"
(como Moçambique), embora a sua renda per capita seja menor que a dos países ricos, a
pobreza da maior parte de sua população deve-se a distribuição completamente desigual
de renda dentro da sociedade e não a uma insuficiente produção de riquezas. Logo,
embora certamente a explosão demográfica agrave a situação de fome, a fome se deve
principalmente a desigualdade social vigente nos países "subdesenvolvidos".

8. Porque que há tanto desemprego nos países subdesenvolvidos especialmente


nas cidades? Porquê que as pessoas fluem nas cidades sabendo que há falta
de emprego?

Segundo Castoriadis (2000) a pobreza é um estado de miséria que causa sofrimentos por
insuficiência de alimentação, que por sua vez gera problemas de saúde e, esses dois
fatores influem no aprendizado e consequentemente na profissionalização, que possa
levar a pessoa a uma remuneração melhor e sair do estado de miséria. Há muitas
décadas se discute o círculo vicioso da pobreza e as estratégias para romper esse círculo
e partir para um desenvolvimento sustentado tem sido modestas.

Há tanto desemprego nos países subdesenvolvidos especialmente nas cidades porque o


ciclo consiste do seguinte: O país (ou região) é pobre porque falta capital; falta capital
porque há baixa capacidade de poupança (de acumulação de riqueza); há baixa
capacidade de poupança porque há baixa renda; há baixa renda porque há baixa
produtividade e há baixa produtividade porque há falta de capital.

As pessoas fluem nas cidades sabendo que há falta de emprego, por causa do processo
de substituição do homem pela máquina no campo. Dessa forma, um único equipamento
realiza o trabalho que seria feito por muitos trabalhadores. Esse processo contribui para

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o desemprego desses trabalhadores, que se mudam para as cidades em busca de
emprego. Em outras palavras elas buscam esperança de mudança de vida nas cidades.

Outro motivo é a concentração de terras no espaço agrário, ou seja, um espaço cada vez
maior para um número cada vez menor de pessoas. Esses espaços não são usados para
moradia e produção de alimentos para a população no campo, mas para o cultivo de
produtos voltados, principalmente, para a exportação.

9. 70 á 80 % da população dos países em vias de desenvolvimento residem nas


zonas rurais. Como é que a agricultura e desenvolvimento rural podem ser
promovidas?

Agricultura e desenvolvimento rural podem ser promovidas através da extensão rural


que é um dos ramos das ciências agrárias que se ocupa em fornecer serviços de
educação formal, ou não, de caráter continuado para o meio rural e pesqueiro,
auxiliando e promovendo processos de gestão, produção, beneficiamento e
comercialização das actividades, bem como dos serviços agropecuários e não
agropecuários, incluindo as actividades agroextrativistas, florestais e artesanais.

Assim, a missão de um extensionista é fundamental para o desenvolvimento das cadeias


produtivas quer sejam agropecuárias, aquícolas ou pesqueiras. A extensão rural
associada a assistência técnica é a ferramenta imprescindível para o desenvolvimento
ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável da produção
agropecuária, aquícola ou pesqueira.

10. Oque queremos dizer com o desenvolvimento ambientalmente sustentável?

O desenvolvimento sustentável está ancorado no desenvolvimento econômico da


humanidade baseado na conservação dos recursos naturais. Desse modo, o
desenvolvimento de maneira sustentável indica que os recursos naturais sejam utilizados
de maneira racional, ou seja, sem o seu esgotamento, com vistas à conservação desses
recursos para as gerações futuras. Sendo assim, busca-se o progresso econômico da
sociedade baseado na importância dos recursos ambientais para as atividades produtivas
e, ainda, na sua conservação, em uma clara preocupação com o futuro da humanidade.

Segundo Furtado (1961) são exemplos de ações sustentáveis:

 A reutilização de recursos ambientais, como a coleta seletiva; e

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 A utilização de meio de transportes não poluentes, como as bicicletas.

11. Será que o sistema de educação no terceiro mundo realmente promove o


desenvolvimento económico? Ou são simplesmente mecanismos de
relações de grupos ou classes de pessoas para manter suas posições de
riqueza, poder e influência
A teoria do economista acaba tornando a educação em um dos principais pilares da
economia. Isso porque indivíduos com acesso à educação proporcionam as melhores
ideias, promovendo inovação tecnológica. Assim sendo, de acordo com o modelo de
Solow, o incentivo a criatividade humana torna-se o instrumento mais influente na
economia.

Nos países do terceiro mundo a educação pouco promove o tão desejado


desenvolvimento econômico, visto que pouco se investe em pesquisas cientificas, e
limitam-se apenas em cumprir metas estabelecidas pelo ocidente deixando de lado a
qualidade educacional.

