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SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Expedito Leandro
1 O NASCIMENTO DA SOCIOLOGIA

Apresentação

A sociologia pode ser entendida como uma ciência que surgiu em meados do século
XIX, ou seja, a mais nova teoria que tenta explicar e interpretar a sociedade e suas
transformações. Seu universo é inserido no processo de análise sociológica, em meio
ao desenvolvimento do capitalismo e o enfraquecimento dos laços tradicionais que
ligavam os indivíduos. A sociologia interage com o estudo das sociedades, das
instituições e dos comportamentos sociais e teve à frente o pensador francês Auguste
Comte. Segundo Comte, para se ter clareza das análises sociais, é preciso definir um
método científico com base na razão. Seu método ficou conhecido como Positivismo.
Sob a influência do pensamento iluminista, os estudos sociológicos nascem como
ciência e consolidam-se por meio das análises do pensador francês Émile Durkheim,
que sistematizou o método, creditando relevância e exclusividade para a nova ciência,
como disciplina autônoma.

1.1 Contexto histórico e social

A sociologia traz em estudos originários as tradições filosóficas, onde o termo sócio


advém do latim que significa “sociedade”; e Logia associa-se a tradição grega que
significa estudo. Portanto, tem-se uma tradução, onde o termo Sociologia explicita o
estudo das sociedades, das instituições e dos comportamentos sociais. Sendo que seu
surgimento é datado em meados do século XIX, em meio a outros fenômenos sociais
existentes, entre os quais destacamos: a eclosão de duas revoluções ocorridas na
Europa, a Inglesa (1640) e a Francesa (1789).

Nesse sentido, são compreensivas as estratégias e técnicas utilizadas pelo homem na


busca para desvendar os fenômenos sociais, morais ou físicos, desde a antiguidade. Haja
vista que na antiguidade e na Idade Média, muitos pensadores e, sobretudo, filósofos,
acentuaram seus estudos na sistematização de normas propondo uma sociedade ideal
para a convivência humana.

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Em meio a essas análises, especificamente no período do Renascimento, surge um grupo
de pensadores preocupados em refletir os fenômenos sociais de forma mais concreta,
mais realista. Esses filósofos abordaram temas relacionados a sua época, entre os quais
destacamos: Nicolau Maquiavel que publica O príncipe (1532); Tomás Morus, em Utopia
(1516); Tomaso Campanella, em Cidade do Sol (1602); Francis Bacon, em Nova Atlântida
(1627).

Posteriormente, esses e outros pensadores, foram compondo seus estudos, que


culminaram na instituição de uma nova ciência. Toda via, a nova ciência é advinda das
transformações históricas, socioculturais, políticas e econômicas na sociedade. Haja vista
a dinâmica de urbanização, política e industrial ocorrida nas grandes metrópoles. Em
meio a essas transformações, vale destacar a figura do filósofo francês Auguste Comte,
que fundamenta sua filosofia no pensamento positivista, ou seja, institui a chamada
“Ciência da Sociedade”, que nos anos seguintes denominou-se Sociologia, tendo como
foco pesquisar, interpretar e compreender o significado desse novo e conturbado
cenário europeu.

Sociologia: concentra-se no estudo da vida grupal dos seres humanos e no


produto do seu viver em conjunto. O sociólogo está especialmente
interessado em costumes, tradições e valores que emergem do viver em
grupo e, por sua vez, a maneira em que a vida grupal afeta estes costumes,
tradições e valores. A sociologia interessa-se pela maneira em que os grupos
interagem e pelos processos e instituições que desenvolvem. (HORTON,
1980, p. 20)

Para uma maior compreensão da sociologia e seu desenvolvimento, abordaremos a


seguir, os clássicos da sociologia europeia, iniciando por Auguste Comte, considerado o
precursor, o pai da Sociologia, depois veremos as análises dos três principais pensadores
da sociologia clássica: Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx.

1.2 A influência do iluminismo

Os ideais iluministas projetaram, no campo intelectual e político, os anseios de


igualdade e propagação do conhecimento intelectual, fundado no espírito humanista e
na evolução da ordem moral e social, associada ao discernimento intelectual. Para

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justificar tais mudanças, a ação jurídica e o exercício da política, enquanto poder
propriamente dito, deveria romper sua hegemonia com a Igreja, ou seja, a separação
dos poderes e a vigência do Estado laico. Feito isso, os sujeitos sociais, foram tomando
iniciativas e buscando seus direitos, via exigências feitas aos setores do Estado, por
meio das leis vigentes.

