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Introdução

O presente trabalho de pesquisa tem como tema Estratégias de Diversificação


Económica de Angola: Período em Análise 2017 à 2022, refletimos que é de grande
relevância analisar sobre o tema, devido o que temos notado na economia angolana,
o que nos levou a analisar algumas formas de expansão dos diversos sectores que
contribuem para o crescimento da economia, esta temática vai ser abordada por meio
de informações obtidas através da bibliografia, trabalho científico e por fim por meio
da leitura, estes vão contribuir para o desenvolvimento do tema.

A economia de angola é baseada na extracção de recursos minerais, como o


petróleo e o gás natural, também é baseada no sector primário, a sua indústria é
caracterizda pela transformação de bens primários, com destaque para fábricas de
alimentos e etc, no sector teciário predominam o serviço público e o comércio.

A escolha deste tema justifica-se pelo facto da economia angolana apresentar


diversos problemas devido aos mesmos, pretendemos identificar algumas estratégias
para uma ampla diversificação em Angola. Analisamos que por Angola ser um país
petrodependente, há uma necessidade ao estudo de novas formas que vão ajudar na
diversificação, através de analises sobre a substituição das importações, o
desnvolvimento de diversos sectores de produção que podem contribuir para o
crescimento econômico do país.

A pesquisa que pretendemos realizar configura-se importante e pertinente


quanto a sociedade pelo que se vive hoje em dia havendo uma grande necessidade
de atingir a certas mudanças através da diversificação econômica. Estas mesmas
mudanças que podem contribuir para uma evolução académica e repercutir de uma
forma ou de outra para mim em particular.

Partindo do ponto em que se encontra a situação economica do país


actualmente sentimos uma grande necessidade de encontrar formas ou estratégias
que vão ajudar no desenvolvimento de novos conhecimentos que podem mostrar
formas de inovação de sectores especificos e a substituição das importações.

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O objecto de estudo deste presente trabalho é justamente a própria estratégia
em si, suas abordagens, desafios e resultados em relação à diversificação da
economia angolana.

Um problema de pesquisa origina-se da inquietação, dúvida, hesitação,


perpexidade, e curiosidade sobre uma questão não resolvida, a sua formulação
depende da fundamentação teórica-metodológica que orienta o pesquisador,
assumindo menor ou maior abrangência em cada caso, de uma forma ou de outra é
preciso que seja delimitado a uma dimensão viável.

Como qualquer outro país que apresentam estragégias de diversificação da


economia, sustenta a possibilidade de encontrar diversos problemas ligados ao tema
em abordagem, problemas estes que contribuem para o melhoramento da análise que
posteriormente será feita.

A diversificação da economia em Angola apresenta diversos problemas como


a crise economica, instabilidade macroeconómica, a diminuição generalizada de
recursos, a falta de estratégias claras para a economia, carêcia de financiamentos,
fontes de financiamentos estáveis, credíveis e sustentáveis ou seja estrutura produtiva
sem força. Por estes motivos pretende-se arranjar estratégias para diminuir estes
mesmos problemas que comprometem a situação económica do país.

Diante desta realidade colocamos a seguinte pergunta: Quais são as


estratégias de diversificação econômica de angola no período de 2017 à 2022?

H1: Uma das estratégias de diversificação da economia de angola é o aumento


das exportações e uma diminuição nas importações.

H2: Outra estratégia de diversificação da economia são os incentivos de


investimentos por sectores.

Objectivo Geral: conhecer as estratégias de diversificação da economia de


angola no período de 2017 à 2022;

Objectivo Específico: Conhecer formas de caracterizar a economia de angola;


Identificar as diferentes estratégias de diversificação da economia de angola;
Explicar as estratégias de diversificação do governo no período de 2017 à 2022;

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O tipo de estudo realizado neste presente trabalho de pesquisa é com objectivo
discritiva, o tipo de pesquisa da nossa abordagem é ao mesmo tempo qantitativa e
qualitativa, o método que usado foi Hipotètico-dedutivo, a recolha de dados foi feita
com uso de duas técnicas a Bibliográfica e a Documental.

De acordo com a pesquisa elaborada, no primeiro capítulo foi feita uma Revisão
da Literatura que vai abordar sobre os diversos conceitos relacionados ao tema e
sobre os sectores de produção, no segundo capítulo foi analisado com precisão sobre
a Fundamentação Teórica que trata sobre as teórias relacionadas com o presente
trabalho, o terceiro capítudo que vai abordar sobre um breve Enquadramento
Metodológico e por último o quarto capítulo que trata sobre o Enquadramento
Empírico.

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Capítulo I: Revisão da Literatura

1.1 Definições e Conceitos de Termos-Chaves

1.1.1 Conceitos

Estratégia

Primeiramente temos que ter noção daquilo que é o tema escolhido ou seja ter
os conceitos básicos de possíveis autores que sustentam o trabalho.

Estratégia segundo o dicionário português é a arte de coordenar forças


militares, políticas e económicas envolvidas num conflito ou defesa de um país.

Estratégia é o conjunto dos meios e planos para atingir um fim.

Estratégias significam um caminho a ser percorrido, ou seja pode ser explicado


como o conjunto de acções a serem tomadas para que os resultados alcancem um
fim específico (Steiner e Miner, 1981).

Economia

Economia é a ciência que se ocupa da produção e consumo de bens e serviços


e da circulação da riqueza.

«Economia estuda como a sociedade emprega os recursos na produção de


riqueza e como ocorre a distribuição dessa riqueza entre seus participantes» (Cario,
2014, p.14)

«A Economia estuda a maneira de administrar os recursos disponíveis com o


objectivo de produzir bens e serviços, e de destribuí-los para seu consumo entre os
membros da sociedade» (Mendes, et at, 2015, p.16).

«A Economia estuda as variações e combinações na alocação dos factores de


produção (terra, trabalho, capital e tecnologia) na distribuição de renda, na oferta,
procura e nos preços das mercadorias» (Sandroni, 2005, p. 40).

« Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos


escassos para produzir bens e serviços com valor e para os distribuir entre indivíduos
diferentes» (Samuelson, 2010, p. 4).
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1.1.2 Crescimento e Desenvolvimento Económico

Crescimento significa desenvolvimento progressivo das principais dimensões


(de um organismo vivo); aumento em tamanho, volume ou intensidade; progreção,
prosperidade.

Segundo Burgenmeier «O crescimento é frequentemente entendido como um


indicador de bem-estar económico» (2005, p.16).

«Crescimento Económico representa a expansão do PIB potencial, ou produto


nacional, de um país ou seja o crescimento económico ocorre quando a fronteira das
possibilidades de produção de um país se desloca para fora» (Samuelson, 2010, p.
4).

Segundo Figueiredo (2008, p. 18) apud Lecture (1971) na lição proferida em


Estocolmo perante a Real Academia Sueca, na data de atribuição do prémio Nobel,
Simon Kuznets apresentou uma das definições mais correntemente utlizadas de
Crescimento Económico:

o crescimento económico de um país pode ser definido como o aumento


a longo prazo da sua capacidade de oferecer à população bens
económicos cada vez mais diversificados, baseando-se esta capacidade
crescente numa tecnologia avançada e nos ajustamentos institucionais
e ideológicos que esta exige. Qualquer dos três componentes de
definição é importante.

Crescimento económico também pode ser definido como um aumento


sustentado da produção de todos ou total de bens e serviços produzidos por uma
determinada sociedade, esta mesma produção total tem sido medida como
rendimento nacional ou PNB.

De acordo com Dalpiaz et al. «O Crescimento Econômico (ou a teoria do


crescimento econômico) se refere ao desenvolvimento da produção possível, que
invarialvelmente é gerado pelo crescimento em decorrência aditada ou produção
analisada»(2016, p.13).

«Menciona-se ser o crescimento econômico, o crescimento da produção e do


consumo de bens e serviços em decorrência do crescimento do consumo, dentro de

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uma economia globalizada e integrada com os múltipos sectores (...), que
invariavelmente vão necessitar recursos, produzindo resíduos.»(Dalpiaz et al, 2016,
p.13)

Figueiredo (2005) acreditam ser impossível estabelecer o crescimento de


desenvolvimento econômico sem que haja uma fornte restrição dos mercados
externos cabendo essencial necessidade do estabelecimento de investimentos
directos de estrangeiros, considerando-se que o cenário dos países subdesenvolvidos
cacere da incorporação de capitais para que haja sustentação de suas exportações.

Densenvolvimento significa crescimento de um ser ou de um organismo;


evolução; progresso.

Pereira (2006) define o desenvolvimento económico como um processo de


sistemática acumulação de capital e de incorporação do processo técnico ao trabalho
e ao capital que leva ao aumento sustentado da produtividade ou da renda por
habitante e, em consequência, dos salários e dos padrões de consumo de uma
determinada sociedade.

Schumpeter (1911) afirmou que o desenvolvimento econômico implica


transformações estruturais do sistema econômico que o simples crescimento da renda
per capita não assegura.

Schumpeter (1911) usou a distinção entre o desenvolmimento econômico e


crescimento para salientar a ausência de lucro econômico no fluxo circular onde no
máximo ocorreria crescimento, e para mostrar a importância da inovação no
verdadeiro processo de desenvolvimento econômico.

De acordo com Furtado afirma que o crescimento econômico «tal como


conhecemos, vem se fundado na preservação de privilégios das elites que satisfazem
seu afã de modernização, já o desenvolvimento se caracteriza por seu projecto social
subjacente» (2004, p.484).

«Desenvolvimento Econômico expressa um fenómeno que não se limita


apenas a aspectos puramente econômico, mas considera estruturas sociais políticas
de um país» (Cario, 2014, p.142).

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O Crescimento e o Desenvolvimento económico são resultados de processos
históricos constitutivos dos países ao longo do tempo.

1.1.3 Diversificação

Diversificação é o acto de tornar algo diferente, ou variar.

Segundo Brost & Kleiner (1995), a diversificação pode ser definida como a
entrada em uma nova actividade de negócios existente e, a partir daí, o metódo de
entrada no novo negócio, as forças motrizes para diversificação (...).

De acordo com Kluyer e Pearce II (2007, p. 34):

a palavra diversificação tem uma ampla gama de significados


associados a aspectos da actividade empresarial, fala-se sobre
diversificar em novos sectores, tecnológicos, bases de fornecedores,
segmentos de consumidores, regiões geográficas ou fontes de
financiamento, entretanto, em um contexto estratégico, essa palavra é
definida como a estratégia para entrar em mercados de produtos
diferentes daqueles em que uma empresa actua no presente.

Diversificação é a estratégia que leva um país a expansão de novos mercados,


aumentando assim a diversidade que um país deve obter com estes novos mercados
e assim supervisionar. (Scholes e Whittington, 2007)

«A Diversificação da economia é uma estratégia com a qual se pretende a


produção de novos bens e serviços destinados a diferentes mercados» (Morais, 2019,
p.1).

De acordo com Rocha (2013) a diversificação económica é um processo que


leva tempo e que precisa ser criteriosamente bem estudado e planificado, garantindo
que os sectores-chaves sejam identificados, os recursos necessários estejam à
disposição, as políticas e os programas sejam coerentes e consistentes entre si, com
o pensamento económico geral e com a vontade política de diversificar a economia
em prol do bem da Nação.

«A diversificação da economia é considerada como a melhor estratégia para


resolver os problemas criados pela depend~encia dos recursos naturais.» (Rocha,
2013, p. 11)
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A diversificação da estrutura económica e produtiva dos países tem como
propósito contrariar os efeitos da doença holandesa identificados em muitos estudos
e países do terceiro mundo e não só. (Rocha, 2013)

A diversificação da economia é um processo, equivalendo por dizer que se


eventualmente tem um ínicio, nunca terá um fim, enquanto os países existirem,
Consiste, igualmente, num processo económico normal de transformação estrutural
que, pode ser acelarado com políticas públicas de intervenção sobre as suas bases
fundamentais. (CEIC, 2021)

O processo de diversificaçaõ da economias apela à existência de um conjunto


básico de condições, boa governação, transparência na utilização dos dinheiros
públicos, políticas económicas consistente e com sentido, bom ambiente de negócios,
investimento privado, mormente estrangeiro, e depois muito capital humano e
bastante capital empresarial. (CEIC, 2021)

1.2 Breve Historial Sobre a Economia

Cada pessoa depende do funcionamento da economia, para a maior parte das


coisas básicas de que necessita no quotidiano tal como a alimentação, vestuário,
informação, etc.

