O livro descreve a história e o desenvolvimento da Sociologia desde seu surgimento no século XVIII até os dias atuais. A Sociologia surgiu como forma de entender as transformações sociais decorrentes da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. Grandes pensadores como Saint-Simon, Comte, Durkheim e Marx contribuíram para o estabelecimento da Sociologia como ciência. Ao longo do tempo, a Sociologia foi influenciada por contextos históricos e políticos e passou por diferentes fases, como a profissionalização voltada para a manutenção
O livro descreve a história e o desenvolvimento da Sociologia desde seu surgimento no século XVIII até os dias atuais. A Sociologia surgiu como forma de entender as transformações sociais decorrentes da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. Grandes pensadores como Saint-Simon, Comte, Durkheim e Marx contribuíram para o estabelecimento da Sociologia como ciência. Ao longo do tempo, a Sociologia foi influenciada por contextos históricos e políticos e passou por diferentes fases, como a profissionalização voltada para a manutenção
O livro descreve a história e o desenvolvimento da Sociologia desde seu surgimento no século XVIII até os dias atuais. A Sociologia surgiu como forma de entender as transformações sociais decorrentes da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. Grandes pensadores como Saint-Simon, Comte, Durkheim e Marx contribuíram para o estabelecimento da Sociologia como ciência. Ao longo do tempo, a Sociologia foi influenciada por contextos históricos e políticos e passou por diferentes fases, como a profissionalização voltada para a manutenção
Fichamento do livro “O que é Sociologia", de Carlos Benedito
Sobre o autor:
Nascido em 1948, na cidade de Itaberaí, interior de Goiás. Carlos Benedito de
Campos Martins é graduado em Ciências Sociais pela PUC-SP no ano de 1971. Concluiu seu mestrado no ano de 1979, pela mesma universidade. Recebeu, em 1986, o título de doutor em Sociologia pela Universidade de Paris V e, posteriormente, o de pós-doutor em 2007, pela Universidade de Columbia. Atualmente, desempenha função de professor do Departamento de Sociologia na UNB-Brasília.
Capítulo 1: O surgimento
O surgimento da Sociologia partiu de um momento histórico de colapso do
sistema feudal e consolidação do capitalismo, que trouxe à tona uma nova ordem social. Partindo disso, houve a necessidade de se compreender as transformações e características dessa nova forma de organização da sociedade. O século XVIII foi de suma importância para o crescimento e desenvolvimento da Sociologia. Tendo em vista as duas importantíssimas revoluções ocorridas na época. São elas: a Revolução Industrial (1760-1840) e a Revolução Francesa (1789-1799). Com início na Inglaterra, a primeira delas foi um período de grande desenvolvimento tecnológico na Europa. Marcado pelo nascimento da indústria, a partir da substituição do trabalho artesanal pelo com uso de máquinas. Essa revolução foi fundamental na transformação da sociedade na época. Tendo em vista que mudou o processo produtivo, as relações de trabalho e a forma de organização do tempo. O surgimento de uma classe operária foi de extrema importância para o desenvolvimento da Sociologia. Muito por conta de seu papel histórico no arranjo comunitário. Comunidade essa que tornou-se objeto de estudo de pensadores ingleses do período. Já a Revolução Francesa, muito influenciada pelo iluminismo, surgiu com intuito de converter a estrutura do Estado. Rompendo radicalmente com o tradicionalismo da época. Promovendo inovações políticas e econômicas. Essa revolta teve um papel crucial no desenvolvimento dessa ciência. Tendo em vista que grandes nomes surgiram a partir desses ideais. Como, por exemplo, Augusto Comte. Que concentrou seus esforços a pensar em uma nova ordem social, buscando recuperar a organização. Estabelecendo uma ciência da sociedade.
Capítulo 2: A formação
A Sociologia não surge como uma escola de entendimento geral. Tendo em
vista que os ideais entre os sociólogos não estavam sempre alinhados, muito por conta da realidade em que cada um se encontrava. A rivalidade de classes possibilitou diversas vertentes nessa ciência, por conta de interesses opostos na sociedade capitalista do período. Dentre os vários ideais, é possível citar: Saint-Simon, considerado um dos primeiros pensadores socialistas. Acreditava que as empresas deveriam assumir responsabilidades sociais sobre as classes trabalhadoras e defendia o progresso econômico como solução de uma sociedade desordenada. Augusto Comte, considerado o pai da Sociologia. Contrário aos princípios iluministas, defendia o reestabelecimento da ordem social por meio de ideais e conhecimentos comuns a todos. Defendia “o amor como princípio, a ordem como base, o progresso como fim.”. Durkheim, introduziu a ideia dos fatos sociais. Protegia os valores morais como solução dos problemas econômicos. Focando na formação da conduta popular a partir de um novo conjunto de ideias. Em contrapartida ao capitalismo, surge o socialismo. Idealizado por Marx e Engels, observaram que a divisão do trabalho como uma das responsáveis pela exploração. Afirmavam que o homem possui caráter coletivista. Trazendo consigo o ideal de revolução do proletariado contra as classes dominantes. Por outro lado, Max Weber não dava tanta importância ao conflito de classes. Defendia que as ações individuais guiariam os processos de mudança social.
Capítulo 3: O desenvolvimento
O desenvolvimento da Sociologia se da a partir das disparidades causadas por
uma burguesia que aproveita de diversos artifícios para manter seu poder. A Sociologia começou a ser aplicada como forma de prosseguimento das relações dominantes entre classes. Levando em conta que os financiadores dos sociólogos, o fazem afim de alcançar certos objetivos. Que, em muitas vezes, acaba inviabilizando um conhecimento autônomo e crítico. A partir da Primeira Guerra Mundial, pôde-se observar um grande avanço dessa ciência. Porém, o surgimento de regimes totalitários, que perseguiam os intelectuais e cientistas, e o pós-Segunda Guerra Mundial, resultaram em retrocesso da Sociologia na Europa. Dada a soberania dos Estados Unidos ao fim dessa guerra, o estudo sociológico passa a ser utilizada na contenção do socialismo e na manutenção das relações de dominação das potências aos emergentes. Os novos sociólogos recusaram-se a tratar dos problemas que pudessem levantar a compreensão da vida social. E, nesse contexto, aparece a sociologia profissional. Voltada à legitimação dos interesses dominantes. Algo que, sem querer, abriu brechas para a ascensão de uma classe média mais intelectual. Atualmente, os sociólogos têm criticado a produção de Sociologia para conservação da ordem. Essa sociologia crítica possibilita a melhor compreensão da sociedade contemporânea, analisando a história e as atuais formas de dominação capitalista. Nos diversos países à margem desse capitalismo, há a elaboração de uma ciência questionadora sobre os diversos aspectos de dominação. Executando, dessa forma, um importante instrumento de transformação social.