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Questão 01 (2,5)

Nos textos, Sociologia de Anthony Giddens e Um Toque de Clássicos de Tania


Quinteiros (et. al), vem traçado um quadro das origens da sociologia e de sua
transformação em ciência. Para ser uma ciência era necessário um objeto de estudo,
um método específico e um objetivo a ser alcançado. Partindo desses pressupostos e
com base nos trabalhos acima referidos produza um texto analisando o quadro
histórico que forçou o nascimento da sociologia e quais as expectativas de seus
precursores. Ao final Indique um tema que deveria ser estudado pela sociologia e
justifique.
Afinal, o que forçou o nascimento da sociologia? É notório perceber que durante a
idade média a forma de organização social e econômica era o feudalismo durante o século
V e XVI, que tratava-se da divisão do Senhor feudal, clero, nobreza e servos na qual a
produção era artesanal e de subsistência na área rural. Essa divisão gerou grande revoltas e
conflitos e acabou entrando em declínio surgindo então uma nova forma de organização
social, o absolutismo. O absolutismo defendia o poder absoluto do monarca sobre o Estado
e os grupos sociais eram estamentos aristocráticos.
Todavia grande revoltas novamente aconteceram pela burguesia que queria sua
ascensão econômica exigindo o fim desse sistema político. Porém com grandes críticas ao
antigo regime e receio que voltasse aos fundamentos da sociedade feudal, devido ao
aumento das atividades comerciais houve a premência de substituir o modelo econômico
mercantilista pela economia de mercado (aparecimento do capitalismo).
Inspiraram-se então em princípios iluminista que defendiam a universalidade,
individualidade e autonomia na qual a principal característica era o uso da razão e tinha
como lema “igualdade, liberdade, fraternidade” onde ficou conhecido como a Revolução
Francesa século XVIII. Nesse mesmo cenário, na Inglaterra, estava acontecendo outra
revolução, a Industrial, que era dos avanços maquinário e tecnológicos que propôs a
produção e consumo em larga escala aumentando o uso maquinário e trabalho repetitivo,
além da criação de cidades e as zonas urbanas.
Assim, esse fato fez com que a migração para as cidades passasse a ser maior, essa
mobilidade é chamada êxodo rural. Porém trouxe problemas consigo como habitações
inadequadas, miséria, desemprego, ambientes insalubre, difusão de doenças dentre outros
fatores. Desse modo, surgiu revoltas por parte dos proletariados, ou seja trabalhadores que
reivindicavam por melhorias e por criação de condições dignas de trabalho como
diminuição da jornada de serviços, ambientes mais arejados, acesso a educação, moradias.
Logo, o cenário após essas revoluções ficou caótico. E, em decorrência de tantos
acontecimentos houve a necessidade de criar uma ciência de estudo objetivo e universal
que buscasse explicar métodos sistemáticos a crise, e, o caos que as transformações que se
assolaram nesse período decorrente do avanço do capitalismo.
(Visão dos precursores)