Segundo Motta o objecto da história econômica «consiste em estudar os


modelos ou doutrinas econômicas de cada época, a partir do pensamento econômico
que perpassa os períodos históricos, ou melhor da antiguidade, idade média,
mercantilismo, doutrina liberal e individualista (...)» (2015, p. 10)

Segundo Vasconcellos e Garcia (2004, p. 3):

Em qualquer sociedade, os recursos produtivos ou factores de produção


(mão-de-obra, terra, matérias-primas, dentre outros) são limitadas. Por
outro lado, as necessidades humanas são ilimitadas e sempre se
renovam, por força do próprio crescimento populacional e do continuo
desejo de elevação do padrão de vida. Independentemente do grau de
desenvolvimento do país, nenhum deles dispõe de todos os recursos
necessários para satisfazer todas as necessidades da coletividade. Tem-
se então um problema de escassez: recursos limitados contrapondo-se
a necessidades humanas ilimitadas.
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« Economia consiste em como alocar recursos produtivos limitados para
satisfazer todas as necessidades da população». (Vasconcellos e Garcia, 2004, p.2)

Para Mankiw (2005), não há nada de misterioso sobre o que é uma economia,
uma vez que em qualquer parte do mundo ela é um grupo de pessoas que interagem
umas com as outras e, dessa forma, vão levando a vida.

Douglas (2019) a analise da história económica é feita usando uma combinação


de metódos de história, metódos estatísticos e pela aplicação da teoria económica às
situações históricas. Inclui a história da administração, história das finanças e
sobrepõe-se com áreas da história social tais como a história da demográfia e a
história do trabalho.

Segundo Gennari e Oliveira (2009) os fenómenos da economia influenciam de


forma decisiva a vida de todos os cidadãos. Política monetária, variações cambiais,
nos índices da inflação e nos índices da Bolsa de valores são temas cotidianos em
todo tipo de mídia. Para que possamos nos orientar com segurança nesse universo
de informação e nos debates travados em torno de assuntos, há a necessidade de
nos familiarizar com as teorias econômicas que informam essas discussões.

Conhecendo as teorias que orientam a acção dos agentes econômicos, tanto


os privados quanto os públicos, é possível traçar acções econômicas e fazer escolhas
com mais segurança e no limite, se antecipar aos movimentos dos agentes
econômicos mais influentes, obtendo benefícios ou evitando perdas. (Gennari e
Oliveira, 2009)

Se desejamos, porém, uma compreensão, ao mesmo tempo, mais profunda e


abrangente, é necessário que situemos as teorias econômicas concorrentes num
contexto mais amplo, que contemple suas transformações ao longo do tempo, isto é
a sua história, só pelas contextualizações das terorias na história do pensamento
econômico é que podemos avaliar com propriedade as questões de fundo que estão
envolvidas no debate econômico. (Gennari e Oliveira, 2009)

«O mercantilismo foi um regime de nacionalismo econômico que fazia da


riqueza o principal fim do Estado. Assinalou, na história econômica da humanidade,
no ínicio da evolução dos Estados modernos e das novas concepções sobre os factos
econômicos (...)». (Mendes et al., 2009, p.35)

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O mercantilismo foi uma das primeiras doutrinas econômicas muito usada até
o final do séc. XVIII, não foi uma doutrina consistente e lógica, mas um conjunto de
ideias econômicas de natureza proteccionista desenvolvidas em diversos países as
que variavam um pouco em função dos interesses de cada Nação. (Lacombe, 2004)

Adam Smith pode ser considerado herdeiro de uma longa tradição que remota
a Xenofonte, passa por Plantão e encontrou em Aristóteles o formulador mais
acabado, ela continua depois no Ocidente Medieval com os teólogos da Igreja, em
especial com a Escolástica e com Santo Tomás de Aquino, que procuraram, a um só
tempo, adequar a teologia cristã às transformações econômicas na Baixa Idade Média
e subsumir as práticas econômicas à teologia e à moral cristã. (Gennari e Oliveira,
2009)

1.3 Principais Sectores de ProduçãoEconomia

1.3.1 Sector Primário

Segundo Moreira (1999) um dos resultados mais marcantes do progresso


tecnológico aplicado à produção é a elevação da produtividade do trabalho. A
sociedade como um todo passa, com o processo técnico, a dispensar menos tempo
de trabalho para produzir a mesma quantidade de mercadorias.

Na sociedade capitalista o progresso tecnológico tem a rigor duas


determinantes; Em primeiro lugar os capitalista enquanto classe inovam
tecnologicamente visando ampliar sua parcela de lucro no valor agregado em
confronto com a parcela do valor agregado que pagam como salário aos
trabalhadores, também vistos aqui enquanto classe. (Moreira, 1999)

Em segundo lugar dado o nível salarial, os capitalistas particulares competem


entre si pela ampliação de sua parcela de lucro em confronto com a parcela de lucro
dos demais capitalistas. Tanto no nível de expressão dos interesses sociais o
confronto entre classes sociais (quanto no outro), a competição intercapitalista, a
motivação básica dos capitalistas é a maximização do lucro. (Moreira, 1999)

«No sector primário está constituido pelas unidades produtoras que utilizam
intensamente recursos naturais. Envolve as actividades agrícolas, pesqueiras,
pecuárias, extracção vegetal, reflorestamento e mineração». (Rodrigues, 2012, p. 32)

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Com sucessivas transformações sobre as características e uso das técnicas,
que foram propiciadas pelas revoluções industriais, o Sector Primário da economia
passou por profundas transformações, inicialmente, actividades como a agropecuária
e a mineração empregavam uma grande quantidade de trabalhadores, além de
apresentarem uma menor disponibilidade de tecnologias em suas instrumentações. (
Pena, 2023)

«Na realidade, pouca atenção tem sido dada, ao menos nos países europeus,
ao reconhecimento e incentivo das funções não mercantis da agricultura». ( Maluf et
al., 2003, p. 88)

A aplicação da divisão social do trabalho e a intensidade da socialização da


produção agrícola, expressas usualmente na literatura como “modernização
tecnológica e industrialização do campo” são partes componentes do processo de
concentração e centralização do capital na indústria produtora de bens de capital e de
bens de intermediários para a produção agrícola e na agroindústria. ( Moreira, 1999)

Com a consequente intensificação da concorrência oligopolística nestes


subsectores do complexo agroindustrial. Os efeitos da intensificação da estrutura
oligopólica à montante e à jusante da agricultura se fizeram observar nos processos
técnico-econômicos e sociopolíticos deste subsector do complexo. ( Moreira, 1999)

«O processo de mecanização de campo ampliou a produção e reduziu a oferta


de emprego». ( Pena, 2023)

A participação do Sector Primário na economia e na geração de empregos caiu


significativamente embora as produções seguissem aumentando, principalmente em
países desenvolvidos e também nos emergentes. ( Pena, 2023)

A dinâmica da acumulação de capital na agricultura passa a ser cada vez mais


determinada pela dinâmica dos dois subsectores industriais do complexo. ( Moreira,
1999)

Os processos nos quais foram gestadas as formas actuais de organização da


produção agrícola, em nível mais geral, corresponde a uma perda relativa de poder
do capital comercial e da propriedade fundiária para o capital industrial-financeiro, que
passa historicamente a se apropriar de parcelas maiores do excedente de valor
gerado pela agricultura. (Moreira, 1999)
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Os economistas clássicos tentavam perceber a importância que desempenha
o sector agrário no desenvolvimento econômico, de acordo com HAYAMI e RUTTAN
(1989) as ideias actuais referidas ao papel da agricultura no desenvolvimento
económico continuam fortemente influenciadas pela dinâmica magnífica da escola
clássica, principalmente a de Adam Smith, Thomas A. Malthus e David Ricardo.

Os clássicos segundo HAYAMI e RUTTAM (1989) os clássicos concordavam


que a acumulação de capital era fonte fundamental de crescimento, também admitiam
que as possibilidades para o crescimento da produtividade na agricultura, geradas
pela divisão do trabalho e pelas invenções, eram marcadamente diferentes das
possibilidade vigentes nas manunfacturas.

Do ponto de vista do fluxo da produção dá-se prioridade à produção agrícola


exportável e de matérias-primas para o processamento agroindustrial, em detrimento
da produção de alimentos para mercado interno. (Rodrigues, 2012)

Segundo Klatzmann (1967) nos países subdesenvolvidos, como por exemplo o


caso de Angola, não pode-se conceber um crescimento económico rápido sem um
forte aumento da produção agrícola, ou seja o crescimento insuficiente da produção
agrícola dará lugar a sérias dificuldades económicas.

Segundo Furtado «O crescimento é uma condição do desenvolvimento, e a


agricultura desempenha um papel fundamental para o crescimento económico, e
ainda a terra desempenha um papel importante nesse processo». (1973, p. 161)

1.3.2 Sector Secundário

Entre 1850 e 1873, a indústria continental atingiu a maturidade, foi um período


de crescimento sem precedentes, caracterizado por algumas sequências temporais
cruciais, consumo ou produção de carvão mineral, capacidade instalada de geração
da energia a vapor, fabricação de ferro e consumo de algodão cru, todas essas áreas
a taxa conjunta de crescimento elevou-se. ( Landes, 2005)

O Processo de industrialização segundo Couto (2007), exigia novas


importações de bens de capitais e insumos, a fim de produzir internamente conforme
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as necessidades locais, neste sentido, as importações eram modificadas, substituidas
as importações de bens supérfluos pelas essenciais ao desenvolvimento do sector.

«No sector secundário da produção estão contidas as indústrias de extração


mineral, de transformação, de construção e actividades semi-industriais». (Silva e
Martinelli, 2012, p. 32)

De acordo com o PDIA (2021) Considerando que um quadro legal,


regulamentar e institucional adequado contribui para a melhoria da competitividade
das empresas industriais e das economias, bem como para a capacidade de atracção
de investimento privado por parte destas, visando o crescimento económico e o
aumento da produtividade.

As estratégias de desenvolvimento industrial mais adequadas para cada País


dependem do seu estádio de desenvolvimento económico, da dotação de factores, da
evolução da economia global, dos constragimentos institucionais do grau de interção
internacional e do contexto político e social. (PDIA, 2021)

Ao longo da última década a indústria transformadora tem vindo a aumentar, a


sua contribuição para a economia angolana, tendo alcançado 6,5% do PIB em média,
nos três anos que antecederam 2019, atrás da extracção e refinação de petróleo bruto
e gás natural e da construção, respectivamente com 23,9% e 12,2% no mesmo
período. (PDIA, 2021)

O âmbito da indústria transformadora em Angola corresponde às actividades


econômicas da secção C da Clássificação das Actividades Económicas (CAE) que
compreendem a produção de bens de consumo, de bens intermédios e de
investimento. (PDIA, 2021)

De acordo com o Anuário de Estatística das Empresas 2015/2018, em 2018


existiam 130.858 empresas registadas em Angola das quais 8.740 declaram que a
sua principal actividade se inseria nas Indústrias transformadoras. (INE, 2019)

Estas, distribuiam-se por quatro categorias conforme a sua situação na


actividade, cerca de dois terços estavam constituídas no Registo Nacional de Pessoas
Colectivas, mas ainda não tinham iniciado a sua operação. (INE, 2019)

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Dados recentes apontam para um crescimento de 5% das empresas em
operação em 2019, o universo da análise da estrutura do tecido industrial em Angola
são as 2.873 empresas cuja principal actividade em 2018 correspondia às Indústrias
Transformadora. (INE, 2019)

O desenvolvimento empresarial em geral e da indústria transformadora em


especial, conforme medidos pelo crescimento da produtividade, são condicionados
por um conjunto de factores que determinam a competitividade das empresas e dos
países. (Kupfer, 2002)

O sector da indústria transformadora insere-se num quadro de políticas de


caráter bastante abrangente, estabelecendo interrelações com vários sectores a
montante, produtores de materias-primas para a indústria, com outros onde se
estabelecem as condições de operação das empresas e também com sectores a
jusante relacionados com o consumo interno ou a exportação dos produtos industriais.
(Kupfer, 2002)

1.3.3- Sector Terceário

No ínicio, ainda na pré-história, os grupos humanos viviam isolados, cada um


tendo que garantir sua sobrevivência com os recursos disponíveis assim como a
extração, a caça e a pesca. ( Ratto, 2004)

As técnicas para obtenção de alimentos, confecção de vestimentas e produção


de ferramentas, armas e utensílios eram desenvolvidas exclusivamente com base nos
recursos naturais e nas experiências acumuladas pelo próprio grupo. (Ratto, 2004)

A origem do comércio foi estimulada, então, pela constatação da existência de


mercadorias diferentes produzidas por grupos rivais. A troca foi o meio encontrado
para obter de modo pacífico as mercadorias desejadas. (Ratto, 2004)

Com a troca, o homem passou a atender melhor suas necessidades e assim,


evoluir em sua condição de sobrevivência. (Ratto, 2004)

Durante milhares de anos o intercâmbio de mercadorias entre grupos humanos


foi feito à base da troca directa, esse tipo de transação sem a adopção de um meio
de pagamento, é chamado escambo. O escambo atendia às necessidades da época

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voltadas para produzir apenas o suficiente para suprir os desejos mais primários.
(Ratto, 2004)

Segundo Ratto (2004) há muito tempo o comércio vem crescendo de forma


acelerada, Independentemente das crises de idas e vindas da economia, a actividade
se amplia, se sofistica, se segmenta, se especializa.

