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MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. 38.ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

(Coleção
Primeiros Passos)

Para Carlos Benedito Martins, eu seu livro “O que é Sociologia”, sociologia seria o
estudo que busca compreender do comportamento social as interações e organizações
humanas, e visa melhor sistematizar as compreensões das dinâmicas sociais e das
mudanças na sociedade. Esse livro é dividido em três partes, as quais justificam esse
conceito de sociologia que ele adota, levando em consideração até mesmo o contexto
histórico do surgimento dessa ciência. A primeira fala do surgimento da sociologia, a
segunda, da sua formação e a terceira do desenvolvimento da sociologia. Nesse primeiro
capítulo, o autor mostra o contexto histórico no qual acontece o surgimento da
sociologia está inserido. Naquele momento, a sociedade passava pela transição do
sistema feudal para o sistema capitalista, e dentro desse contexto, a sociologia surge
com o objetivo de entender a nova sociedade formada. As Revoluções Francesa e
Industrial também serviram de palco para o nascimento dessa nova ciência, a qual
também possui reflexos dos ideais iluministas. Um avanço para a sociedade, mas por
outro lado trouxe fatores desagradáveis para a população. Sociologia entra nessa parte
de, pegar um problema e transforma-lo em objeto de estudo. Produzir um mero
conhecimento sobre novas condições de vida geradas pela revolução industrial, mas
procura extrair orientações para a ação tanto para manter, como para reformar ou
modificar radicalmente a sociedade de seu tempo. Já o segundo capítulo do livro, autor
fala dos diferentes tipos de sociologia desenvolvidos, idealizados por diferentes
pensadores, dentre os quais se podem destacar Marx e Engels, visto que esses
pensadores, ao fazerem os estudos da sociedade a partir da divisão do trabalho,
formaram teorias e ideologias, sendo precursores do socialismo, que ao contrário do
positivismo, apresenta uma crítica ao sistema capitalista, que no momento estava em
crise. Nesse capítulo do livro, o autor também mostra a influência do protestantismo, em
Weber, para o sucesso do capitalismo e o papel da economia no âmbito social. Esses
pensadores, apresentados por Martins, foram, segundo ele, de grande importância para
entendermos o conjunto da sociedade da época, e também para entendermos a relação
entre o histórico do homem e o contexto histórico em que ele realizou seus feitos. No
terceiro e último capítulo, O autor fala que apesar das dificuldades postadas aos
sociólogos em desenvolver seu estudo, por parte principalmente da burguesia, esses
sociólogos conseguiram ir em frente com as suas investigações, sendo que esse foi o
período de maior acumulo de dados empíricos. Muitos sociólogos encontraram mais
dificuldade em prosseguir com seus estudos e suas críticas, visto que estavam inseridos
em sociedades totalitárias onde a perseguição àqueles que se colocavam contra o
governo vigente era intensa. Outro fator abordado nesse último capítulo é a respeito do
excesso de empirismo sem estar aliado a contextualização histórica, que dificultava a
analise da sociedade como um todo. Para finalizar seu livro, Martins fala da que a
função do sociólogo é se libertar dos limites impostos pelo poderio burguês e fazer da
sociologia um instrumento de transformação social, se colocando ao lado daqueles que
também estão preparados para tal, para enfim construir uma sociedade mais justa e
igualitária do que aquela em que vivemos.

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