Em meio a esse processo, grandes conflitos e duas grandes revoluções ocorreram: a


Revolução Francesa, inspirada no pensamento iluminista e orquestrada pela classe
burguesa, propondo a sociedade uma nova maneira de constituir um Estado e
governo. Partindo disso, e rompendo com o modelo e as autoridades do antigo
regime, o novo sistema estatal seria republicano, com fundamentos na democracia
liberal.

Por vezes, a revolução industrial teve como pauta a alteração do cenário populacional
da Europa, que até aquele momento era eminentemente rural, camponês. Nessa
época, tem-se um gigantesco aumento populacional, as cidades são tomadas pelos
populares advindos do campo, que se alojaram aos redores das fábricas, causando
uma verdadeira explosão na demografia urbana. Não havendo trabalho para a massa
de operários, os conflitos e problemas sociais foram aumentando cada vez mais, entre
os quais destacamos: doenças, fome, miséria, desigualdade social e alta taxa de
criminalidade.

Por outro lado, o processo da revolução industrial, tratou de promover ações


beneficentes, relacionadas ao desenvolvimento tecnológico da época, como por
exemplo, capacitação técnica para produção em larga escala. Essas mudanças
provocaram uma dinâmica nas cidades ainda mais complexa, forçando a instituição de
um novo pensar teórico, para melhor compreender a sociedade em transformação. Eis
que surge a sociologia como ciência da sociedade, tendo o homem como agente social
que interage.

1.3 A sociologia como ciência da sociedade

Inicialmente, as ciências sociais compreendem uma série de termos e conceitos, que se


traduzem no universo material/ideal, objetivo/subjetivo ou coletivo/individual. Nesse
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aspecto, o aprimoramento do conhecimento da sociedade provocou uma divisão das
ciências sociais em diversas áreas do saber, de maneira a facilitar a sistematização dos
estudos e das pesquisas.

A seguir as disciplinas que compreendem essa divisão:

a) Sociologia

Investiga e analisa as relações sociais e as formas de sociedades, considerando as


interações que se desenvolvem na vida social, individual e coletiva. Assim sendo,
a sociologia como disciplina acadêmica acentua seus estudos no esforço de
entender a dinâmica do indivíduo como sujeito da história.

Essa visão analítica evidencia nossa natureza social, padrões sociais e


socialização. Haja vista que o universo sociológico envolve o estudo dos grupos e
dos fatos sociais, da divisão da sociedade em classes e camadas, da mobilidade
social, dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade em
geral.

b) Economia

Como disciplina, objetiva investigar e interpretar as atividades humanas


relacionadas à produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços.
No entanto, são fenômenos estudados pela economia a distribuição da renda em
um país, a política salarial, a produtividade de uma empresa, entre outros.

c) Antropologia

Estuda, pesquisa e analisa as semelhanças e as diferenças culturais existentes nos


mais diversos agrupamentos humanos, assim como, a origem e a evolução das
culturas. Além de investigar a cultura dos povos pré-letrados, ou comunidades
primitivas, a antropologia designa-se, também, pela diversidade cultural
existente nas sociedades industriais. São objetos de estudo da antropologia os
tipos de organização familiar, as religiões, a magia, os ritos de iniciação dos
jovens, o casamento, entre outros. Em suma, a antropologia é definida como

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sendo o estudo do homem e de seus trabalhos. Assim sendo, é inerente ao seu
universo o ato da investigação, desvendar os limites dentro dos quais os homens
podem impor o mínimo de tensão ao indivíduo.

d) Ciência Política

Cuida e verifica as relações e a distribuição de poder na sociedade, focando na


formação e no desenvolvimento das diversas formas de governo. Portanto, trata-
se de uma ciência que aborda o mundo da política, envolvendo os partidos
políticos, os mecanismos eleitorais, entre outros.