O principal efeito desse processo foi a crescente valorização do sector,


assuntos relacionados à actividade comercial ganham hoje espaço nos jornais e nas
revistas de negócios, escolas e universidades criam cursos específicos para a área,
cresce o número de consultorias oferecendo serviços cada vez mais especializados.
(Ratto, 2004)

«À medida que as empresas se expandem passam a adoptar avançadas


tecnologias de informação e gestão, e a influenciar cada vez mais o processo de
modernização do sistema de distribuição e da economia como um todo». (Ratto, 2004,
p. 15)

A maior competitividade exige preparo, determinação e flexibilidade não só dos


empresários, mas de todos aqueles envolvidos na actividade, por isso de todos os
aspectos que compõem o comércio hoje em dia, talvez o mais significativo seja a
valorização do profissional. (Ratto, 2004)

«Quanto mais complexo e competitivo for o ambiente, mais importante será o


nível de preparo de quem actua na área». (Ratto, 2004, p.17)

«As melhores oportunidades são daqueles que estiverem cientes de que seu
progresso está vinculado à capacidade de estudar, absorver e aplicar os conceitos
mais actualizados da actividade» (Ratto, 2004, p.17).

Novas máquinas, equipamento, fábricas e mudanças nos processos produtivos


permitem que um número cada vez maior de mercadorias seja produzido em grande
quantidade, em volume várias vezes superior aos anteriores e com um custo muito
mais baixo. (Ratto, 2004)

Para que essa produção volumosa possa se manter, é necessário que os


produtos sejam consumidos porque só pode haver produção em massa se houver
consumo em massa. ( Ratto, 2004)

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Agentes econômicos, industriais, comerciantes, prestadores de serviços e
profissionais do comércio precisam estar atentos e procurar entender o mercado,
conhecer o consumidor e se antecipar às suas necessidades. ( Ratto, 2004)

Não há metódo único para desenvolver esse trabalho, criatividade, intuição,


observação, pesquisa, tudo pode ser utilizado, é um processo de tentativa e erro, o
caminho da inovação é arriscado, mas o prêmio para o sucesso se justifica. ( Ratto,
2004)

1.4 A Importância da Diversificação Econômica na Visão de Rocha

Os estudos sobre a Diversificação Económica de Angola aborda a questão da


dependência económica dos recursos naturais, como é o caso de Angola, em relação
ao petróleo que se tornou um obstáculo para o desenvolvimento de outros sectores
da economia, como a indústria, agricultura, pecuária, pesca, turismo e outros serviços,
condicionando em grande medida a diversificação. (Rocha, 2013)

O crescimento económico para que aconteça tem de ser o resultado de uma


combinação eficiente dos factores de produção entre os quais se pode enfatizar o
investimento. (Rocha, 2013)

Os processos e tentativas de captação de investimento são uma realidade


mundial, justamente dentro do paradigma das economias de propriedade privada dos
meios de produção e do funcionamento livre dos mercados. Os países estão dispostos
a trabalhar para tornar sua economia diversificada, não só para servir o mercado
interno, mas também para ser competitiva a nível internacional. (Santiago, 2011)

Rocha (2013) qualificação do capital humano é a chave para o desenvolvimento


e sustentabilidade de qualquer processo de transformação económica, tal como a
diversificação.

A Coreia do Sul investiu seriamente na formação da sua população em geral e


na sua qualificação da sua força de trabalho em particular, para que não dependesse
de estregeiros já que eles vêm e vão para sustentar o processo de diversificação
económica. (CEIC, 2018)

Angola tem de seguir o mesmo padrão, o governo juntamente com o sector


privado devem determinar as reais necessidades do país em termos de mão-de-obra

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qualificada necessária para desenvolver e sustentar o processo de diversificação
económica. (CEIC, 2018)

Tendo sido determinadas as necessidades de força de trabalho, o passo


seguinte é o da certificação de que o sistema nacional de educação trabalhe
seriamente para atender às necessidades do país, oportunidade de emprego devem
ser garantidas, a fim de permitir que o recém-formado possa ter o seu primeiro
emprego, sem a exigência de expêriencias passadas. (CEIC, 2018)

De acordo com Rocha (2013) tal como a experiência da Malásia, que de igual
modo a Angola também é um país produtor de petróleo ou gás natural, visto que a
sua economia é bem diversificada. A Malásia fez um tremendo esforço para
diversificar a sua estrutura económica e usou bem as suas receitas provenientes da
agricultura e do sector mineral para desenvolver a indústria manufactureira,
intermediária e pesada.

A chamada de alerta para a Malásia iniciar o processo de diversificação da


economia após a indepêndencia ocorreu com as flutuações do preço da borracha
durante os anos 1950 e da queda dos preços da borracha na década de 1960,
combinado com a antecipação do inevitável esgotamento dos depósitos de estanho.
(Rocha, 2013)

No caso de Angola, a crise financeira internacional 2009-2010 que levou à


redução dos preços do petróleo nos mercados internacionais, foi um ponto de viragem
para o Governo angolano começar a pensar em diversificar a economia. (Rocha,
2013)

A Malásia usou bem as consideráveis receitas de exportação e essas receitas


garantiram que não sofresse de escassez da poupança ou de divisas, contribuindo
para o investimento, crescimento e mudança estrutural da economia, estes ganhos
financiaram parte do processo de diversificação explorando novas actividades
económicas e produzindo novos produtos agrícolas e industriais. (Rocha, 2013)

Angola pode aprender da experiência da Malásia olhando mais atentamente


para o padrão de diversificação económica feito por este país e seguir os bons
exemplos que se adaptam ao contexto angolano.

17
Angola pode muito bem seguir o mesmo exemplo, o desenvolvimento da
agricultura em Angola é crucial para promover o progresso de diversificação da
economia, mas para tal o país precisa de incentivar a agricultura comercial que é
orientada para o mercado, e não apenas a familiar. (Rocha, 2013)

Agricultores de pequena escala devem ser apoiados para vender parte dos
seus produtos no mercado interno e outra para exportar e receber qualquer ajuda que
possam necessitar para que alguns se tornem grandes agricultores e ganhem
competitividade no mercado internacional. (Rocha, 2013)

A participação da agricultura no PIB angolano é relativamente pequena de


acordo com as Contas Nacionais do INE, um número que mostra que muito trabalho
pode ser feito neste sector. (INE, 2004)

Angola para diversificar a sua economia, tem que investir no desenvolvimento


de boas infra-estruturas que permitirão que as indústrias funcionem sem sobressaltos
ou problemas, é verdade que um grande esforço vem sendo feito pelo Governo para
reconstruir as infra-estruturas, mas os esforços também devem ser feitos para garantir
a qualidade e durabilidade destas infra-estruturas. (Rocha, 2013)

O desenvolvimento das Zonas Económicas/Industriais Livres deve ser outra


prioridade do Governo para apoiar a expansão de industrias em todo o país, nestas
zonas, infra-estruturas tais como estradas, energia eléctrica, telecomunicações e água
devem ser de boa qualidade, as indústrias que operam nestas zonas devem ser
incentivadas a produzir não só para o mercado interno, mas também para as
exportações, para forçá-los a ganhar competitividade no mercado internacional.
(Rocha, 2013)

A criação de zonas económicas em todo o país é uma boa política para


promover a industrialização e diversificação da economia. (Rocha, 2013)

Em África a agricultura continua a ser um grande sector em muitas economias,


o que representa cerca de 20% do PIB regional e cerca de 65% de emprego. A
mineração é uma importante indústria em muitos países da África Subsariana, tanto
como empregadora, como fonte de receitas de exportação. (Rocha, 2013)

De acordo com a CEIC (2018) o sector da manufactura desempenha um papel


muito limitado nas economias africanas comparativamente a outras economias em
18
desenvolvimento e é dominado pelas pequenas empresas, ao lado de grandes
empresas estrangeiras ou estatais.

Numa amostra de 9 países subsarianos as empresas grandes mostraram ser


extremamente importantes como em muitos outros casos de economias
desenvolvidas, porque têm mais altos níveis de produtividade e condições de
financiamento. (CEIC, 2018)

A escassez de infra-estruturas como energia, transportes, tecnologias de


informação e comunicação (TIC) e recursos hídricos representam uma barreira
enorme para a actividade económica na África Subsariana. (CEIC, 2018)

Assim, os países africanos devem perseverar na industrialização dos seus


países como a melhor oportunidade para um crescimento sustentado e a diminuição
da pobreza, mas o desempenho da manufactura varia entre os países africanos e a
transformação estrutural tem sido lenta ao longo dos anos. (CEIC, 2018)

Capítulo II: Fundamentação Teórica

2.1 A Evolução Teórica do Desenvolvimento

19
2.1.1 A Visão Clássica de Adam Smith

Smith o defensor da teoria do valor trabalho, considerou a agricultura e a


indústria como factores essenciais no processo de crescimento económico, que
ocorreria pela divisão social do trabalho em ambos os sectores proporcionando
benefícios que se materializariam em aumentos da produção, sendo mais evidentes
na indústria. (Diniz, 2010)

De acordo ao pensamento de Smith apud Diniz (2010), a divisão social do


trabalho aumenta a destreza do trabalhador, poupa o tempo na realização de uma
tarefa à outra pelo mesmo operário e permite a mecanização. A especialização
permite o progresso tecnológico, alinhando os dois cenários, deste modo, aumentava
a produção, fomentava um mercado concorrencial com existência de vantagens
absolutas que se traduziriam em vantagens comparativas e consequentemente a
acumulação de capital, indispensável ao crescimento económico.

2.1.2 O Pensamento Keynesiano


A grande contribuição de Keynes para a disciplina que, após a Segunda Guerra
Mundial, receberia o nome de Economia do Desenvolvimento, foi o reconhecimento
do papel do estado na Economia. Ele mostrou que o mercado, deixado ao seu livre
funcionamento, levava a recessões periódicas somente corrigíveis pela intervenção
do Poder público. Este, através de injecções monetárias, ampliadas pelo efeito
multiplicador, poderia recolocar o Produto Interno Bruto no seu nível de pleno
emprego. (Sicsú & Vidotto, 2008)

Do ponto de vista da Economia do Desenvolvimento, Keynes errou, todavia, ao


afirmar que a preocupação com o futuro distante não tem razão de ser porque “no
longo prazo estaremos todos mortos”. Ora, o enfoque básico dessa disciplina é
exactamente de largo horizonte. Na verdade, porém, de outra perspectiva, a visão
Keynesiana abriu caminho para um aspecto fundamental da Nova Economia do
Desenvolvimento. referimo˗nos à importância que esta confere à suficiência da
demanda global para o bom andamento das políticas de desenvolvimento. (Sicsú &
Vidotto, 2008)

Os argumentos de Keynes podem ser considerados uma defesa da taxa de


câmbio real competitiva como instrumento para promover os mencionados objectivos.

20
O objectivo da taxa de câmbio real competitiva é compatível com a moderna
política de inflation targeting e uma politica com objectivo de taxa de câmbio real. Em
segundo, analisa as condições sobre as quais a autoridade monetária pode controlar
simultaneamente a taxa de câmbio e a taxa de juros. Por outra faz referência de uma
breve consideração sobre a pertinência do esquema de inflation targeting nas
economias em desenvolvimento. (Roberto Frenkel). (Sicsú & Vidotto, 2008)

Para Blanchard (2003), defende que o cerne do esquema de inflation targeting


encontra-se no que ele denomina de ̏ coincidência divina ̋ . Isto é, estabilizar a inflação
equivale a estabilizar o produto ao redor de seu nível natural. O autor crê que essa
coincidência é a principal razão do amplo apoio recebido pelo esquema entre os
macros economistas. Os que se preocupam principalmente com a volatilidade da
inflação apreciam a perseguição da meta de inflação.

