Disciplina de Ciências Sociais Aplicada à Administração
LUANA DA SILVA GOMES
FICHAMENTO DO LIVRO “ O QUE É SOCIOLOGIA? ”
Resumo: introdução
Neste capítulo traz a abordagem da conceituação da sociologia para
realizar a explicação da vida social, é de importância para a compreensão da sociedade, o estudo do movimentos revolucionários e do desenvolvimento social. Por muitas vezes o estudo da sociologia foi censurado nas instituições de ensino, contribuindo para o regresso do desenvolvimento social e movimentos sociais importantes. Essa ciência tende compreender a civilização capitalista e a sociedade moderna, com o interesse do estudo do pensamento sociológico com base em interesses econômicos e agrupamentos sociais, e assim seu envolvimento e reflexões para realização de teorias para as relações de poder na sociedade.
Resumo: Capítulo 1 (O surgimento )
O entendimento sobre esse capítulo trata sobre a evolução do pensamento científico que passa a estudar o mundo social com a consolidação da sociedade capitalista. Os acontecimentos revolucionários de transformação contribuem para fortes mudanças e problemas sociais resultando no surgimento da sociologia. Novas formas de organização social se originou a partir da revolução industrial, assim como novas relações de trabalho, contribuindo para a urbanização e industrialização da sociedade acelerada, também, com a necessidade de reorganizar a sociedade rural. Com a emigração do campo para a cidade e condições precárias de trabalho resultou em severas consequências devido ao crescimento demográfico e a ausência da estrutura dessas cidades para comportar o pessoal. Originou também o surgimento do proletariado, e com a precariedade do trabalho houve manifestações. Novas formas de pensamento também levaram ao surgimento da sociologia, para Francis Bacon (1561-1626), a teologia deixaria de ser a forma norteadora do pensamento, com isso ampliaria o poder e estudo da sociedade, para o estudo da sociedade era necessário estudar os grupos e não indivíduos isolados. Os iluministas, ideólogos da burguesia, posicionaram- se de forma revolucionária, eles analisaram quase todos os aspectos sociais, com o objetivo de demonstrar que as instituições da época eram injustas e dificultava a liberdade do indivíduo e esse pensamento contribuiu para afastar interpretações com base em superstições . Para Durkheim, constituiu-se a noção de ciência social e era necessário uma forma de organização social para a reflexão da mesma, então a sociologia vincula-se ao socialismo para a nova teoria crítica da sociedade e a reflexão da sociedade moderna.
Resumo: Capítulo 2 (A formação)
A abordagem neste capítulo traz a ausência de um entendimento comum
por parte dos sociólogos sobre a sociologia possuir uma relação com a formação de uma sociedade dividida pelo antagonismo de classes, que deu margem ao surgimento de diferentes tradições sociológicas. A sociologia surgiu em um momento de grande expansão do capitalismo, o pensamento conservador era defensor das instituições religiosas, monárquicas e aristocráticas, para eles a sociedade moderna era pelo caos social. Saint-Simon, pensador socialista e grande entusiasta da sociedade industrial destacava a sociedade Francesa pós-revolucionária instável e em desordem, e para a restauração da ordem tinha a visão que a nova era do industrialismo e com o progresso econômico acabaria com os conflitos sociais. Augusto Comte (1798 – 1857) pensador conservador, para ele as sociedades europeias se encontravam em um caos social , em sua visão as ideias religiosas haviam perdido sua força na conduta dos homens e ela não iria restaurar a organização da nova sociedade. Para haver equilíbrio social era necessário reestabelecer a ordem no conhecimento, criando um conjunto de crenças comum a todos os homens. É abordado que o advento da sociologia representava para Comte a evolução do conhecimento científico, faltando fundar uma “física social “, que deveria basear suas investigações os mesmos procedimentos das ciências naturais (observação, experimentação, comparação, e etc.). Durkheim (1858 – 1917) acreditava que a raiz dos problemas não era de natureza econômica, mas sim de uma fragilidade moral em orientar adequadamente o comportamento dos indivíduos e que os valores morais iria neutralizar as crises econômicas e políticas. Considerava que a divisão do trabalho o aumentava a solidariedade entre os homens, pois passariam a depender mais um dos outros estabelecendo união e solidariedade, mas ainda inexistia um novo conjunto de ideias morais para guiar o comportamento dos indivíduos. Fica claro que Para Marx a luta de classes teria a realidade concreta da sociedade capitalista, ao contrário da sociologia positiva que via na divisão do trabalho uma fonte de solidariedade entre os homens, Marx apontava como uma das formas que se realizavam as relações de exploração, antagonismo e alienação, os trabalhadores estavam sujeitos a uma dominação econômica. Conclui-se que logo após, Max Weber (1864-1920) buscava uma neutralidade científica, desejava que um cientista não tinha o direito de possuir preferências políticas e ideológicas, sendo todo cientista também um cidadão, poderia se identificar com os problemas sociais, mas jamais deveria defendê-los a partir de sua atividade profissional. Ao contrário de Marx, Weber não considerava o capitalismo um sistema injusto, as instituições capitalistas era uma demonstração de organização racional e suas atividades eram produzidas em um padrão de eficiência, considerava que o movimento socialista não era atrativo pois esse Estado impactava negativamente na racionalização e burocratização da vida contemporânea.
Resumo: Capítulo 3 (O desenvolvimento)
Neste capítulo mostra que a burguesia estava se distanciando dos seus ideais e sendo mais conservadora para assegurar sua dominação. As ciências sociais serviram como técnica de manutenção de dominação, a burguesia conseguia controlar os movimentos revolucionários com sua identidade conservadora. Posteriormente, o desenvolvimento da sociologia foi afetado pela eclosão das duas guerras mundiais, com a implantação de regimes totalitários, ocasionou a emigração de pesquisadores para a Inglaterra e Estados Unidos. A partir de 1950, os novos estudos empíricos abandonaram os problemas históricos para a compreensão da vida social concentrando-se em aspectos irrelevantes, a ruptura de algumas tendências significativas possibilitou a sociologia se firmar como ciência de uma prática conservadora. Nesse contexto conclui-se que surge o sociólogo profissional adotando uma atitude científica neutra e objetiva, a profissionalização da sociologia, orientada para legitimar os interesses dominantes. Em posição de recuperar o pensamento socialista clássico é necessário que o sociólogo estabeleça uma relação com as forças e com os movimentos sociais que procuram modificar a essência das relações dominantes, é fundamental que o sociólogo passe a interagir com os grupos, as classes e as organizações que procuram recriar a sociedade.