O surgimento do Termo “sociologia” foi criado pelo francês Auguste Comte


(17981857), Comte considerado por muitos o “pai” da sociologia, foi ex-secretário de Saint
Simon, onde teve várias influências no pensamento intelectual. Passou a ver o tecido civil
em constante desenvolvimento, por isso foi o primeiro pensador a identificar que a
sociedade deveria ser um objeto de estudo. Pois ele queria explicar as leis sociais por ficar
preocupado ao presenciar as desigualdades provocada pelo avanço industrial.
Visando isso, baseava suas ideias no positivismo que de acordo com a filosofia diz
que ele propõe ordenar as ciências experimentais conforme o conhecimento humano, que
para a humanidade passou por processos até chegar no positivismo que foram três estados:
o teológico, que buscava as explicações dos fenômenos sociais como algo divino a forte
presença da religião; o metafísico, onde as fatos passaram a ser visto como naturais e não
algo sobrenatural, para ele era a transição da ideia de evolução; e o último estado de
evolução humana, o científico. Devido as grades influências da igreja na ciência, Comte
escreveu o Catecismo positivista que era uma nova religião dedicado ao estudo da moral da
social centralizado nos fundamentos científicos, sem Deus.
Outro autor foi o francês Emile Durkheim (1858-1917) trazendo conceitos e se
baseando no que Comte também pensava trouxe diversas acréscimos importantes para a
sociologia, na qual nesse período a sociologia passa a ser vista como ciência fundamental
para a o entendimento da vida em sociedade. Foi o momento em que ocorreu a
solidificação enquanto disciplina acadêmica. Colaborou com suas compreensões sobre os
fatos sociais que é a maneira de como nos posicionamento, agimos, expressarmos nossos
pensamentos ou sentimentos como indivíduos no meio coletivo externo.
Durkheim enfatiza a importância abandonar o etnocentrismo e a ideologia e possuir
relatividade a novas ideias morais e culturais, exemplos são as leis de outros países, as
crenças religiosas ou a divisão do trabalho que inclusive teve um trabalho importante
falando sobre a divisão do trabalho na sociedade (1893), ela seria responsável por manter a
harmonia e a solidariedade na qual ele destacou dois tipos: a mecânica e a orgânica.
A mecânica onde o foco era o bem social a coletividade com pouca divisão sociais
(crenças e valor), e, a orgânica baseada na interdependência gerada pela especialização do
trabalho no modo de produção capitalista e coesão social, ela determina os traços da
constituição da sociedade. Além disso, Durkheim fez um estudo sobre o suicídio
analisando todo o panorama em que estava e percebeu que as taxas de suicídio estavam
atreladas a fatores sociais externo ao indivíduo, analisando isso ele se baseou pela presença
ou ausência de integração ou regulamentação social e identificou quatro tipos de suicídios:
o suicídio egoístico, trata-se da baixa integração na sociedade; o suicídio anônimo, é
causado por falta de regulamentação social; e o suicídio altruístico, ocorre quando um está
integrado demais na sociedade e o suicídio fatalista.
Com o grande aumento do capitalismo a partir da Revolução Industrial o
economista Karl Max (1818-1883) faz muitas críticas ao sistema capitalista e a forma que
fundamentado no lucro e estruturada na produção, propõe uma ampla mudança política,
econômica e social. Com o crescimento das indústrias Marx identificar a desigualdade e
exploração dos proletariados (trabalhados) que era alienado do produto do seu próprio
trabalho em busca de remuneração, pela burguesia que era a classe detentora dos meios de
produção, dinheiro, máquina, os que formavam a classe dominante. Com duras críticas e
contenções a esse sistema, falava que a sociedade estava dividida em classe da burguesia e
a do proletariado.
A vista disso, Marx defendia a luta de classes e aponta uma Revolução por parte dos
proletariados essa revolução acabaria com o Estado e acabaria a desigualdade de classes só
poderia se resolver por meio de lutas, conflitos, revoluções. Essa mudança social se baseia
na concepção materialista da história que defende a ideia de que a sociedade se desenvolve
e se organiza ao longo da história de acordo com sua capacidade e relações sociais de
produtividade. Criou várias obra como o Capital(1867) na qual é exposto a lógica do
processo da valorização do capital, outra foi o Manifesto Do Partido Comunista (1848)
onde foi a base das doutrinas comunistas e a do socialismo utópico, abrangências de
conceitos como infraestrutura que é produzida por meio da relações de produção e troca, a
superestrutura ela seria responsável pela manutenção das relações existentes da
infraestrutura. Portanto, Marx contribuiu como sua teoria de análise crítica e social para
desenvolver uma nova visão em relação a esse assuntos.
E por último, o Alemão Max Weber (1864-1920), ele faz um estudo compreensivo
e adota o chamado tipo ideal, ele procura estudar as causas da mudança social. Weber trás a
necessidade de análise a ideia de tipo ideal que seria a construção de conjuntos de
características que formaria um tipo para ser estudado. Além disso, a concepção de Weber
defende que por meio do modelo de ação social o foco estaria na conduta humana. Ele
apresenta quatro tipos de ação: a social e racional, com relação a fins tem base a
expectativa de alcançar fins racionalmente esperados; a social racional, com relação a
valores e determinado pela crença em algum valor; a tradicional, se orienta pela tradição
que pode ser familiar, cultural, social; e a social efetiva, que se fundamental nas emoções,
afetos, além desses também organização social racional e organizada seria a melhor forma
de compreender a sociedade moderna.
De acordo com o desenvolvimento da racionalização estava ganhando cada vez
mais espaço que ele denominava de desencantamento e estava se racionalizando e
burocratizando, ou seja, as atividades estava sendo feita de forma racional eficiente. Assim,
ao contrário de seus antecessores que estudaram a coletividade, Max Weber em sua
pesquisa se concentra nas ações dos indivíduos.

Tema que deve ser estudado pela sociologia: Mobilidade urbana


Sabe-se que a sociologia é o estudo dos processos e relações voltados a sociedade,
nesse sentido a questão da mobilidade urbana ,mais específica a do transporte público ,que
se encontra precário, é um assunto de estrema importância a ser estudado, umas vez que
afeta direto o deslocamento de pessoas, bens e mercadoria, onde é um dos principais
geradores de capital para a economia brasileira. É preciso ter mais qualidade para o pleno
desenvolvimento da sociedade. Entretanto, dificuldades diárias são encontradas como
atrasos, superlotação, falta de veículos, viagens interrompidas por problemas no veículo
além de risco de assaltos ou qualquer outra forma de violência assolam a população que
necessitam desse meio de locomoção. Desse modo, é indubitável que a sociologia tem um
papel fundamental de ver e resolver a acessibilidade é distribuída no espaço urbano, buscar
quais são as melhores condições relativas de equidade, segurança, conforto, eficiência e
custo verificados nos deslocamentos.

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