O que tem principalmente uma preocupação anticíclica vêem o esquema como


um compromisso do Banco Central de estabilizar o produto em torno de seu nível
natural, incentivando a economia nas recessões e desacelerando a expansão nos
auge. (Sicsú & Vidotto, 2008)

2.1.3. A Visão Neoclássica de Lewis e Schumpeter


Lewis (1954) desenvolve um modelo de economia dual dinâmica, composta por
um sector tradicional ou de subsistência e por um sector moderno ou capitalista, a
partir do qual o desenvolvimento é encarado como um processo de expansão do
sector moderno e de contração do sector tradicional até que a economia deixe de ser
dualista.

Lewis começa seu artigo colocando a questão de que:

os clássicos (de Smith a Marx) assumiram e argumentavam com a


hipótese de que existia uma oferta ilimitada de mão-de-obra disponível
com sálarios ao nível de subsistência para explicar o crescimento
económico, a distribuição de renda etc. Segundo o autor, os
neoclássicos deixaram de usar essa hipótese quando a mão-de-obra se
tornou escassa na Europa, mas essa hipótese continuaria válida em
outras partes do mundo onde esse fenômeno ainda não aconteceu.
(1954, p. 139)

21
Lewis (1954) aponta factores antropológicos, sociais e culturais para justificar a
contratação de mão-de-obra nos sectores de subsistência por salários superiores à
produtividade marginal do trabalho, que na prática estabelecem um piso para os
salários dos sectores capitalistas.

De acordo com Lewis (1954) como ponto de partida para a compreensão do seu
modelo, ele invoca a existência de situações económicas caraterizadas pela
abundância de um factor produtivo, que é o trbalho, em tais situações que não são
típicas de todas as regiões do mundo a oferta é praticamente ilimitada, no sentido em
que a população é tão numerosa em relação aos recursos naturais e ao capital que,
em determinados sectores, a produtividade marginal do trabalho se torna nula, ou
negativa, isso é evidente na chamada agricultura de subsistência, mas também no
pequeno comércio, nos serviços domésticos, na venda ambulante e em outros
trabalhos eventuais.

«O processo de expansão econômica acontece com o investimento do


excedente capitalista, que fez o sector capitalista crescer e recrutar mais mão-de-obra
do sector de subsistência até o ponto em que o excedente de trabalho deixa de
existir». (Lewis, 1954, p. 148)

De acordo com Lewis (1979), os termos de comércio entre o sector capitalista e


o sector de subsistência definem tembém o caso em que é verdadeiro dizer que a
agricultura financia a industrialização, que só acontecerá se os camponeses também
forem capazes de produzir mais de forma que tais termos de comércio não se voltem
contra o sector capitalista.

O autor aponta outras fontes de abundância de trabalho, como a inserção da


mulher no mercado de trabalho. (Lewis, 1979)

Lewis (1958) o autor propõe um esquema com quatro classes: capitalistas e


proprietários de terras; produtores de serviços e bens de luxo; produtores de bens de
capital e produtores de bens de salários, para ele o problema do desenvolvimento
econômico é aumentar o número de produtores de bens de capital e produtores de
bens de salários.

22
«A etapa superior do subdesenvolvimento é alcançada quando se diversifica o
núcleo industrial e este fica capacitado a produzir parte dos equipamentos requeridos
pela exoansão de sua capacidade produtiva» (Furtado, 1961, p. 191)

De acordo com Furtado (1961) era a diferença tecnológica existente entre os


sectores produtivos de uma mesma economia que caracterizava o
subdesenvolvimento.

Conforme argumentado pelo Nelson (2008) o crescimento da produtividade que


serve de referência para o processo de desenvolvimento, tem como fontes primordiais
o investimento e a inovação.

Com relação ao investimento a instituição fundamental necessária para o


impulsionar é a busca do lucro via criação de mercados, acumulação de capital, já no
caso da inovação, a intituição fundamental que a impulsiona é a busca de lucro via
criação de novos produtos ou novas máquinas. (Nelson, 2008)

Considerando, o facto de que a estrutura produtiva importa na determinação do


crescimento e introdução na divisão internacional do trabalho, cabe à indústria um
papel central no processo de crescimento. (Hirschman, 1958)

Kaldor (1957) enfatizou que a relevância da indústria foi a observação de


algumas evidências que sugeriam que a elasticidade rendada pelos produtos do
sector industrial era similar à do sector de serviços e superior à do sector agrícola,
aliada ao maior crescimento da produtividade do primeiro em relação aos demais
sectores.

O modelo de mudança estrutural tem o seu foco no mecanismo pelo qual os


países em desenvolvimento, que baseiam-se na economia de agricultura tradicional
de subsistência, transformam a sua estrutura económica para converter-se em
economias modernas, mas urbanizadas, e com uma importância maior da indústria e
os serviços. Calivangue (2007)

O modelo teórico do premio Nobel W. Arthur Lewis é um dos primeiros, e mais


conhecidos, modelos de desenvolvimento que se centra na transformação estrutural
das economias de subsistência. Foi formulado nos meados da década dos 50 e
posteriormente modificado, formalizado e ampliado por John Fei e Gustav Ranis.
Durante os anos da década dos cinquenta e a década dos sessenta, se considerou
23
ao modelo de dois sectores de Lewis como a teoria geral do processo de
desenvolvimento nos países em desenvolvimento com excesso de mão-de-obra.
Calivangue (2007)

No modelo de Lewis, uma economia subdesenvolvida consta de dois sectores:

• Um sector tradicional, superpovoado, rural e de subsistência que se caracteriza


por ter uma produtividade marginal do trabalho nulo. Esta situação permite a
Lewis utilizar o conceito de mão-de-obra «excedente» que pode ser retirado do
sector agrícola sem reduzir a sua produção.
• Um sector moderno, de elevada produtividade, urbano e industrial. A mão-de-
obra se transfere gradualmente do sector tradicional ao moderno. O modelo se
centra principalmente no processo de transferência de mão-de-obra e no
crescimento da produção e o emprego no sector moderno.

Crescimento Económico e Processos Inovadores (Schumpeter)

Para Leite (2012) apud Catessano (2015), a contribuição dos empreendedores


para o desenvolvimento económico envolve a capacidade de promover a “designada
destruição criativa” de Schumpeter, isto é, características do formidável impulso
inovador do capitalismo que criam constantemente novos produtos, novos modos de
produção, novos mercados, sobrepondo-se aos antigos métodos, menos eficientes e
mais trabalhosos.

Para Schumpeter, os empreendedores com elevada inclinação para a inovação


são os responsáveis pelo aperfeiçoamento de produtos e serviços desenvolvidos
pelos inventores. O autor afirma que o difícil não é ter boas ideias, mas sim transformar
estas em realidades rentáveis. Empreender implica inovar e o empreendedor é
alguém especial, um inovador, que traz algo novo para o processo, que efectua
mudanças constantes nos serviços ou produtos da empresa, de modo a implementar
novas possibilidades de crescimento económico, assumindo os riscos inerentes às
actividades desenvolvidas. (Catessano, 2015)

2.1.4 A Nova Concepção de Desenvolvimento Amartya Sen

24
Na década dos anos 1990, surgem uma nova concepção do desenvolvimento pelo
cientista e economista paquistanês Amartya Sen e outros economistas como Mahbub
ul Haq, Gustav Ranis que consequentemente venceram o prémio Nobel de Economia

Segundo Samuelson e Nordhaus (2005), os mesmos na sua nova concepção,


recolucionaram a ideia de desenvolvimento e defenderam que num país para o
alcance do desenvolvimento, devem ser considerados outros factores como a saúde
e a esperança de vida, nível de escolaridade, alfabetização de adultos, rendimento
per cápita e a independência das mulheres fora o alcance da riqueza e prosperidade
do mesmo por meio da rendibilidade da sua produção, com o intuito de impactar
positivamente o bem-estar económico e social do cidadão.

2.2 Teoria da Modernização

Segundo Inglehart e Welzel (2009) a modernização é uma síndrome de mudanças


sociais ligadas à industrialização, ele temde a penentrar em todos os aspectos da vida,
urbanização, aumento dos níveis educacionais, aumento da expectativa de vida e
rápido crescimento econômico.

Inglehart e Welzel (2009) reconhecem que toda a teoria da modernização precisa


ser revista em vários aspectos, mas sugerem que sua premissa central está correcta:
o desenvolvimento econômico tende a trazer importantes mudanças políticas e
culturais na sociedade.

De acordo com Giddens (1984, p. 111):

A teoria da modernização está associada directamente à teoria da sociedade


industrial. O conceito de modernização, nesse sentido, é abrangente, já que
está relacionado a um conjunto de transformações que se processam nos
meios de produção, mas também na estrutura econômica, política e cultural de
um território.

A modernização não se refere, única e exclusivamente, às transformações que se


processam nos meios de produção e nas bases técnicas, pois envove um conjunto de
valores que, advindos de uma determinada classe social, se apresenta com forte
carácter ideológico. (Giddens, 1984)

25
Viana (2009) afirma que a modernização é o processo de avanço da sociedade
moderna sobre outras sociedades ou sua própria actualização. Assim, modernização
é um projecto da modernidade feito a partir de uma ideologia desenvolvimentista, do
progresso e da racionalidade.

Black (1971) afirma que o conceito de modernização refere-se a uma dinâmica


adoptada pelo processo de inovação mediante a proliferação explosiva de
conhecimentos nos últimos séculos. Este processo, segundo o autor, é extremamente
criativo, mas em contrapartida, também é extremamente destrutivo, promovendo
sofrimento e degradação humana, em seu processo de inovação e renovação.

Giddens (1991) considera a modernidade não apenas pelo seu impacto global,
mas também pelo seu carácter dinâmico capaz de impor mudanças radicais sobre os
valores tradicionais.

A modernização não se processa sem, de facto, acontecer em algum lugar, o


que significa que ela enquanto processo de expansão das relações sociais de
produção capitalistas, precisa promover uma conexão entre os lugares. (Marx e
Engels, 1998)

Se o espaço é produzido a partir das relações sociais de produção, como bem


atestou Lefebvre (2000), ele não é diminuído ou suplantado, mas sim transformado
na medida em que se renovam os instrumentos e as relações de produção.

De acordo com Santos (1979) as mudanças do desenvolvimento moderno dos


países com baixo desenvolvimento econômico estão directamente ligadas às
necessidades dos países industriais, esta concepção é válida em outras escalas,
como no interior dos próprios países, onde algumas regiões, em períodos distintos, se
modernizam conforme as necessidades de outras regiões.

Gerschenkron (1962) argumentava que o processo de industrialização em


países atrasados exibe consideráveis diferenças em relação às sociedades
avançadas não apenas quanto à velocidade do processo, mas também quanto as
estruturas de produção e organização da indústria que emergem desse processo.

2.2.1- O Desenvolvimento como Impulso à Modernização

26
O desenrolar da modernidade, aliada à ciência e à técnica, fornece garantidas
ao processo garantindo o mercado e o Estado como elementos aliados e
organizadores da sociedade que devem actuar no sentido de realizar a vocação
inovadora do homem moderno que ao romper com as amarras da tradição, deve a
tudo e a todos transformar, incansavelmente, para saciar seus desejos e enriquecer a
nação. (Domingues, 1998)

O pensamento sobre os problemas e vícios do subdesenvolvimento centra-se


no conceito de desenvolvimento enquanto processo de modernização, uma mudança
estrutural em que os países menos desenvolvidos se tornam progressivamente
semelhantes aos países desenvolvidos. (Martinussen, 1997)

A acumulação de capital e a industrialização haviam sido os motores do


crescimento sustentado dos países desenvolvidos, pelo que haveria também de ser
este o caminho a seguir pelos países em sesenvolvimento, com essa base comum,
os teóricos da modernização propõem visões alternativas sobre as causas do
subdesenvolvimento e as formas para a sua superação. (Martinussen, 1997)

Myrdal (1957) salienta a existência de forças que induzem um processo de


causalidade circular e cumulativa que acentua o desequilíbrio, fazendo com que as
regiões inicialmente menos desenvolvidas fiquem ainda mais afastadas face às mais
avançadas.

De acordo com Perroux (1955) sustenta a concentração do crescimento em


certos sectores situados em enclaves geográficos através da noção de polos de
crescimento suscetíveis de induzir o desenvolvimento.

