Você está na página 1de 4

Atividade de Desenvolvimento Econômico

aluna: Ana Carolina Fagundes Bocafoli

1)O modelo neoclássico baseia-se em premissas fundamentais que sustentam o


crescimento da renda per capita e da produtividade. De acordo com esse modelo, a
racionalidade dos agentes econômicos é uma suposição central, na qual indivíduos
e empresas buscam maximizar seu bem-estar econômico. Além disso, o modelo
pressupõe a existência de mercados perfeitamente competitivos, onde há um
grande número de compradores e vendedores, produtos homogêneos e livre
entrada e saída de empresas. A alocação eficiente de recursos é outra pedra
angular do modelo, na qual alocar recursos de forma a maximizar o bem-estar social
é considerado crucial.

Com base nessas instalações, o modelo neoclássico argumenta que o crescimento


da renda per capita e da produtividade é impulsionado por três fatores-chave.

Em primeiro lugar, o crescimento da população desempenha um papel vital. O


aumento da população resulta em uma força de trabalho expandida, o que, por sua
vez, impulsiona a produção e a renda per capita. No entanto, é importante observar
que o crescimento populacional também pode aumentar a competição por recursos,
pressionando os preços para baixo e, assim, reduzindo a renda per capita.

Em segundo lugar, o crescimento do capital é essencial para o aumento da


produtividade do trabalho. O capital, representado por ferramentas e equipamentos,
fornece uma base para uma produção eficiente. A acumulação de capital ocorre por
meio de poupança e investimento, com a poupança representando a alocação de
recursos no presente para investimentos futuros e o investimento sendo a aplicação
desses recursos em bens de capital, como máquinas e equipamentos.

Por fim, a inovação tecnológica é outro impulsionador significativo do crescimento


econômico. A inovação introduz novos produtos e processos de produção, o que
pode abrir novos mercados e estimular o crescimento econômico. Além disso, novos
processos de produção podem aumentar a eficiência, levando a uma produção e
renda per capita mais elevadas. A inovação tecnológica é frequentemente
estimulada por meio de investimentos em educação, pesquisa e desenvolvimento,
bem como por políticas governamentais.

No entanto, é importante lembrar que o modelo neoclássico é uma simplificação da


realidade econômica e que o crescimento econômico é influenciado por uma ampla
gama de fatores, incluindo instituições e políticas governamentais, além de
considerações não puramente econômicas. Portanto, uma análise completa do
crescimento econômico deve levar em consideração essas nuances e
complexidades.
2)A teoria clássica do crescimento econômico baseia-se na ideia de que a economia
é um sistema auto-regulado que luta pelo equilíbrio. Neste sistema, os preços
flutuam de acordo com a oferta e a procura, e os recursos são alocados de forma
eficiente para maximizar o bem-estar social. Segundo a teoria clássica, o
crescimento econômico é impulsionado principalmente pelo aumento da
produtividade do trabalho, que mede a quantidade de bens e serviços produzidos
por um empregado num determinado período. Essa produtividade pode ser
melhorada por três fatores principais: Primeiro, o crescimento do capital
desempenha um papel fundamental. O capital, que consiste em ativos protegidos
como máquinas, equipamentos e infraestruturas, é essencial para aumentar a
produtividade.Se os trabalhadores tiverem mais capital, a produção se tornará mais
eficiente. A acumulação de capital ocorre através de poupanças e investimentos,
onde a poupança representa a alocação de recursos atuais para investimentos
futuros, e os investimentos são a aplicação dessas poupanças na aquisição de bens
de capital. Em segundo lugar, as inovações tecnológicas que trazem ao mercado
novos produtos e processos de produção que aumentam a produtividade do
trabalho que desempenham um papel fundamental no crescimento econômico. A
teoria clássica sugere que a inovação é estimulada pela meta de lucro dos
empresários. Ao desenvolver novos produtos e processos, podem aumentar a
eficiência dos seus negócios, o que leva a maiores lucros e progresso tecnológico.
Terceiro, o treinamento dos funcionários é crucial. Funcionários qualificados
aumentam a produtividade, permitindo-lhes utilizar o capital e a tecnologia de forma
mais eficiente. A teoria clássica enfatiza a importância destes investimentos na
formação da força de trabalho. A teoria clássica de que o crescimento econômico é
um processo gradual e contínuo. À medida que a produtividade do trabalho
aumenta, a produção também aumenta, conduzindo a um aumento do rendimento
per capita. Contudo, de acordo com a teoria clássica, o crescimento econômico
pode ser interrompido por fatores externos, como guerras, catástrofes naturais ou
mudanças nas políticas governamentais. Estes acontecimentos podem reduzir a
poupança, os investimentos, a produtividade do trabalho e, portanto, o crescimento
econômico. É importante lembrar que a teoria clássica é uma economia real
simplificada e que o crescimento econômico na prática é influenciado por muitos
fatores, incluindo instituições e políticas governamentais, bem como por
considerações não puramente econômicas. Portanto, uma análise completa do
crescimento econômico requer a consideração de todas estas complexidades.