Em síntese, compreende-se que não existe uma divisão clara entre essas disciplinas.
Dessa forma, todas trabalham com o mesmo objeto das ciências sociais, entender a ação
do homem em sua plenitude. Assim sendo, elas são complementares entre si e atuam
frequentemente juntas, para explicar os complexos fenômenos da vida em sociedade.
Seu objeto de estudo é, portanto, o indivíduo em suas relações sociais, ampliando o
conhecimento sobre eles em suas interações sociais.

1.4 Augusto Comte e o Positivismo

Na condição de propagador do positivismo, Auguste Comte se destaca à época, como


o mais importante intelectual francês. Viveu entre os anos de 1798 e 1857, falecendo
aos 59 anos de idade. Na visão de alguns cientistas sociais, Comte é reconhecido pela
sua obra e seus méritos, porém, tem sido classificado por muitos como um pensador
de linha conservadora. Seu pensamento positivista advém do “cientificismo”, ou seja,
do mundo das crenças e do exercício do poder absoluto, que, segundo ele, é inerente à
razão humana que deseja conhecer o universo real, sob o prisma das leis naturais.

Essas leis seriam a base da regulamentação da vida do homem, da natureza


como um todo e do próprio universo. Seu conhecimento pretendia
substituir as explicações teológicas, filosóficas e de senso comum por meio
das quais – até então – o homem explicava a realidade. (COSTA, 1997, p. 46)

Assim sendo, Comte é tradicionalmente identificado como o pai da sociologia. Ele foi o
primeiro a utilizar essa expressão, em 1839, no seu curso de filosofia positiva.

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No entanto, o positivismo “comteano” deve ser analisado sob a conjuntura histórica e
social da época. Haja vista as transformações sociais, econômicos, políticos e culturais
que se intensificavam de maneira avassaladora, após as duas revoluções burguesas
(francesa e inglesa). Diante dessa estrutura, a sociedade tende a se modificar,
passando a conceber o mundo de outra forma, é necessário pensar a sociedade por
um novo olhar, considerando a reflexão da sociedade em geral. Pensando em
implantar uma ciência voltada exclusivamente para os problemas humanos, Comte
idealizou e estruturou um método científico, cujo objetivo primeiro foi instituir a
filosofia social, que posteriormente passa a ser chamada de Sociologia.

Sendo assim, o pensamento positivista passa a ser uma teoria que integra os estudos
sociológicos, onde os fatos sociais passam a ser estudados sob o prisma da razão, ou
seja, no mundo concreto das coisas e objetos. Diante disso, Comte rejeita as
explicações do universo religioso, isto é, de cunho teológico, metafísico ou
transcendental. Segundo ele, a crença no ideal positivista deveria nortear as mentes
das pessoas, estruturando-se em uma nova crença, a ser seguida por todos, porém,
sem nenhuma conotação teológica. Finalmente a teoria positivista justifica-se na
crença do “ver para crer”, ou seja, ver o concreto, o real, o verdadeiro, indubitável.

Por outro lado, Auguste Comte identificou na sociedade dois movimentos vitais:

Chamou de dinâmico o que representava a passagem para formas mais


complexas de existência, como a industrialização; e de estático, o responsável
pela preservação dos elementos permanentes de toda organização social. As
instituições que mantém a coesão e garantem o funcionamento da sociedade,
por exemplo, família, religião, propriedade, linguagem, direito etc. Seriam
responsáveis pelo movimento estático da sociedade. Comte relacionava só
dois movimentos vitais de modo a privilegiar os estáticos sobre o dinâmico, a
conservação sobre a mudança. Isso significava que, para ele, o progresso
deveria aperfeiçoar os elementos da ordem e não os destruir. (COSTA, 1997,
p. 51)

Seguindo essa lógica, pode-se dizer que a intervenção na sociedade pode ser
justificada como sendo necessária para assegurar a ordem ou sob o argumento de
promover o progresso. Consequentemente, o pensamento positivista deveria orientar

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e ser comandado por uma elite intelectual e econômica (cientistas e industriais). A eles
caberia a responsabilidade de: prover condições para a vida à classe trabalhadora, via
normas justas de comportamento coletivo e remuneração adequada para minimizar
conflitos de classes, formando assim um governo da ordem, paz e progresso.