Esses polos são largamente responsáveis por induzirem o crescimento nas


restantes indústrias e mesmo na economia como um todo, através de vários tipos de
efeitos de encadeamento e economias externas. (Perroux, 1955)

Rostow (1956) considera que a descolagem (take-off) é a etapa crucial de


evolução histórica das sociedades, no sentido em que abre caminho a estádios mais
avançados de desenvolvimento caracterizados pela completa modernização da
economia e da sociedade.

As etapas que antecedem o take-off proposto pelo autor, a sociedade


tradicional e a sociedade de transição são concebidas como etapas inferiores de
27
desenvolvimento, enquanto as duas etapas seguintes, o caminho para a maturidade
e a era do consumo de massas, consagram a passagem para os estádios mais
avançados de desenvolvimento, onde as economias desenvolvidas estariam
localizadas (Fortunato, 2000)

No essencial, a teoria da etapas de crescimento de Rostow (1960) traduz que


os países em desenvolvimento seguiriam o mesmo padrão de desenvolvimento dos
países desenvolvidos.

Nas suas contribuições centrais para a escola da modernização, Rostow e


Lewis apresentaram uma visão comum sobre determinados pontos-chave, dos quais
se destacam os seguintes (Hunt, 1989):

• A medida central do crescimento económico é o aumento do rendimento


per capita;
• O desenvolvimento económico é concebido como um processo de
modernização;
• A condição de partida para este processo de transformação é a
existência de uma oferta de trabalho abundante no sector tradicional;
• A taxa de poupança é o determinante central da taxa de investimento e
este, por sua vez, da taxa de crescimento económico;

2.3 Teoria da Dependência

A Teoria da Dependência surgiu no quadro histórico latino-americano do início


dos anos 1960, como uma tentativa de explicar o desenvolvimento sócio- econômico
na região, em especial a partir de sua fase de industrialização iniciada entre as
décadas de 1930 e 1940. (Martini, 1992)

Couto (2007), explicando Prebich, afirma que a industrialização é o caminho


principal para os países periféricos saírem da situação de subdesenvolvimento, e os
países latino-americanos só alcançariam o desenvolvimento económico com
processo de industrialização por meio da substituição de importações para o mercado
nacional, sem claramente perder de vista a política de exportações das matérias-
primárias.

Em termos de corrente teórica, a Teoria da Dependência se propunha a tentar


entender a reprodução do sistema capitalista de produção na periferia, enquanto um
28
sistema que criava e ampliava diferenciações em termos políticos, econômicos e
sociais entre países e regiões, de forma que a economia de alguns países era
condicionada pelo desenvolvimento e expansão de outras. Com objectivo de analisar
e entender essa mesma dinâmica, havia surgido, alguns anos antes, a Teoria do
Desenvolvimento. (Martini, 1992)

Esta, estruturada a partir da superação do domínio colonial, do surgimento de


novas nações e do advento de burguesias locais desejosas de expandir sua
participação na economia mundial buscava explicações acerca das desigualdades
promovidas pelas relações econômicas internacionais, principalmente assentada na
idéia de que o desenvolvimento corresponde ao desdobramento do aparelho produtivo
em função da classificação desse em termos dos sectores primário, secundário e
terciário. (CEPAL, 1940)

De acordo com Santos (2000, p.26):

é da necessidade de se busca novos rumos teóricos que nasce a Teoria


da Dependência enquanto um corpo teórico que, ao estabelecer uma
contudente crítica aos pressupostos do desenvolvimento e dentro do
entendimento do processo de integração da economia mundial, busca
compreender as limitações de um desenvolvimento iniciado em um
período em que a economia mundial já estava constituída sob a
hegemonia de enormes grupos econômicos e poderosas forças
imperialistas.

Os países avançados se encontrariam nos extremos superiores desse


continuum, que se caracteriza pelo pleno desenvolvimento do aparelho produtivo, de
forma que o processo de desenvolvimento econômico que neles ocorreu seria um
fenômeno de ordem geral, pelo qual todos países que se esforçassem para reunir as
condições adequadas para tal deviam passar. (Santos, 2000)

O enquadramento da análise de dependência e suas implicações para o


desenvolvimento/subdesenvolvimento provém de teóricos de inspiração estruturalista
e neomarxista, ainda que ambas as perspectivas de análise apresentam semelhanças
quanto a posição das economias subdesenvolvidas no sistema económico

29
internacional, elas diferem em aspectos importantes como a natureza do progresso
de desenvolvimento. Moreira e Crespo, 2012)

A expressão desenvolvimento do subdesenvolvimento define a tese central de


Frank (1967), expressando que o subdesenvolvimento não é uma condição natural
mas antes um artefacto criado pela experiência de dominação colonial dos países do
Terceiro Mundo.

Frank (1967) argumenta que este mecanismo de transferência de excedente


económico da periferia para o centro produziu subdesenvolvimento nos primeiros e
desenvolvimento nos países segundos.

As relações de interdependência assumem um carácter de desigualdade, na


medida em que o desenvolvimento dos países dominantes surge em detrimento dos
países dependes. (Dos Santos, 1970)

Dos Santos identifica três formas históricas de dependência:

Dependência colonial, dependência financeira-industrial e dependência


tecnológica-industrial (ou nova dependência). O autor dedica especial
atenção a esta última, que emerge no segundo período pós-guerra e
está associada ao ínicio do processo do desenvolvimento industria de
vários países subdesenvolvidos, para o autor estas várias relações de
dependência, especialmente a nova dependência, no âmbito desta, o
desenvolvimento industrial depende do sector explorador é influenciado
pelas flutuações na balança de pagamentos (...)

A análise da transição para o capitalismo periférico de Amin (1976) tem por


base dois tipos de economias classificadas sobretudo em termos de sua estrutura
produtiva uma economia autocêntrica de centro e uma economia dependente de
períferia.

Amin (1976) fundamenta que a estrutura de produção que caracteriza os países


perífericos, designadamente, o predomínio de um sector explorador sobre
desenvolvido e a quase inexistência de uma indústria de bens de capital e de um
sector de bens manufaturados para o consumo de massas, é o resultado da
dominação dos países do centro.

30
Cardoso e Faletto (1979), sustentam que o tipo de desenvolvimento expectável
nos países do Terceiro Mundo, mesmo nos mais bem-sucedidos, não corresponde ao
padrão de desenvolvimento dos países capitalistas mas ao chamado
desemvolvimento na dependência.

Como afirma Cardoso (1973) em resultado do crescimento das empresas


multinacionais, da imersão de capital industrial nas economias perífericas de uma
nova divisão internacional do trabalho, em certa extensão, os interesses das
empresas externas tornam-se compatíveis com a prosperidade interna dos países
dependentes e, ajudam a promover o desenvolvimento.

Os teóricos da nova dependência conceptualizam que a dependência é um


processo historicamente específico, interno e sociopolítico que pode conduzir ao
desenvolvimento dinâmico. (Moreira e Crespo, 2012)

«As economias periféricas enquanto exportadoras de produtos primários (...)


não dispõem, assim, de comando sobre seu próprio crescimento que, ao contrário,
depende, em última instância, do vigor da demanda cêntrica» (MELLO, 1988, p.15).

2.4- A Visão de Angola na Perspectiva da Diversificação Segundo CEIC e


PND

Um ponto essencial para o sucesso dum processo de diversificação da


economia é o mercado, não havendo mercado com dimensão adequada é impossível
chegar a uma situação em que os sectores de enclave tenham uma representação
relativa no Produto Interno Bruto (PIB). (Rocha, 2013)

A diversificação da economia nacional deverá em princípio transformar Angola


em um país produtor e exportador de bens industriais, deixando assim de ser
exportador por excedência de matéria-prima, para se atingir este objectivo é
necessária a industrialização do país e os pólos industriais podem assumir um papel
crucial para este fim. (UCAN, 2018)

No ano de 2017 o governo apostou na criação de pólos industriais nas 18


provincias, pretendendo desta forma criar, ao todo, 22 pólos industriais em todo o
território nacional, de momento estão em funcionamento apenas 2, o Pólo de Viana
(Luanda) e o Pólo da Catumbela (Benguela). (UCAN, 2018)

31
Os pólos industriais têm a vantagem de proporcionarem as infra-estruturas
básicas que o processo da industrialização exige, tais como um sistema regular de
abastecimento de águas e eletricidade, telecomunicações, redes de esgotos, de
transportes e a facilidade em obter serviços prestados por instituições públicas e
privadas que normalmente funcionam dentro ou nos arredores dos pólos. (UCAN,
2018)

A política industrial de criação de pólos industriais pode contribuir para a


industrialização do país e para a diversificação da economia se for elaborada e
conduzida da melhor forma possível. (UCAN, 2018)

Depois de anos sucessivos a crescer de modo insignificante (1,41% em 2017


e 0,8% em 2019) ou a decrescer (2% em 2018), o sector agrícola conheceu uma taxa
de crescimento de 4,4% em 2020. (UCAN, 2018)

O executivo acordou empréstimos com o Banco Mundial, com o FIDA e com a


BAD para apoio à agricultura familiar na pespectiva da sua ligação ao mercado, em
mudanças de seis províncias, que deveriam ser encaradas como laboratórios para a
concepção e adopção de modelos de extensão agrícola ou rural e de escolas de
formação de técnicos que permitissem o alargamento do modelo às outras regiões do
país. (UCAN, 2018)

Segundo a UCAN (2018) não é possível transformar a indústria transformadora


e industrializar o país em três anos, um plano de transformação estrutural da
manufactura tem de ter um horizonte temporal de pelo menos vinte anos: tecnologia,
inovação, investigação e desenvolvimento, novas fontes de matérias-primas, capital
humano, novas profissões, competitividade das importações e das exportações, bom
ambiente de negócios e assim sucessivamente.

O desenvolvimento económico sustentável caracteriza-se, entre outros


aspectos, pelas seguintes tendências: elevadas taxas de crescimento do rendimento
por habitante, índices altos de variação da produtividade total dos factores de
produção, coeficientes significativos de transformação estrutural da economia,
importantes transformações sociais e ideológicas e abertura da economia segundo a
CEIC (2018)

32
Quanto à estrutura económica tem permanecido, no essencial, inalterada, no
mesmo período de tempo. O quadro seguinte esclarece a tendência das alterações
estruturais em Angola.

Quadro nº 1: Tendência de alterações Estruturais.

Tendência das Alterações Económicas Estruturais Em Angola


(os valores estão expressos em percentagens do PIB)

Sectores de actividade 2002 2008 2018 2020


Agricult., pec., florestas 4,1 3,4 4,1 9,2

Indústria transformadora 3,7 3,5 4,0 4,8


Construção 5,1 6,7 10,2 12,0
Serviços 38,2 35,0 35,1 38,1
Petróleo 44,5 49,7 34,5 32,0
PIB/habitante (USD) 544,4 4099 3621 2014
Fonte: INE, Contas Nacionais 2002-2020.

Ou seja, a forma como o sector de enclave se relaciona com o resto da


economia tem impedindo o surgimento dum movimento sustentado de alterção da
estrutura produtiva interna.

Segundo Rocha (2016) o caminho para a diversificação exige tarefas


essenciais como a estabilização económica, a criação de condições para um ambiente
emprensarial favorável um sistema financeiro ágil e a melhoria das infra-estruturas e
dos recursos humanos como já haviamos citado, mas sobretudo relativas à actuação
do Estado.

Angola tem necessidade crítica de capacidades e habilidades para o


desenvolvimento industrial e agrícola, o desafio é expandir a base econômica
estimulando sectores não-petrolíferos e ao mesmo tempo assegurando que sua força
de trabalho seja uma parte fundamental desse esforço. (CEIC, 2021)

Os pontos essenciais para a reflexão sobre a diversificação da economia são


não-renováveis e que este processo tem de ocorrer, na sua parte essencial e
substantiva e dentro das premissas diversificação/democracia. a elevada intensidade
de capital e tecnologia das indústrias petrolíferas, de gás e a natureza da estrutura
económica do país sugerem que a diversificação é um processo complexo sobretudo
quando se envolvem aspectos sociais de melhoria das condições de vida de grande
parte da população. (CEIC, 2021)
33
O governo deve prover: investigação na agricultura, e na indústria
transformadora, redes de seguraça social, sistemas de abastecimento de água e
electricidade para a agricultura e indústria, sistemas de transporte rodoviários
eficientes ambiente de negócios mais transparente e menos burocratizado, rede de
escolas e universidades de elevado grau de eficiência e rede de serviços de saúde
que contribuam para o incremento da produtividade da força de trabalho e para o bem-
estar da população. (CEIC, 2021)

«A diversificação da Economia é considerada a melhor estratégia para resolver


os problemas criados pela dependência dos recursos naturais» (Rocha, 2013, p.249).

