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Resumo do capitulo 3 do livro “o que é sociologia”

de Carlos Benedito Martins

Graduação em Psicologia
Disciplina: Sociologia
Bianca Caldas, Beatriz Andrade, Debora Cristina

A sociologia teve seu desenvolvimento atrelado ao surgimento do sistema


capitalista. Este que por sua vez estava remodelando a sociedade, o que trazia
um ar de possibilidades e renovação para os sociólogos.

Contudo, a implementação desse novo sistema não trouxe apenas benefícios


como se esperava. Primeiramente, podemos observar o desejo da burguesia
de se manter soberana, exercendo o papel dominante na sociedade, o que
afetou a produção de pesquisas sociológicas com análise crítica sobre a
realidade da vida social naquele período, haja visto que a burguesia desejava
ter o controle e manter a “ordem social”, impedindo assim qualquer
possibilidade de uma nova revolução.

De modo que, com a profunda crise em que a civilização capitalista foi


implantada, onde ela trazia em seus aspectos a desigualdade social,
fenômenos sociais negativos, mudanças e transformações descontroladas nas
cidades, foi instigando e favorece o desenvolvimento do pensamento
socialistas, que buscava não só compreender essa mudança, mas encontrar
formas e estratégias de mudar essa nova realidade.

Entretanto essa nova realidade era vista como necessária para os burgueses e
os aspectos negativos percebidos como parte de uma mudança necessária, e
foi nesse momento, no desejo de manter a nova ordem, que as ciências
sociais, antes eram ignoradas, deviam agora seguir uma única linha de
pensamento conservadora para que assim se mantivesse em desenvolvimento.

Sendo assim vista como uma ferramenta de pesquisa e estudo da sociedade,


sendo utilizada para criar estratégias de expansão econômica e militar. Assim o
sociólogo começou a desenvolver seu trabalho para grandes empresas que
determinavam seus objetivos e as finalidades do pensamento. Tornando assim
dificultoso para os sociólogos exercerem sua autonomia crítica.
Entretanto, diversos sociólogos modernos continuaram enfrentando essas
limitações e depois de muita resistência, continuando assim o desenvolvimento
de pesquisas e estudos com fundamentação crítica.

Naquela época o pensamento de Émile Durkheim foi fonte de inspiração e


conhecimento para diversas pesquisas, muitos seguidores de Durkheim faziam
análises que favoreceram o pensamento crítico sobre a vida social.

Em 1930, Chicago transforma-se em grande metrópole industrial que atraia


uma enorme quantidade de emigrantes. Com isso ouve uma concentração dos
sociólogos nos estudos de novos estilos de vida que surgiram no aumento da
urbanização, causando desorganização urbana.

Os estilos de vida dos camponeses que imigravam para a cidade moderna era
diferente, causando uma forma exaustiva na nova adaptação, com isso foram
feitas análises das formas tradicionais de controle social, para as típicas
urbanas.

Thomas e Park, pesquisadores responsáveis pela geração de sociólogos,


composto por Wirth, Herbert e vários outros. Em 1915 foi publicada a revista
“América Journal of socióloga”, com intuito de sugerir a investigação do
comportamento humano na cidade. Foi um período incontestável para
afirmação da sociologia como ciência, porém possuía limitações.

Na polêmica com o marxismo, foi minimizado o fato econômico da vida social


como diferentes tipos de relações sociais que tiraram a relação humana da
realidade. As transformações sociais na Europa foram objeto de estudo “o
pensamento socialista”, que buscavam entender mudanças ocorridas no
sistema pelo imperialismo, não só para compreender a política, mas também
extrair orientação para luta contra o imperialismo.

O desenvolvimento da sociologia foi afetada pelas guerras mundiais,


quebrando o trabalho já feito. Na imigração os pesquisadores fizeram um golpe
na ação da sociologia, em tempos recentes teriam fornecido grandes
contribuições para a afirmação da sociologia como ciência.
A investigação da “desorganização social” estava sendo estimulada pelo bem-
estar-social, para a continuação da ordem já existem. A sociologia estaria
sendo envolvida na luta para aumentar o socialismo e neutralizar as nações
submetidas pelo imperialismo, dependência econômica e financeira nos
centros metropolitanos.

A sociologia americana fundamentou uma posição anti marxista mais segura,


um grupo de pesquisadores de Harvard procurou a sociologia acadêmica
europeia, porque pensavam que os europeus tinham uma defesa contra o
marxismo. Sociólogos esses que iriam ocupar posições de destaque no
conhecimento da sociedade americana.

Os trabalhos da escola em Chicago foi um marco a dedicação de técnicas para


investigação, buscando refinar procedimentos quantitativos e estatísticos da
pesquisa no campo ,técnica que deu um fim a si próprios.

Durante o período de desenvolvimento do empirismo, é possível observar que


os estudos de campo buscavam investigar sobre as relações sociais dentro de
pequenos grupos, contudo o faziam sem contextualização histórica e de forma
a serem vistos á parte da vida social.

De forma que os estudos adquiriam um caráter “neutro” e “objetivo”,


aproximando-os assim do positivismo e se afastando cada vez mais da
concepção dos sociólogos clássicos, que visavam o desenvolvimento de
analises voltado aos problemas históricos e dentro das condições de vida da
sociedade como uma todo e não na compartimentação desta.

E ao se voltar para uma concepção positivista a sociologia contemporânea


tornava-se conversadora em seus objetivos que se estabeleciam na direção de
resolver “os problemas sociais” controlando assim levantes revolucionários que
estavam em ascensão contra os fundamentos da nova sociedade capitalista
organizada pela burguesia.
Foi neste mesmo período que surgiu o sociólogo como profissional, como
técnico, onde este teria seus esforços voltados ao corpo empresarial de onde
estivesse empregado. De modo que este não produziria livremente e de forma
critica, somente a favor dos interesses de centros econômicos e da realidade
que este necessitasse para prosperar.

Contudo, não só nesse contexto a sociologia desenvolveu-se, pois tanto em


países centrais quanto periféricos foi possível reconhecer uma sociologia critica
e reflexiva em relação a classe dominante e seus aspectos, produzindo assim
conhecimentos que fortalecessem novos processos de pensamento que
pudessem transformar a sociedade.

Finalizando a contextualização da influencia do pensamento socialista como


bases para a compressão dos ditames da sociedade burguesa por parte dos
sociólogos, e favorecendo um local onde se possa realmente pensar e analisar,
não apenas seguir por uma única ordem “como manter a ordem social” ou seja
como manter a burguesia no controle social.

De forma que o autor faz um ultimo convite aos sociólogos, que estes saiam de
uma metodologia funcionalista e tomem consciência de forma critica da
realidade daqueles que estão sobre as ordens de uma dominação e a parte
dos benefícios gerados pelo capitalismo.

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