A pobreza na aprendizagem é moralmente e economicamente inaceitável. Moralmente,


porque milhões de crianças ficarão impossibilitadas de participar de uma economia que
se está se tornando mais próspera e rica. Temos a tecnologia para fornecer serviços de
educação básica e, globalmente, os recursos estão disponíveis, mas essa prosperidade
não está sendo compartilhada. E economicamente inaceitável porque, mesmo que nos
preocupemos apenas com a competitividade e o crescimento, se o capital humano não
for acumulado, será impossível para um país prosperar na economia global. Uma análise
do Banco Mundial mostra que, nos países ricos, 70% da riqueza é derivada do capital
humano acumulado. Nos países mais pobres, é apenas 40%.

Eliminar a aprendizagem da pobreza é tão urgente quanto erradicar a pobreza extrema, a


deficiência de crescimento ou a fome.

12. Devem as empresas estrangeiras multinacionais serem encorajadas a


investirem nos países pobres em que condições?

De acordo com Scatolin (2009), para os países desenvolvidos que são esses obviamente
proprietários das multinacionais, porque tem mais investimentos em empresas e
indústrias é um lucro obter multinacionais em outros países pois estarão tendo uma
expansão de suas empresas além da sua Fronteira indo para outras Nações e tendo
lucros cada vez maiores isso é um ciclo do capitalismo.
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Já para os países subdesenvolvidos a presença de empresas multinacionais tem seu lado
positivo e negativo o lado positivo é que tendo outras empresas vai reabrir empregos
para as pessoas da Nação e possibilitar que as pessoas possam obter empregos já o
ponto negativo é que o excesso de multinacionais pode levar a entender que esse país
não tem a capacidade de produzir empresas nacionais diminuindo assim a valorização
do produto nacional e a supervalorização do produto internacional, o que é um problema
para o país subdesenvolvido.

13. Porquê que o estudo da economia é importante para se compreender os


problemas de desenvolvimento?

Segundo Campos (1963), o estudo da economia é importante para se compreender os


problemas de desenvolvimento porque a economia nada mais é que a necessidade de
estudo para atingir a melhor tomada de decisão possível. Podemos afirmar que este
estudo é necessário em todas as nossas escolhas, isso porque, desde os tempos antigos
até os mais atuais, temos de lidar com a escassez dos recursos versus as necessidades
ilimitadas. Isto inclui tanto dinheiro, quanto consumo, mão de obra, materiais, tempo e
aí por diante. Ao analisar por esse ângulo, a escassez se faz presente em tudo e torna
toda e qualquer decisão importante.

Deste modo, podemos frisar que, além do quesito orçamentário também é citado a
administração do tempo como um tópico a ser analisado. Isto se dá em razão de não
conseguirmos realizar aquilo que queremos, desta vez, não por falta de recursos
financeiros, e sim, por não haver tempo hábil para realiza-los.

Outra vez vamos de encontro a mesma questão, a escassez.

O que podemos concluir é que ao estudar a economia com certeza estaremos evitando
grandes perdas, pois conforme analisamos, a economia se faz presente no nosso dia a
dia em diversas situações.

Na maior parte das vezes se quer identificamos a importância e reflexo de uma decisão,
mas o correto seria avaliar, estudar e assim obter uma real conclusão do custo versus
benefício. Deste modo, conseguiríamos mitigar as perdas e aumentar nossas
possibilidades de ganho.

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Referencias bibliográficas
Bentham, Jeremy. (1823). An introduction to the principles of morals and legislation.
Oxford: Clarendon Press

Bourdieu, Pierre. (1898). O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil

Campos, Roberto de Oliveira. (1963). Economia, planejamento e nacionalismo. Rio


de Janeiro: Apec

Cardoso, F. H.; Faletto, E.. (2000). Dependência e desenvolvimento na América


Latina. In.: Bielschowsky, Ricardo (org.), Cinqüenta anos do pensamento na CEPAL,
Rio de Janeiro: Record

Castoriadis, Cornelius. (2000). As encruzilhadas do labirinto II: domínios do homem.


Rio de Janeiro: Paz e Terra

Dussel, Enrique. (2007). Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão.


Rio de Janeiro: Vozes

Furtado, Celso. (1961). Desenvolvimento e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo


de Cultura

Furtado, Celso. (2000). O mito do desenvolvimento econômico. São Paulo: Círculo do


Livro

Marini, Donella H. et alii. (2000). The limits to g rowth. Nova Iorque: Universe Books

Martins, Paulo César. (2006). Crescimento e desenvolvimento econômico: teorias e


evidências empíricas. In: Montoro Filho, André Franco et alii. Manual de economia.
São Paulo: Saraiva

Scatolin, Fábio Dória. (2009). Indicadores de desenvolvimento: um sistema para o


Estado do Paraná. Porto Alegre

Vasconcelos, Marco Antonio; Garcia, Manuel Enriquez. (1998). Fundamentos de


economia. São Paulo: Saraiva

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