A indústria transformadora, dada a posição que ocupa nos tecidos económicos,


desencadeia efeitos a montante e efeitos a justante de arrastamento de outras
actividades produtivas e de serviços. A seleção pode socorrer-se de vários critérios,
dos quais os efeitos a montante e a justante são dos mais usados. (CEIC, 2021)

Estudos internacionais apontam para a seguinte classificação:

Quadro nº 2: Classificação de efeitos a montante e a justante.

ACTIVIDADE DE ELEVADA CONTRIBUIÇÃO PARA A DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA

34
Ramos de actividade Índice de ligação a Índice de ligação
jusante a montante
Indústrias de couro 0,645 2,39
Metais de base 0,98 2,36
Vestuário 0,025 2,32
Indústria têxtil 0,59 2,24
Produtos alimentares e bebidas 0,272 2,22
Papel 0,788 2,17
Produtos químicos e de refinação do petróleo 0,599 2,13
Produtos metálicos e maquinaria 0,43 2,12
Madeira e mobiliário 0,582 2,07
Construção 0,093 2,04
Tipologia e impressão 0,508 1,98
Outros produtos manufacturados 0,362 1,94
Indústria da borracha 0,453 1,93
Minerais não metálicos 0,87 1,83
Fonte: Économie du Développement, Dwight Perkins, Steven Radelet et David Lindauer, 2006.

Verifica-se que são os efeitos a montante os que melhor indicam os caminhos


da diversificação da estrutura económica, do conjunto de ramos de actividade
assinalados no quadro, destacam-se as indústrias ligeiras (têxteis, vestuário, calçado
e produtos alimentares) como as melhores habilidades para contribuírem para um
processo sustentado de industrialização e diversificação económica. (Ucan, 2018)

Com o intuito de reanimar o sector privado e impulsionar a diversificacão


económica, além do PDN 2018-2022 e, no âmbito do PRODESI, o Executivo
desenhou um conjunto de programas e medidas para melhorar o ambiente de
negócios, em que se destacam. (CEIC, 2021)

Durante o ano de 2021, a implementação do PDN 2018-2022 consubstanciar-


se-á na materialização de vários políticas e dos seus respectivos programas de acção,
conforme previsto no Plano Anual de Desenvolvimento Nacional de 2021, pretende-
se, igualmente em 2021, cumprir com rigor a implementação do orçamento na óptica
programática. (CEIC, 2021)

Na última década, a actividade petrolífera tem exercido uma influência


determinante no processo de crescimento da economia angolana, quer pelo impacto

35
da sua volatilidade, quer por ser ainda a fonte essencial das receitas tribuárias, da
exportações e das divisas que entram no país. (PDN, 2018)

No período do PDN 2013/2017, a taxa de crescimento do sector não petrolífero


foi de 1,2%, três vezes a taxa média de crescimento do produto petrolífero (0,4%), o
mesmo é dizer que o crescimento da economia Angolana foi sustentaddo, embora a
nível relativamente modesto para o contexto da África Subsariana, pelos sectores
motores da diversificação. (PDN, 2018)

O processo de transformação estrutural ainda não gerou os nessários impactes


na economia nacional, em particular na diversificação das receitas fiscais e das
explorações, a trajectória do processo de transformação da estrutura produtiva
permite concluir que a criação de condições para a aceleração do processo de
diversificação é uma realidade em curso, cujo aprofundamento carecerá ainda de um
período de maturação significativo. (PDN, 2018)

O Executico faz uma aposta muito forte na diversificação da economia e na


melhoria do ambiente de negócios, no ínicio de 2018, elaborou “O programa de Apoio
à Produção Naciona, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações”
(PRODESI) o qual construirá um dos principais suportes à implementação do PND
2018-2022, entre os vários tipos de iniciativas transversais e suas medidas, destacam-
se as que visam melhorar o ambiente de negócios e apoiar o investimento privado.
(PDN, 2018)

A diversificação da estrutura económica e produtiva dos países tem como


propósito contrair os efeitos da doença holandesa identificados em muitos estudos e
países. Estudos têm vindo a enfatizar a influência dos mecanismos políticos perversos
sobre as causas e as incidências da maldição dos recursos naturais, para se avaliar
a importância da diversificação económica no enfrentamento desta maldição dos
recursos naturais. (CEIC, 2021)

A relação entre diversificação e instituições é muito importante devendo certos


códigos de conduta política, como a transferência e a boa governação, fazer parte
intrínseca da cultura administrativa e dos processos de afectação de recursos. (CEIC,
2017)

36
Segundo Rocha (2013) o padrão de diversificação duma economia pode ser analisado
em diferentes níveis da cadeia de valor:

• Substituição de importações (pela via de eficiência e não por


mecanismos administrativos de protecção que só geram
burocracia e corrupção);
• Produção de produtos intermédios;
• Valorização dos Recursos Humanos nacionais (redução da
dependência de expatriados);
• Inovação Tecnólogica (no mínimo uma cópia criativa à boa
maneira japonesa e chinesa);
• Aproveitamento das matérias-primas nacionais e destino das
exportações;

Também pode medir-se a diversificação em termos de fontes de receitas


públicas e o modo como o rendimento é distribuido.

Em todos os níveis em que a diversificação é abordada, o sucesso do seu


progresso tem de implicar a redução do seu contrário, um menor nível de
concentração. A conciliação entre a diversificação e a redução do desemprego pode,
à partida, ser difícil ou apresentar zonas de trade-off. (CEIC, 2021)

De um lado estima-se a inovação, o progresso tecnológico, qualificação do


novo capital humano e melhora-se na escala de valor, e do outro, apoia-se a
competitividade através dos custos (baseados em baixos salários) nos segmentos que
podem absorver os recursos humanos menos qualificados, protegendo-se assim o
emprego. (UCAN, 2018)

Há ainda a conciliação entre diversificação da economia e a sua integração


económica regional, no contexto da qual é preciso assegurar o cumprimento de metas
de convergência macroeconómica que limitam o uso de instrumentos nominais de
competitividade aparente da economia. (CEIC, 2021)

Reconhece-se ao sector petrolífero enormes capacidades e potencialidades de


ser um parceiro importante da diversificação econónica, não apenas pela dinâmica
que as indústrias químicas emprestam aos sistemas económicos, mas principalmente
por ser o grande financiador do processo. O esforço financeiro envolvido na
37
diversificação está estimado em 604 mil milhões de dólares, para que se venha a ter,
em 2030, uma estrutura económica menos dependente do petróleo, centrada numa
economia industrial em transição para uma economia de serviços. (UCAN, 2018)

O Centro continua a recusar avaliar-se a diversificação apenas na base do rácio


PIB petrolífero/PIB total, porque é mais uma operação aritmétrica do que, de facto,
uma alteração estrutural. Sem a injecção de dinheiro proveniente do exterior por
contrapartida das vendas de petróleo fica difícil cobrir as necessidades de
investimento na agricultura, manufactura e energia, pois o sistemático recurso à
criação de dívida pública externa não é uma solução sustentável. (UCAN, 2018)

O surgimento de novas fontes de financiamento extrerno da economia é


demorado, exigindo políticas macro e microeconómicas adequadas. (CEIC, 2021)

Capítulo III- Enquadrameto Metodológico

3.1 Metodológia

38
A elaboração de um estudo, de uma pesquisa ou de um trabalho académico
requer necessariamente a utlização de metodologia e o emprego de métodos para
atingir os objectivos preconizados.

«Metodologia é o conjunto de actividades sistemáticas, repetidas e racionais,


que permitem alcançar o objectivo ou os conhecimentos válidos e verdadeiros,
traçando o caminho a ser seguido». (Cipriano, 2020, p. 73)

«Método é um conjunto de regras para observar fenómenos e inferir conclusões


apartir de tais observações». (Martins & Theophilo, 2007, p.37)

3.1.1 Tipo de Pesquisa

A Pesquisa segundo Minayo (1993) é considerado como a actividade básica


das ciências na sua indagação e descoberta da realidade, ou seja é uma atitude e
uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente
inacabado e permante.

O trabalho se enquadra no tipo de pesquisa descritiva, que conforme Sampieri,


Colado e Lúcio (2006, p. 102) «os estudos descritivos buscam especificar
propriedades e características importantes de qualquer fenómeno que se analisa.
Ecom muita frequência, o objectivo do pesquisador consiste em descrever situações,
acontecimentos e feitos, isto é, dizercomo é, como se manifesta determinados
fenómenos.»

Para o presente trabalho académico, o tipo de pesquisa da abordagem


utilizada é ao mesmo tempo qantitativa e qualitativa, ou seja abordagem mista por
reunir características de ambas abordagens. Foi aplicado esse tipo de pesquisa
porque segundo Bartunek e Seo (2002), a abordagem qualitativa é útil e necessário
para identificar e explorar os significados dos fenômenos estudados e as interações
que estabelecem, assim possibilitando estimular o desenvolvimento de novas
compreensões sobre a variedade e a profundidade dos fenómenos sociais.

De acordo com Aliaga e Gunderson (2002), pode-se entender a pesquisa


quantitativa como a explicação de fenômenos por meio da coleta de dados numéricos
que serão analisados através de matemáticos, em particular estatísticos.

39
Para Moreira (2002), a diferença entre a pesquisa quantitativa e a qualitativa
vai além da simples escolha de estratégias de pesquisa e procedimentos de coleta de
dados, representando, na verdade, posições epistemológicas antagônicas.

3.1.2 Metódos de Pesquisas

De acordo com Marconi e Lakatos (2007), o método é o conjunto de actividades


sistemáticas e racionais, que permite com a maior segurança alcançar o objectivo
traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do
cientista, desta forma entende-se que o método é a ordem que se deve impor aos
diferentes processos necessários para atingir determinado fim ou resultado desejado.

De acordo com a pesquisa o metódo de abordagem identificada consoante a


escolha do tema em questão depois de uma análise profunda e cautelosa na busca
de conteúdos para a abordagem com maior esclarecimento chegou-se a conclusão
que o método ideal a ser usado é o Hipotètico-dedutivo.

O método hipotético-dedutivo segundo Popper (1975), toda pesquisa tem


origem num problema para o qual se procura uma solução, através de tentativas
conjucturas, hipóteses, teorias e eliminação de erros.

3.1.3 Principais Fontes de Consultas

Tendo em conta os tipos de pesquisa, tipo de abordagem e os métodos de


pesquisa utilizados, a recolha de dados foi feita com uso de duas técnicas,
nomeadamente: a Bibliográfica e a Documental. A técnica bibliográfica, recorreu às
obras já teóricas escritas, publicadas e tratadas cientificamente sobre a diversificação
da economia do país e entre outos e vários outros temas aqui abordados.

Segundo Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa documental é a coleta de dados


em fontes primárias, como documentos escritos ou não, pertencentes a arquivos
públicos, arquivos particulares de instituições e domicílios, e fontes estatísticas.

A pesquisa bibliográfica segundo Vergara (2000), é desenvolvida a partir de


material já elaborado, constituido, principalmente, de livros e artigos científicos e é
importante para o levantamento de informações básicas sobre os aspectos directa e
indirectamente ligados à nossa temática.

40
Em outras palavras, a técnica de pesquisa bibliográfica foi utilizada na coleta
de dados secundários que foram úteis na elaboração do primeiro e segundo capítulos,
sobre a revisão da literatura e fundamentação teórica respectivamente, ou seja, as
fontes bibliográficas serviram para obter conceitos e definições, diferentes aspectos
teóricos assim como revisão de trabalhos relacionados ao presente.

Consoante as obras teórica abordadas no presente trabalho temos o caso de


autores como Lewis e Schumpeter que abordam sobre “A Visão Neoclássica de Lewis
e Schumpeter”; Adam Smith na sua obra “A Visão Clássica”; “O pensamento
Keynesiano”; e Amartya Sen “A Nova Concepção de Desenvolvimento”.

Capítulo IV: Enquadramento Empírico

41
4.1 Estratégias do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), Durante o
Período de 2017-2022

O Plano de Desenvolvimento Nacional visa a promoção do desenvolvimento


socioeconómico e territorial do País, com um carácter prospectivo e plurianual,
abrange os níveis nacional, sectorial e provincial de planeamento, e implementa as
opções estratégicas de desenvolvimento a longo prazo do País.