3)Kuznets demonstrou que, em muitos países em desenvolvimento, a desigualdade


de renda é significativamente alta. Isso significa que a maior parte da riqueza e da
renda está equipada em um pequeno grupo de pessoas ou empresas, enquanto a
maioria da população enfrenta dificuldades econômicas e tem acesso limitado a
recursos e oportunidades.De acordo com Kuznets, a desigualdade de renda pode
levar a uma série de problemas que são abordados para o subdesenvolvimento:
​ .Acesso limitado a recursos: Quando a riqueza e a renda estão equipadas nas
mãos de poucos, a maioria da população pode enfrentar dificuldades para
acessar recursos produtivos, como capital e terra.
​ .Falta de investimento em capital humano: A desigualdade de renda pode
dificultar o acesso à educação e aos serviços de saúde, o que, por sua vez,
limita o desenvolvimento do capital humano e a capacidade produtiva da
população.
​ .Ciclo de pobreza: A desigualdade econômica pode criar um ciclo de pobreza,
no qual a falta de recursos e oportunidades econômicas perpetua o
subdesenvolvimento ao longo do tempo.
​ .Instabilidade social e política: A desigualdade de renda excessiva pode levar
a tensões sociais, conflitos e instabilidade política, o que pode prejudicar o
ambiente de negócios e o crescimento econômico.

Kuznets argumentou que, para fortalecer o subdesenvolvimento, é necessário


reduzir a desigualdade de renda e garantir que a riqueza e a renda sejam mais
distribuídas equitativamente. Isso envolve políticas que visam melhorar o acesso à
educação, saúde e oportunidades econômicas para a população em geral. Em
resumo, a visão de Kuznets destaca a desigualdade de renda como um obstáculo
significativo ao desenvolvimento econômico e social.

Agora, sobre as perspectivas de Ragnar Nurkse, Walt Rostow e Paul


Rosenstein-Rodan sobre o subdesenvolvimento são influentes na economia do
desenvolvimento, mas ampliadas em suas abordagens e ênfases.

​ Ragnar Nurkse:
● Carência de Recursos Produtivos: Nurkse enfatizou a carência de
recursos produtivos como uma causa fundamental do
subdesenvolvimento. Ele argumentou que muitos países
subdesenvolvidos enfrentam uma falta de capital, infraestrutura,
educação e tecnologia.
● Efeito de acumulação: Nurkse sugeriu que o investimento em capital
produtivo poderia gerar um efeito de acumulação positivo. Quando os
países investem em recursos produtivos, como infraestrutura e
educação, isso pode contribuir para o crescimento econômico.
​ Walt Rostow:
● Estágios de Crescimento: Rostow propôs a teoria dos "estágios de
crescimento econômico". Ele argumentou que os países passam por
estágios sequenciais de desenvolvimento, começando com uma
"etapa de sociedade tradicional" e avançando até uma "etapa de
consumo em massa".
● Take-off Industrial: Rostow destacou a importância do “take-off”
industrial, onde um país faz uma transição fundamental para a
industrialização e o crescimento econômico acelerado. Ele considera
isso como um estágio crítico que os países subdesenvolvidos
precisam atingir.
​ Paul Rosenstein-Rodan:
● Coordenação e Áreas-Chave: Rosenstein-Rodan enfatizou a
necessidade de abordagens coordenadas para o desenvolvimento. Ele
argumentou que o desenvolvimento em grande escala, especialmente
nos setores industriais que se beneficiam de economias de escala, era
essencial.
● Áreas-Chave de Desenvolvimento: Ele promoveu o conceito de
"áreas-chave", destacando que o desenvolvimento em determinadas
áreas poderia estimular o crescimento em todo o país. Ele enfatizou
que o desenvolvimento deveria ser planejado e coordenado.

Em resumo, esses economistas oferecem diferentes perspectivas sobre as causas


do subdesenvolvimento. Nurkse enfatiza a carência de recursos produtivos, Rostow
se concentra na progressão por projetos de crescimento, com destaque no take-off
industrial, enquanto Rosenstein-Rodan realça a necessidade de abordagens
coordenadas e investimento em "áreas-chave" para estimular o desenvolvimento.
Cada abordagem destaca fatores específicos como sendo cruciais para entender e
combater o subdesenvolvimento.

Você também pode gostar