O documento resume os principais pontos da teoria crítica da Escola de Frankfurt. A teoria crítica argumenta que na sociedade capitalista os indivíduos são alienados e impotentes diante do sistema, que é controlado pelo capital e não pela vontade humana. A teoria crítica busca servir como ferramenta para transformar a ordem opressora capitalista em uma sociedade emancipada.
O documento resume os principais pontos da teoria crítica da Escola de Frankfurt. A teoria crítica argumenta que na sociedade capitalista os indivíduos são alienados e impotentes diante do sistema, que é controlado pelo capital e não pela vontade humana. A teoria crítica busca servir como ferramenta para transformar a ordem opressora capitalista em uma sociedade emancipada.
O documento resume os principais pontos da teoria crítica da Escola de Frankfurt. A teoria crítica argumenta que na sociedade capitalista os indivíduos são alienados e impotentes diante do sistema, que é controlado pelo capital e não pela vontade humana. A teoria crítica busca servir como ferramenta para transformar a ordem opressora capitalista em uma sociedade emancipada.
O Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, financiado por Félix Weil –
doutor pela Universidade de Frankfurt e filho de um milionário empresário judeu, foi fundado em 1924, período denominado por Hobsbawn como “Era das Catástrofes” (1914 – 1945). A “escola de Frankfurt” tem como seus principais nomes Adorno, Horkheimer e Marcuse, autores que buscaram reler o marxismo no século XX baseando-se em diferentes correntes intelectuais e suas interpretações (tais como teorias burguesas e tradicionais, pesquisa empírica, psicanálise e marxistas contemporâneos como W. Benjamin e Lukács).
O contexto político da época era de crescimento do capitalismo
monopolista, em detrimento do capitalismo liberal com ideais de autonomia. Além disso, ascensão da ciência e da tecnologia representava um controle cada vez maior sobre as forças naturais, porém a miséria também crescia. Na “Grande Depressão” de 1929 o desemprego atingiu números inéditos. Os novos conhecimentos científicos foram base para extermínio em massa ao contribuírem para o desenvolvimento de bombardeios, câmaras de gás, bombas nucleares e outras ferramentas de violência. Diante disso, pode-se dizer que o capitalismo estabeleceu condições favoráveis para a superação da escassez e a superação do problema de controle sobre forças naturais, mas não as utilizou para a emancipação do homem. Perante ao sistema capitalista, o homem é impotente, alienado e desumanizado. A sociedade é convertida em mero objeto de sistema onde sua função é fazer parte e alimentar as configurações de acumulação de capital, favorecendo somente quem detém poder [capital].
“A teoria tradicional”, capítulo do livro “Os Pensadores: Benjamin,
Horkheimer, Adorno E Habermas” (1983), aborda o resgate da razão objetiva, ou seja, da racionalidade filosófica, destinada a discutir sobre finalidades e sentidos da experiência humana. O texto consagra a razão subjetiva enquanto instrumento de ajuste da realidade capitalista.
Um dos temas abordados é a relação entre ciência o capitalismo,
apresentando codependência. O progresso científico contribui para a reprodução da ordem capitalista assim como depende do mesmo – social e economicamente. “O cientista e sua ciência estão atrelados ao aparelho social, suas realizações constituem um momento da autopreservação e da reprodução contínua do existente, independentemente daquilo que imaginam a respeito disso” (p. 131).
No que diz respeito as concepções de indivíduo e sociedade, a “teoria
crítica” parte do entendimento de que a sociedade capitalista surgiu a partir de um fator externo que obrigou os indivíduos a adaptarem-se em busca de sobrevivência social e econômica. Sendo assim, a ideia de liberdade individual não passa de ideologia; uma falsa crença sobre a realidade sustentada pelo capital e inserida nos contextos de mercado de trabalho, filosofia política, entre outros. Na escola de Frankfurt a sociedade é vista como um mecanismo comandado pelo capital, em detrimento da influência e do controle da sociedade. “(…) a sociedade é comparável com processos naturais extra- humanos, meros mecanismos, porque as formas culturais baseadas em luta e opressão não é a prova de uma vontade autoconsciente e unitária. Em outras palavras: este mundo não é o deles, mas sim o mundo do capital”. (p. 138).
Posto isso, pode-se afirmar que, diferentemente de outras correntes
sociológicas, a teoria crítica não formula uma definição de ação social que tem como objetivo substanciar as dimensões sociais – micro e macro. Ela argumenta que as ligações entre a sociedade e o capitalismo são postas em um contexto onde o indivíduo é impotente e alienado em relação ao sistema capitalista. 2 A sociedade, porém, não está condenada a exercer esse papel para sempre. Se a “teoria tradicional” reproduz essa ordem opressora, a “teoria crítica” é uma ferramenta para transformá-la. A partir daí o texto assume um caráter de manifesto emancipatório da teoria crítica, onde o mensageiro é o intelectual e o receptor é o proletariado. A divergência insurgente entre a mobilização política e a classe dominante seria um processo que auxiliaria a formação coletiva se consciência crítica que, por sua vez, os levaria a superação de suas falsas crenças e a superação de ideais reformistas. Assim sendo, a teoria crítica afirma-se enquanto ferramenta da práxis revolucionária.