Este plano procura identificar, para cada umas aspirações, objectivos, áreas
prioritárias de interveção e metas específicas, bem como definir estratégias
indicativas e medidas de política a implementar a nível nacional, regional e continental.
Também define estratégias para a mobilização de recursos financeiros e de
capacidades para a sua execução.

4.1.1 Política de Promoção de Diversificação Económica (PDN)

Apesar dos esforços que têm sido desenvolvidos, a estrutura económica de


Angola mantém-se pouco diversificada. Com efeito, o sector petrolífero representa
ainda cerca de 45% na estrutura do PIB, 60% da receitas fiscais e ultrapassa os 90%
das explorações, revelando a natureza vulnerável da economia em relação aos
choques externos.

A situação antes descrita pela sua reversão, cujo o desejo se persegue no


quadro do actual plano, através da promoção da diversificação da estrutura
económica, permitindo deste modo, o alargamento da base de crescimento e
consequente aumento de emprego gerado em sectores de incentivos de força de
trabalho.

A satisfação da procura de emprego deverá resultar da implementação das


medidas de política do domínio da capacitação e valorização dos recursos humanos,
com isso se espera alcançar o aumento do rendimento para distribuir melhor. (PDN,
2018)

O incentivo público continuará a desempenhar um papel relevante no esforço


do crescimento económico, funcionando como alavanca, enquanto o sector privado
será o motor, durante a execução do PDN será estimulado o desnvolvimento do sector
privado e empresarial angolanos.

42
A divesificação da estrutura económica que se espera alcançar no período de
execução do Plano expressar-se-á na diminuição progressiva do peso do sector
petrolífero, passando dos actuais cerca de 45% para 27% em 2017, no aumento das
receitas fiscais não petrolíferas e crescimento da exportações não petrolíferas, em
média, na ordem dos 35%.

Os indicadores de curto prazo já disponíveis para 2017, o indicador de clima


económico divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o primeiro
semestre, sinalizam um desempenho da economia ainda negativo, que se estima na
ordem dos -2,1%. (PDN, 2018)

O comportamento registrado pelo Produto Interno Bruto (PIB) foi transversal à


generalidade das suas componentes, sendo de destacar, como já foi referedo, a forte
redução das despesas de consumo da administração pública e das importações e
exportações.

No início de 2016, através do Decreto Presidencial n.º 40/16, de 24 de


Fevereiro, foram aprovadas as “Linhas Mestras da Estratégia para a Saída da Crise
Derivada da Queda do Preço do Petróleo no Mercado Internacional”.

Mas em Outubro de 2017, já após a sua entrada em funções, o Executivo iniciou


a implementação do Plano Intercalar, para o período de Outubro de 2017 a Março de
2018, contendo medidas e acções de Política Económica essenciais, coerentes,
necessárias e suficientes, para que se alterem, positivamente, as expectativas dos
agente económicos, se gere a credibilidade e a confiança no novo executivo e, se
alcance a estabilidade macroeconómica, se instaure um clima propício ao crescimento
económico e à geração de emprego e para que se mitiguem os problemas sociais
mais prementes que o país vive. (PDN, 2018)

Um dos objectivos centrais assumidos nas diversas medidas foi a diversificação


económica, visando-se o início de um “Novo Ciclo de Estabilidade não Dependente
do Petróleo”, tratando da “Substituição do Petróleo como Fonte Principal de Receita”,
através da “Expansão Controlada do Défice e do Endividamentopara o Relançamento
da Economia” e da “Eficiência e Eeficácia dos Investimentos Privados”.

4.1.2 Transformação e Diversificação da Economia (PND)

43
Na última década, a actividade petrolífera tem exercido uma influência
determinante no processo de crescimento da economia angolana, quer pelo impacte
da sua volatilidade, quer por ser ainda a fonte essencial das receitas trinutárias, das
exportações e das divisas que entram no País.

O processo de transformação estrutural ainda não gerou os necessários


impactes na economia nacional, em particular na diversificação da receitas fiscais e
das exportações. A trajectória do processo de transformação da estrutura produtiva
permite concluir que a criação de condições para aceleração dp processo de
diversificação é uma realidade em curso, cujo aprofundamento carecerá ainda de um
período de maturação significativo. (PDN, 2018)

A produtividade total da economia angolana terá crescido uma taxa média de


3,3%, os sectores que revelaram ritmos mais elevados de crescimento desta
produtividade, face à taxa média nacional, foram os sectores que maior contributo
podem dar para a diversificação da economia, o que é bom sinal: agricultura, pecuária
e floresta (9,8%), diamantes (23,1%), indústria transformadora (20,4%) e contrução
(9,4%). Sectores com evolução mais lenta da produtividade: electricidade (-14,6%),
pescas (0,8%), petóleo e gás (4,9%) e comércio (4,6%).

O quadro macroeconómico para o período 2018-2022 é marcado por um


período de correcção dos desequilíbrios macroeconómicos motivados pela crise
financeira, económica e cambial, através da criação do enquadramento necessário
para o restabelecimento da confiança, condição necessária para a economia angolana
retomar a trajectória de crescimento e o processo de desenvolvimento em bases
diversificadas, assegurando a sustentabilidade das contas públicas e das contas
externas.

44
Quadro nº 3: Pressupostos das projecções do PIB 2018-2022

Preliminar Pressupostos
Indicadores
Unid.
macroeconomic Média
os 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2018-
2022

Inflação global
% 23,7 23,0 17,4 13,4 9,1 6,4 13,86
homológa
Produção Milhões
barris, 597,6 602,3 604,2 583,5 570,3 544,0 580,9
petrolífera anual
Bbl
Produção
Milhões
petrolífera média
Bbl 1,637 1,650 1,655 1,599 1,563 1,490 1,591
diária

Preço médio do
USD/B
petróleo (ramas
bl 54,90 57,95 57,15 57,08 56,91 56,8 54,90
angolanas)

Fonte: Banco Nacional de Angola, Mep, MIREMPET.

A promoção da competitividade das empresas e a sua expansão no mercado


interno e externo constituem pré-condições essenciais para assegurar a diversificação
da estrutura económica, reduzir o défice da balança comercial, alargar a base de
incidência tributária, facilitar a integração dos mercados à escala internacional e
regional, com reflexos positivos no crescimento económico, na criação de empregos
e na redução da pobreza. (PDN, 2018)

Reconhecendo a importância da diversificação para a estratégia de


desenvolvimento económico do Paíd, o Executivo apostou no fomento de actividades
orientadas para a produção de bens que satifaçam necessidades básicas da
população, utilizem tecnologias mão-de-obra intensivas e geradoras de empregos,
viabilizem a valorização de recursos naturais endógenos e dinamizem as cadeias de
fornecimento nacionais.

Esta estratégia permitirá potenciar as vantagens competitivas de angola,


levando a produção nacional a conquistar progressivamente quotas crescentes no
mercado interno, promovendo a substituição de importações e contribuindo para a
diversificação da estrutura da economia e das exportações e, ainda, para redução do
défice da balança comercial de Angola.

45
O desenvolvimento do sector industrial angolano tem-se caracterizado, por falta
de articulação entre as políticas governamentais de ciência, tecnologia e inovação e
tecido empresarial, os investimentos em I&D, quer pelo Estado, quer pelo sector
privado, estão muito aquém do desejado. (PDN, 2018)

A aposta na diversificação da economia, deve propiciar um ambiente favorável


ao empreendedorismo, à inovação e, consequentemente, ao desenvolvimento
humano, organizacional e tecnólogico, sendo por isso importante a criação de uma
base nacional de empreendedorismo para a inovaçaõ e transferência de tecnologia,
dentro e fora da academia, apropriadas para apoiar a produção nacional.

4.1.3 Política de Fomento da Produção, Substituição de Importações e


Diversificação das Exportações (PND)

O fomento e a diversificação da produção constituem uma área de intervenção


central do PDN 2018-2022, é fundamental que Angola consiga produzir mais e de
forma mais diversificada, diminuindo os riscos de uma estrutura produtiva
tendencialmente monoprodutora, nomeadamente em termos das relações
económicas externas.

A diversificação da produção nacional permitirá viabilizar uma política de


substituição das importações e de fomento das importações, contribuindo para a
diminuição do défice da balança comercial e da necessidade de divisas. (PDN, 2018)

Por outro lado, a criação de riqueza, com origem na produção nacional, é uma
condiçaõ indispensável para melhorar a qualidade de vida dos angolanos, criar as
bases para a superação da desigualdades sociais e reforçar os fundamentos de uma
sociedade livre e democrática.

As actividades eleitas para este fomento da produção nacional são: indústrias


baseadas no sector primário, de preferência as intensivas em mão-de-obra; indústrias
com vantagens competitivas para a substituição de importações; e indústrias que
produzem, em condições competitivas, bens destinados à exportação.

A promoção da competitividade das empresas no mercado interno e nas


exportações são pré-condições para fomentar a produção e assegurar a diversificação
da estrutura económica, reduzir o défice da balança comercial, alargar a base de
incidência tributária, aumentar a disponibilidade de divisas, facilitar a integração nos
46
mercados à escala internacional e regional com reflexos positivos no crescimento
económico, na criação de empregos e na redução da pobreza. (PDN, 2018)

Face a este enquadramento estratégico, a Política de Fomento da Produção


Nacional, Substituição de Importações e Diversificação das Exportações tem como
prioridades:

• Fomentar a produção de recursos naturais endógenos (a agricultura, a


pecuária, a floresta, a pesca, a agricultura e o sal, as actividades
geológico-mineiras, o petróleo e o gás natura);
• Fomentar as exportações, através de um melhor conhecimento dos
mercados e das condições de acesso e da divulgação desta informação
junto a comunidade empresarial angolana;
• Promover a criação de 500.000 empregos nos vários sectores de
actividade económica.

O Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e


Substituição de Importações (PRODESI) que visa acelerar a diversificação da
economia nacional, com foco no fomento de produções e de fileiras exportadoras em
sectores não petrolíferos e em fileiras com forte potencial de substituição de
importações.

O programa prevê a implementação de medidas transversais relacionadas com


a melhoria do ambiente de negócios, com o incentivo ao Investimento Privado, com a
consolidadção de infra-estruturas físicas, com o reforço do capital organizativo e digital
do Estado, com a intensificação da diplomacia económica, com a capacitação e
qualificação de recursos humanos, com o estabelecimento de parcerias empresariais
estratégicas, nacionais e internacionais e de PPP. (PDN, 2018)

Objectivos da PRODESI:

• Promover a produção das fileiras prioritárias e dos bens da cesta básica


de forma a conquistar progressivamente quotas crescentes no mercado
interno e a contribuir para a diversificação da estrutura da economia e
das exportações;
• Aumentar as exportações dos produtos e fileiras prioritárias, em
diversidade e quantidade,
47
• Atrair IDE para aumentar o investimento produtivo diversificado na
economia angolana;

Metas da PRODESI:

• Em 2022, o produto não petrolífero representa 77,9% do PIB;


• A taxa média anual de crescimento real do produto não petrolífero entre
2018 e 2022 é de 5,1%;
• Até 2022, o valor anual das exportações em USD dos produtos e fileiras
prioritárias aumenta 50% em relação a 2017;
• Até 2022, o nº de licenças de exportação emitidas anualmente aumenta
30% em relação a 2017;
• Até 2022, O IDE (em USD) ralizado em Angola em cada ano, excuído o
sector do Petróleo e Gás, aumenta até 60% em relação ao valor de 2017;

Dados do BNA demostram que o Estado absorve, em média, 60% do crédito


contra 40% do sector privado, sendo que o fluxo do crédito para o sector público
registou no mesmo período um crescimento de 54% contra apenas 5% do crédito
líquido direccionado ao sector privado. (PDN, 2018)

Gráfico nº1: Crédito à Economia

48
Crédito à Economia

Crédito Líquido ao Sector Público não Financeiro Crédito ao Sector Privado

Fonte: BNA

As projecções efectuadas apontam para que, entre 2018 e 2022, a economia


angolana cresceu a uma taxa média de 3%, em termos reais, com uma aceleração do
sector não petrolífero e a estabilização do produto petrolífero. Neste cenário, os
principais motores do crescimento são os sectores da agricultura (taxa média de
8,9%), das pescas (taxa média de 4,7%), da indústria transformadora (taxa média de
5,9%), construção (taxa média de 3,8%) e serviços- incluindo o turismo (taxa média
de 5,8%).