Auguste Comte fundamenta com veemência o método positivista, onde a lei que rege os
três estágios, aborda a evolução humana de maneira funcional organizativa, ou seja,
essa linearidade contempla três estágios: teológico (crença em Deus), metafísico
(sobrenaturais) e positivo (concreto, definitivo e verdadeiro), esse último definido como
universo da razão.

No entanto, faz necessário observar o lema que norteia a filosofia positivista que é
“Amor, Ordem e Progresso”1. Cujo significado se faz pelo Amor por princípio, a Ordem
por base e o Progresso por fim.

Diante disso, conclui-se que a filosofia idealizada por Comte, acentua-se numa
denominada lei fundamental. Haja vista que no estágio teológico tudo pode ser
explicado pela intervenção contínua de seres sobrenaturais.

No estágio metafísico, esses seres ou agentes naturais são substituídos por forças
abstratas atribuídas à natureza. E no estágio positivo, o indivíduo é convidado a largar
o que procura, isto é, passando a entender as causas dos fenômenos a partir da
interpretação e compreensão das leis que os interagem, nesse estágio é importante
conciliar a teoria e a técnica, o raciocínio e a observação.

1.5 O Fato Social como objeto da sociologia (Émile Durkheim)

Émile Durkheim nasceu na cidade de Epnal (França), no ano de 1858, vindo a falecer
no ano de 1917, em Paris, aos 59 anos de idade. Iniciou seus estudos filosóficos na
Escola Normal superior de Paris, indo depois para Alemanha. De volta a França,
ministrou aula de sociologia em Bordéus, primeira cátedra dessa ciência criada na

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Positivismo ocupou papel de destaque no Brasil, sobretudo no final do século XIX, quando houve a
Proclamação da República (15 de novembro de 1889). Está presente em um dos nossos maiores
símbolos que é a Bandeira Nacional, mediante o slogan “Ordem e Progresso”.

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França. Considerando que Auguste Comte é o fundador da Sociologia, muitos
estudiosos reconhecem que os estudos sociológicos se consolidaram e se expandiram
a partir da produção intelectual de Émile Durkheim. Em síntese, o pensamento de
Durkheim conceitua-se, inicialmente, pelos fatos sociais, representações sociais,
consciente coletivo e anomia social.

No entender de Durkheim, os fatos sociais se caracterizam pelo meio e pelo modo do


indivíduo pensar, sentir e agir no universo das relações grupais. Portanto, os fatos sociais
são objetos de estudos da Sociologia, porém, para serem considerados enquanto tal,
devem apresentar três características próprias: generalidade, exterioridade e
coercitividade.

1. A primeira característica refere-se à coerção social: são as ações que mostram


aos indivíduos que, no interior dos diferentes grupos sociais, existem padrões
culturais próprios que devem ser seguidos e legitimados;

2. A segunda característica se dá por meio das ações exteriores aos indivíduos:


são as práticas sociais coercitivas, tais como: os costumes, as leis e normas
existentes antes do nascimento das pessoas e que atuam sobre os
comportamentos dos indivíduos, independentemente de suas vontades serem
consideradas, portanto, “exteriores aos indivíduos”.

3. A terceira característica é a generalidade: considera-se social todo fato que é


geral, assim sendo, revela que os fatos sociais são gerais, ou seja, referem-se a
toda a sociedade e não apenas a um ou outro indivíduo.

Ao estudar os fatos sociais, Durkheim estendeu sua análise a outro fenômeno que o
denominou de consciente coletivo. Nesse aspecto, ele aborda a atitude individual de
cada sujeito, isto é, inserida no contexto social.

A consciência coletiva não se baseia na consciência de indivíduos singulares


ou grupos específicos, mas está espelhada por toda a sociedade. Ela revelaria,
segundo Durkheim, o “tipo psíquico da sociedade”, que não seria apenas o
produto das consciências individuais, mas diferente, que se imporia aos
indivíduos e perderia através das gerações. (COSTA, 1997, p. 62)

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Nesse sentido, conclui-se que o consciente coletivo é constituído pela somatória de cada
consciente individual. Em geral os conscientes individuais se reportam pelas diferenças
ou semelhanças, ou seja, podem variar de acordo com os valores e as regras
estabelecidas. Haja vista, os respectivos saberes, concepções de mundo, manifestações
culturais, comportamentos físicos e expressões emocionais. A isso Durkheim chamou
fatos sociais totais.

