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Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios gerais válidos para
todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades dos fenômenos
sociais quando comparados com os fenômenos de natureza e, consequentemente, da
abordagem científica da sociedade. De acordo com GIANNOTI (IN VALENTIM,
2010): "A Sociologia estuda a sociedade, onde os seres vivos se unem por laços
independentes de seus organismos. A Sociologia é vista por Comte como "o fim
essencial de toda a filosofia positiva".
Referências
1. Harriss, John. The Second Great Transformation? Capitalism at the End of the
Twentieth Century in Allen, T. and Thomas, Alan (eds) Poverty and
Development in the 21st Century', Oxford University Press, Oxford. p. 325.
Sociologia
Sociologia é uma das ciências humanas que estuda as unidades que formam a sociedade,
ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que
interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na
sua singularidade é estudado pela psicologia, a Sociologia tem uma base teórico-
metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais, tentando explicá-los,
analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes
sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.
Assim como toda ciência, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de
pesquisa. Ainda que esta tarefa não seja objetivamente alcançável, é tarefa da
Sociologia transformar as malhas da rede com a qual a ela capta a realidade social cada
vez mais estreitas. Por essa razão, o conhecimento sociológico, através dos seus
conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento
de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas
múltiplas relações sociais e, consequentemente, de si mesmas como seres
inevitavelmente sociais.
História
Émile Durkheim
Gilberto Freyre
Karl Marx
Vilfredo Pareto
Georg Simmel
Ferdinand Tönnies
Max Weber
A Sociologia é uma área de interesse muito recente, mas foi a primeira ciência social a
se institucionalizar. Antes, portanto, da Ciência Política e da Antropologia.
Em que pese o termo Sociologie tenha sido criado por Auguste Comte (em 1838), que
esperava unificar todos os estudos relativos ao homem — inclusive a História, a
Psicologia e a Economia. Montesquieu também pode ser encarado como um dos
fundadores da Sociologia - talvez como o último pensador clássico ou o primeiro
pensador moderno.
Em Comte, seu esquema sociológico era tipicamente positivista, (corrente que teve
grande força no século XIX), e ele acreditava que toda a vida humana tinha atravessado
as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse compreender este
progresso, poderia prescrever os "remédios" para os problemas de ordem social.
A Sociologia surge no século XIX como forma de entender essas mudanças e explicá-
las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a Sociologia é datada
historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do capitalismo
moderno.
Assim é que a Revolução Industrial significou, para o pensamento social, algo mais do
que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a racionalização da produção da
materialidade da vida social.
Este fato é importante para o surgimento da Sociologia, pois colocava a sociedade num
plano de análise relevante, como objeto que deveria ser investigado tanto por seus novos
problemas intrínsecos, como por seu novo protagonismo político já que junto a estas
transformações de ordem econômica pôde-se perceber o papel ativo da sociedade e seus
diversos componentes na produção e reprodução da vida social, o que se distingue da
percepção de que este papel seja privilégio de um Estado que se sobrepõe ao seu povo.
Correntes sociológicas
Estas três matrizes explicativas, originadas pelos seus três principais autores clássicos,
originaram quase todos os posteriores desenvolvimentos da Sociologia, levando à sua
consolidação como disciplina acadêmica já no início do século XX. É interessante notar
que a Sociologia não se desenvolve apenas no contexto europeu. Ainda que seja
relativamente mais tardio seu aparecimento nos Estados Unidos, ele se dá, em grande
medida, por motivações diferentes que as da velha Europa (mas certamente influenciada
pelos europeus, especialmente pela sociologia britânica e positivista de Herbert
Spencer). Nos EUA a Sociologia esteve de certo modo "engajada" na resolução dos
"problemas sociais", algo bem diverso da perspectiva acadêmica europeia,
especialmente a teuto-francesa. Entre os principais nomes do estágio inicial da
sociologia norte-americana, podem ser citados: William I. Thomas, Robert E. Park,
Martin Bulmer e Roscoe C. Hinkle.
A Sociologia, assim, vai debruçar-se sobre todos os aspectos da vida social. Desde o
funcionamento de estruturas macrossociológicas como o Estado, a classe social ou
longos processos históricos de transformação social ao comportamento dos indivíduo
num nível micro-sociológico, sem jamais esquecer-se que o homem só pode existir na
sociedade e que esta, inevitavelmente, lhe será uma "jaula" que o transcenderá e lhe
determinará a identidade.
Ainda que a Sociologia tenha emergido em grande parte da convicção de Comte de que
ela eventualmente suprimiria todas as outras áreas do conhecimento científico, hoje ela
é mais uma entre as ciências.
Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios gerais válidos para
todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades dos fenômenos
sociais quando comparados com os fenômenos de natureza e, consequentemente, da
abordagem científica da sociedade. Tais peculiaridades, no entanto, foram e continuam
sendo o foco de muitas discussões, ora tentando aproximar as ciências, ora afastando-as
e, até mesmo, negando às humanas tal estatuto com base na inviabilidade de qualquer
controle dos dados tipicamente humanos, considerados por muitos, imprevisíveis e
impassíveis de uma análise objetiva.
Por fim, a Filosofia social intenta criar uma teoria ou "teorias" da sociedade,
objetivando explicar as variâncias no comportamento social em suas ordens moral,
estética e históricas. Esforços nesse sentido são visíveis nas obras de modernos teóricos
sociais, reunindo um arcabouço de conhecimento que entrelaça a filosofia hegeliana,
kantiana, a teoria social de Marx e, ao mesmo tempo, Max Weber, utilizando-se de os
valores morais e políticos do iluminismo liberal mesclados com os ideais socialistas. À
primeira vista, talvez, seja complexo apreender tal abordagem. Entretanto, as obras de
Max Horkheimer, Theodor Adorno, Jürgen Habermas, entre outros, representam uma
das mais profícuas vertentes da filosofia social, representada por aquilo que ficou
conhecido como Teoria Crítica ou, como mais popularmente se diz, Escola de
Frankfurt.