Quadro nº 4: Quadro Macroeconómico 2018-2022.

49
Preliminar Projeccções
Unid.
Indicado 2017 2018 2019 2020 2021 2022 Média
res 2018-
2022
PIB Mil
(valor Milhões 16.455,9 23.274, 29.220, 33.673, 37.784, 47.191 33.228,9
Nominal Akz 5 6 9 0 ,4
Taxa de
Crescim % -2,1 2,3 3,5 2,4 2,6 4,1 3,0
ento
Real
Sector
de % 0,8 2,0 1,7 -3,1 -5,7 -4,9 -2,0
Petróleo
e Gás
Sector % -5,2 0,8 0,6 -3,6 -2,5 -4,5 -1,8
Petrolífe
ro
Sector % 461,4 18,5 14,0 1,8 -36,0 -10,8 -2,5
do Gás
Sector % -4,7 2,4 4,4 5,0 6,2 7,5 5,1
Não
Petrolífe
ro
Fonte: MEP

Os projectos de interesse público que permitem alcançar os desígnios


estratégicos do país no período 2018-2022 podem ser financiados através de
investimento público ou promovidos pelo sector privado.

As parcerias público-privadas surgem, como uma alternativa possível à


mobilização imediata de recursos públicos para o financiamento de projectos de
interesse público.

Uma parte significativa das infra-estruturas tem sido financiada por recursos
públicos, sendo o Orçamento do Estado o principal impulsionador do investimento em
infra-estruturas.

As restrições orçamentais condicionam fortemente os grandes projectos de


infra-estruturas, pelo que, para prosseguir o esforço de investimento, o Executivo
prioriza a participação de capitais privados, a realização de adequadas parcerias com
o sector privado, bem como o recurso aos fundos multilaterais de longo prazo das
grandes instituições financeiras internacionais, este integra as seguintes Políticas
Estratégicas:

50
• Transporte e Logística;
• Água e Saneamento;
• Energia Eléctrica;
• Comunicações;

Em termos de componentes do PIB, a progressiva recuperação do crescimento


deverá traduzir-se numa aceleração gradual das diversas componentes do produto,
conforme ilustra o quadro.

Quadro nº 5: Taxa de crescimento real das componentes do PIB (%)

Projecções
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022 Média
2018-2022
Consumo Final 1,3 3,8 3,0 3,0 4,5 3,1

Formação Bruta de Capital 0,3 2,7 2,9 3,1 4,3 2,7

Exportação de Bens e Serviços


3,6 3,9 2,8 2,3 2,9 3,1

Importação de Bens e Serviços


-0,2 3,9 3,5 3,3 3,1 2,7
(-)
Fonte: MEP

Tendo em conta o cenário relativo à evolução das exportações e importações


de bens e serviços, estima-se a manuntenção de um saldo externo da balança de
bens e serviços bastante positivo.

Quadro nº 6: Quadro fiscal 2018-2022 (% PIB)

51
Projecções
Indicadores
2018 2019 2020 2021 2022

Receita Total 20,2 18,6 19,9 20,1 19,9

Tributárias 19,0 17,0 18,4 18,5 18,3

Petrolíferas 12,6 10,8 11,2 10,8 10,4

Não Petrolífero
6,4 6,2 7,2 7,7 7,9
Outras 1,3 1,6 1,5 1,6 1,6

Despesas
Totais 22,7 20,1 19,5 19,6 19,2
Despesas
Corrente 18,7 15,9 15,1 14,8 14,0
Despesas de
Capital 4,0 4,2 4,4 4,8 5,2
Saldo Global -2,5 -1,5 0,4 0,5 0,7
Fonte: MEP e MINFIN

4.2 Principais Estratégias de Diversificação Segundo PDN

No final o Plano Estratégico que o Governo tomou para a Diversificão


Económica de Angola no Período de 2017-2022 foram as seguintes:

1. Fomento da Produção Agrícola e Pecuária;


2. Fomento da Exploração e Gestão Sustentável de Recursos Florestais;
3. Desenvolvimento e Modernização das Actividades Geológico-Minerais;
4. Desenvolvimento e Consolidação da Fileira do Petróleo e Gás;
5. Fomento da Produção da Indústria Transformadora;
6. Desenvolvimento Hoteleiro e Turístico;
7. Desenvolvimento Aquicultura Industrial;

4.3 Principais Resultados com Base a Análise Requerida


Consoante a análise feita no presente trabalho, com base aos resultados
pesquisados podemos ver que no segundo capítulo foi feita uma demostração no
primeiro quadro quanto à estrutura económica esclarecendo a tendência das
alterações das mesmas estruturas de Angola, vimos que quanto os sectores de

52
actividades, especificamente a agricultura, pescuária e floresta no ano de 2002 à 2020
houve um aumento crescentes nas percentagens do PIB.

E assim seguiu-se para a industria transformadora que as suas percentagens


também registou um aumento crescente no PIB, assim se deu o caso ao sector de
construção com seu aumento crescente, até chegar ao sector de serviços que durante
o mesmo período em análise registou uma decrescente evolução. O petróleo durante
o mesmo período resistou uma redução crescente desde o primeiro ano em análise,
em que o primeiro ano de 2002 registou 44,5% e no ano de 2020 segundo o PDN
registou uma persentagem de 32,0%.

Pode-se assim concluir que durante o período em análise de 2002-2020, que


se resistou no primeiro quadro, o PIB/habitante aumentou de forma crescente ou seja
o dobro.

Quanto à classificação do segundo quadro que trata sobre os efeitos a


montante e a justante, mostra as actividades de elavada contribuição para a
diversificação da economia em Angola em diversos ramos da actividade quanto ao
índice de ligação a justante e a montante, para que o sector manufactureiro e os
correspondentes ramos de actividade sejam o motor da diversificação da economia,
as relações a montante devem ser mais numerosas do que as desencadeadas por
outros sectores de actividade.

Com a análise feita viu-se que são os efeitos a montante os que melhor indicam
os caminhos da diversificação da estrutura económica.

Entrando no último capítulo, que vai apresentar uma discussão sobre as


abordagens do período em análise, no terceiro quadro fez-se uma análise sobre os
pressupostos macroeconómicos das projecções do PIB, apresenta-se os indicadores
macroeconómicos que mostra a produção petrolífera anual do ano de 2017 e 2022
nestes período houve uma diminuição nas percentagens dos barris, assim como na
produção petrolífera média diária e no preço do petróleo decresceu.

Na análise ao gráfico de crédito à economia apontam que no período entre


2018 e 2022 a economia angolana cresceu a uma taxa média de 3% com aceleração
do sector não petrolifero como consta no gráfico, o fluxo do crédito para o sector

53
público registou um crescimento de 54% contra apenas 5% do crédito líquido
direccionado ao sector privado.

A análise do quarto quadro mostra os indicadores do PIB (valor nominal) no


caso da taxa de crescimento real as suas que no ano de 2017 registou um decrescente
resultado em relação aos anos seguintes que mudou os seus resultados ou seja
registou um aumento crescente nas suas percentagens até o ano de 2022, no sector
de petróleo e gás foi diferente, as suas percentagens nos três primeiros anos os
resultados foram positivos e nos anos a seguir apresentou persentagens negativas.

E aconteceu o mesmo com o sector petrolífero apresentou projecções


negativas na maioria dos anos em análise, e o sector do gás também teve resultados
decrescentes no período de 2020 à 2022. Já o sector não petrolífero foi o que mostrou
melhor resultado em relação ao outros sectores com um aumento crescente a cada
ano.

Quanto a taxa de crescimento real das componentes do PIB no quinto quadro,


nos indicadores como o consumo final e a formação bruta de capital os resultados
foram bastante positivos de 2018 à 2022. Nota-se uma evolução das exportações e
importações de bens e serviços, e estima-se a manuntenção de um saldo externo da
balança de bens e serviços bastante positivo.

No último quadro tem uma demostração do quadro fiscal onde fez-se as


projecções da receita total que no período em análise foi positivo embora que em 2018
e 2021 esteve muito alto, as despesas totais também foram positivas mas nos
primeiros estiveram com uma percentagem mas alta, e o saldo global no final teve
resultados positivos.

54
Conclusão

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise da


diversificação da económia angolana, que nos levou a uma abrangente abordagem
sobre uma revisão da literatura, isto é, no primeiro capítulo desta pesquisa que em
resumo falou-se de termos e conceitos que estão relacionados com o tema em
questão como uma breve abordagem dos conceitos mais remotos que nos leva a um
historial da economia, a estratégia, crescimento e desenvolvimento económico. E por
último fez-se uma breve dissertação sobre os principais sectores de produção da
actividade económica, ou seja, do sector primário, secundário e terciário, concuindo
assim o primeiro capítulo.

No segundo capítulo da pesquisa fez-se uma análise relativamente as


fundamentações teoricas sobre o desenvolvimento, segundo autores que contribuiram
para o ênfase da mesma abordagem, fez-se uma breve mensão da visão clássica de
Adam Smith, o pensamento Keynesiano, uma breve visão neoclássica de Lewis e
Shumpeter que desenvolvem sobre o modelo de economia dual dinâmica e formas de
implementar novas possibilidades de crescimento económico, e olhamos para a
concepção de desenvolvimento de Amatya Sen.

Teve também uma breve abordagem sobre a teoria da modernização que é o


processo de avanço da sociedade moderna e o desenvovimento como impulso à
modernização, e por último uma breve análise sobre a teoria da dependência e uma
visão de angola na pespectiva da diversificação segundo CEIC e PND.

No terceito capítulo fez-se uma análise sobre o enquadramento metodológico,


onde pudemos encontrar os tipos de pesquisas, tipo de abordagem, métodos de
pesquisa e por último vimos também as principais fontes de consultas.

Por último o quarto capítulo que análisou-se sobre o enquadramento empírico


relativamente ao tema abordado no presente trabalho, fez-se um estudo sobre as
estratégias do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) durante o período em
análise, este plano procura identificar, para cada umas aspirações, objectivos, áreas
prioritárias de interveção e metas específicas, bem como definir estratégias indicativas
e medidas de política a implementar a nível nacional.

55
Observou-se sobre a política de promoção da diversificação económica
segundo o PDN ela alarga a base de crescimento do país promovendo o aumento do
emprego gerado em sectores de incentivos de força de trabalho, o incentivo público
que desempenha um papel importante para o crescimento económico estas pesquisas
não deixaram de fazer parte de estudo.

De acordo com as tabelas apresentadas vimos que no período de 2017 à 2022,


vimos como dentro do período como foi a tendência das estruturas económicas
estruturais em angola que de uma forma geral os seus resultados foram tirando uns
foi bastante positivo no que concerne os sectores de actividade de Angola, depois
verificou-se que são os efeitos a montante os que melhor indicam os caminhos da
diversificação da estrutura económica, o quadro macroeconómico que se encontra no
quarto capítulo é marcado por um período de correcção dos desequílibrios
macroeconómicos.

Compreendeu-se com os dados do BNA que demostraram que o estado


absorve 60% do crédito ao sector público não finaceiro, contra 40% do sector privado,
análisou-se também que as projecções efectuadas apontam que a economia
angolana cresceu a uma taxa média de 3% dentro do período em análise, e quanto
as componentes do PIB registaram uma aceleração gradual das diversas
componentes do produto. Analisou-se também um cenário relativo à evolução das
exportações e importações de bens e serviços. Por fim citou-se algumas estratégias
que o governo angolano utilizou durante o período em análise e uma dissertação sobre
as situações das tabelas e gráfico presentes no trabalho.

O presente trabalho respondeu a seguinte pergunta de partida: Quais são as


estratégias de diversificação econômica de angola no período de 2017 à 2022? Mostra
neste caso algumas estratégias que o governo cumpriu no período em análise.

Compreendeu-se que as hipóteses quando afirma que “Uma das estratégias


de diversificação da economia de angola é o aumento das exportações e uma
diminuição nas importações” e “Outra estratégia de diversificação da economia são
os incentivos de investimentos por sectores. O objectivo traçado foi concluído, pois
houve um envolvimento mas profundo e uma busca mais sustentável as questões
existente sobre o tema.

56
Sugestões

Após as considerações finais da presente pesquisa, apresentaremos então


algumas sugestões que podem ser abordadas por futuros pesquisadores:

• Diversificação da economia com aposta em sectores produtivos como


agricultura;
• Desenvolvimento e Melhoria das Infra-estruturas de Transporte;
• Fomentar a Produção da Indústria Transformadora;

57
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