Outro fenômeno social, abordado por Durkheim, refere-se à definição dos fatos sociais
totais, ou seja, a utilização do método científico para a investigação do fenômeno, sob o
prisma da neutralidade. Essa maneira de análise exige o não envolvimento afetivo entre
o cientista e o objeto. “A neutralidade exige também a não interferência do cientista no
fato observado”. (COSTA, 1997, p. 60)

Dessa forma, Durkheim orienta o cientista social a estudar e interpretar os fatos sociais
como coisas, fenômenos que lhe são exteriores e devendo ser vistos e analisados de
maneira objetiva. Essa “coisificação” seria necessária para que pudesse investigá-los de
modo neutro (neutralidade) e distante (distanciamento).

As representações sociais e coletivas atuam sob aspectos e maneiras diversas,


contribuindo para a manutenção dos grupos. No entanto, essas representações
interagem unindo ou separando os grupos, isto é, podem ser positivas ou negativas,
sendo formadas pela ação do consciente coletivo. Quando positivas, significa que as
diversidades sociais e culturais foram respeitadas. Em oposição a isso, quando
negativas, observa-se as manifestações racistas, sexistas, xenófobas, entre os
diferentes grupos sociais.

Seguindo o pensamento de Durkheim, vemos que o cientista social deve investigar e


analisar as representações sociais, reconhecendo o universo das diferenças entre os
indivíduos e a coletividade. Haja vista que o substrato da representação individual era
a consciência própria de cada um, sendo, portanto, subjetiva, flutuante e perigosa à
ordem social. Por outro lado, o substrato da representação coletiva era a sociedade
em sua totalidade e, por isso, seria impessoal e ao mesmo tempo permanente,

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garantindo, assim, a ligação necessária entre os indivíduos e, consequentemente, a
harmonia da sociedade2.

Até aqui ficou claro que o pensador francês priorizava ser oportuno, definir os objetos
da investigação sociológica classificando os fatos sociais. Igualmente positivista, se
debruçou, entre outros, sobre os estudos acerca da metodologia de investigação
científica dos fatos sociais. Para tanto, produziu – entre outras – a obra As Regras do
Método Sociológico (1895). Émile Durkheim compõe, então, o segundo clássico da
sociologia europeia.

Conclusão

O presente bloco evidenciou o processo histórico, econômico e social que sucedeu


uma nova ciência, a sociologia. Nesse aspecto, viu-se o rompimento com o antigo
regime, o sistema feudal, e a inserção da burguesia na organização social, formação do
Estado liberal burguês, a segregação social causada pelas Revoluções Francesa e
Industrial, bem como, o pensamento filosófico positivista de Auguste Comte e a
análise sociológica funcionalista de Émille Durkheim, que adverte para a solidariedade
e o trabalho social.

REFERÊNCIAS

COSTA, Cristina. Sociologia: uma introdução à ciência da sociedade. São Paulo:


Moderna, 1997.

HORTON. Paul B. /Chester L.Hunt . Sociologia. São Paulo: McGraw-Hill, 1980.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

LAKATOS, Eva Maria. Sociologia geral. 6.ed. São Paulo: Atlas, 1990.

MARX, Karl. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins Fontes,
2003.

2
RÊSES, ERLANDO DA SILVA. Do conhecimento sociológico à teoria das representações sociais.
Disponível em: https://bit.ly/3GSrnFY. Acesso em: 05 nov. 2021.

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______. O capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.

______. Formações econômicas pré-capitalistas. Rio de Janeiro: Par e Terra, 1975.

MEKANAS, Paulo. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1990

MORAES FILHO, E. (Org.). Auguste Comte: sociologia. São Paulo: Ática, 1983.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atica, 2001.

REPOSITÓRIO, UFSC. Dicionário de sociologia. Repositório Institucional da


Universidade Federal de Santa Catarina, 2010.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para uma Pedagogia do Conflito. In: SILVA, Luís Heron
da et al (org.). Novos Mapas Culturais, Novas Perspectivas Educacionais. Porto Alegre:
Editora Sulina, 1996

TOMAZI, Nelson Dacio (org.). Iniciação à Sociologia. 2.ed. São Paulo: Atual, 2000.

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