A China tem sido consistentemente reconhecida como uma potência econômica mundial, e sua
abordagem de modernização desempenha um papel fundamental nesse sucesso. Ao adotar políticas
centradas no bem-estar da população e investir maciçamente em pesquisa e desenvolvimento, a China tem fornecido ao mundo, incluindo o Brasil, uma perspectiva inspiradora de Progresso econômico e social. Um dos alicerces fundamentais de dado desenvolvimento econômico reside no robusto investimento estatal em pesquisa e desenvolvimento, que tem como resultado direto a ampliação e complexificação da pauta produtiva e exportadora do país. Esse comprometimento com a inovação impulsionou a criação de um ambiente propício ao surgimento de novas tecnologias, produtos e serviços, abrindo caminho para uma economia mais avançada, diversificada e independente no cenário internacional. É importante destacar que o crescimento econômico está intrinsecamente entrelaçado com a melhoria das condições sociais. As políticas adotadas pelo estado chinês resultaram na geração de novas oportunidades de emprego, no aumento dos salários e na melhoria das condições de vida da população. Além disso dada a modernização impulsionou os investimentos em infraestrutura, educação e saúde, os quais desempenham um papel essencial no desenvolvimento integral da sociedade. Ademais, a legislação chinesa para investimentos estrangeiros exerce um papel crucial nesse processo. Desde a abertura econômica, a China estabeleceu requisitos que visam fortalecer a colaboração entre empresas estrangeiras e universidades chinesas. Nesse sentido, em alguns setores econômicos, um dos pré-requisitos para o investimento externo é a instalação de um centro de pesquisa em uma universidade local. Essa e outras medidas têm impulsionado o compartilhamento de conhecimento e tecnologia, promovendo o desenvolvimento conjunto e estimulando a inovação. Essa abordagem fortalece a base social do país, criando oportunidades para todos os estratos da população. Segundo a doutora em economia Cinthia Rodrigues, desde as reformas de 1978, a fim de alcançar a liderança tecnológica industrial, “foram criados diversos bancos estatais de fomento com atuação especializada em setores estratégicos da economia, os quais propiciaram o barateamento da produção”, aumentando assim a competitividade da indústria chinesa no mercado internacional. Os resultados tangíveis dessas políticas são evidentes. Em 2021 a China registrou um número impressionante de patentes, superando a soma dos registros dos Estados Unidos, Europa, Japão e Coreia do Sul. É notável que a maioria dessas patentes concentra-se no campo da tecnologia da informação e comunicação. Esse destaque reflete o compromisso chinês em impulsionar o avanço tecnológico, proporcionando uma base sólida para o crescimento econômico e social. Dado progresso, por sua vez, desencadeia uma série de benefícios sociais, tais como a melhoria dos serviços de comunicação, a facilitação do acesso à informação e a promoção da inclusão digital. Em seu livro intitulado "Chutando a Escada" Ha-Joon Chang aborda o tema do desenvolvimento econômico e critica as políticas disseminadas pelos países desenvolvidos que prejudicam os países em desenvolvimento. O argumento central do livro é que os países desenvolvidos frequentemente utilizam medidas protecionistas e adotam políticas econômicas que beneficiam suas próprias economias, enquanto restringem as oportunidades de crescimento dos países em desenvolvimento. Ha-Joon Chang usa a metáfora da "escada" para ilustrar essa ideia. Segundo ele, os países desenvolvidos já alcançaram a posição no topo da escada do desenvolvimento econômico, mas agora tentam "chutar a escada" para evitar que outros países em desenvolvimento sigam o mesmo caminho. Isso é feito por meio de instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, que impõem políticas econômicas restritivas e defendem a abertura de mercados apenas quando isso convém aos países desenvolvidos. No que diz respeito à entrada do capital chinês no cenário internacional, é importante destacar que a China tem se tornado uma potência econômica global nas últimas décadas. Seu rápido crescimento e expansão econômica têm impactado o sistema econômico mundial de diversas maneiras. Em primeiro lugar, a China se tornou um importante investidor em países em desenvolvimento, fornecendo financiamento e investimento direto estrangeiro para infraestrutura, recursos naturais e setores industriais. Isso tem impulsionado o crescimento econômico em muitos países e aberto novas oportunidades de desenvolvimento. No cenário internacional atual, a entrada do capital chinês desempenha um papel importante ao permitir que os países em desenvolvimento encontrem alternativas às políticas neoliberais tradicionais. Tais políticas são baseadas no livre mercado, na desregulamentação e na abertura econômica, promovendo a redução do papel do Estado na economia, que nas útimas décadas tem causado impactos negativos nos países em desenvolvimento. Ademais, Chang argumenta, que os atuais países desenvolvidos, ao longo de sua própria trajetória de desenvolvimento, adotaram políticas econômicas protecionistas e intervencionistas, que permitiram que suas indústrias se fortalecessem e alcançassem a posição de poder econômico que têm hoje. No entanto, uma vez que atingiram essa posição, eles passaram a defender políticas neoliberais e a impor essas medidas aos países em desenvolvimento. Nesse contexto, a proposta de modernização chinesa oferece uma alternativa ao paradigma neoliberal. A China demonstrou que é possível alcançar um rápido crescimento econômico e melhorar as condições de vida da população por meio de um modelo de desenvolvimento que combina planejamento estatal, intervenção governamental e políticas industriais direcionadas. A China investe maciçamente em infraestrutura nos países em desenvolvimento, fornecendo financiamento e assistência técnica para projetos de grande escala. Esses investimentos ajudam a superar as deficiências infraestruturais, promovem o crescimento econômico e criam empregos. Além disso, a China adota uma abordagem mais flexível em termos de condições de empréstimo, permitindo que os países em desenvolvimento tenham mais liberdade para definir suas próprias políticas econômicas e sociais, em contraste com as rígidas condições impostas pelas instituições financeiras tradicionais. Ao oferecer uma alternativa de financiamento, iniciativas como a Nova Rota da Seda proporcionam aos países em desenvolvimento uma oportunidade de escapar da coerção financeira e das políticas restritivas das instituições internacionais. Isso permite que eles explorem seu potencial de desenvolvimento de maneiras que se adequem às suas realidades e necessidades específicas. No Brasil há muito a se aprender com a modernização ao estilo chinês. Assim como a China, o Brasil possui um vasto potencial para se tornar uma economia diversificada e competitiva. Ao fortalecer o investimento em pesquisa e desenvolvimento, promover a universalização da educação, além da sinergia entre empresas e universidades e implementar políticas voltadas para a inovação, o país pode impulsionar seu progresso econômico. E adaptando o caminho adotado pela China a cada conjuntura econômica local, o Brasil e outros países podem trilhar um percurso próspero, beneficiando sua sociedade como um todo.
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