A produção sociológica pode estar voltada para engendrar uma forma de conhecimento
comprometida com emancipação humana. Ela pode ser um tipo de conhecimento
orientado no sentido de promover um melhor entendimento dos homens acerca de si
mesmos, para alcançarem maiores patamares de liberdades políticas e de bem-estar
social.
Por outro lado, a Sociologia pode ser orientada como uma 'ciência da ordem', isto é,
seus resultados podem ser utilizados com vistas à melhoria dos mecanismos de
dominação por parte do Estado ou de grupos minoritários, sejam eles empresas privadas
ou Centrais de Inteligência, à revelia dos interesses e valores da comunidade
democrática com vistas a manter o status quo.
As formas como a Sociologia pode ser uma 'ciência da ordem' são diversas. Ela pode
partir desde a perspectiva do sociólogo individual, submetendo a produção do
conhecimento não ao progresso da ciência por si ou da sociedade, mas aos seus
interesses materiais imediatos. Há, porém, o meio indireto, no qual o Estado, como
principal ente financiador de pesquisas nas áreas da sociologia escolhe financiar aquelas
pesquisas que lhe renderam algum tipo de resultado ou orientação estratégicas claras:
pode ser tanto como melhor controlar o fluxo de pessoas dentro de um território, como
na orientação de políticas públicas promovidas nem sempre de acordo com o
interesse das maiorias ou no respeito às minorias. Nesse sentido, o uso do
conhecimento sociológico é potencialmente perigoso, podendo mesmo servir à
finalidades antidemocráticas, autoritárias e arbitrárias.
Desde o início a sociologia vem-se preocupando com a sociedade no seu interior, isto
diz respeito, por exemplo, aos conflitos entre as classes sociais. Na América Latina, por
exemplo, a sociologia sofreu influencias americanas e europeias, na medida em que as
suas preocupações passam a ser o subdesenvolvimento, ela vai sofrer influências das
teorias marxistas.
Positivismo
A ideia-chave do Positivismo Comtiano é a Lei dos Três Estados, de acordo com a qual
o homem passou e passa por três estágios em suas concepções, isto é, na forma de
conceber as suas ideias e a realidade:
A Religião da Humanidade
O lema da religião positivista é : "O Amor por princípio e a Ordem por base; o
Progresso por fim". Seu regime é: "Viver às Claras" e "Viver para Outrem".
Auguste Comte foi o criador da palavra "altruísmo", palavra que segundo o fundador,
resume o ideal de sua Nova Religião.
DIALÉTICA
Essas três correntes nos mostram que, desde os seus primórdios, a Filosofia preocupou-
se com o problema do conhecimento, pois sempre esteve voltada para a questão de que
o pensamento parece seguir certas leis para conhecer as coisas e que há uma diferença
entre perceber e pensar. O pressuposto da teoria do conhecimento como reflexão
filosófica é de que o homem é um ser racional consciente. A capacidade humana para
conhecer, para saber que conhece e para saber que sabe que conhece revela que a
consciência é um conhecimento (das coisas e de si) e um conhecimento desse
conhecimento (reflexão). Dessa forma, ao adquirir conhecimento o homem sente,
instintivamente, a necessidade de transferir toda essa aquisição, suas reflexões e
descobertas, pois sabe que a sabedoria deve ser propagada. É nesse momento que o ser
humano se utiliza de uma ‘ferramenta’ que somente ele possui, a Linguagem.
Somente o homem é um “animal político”, isto é, social e cívico, porque somente ele é
ditado de linguagem. Os outros animais possuem voz (phoné) e com ela exprimem dor e
prazer, mas o homem possui a palavra (lógos) e, com ela exprime o bom e o mau, o
justo e o injusto. Exprimir e possuir em comum esses valores é o que torna possível a
vida social e política e, dela, somente os homens são capazes (Aristóteles, 2005 p. 98).
Desde a Antiguidade, a arte privilegia o estudo das emoções humanas através de suas
representações. Tornou-se uma linguagem orgânica por está diretamente ligada ao
homem, fazendo parte de sua vida, retrata sua realidade e transforma seu futuro. A
leitura desempenha uma função nas sociedades, um papel que se configurou, em grande
parte, a partir daquilo que o público leitor reconheceu como valor.
A leitura não tem o poder de modificar a realidade, mas certamente é capaz de fazer
com que as pessoas reavaliem a própria vida e mudem de comportamento. Se esse efeito
é alcançado, o texto e seu contexto desempenham um importante papel transformador,
ainda que de modo indireto, levando a responder, por meio de construções simbólicas,
as perguntas que inquietam os seres humanos.
Referências:
CHAUÌ, Marilena. Filosofia: 3ª série: ensino médio/ Marilena Chauí. 1. ed. São
Paulo: Ática, 2007.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura/ Maria Helena Martins. São Paulo:
Brasiliense, 2003. (Coleção Primeiros Passos; 74).
Sites pesquisados:
<http://folhadesaopaulo.com.br/jornal/entrevistas>acesso:26/07/2008 às 14h12min
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/27561/1/CONHECIMENTO-HUMANO-
LINGUAGEM-E-LEITURAS-MECANISMOS-DE-TRANSFORMACAO-DA-
REALIDADE/pagina1.html#ixzz1M8oeTiXE