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Instituição: Universidade Federal do Rio Grande

Disciplina: Introdução a Sociologia, curso de História

Docente: Professor Ricardo Gonçalves Severo

Discentes: Tainan Santos, Sthefani Ramos e Eduarda Neves

RESUMO

TÓPICOS DO TRABALHO:

Vida de Marx;

O manifesto Comunista;

A nova luta de classes;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

NETTO, J. P. Karl Marx uma biografia. São Paulo: Boitempo Editorial, 2020.

MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo Editorial,
2007.

QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M. Um Toque dos


CLÁSSICOS: MARX, DURKHEIN E WEBER. Minas Gerais: Editora UFMG, 2015.

Nas notas do autor, do livro Karl Marx uma biografia, p. 49, José Paulo Netto descreve
porque o estudo de Marx é tão necessário em nosso tempo. Ele expõe que a teoria social
revolucionária, fundada pela obra Marxista, não se conclui por ela mesma, pois é uma teoria
em movimento e desenvolvimento. Ele diz que a teoria marxiana continua válida para a
compreensão do capitalismo em nossos dias, o autor reforça, explicando que a teoria é
necessária, no entanto não é o suficiente. Para compreender o capitalismo contemporâneo é
preciso aplicar as concepções teórico-metodológicas e não replicar as conclusões de Marx.

A primeira parte do livro "Karl Marx, uma biografia", José Paulo Netto aborda a juventude do
pensador alemão, desde sua infância até sua entrada no movimento político e socialista da
época. Netto começa por descrever a infância de Marx na cidade de Tréveris, na Alemanha,
onde ele nasceu em 1818. Marx foi criado em uma família judaica convertida ao cristianismo,
e sua educação foi fortemente influenciada pela religião. Seu pai, um advogado, esperava que
ele seguisse seus passos na carreira jurídica. No entanto, Marx mostrou interesse em estudar
filosofia e literatura. Ele estudou na Universidade de Bonn e depois na Universidade de
Berlim, onde teve contato com a filosofia de Hegel. Foi durante este período que Marx
começou a desenvolver suas ideias políticas e a se envolver em grupos políticos e sociais.
Netto também descreve a influência do pensamento de Hegel na formação do pensamento de
Marx. Hegel defendia que a história humana era movida por forças dialéticas, e que a
evolução da sociedade humana seguia um processo de tese, antítese e síntese. Marx adaptou
essa ideia em sua própria teoria do materialismo histórico, que defendia que a luta de classes
era a força motriz da história. Além disso, Netto destaca a importância da amizade de Marx
com Friedrich Engels, que se tornaria seu colaborador mais próximo e um dos principais
teóricos do socialismo. Marx e Engels se conheceram em 1844 e compartilhavam um
interesse comum pelo socialismo e pelo comunismo. Netto descreve a participação de Marx
em vários grupos políticos e sociais, incluindo os jovens hegelianos e a Liga dos Comunistas.
Ele também descreve a influência de outras figuras importantes da época, como Pierre-Joseph
Proudhon, Robert Owen e Moses Hess. No final da primeira parte, Netto descreve a
publicação do "Manifesto Comunista" em 1848, escrito por Marx e Engels. O manifesto foi
um importante documento político que defendia a abolição da propriedade privada e a criação
de uma sociedade comunista sem classes.

A segunda parte do livro, Netto aborda o período da vida de Marx em que ele se envolveu
intensamente com a militância política e a elaboração de sua teoria revolucionária. O autor
destaca a importância da atuação de Marx na Liga dos Comunistas e na elaboração do
Manifesto Comunista, documento que se tornaria uma das obras mais influentes da história
política. Netto também discute as contribuições de Marx para a teoria econômica, como a
concepção do valor-trabalho e a análise crítica do capitalismo, bem como suas reflexões sobre
a dialética e a história. O autor destaca a importância da obra "O Capital" para a compreensão
da teoria marxista e das condições socioeconômicas da época. Além disso, o livro apresenta
um retrato detalhado do contexto histórico em que Marx viveu, incluindo as lutas políticas e
sociais na Europa do século XIX, a expansão do imperialismo e a emergência dos
movimentos operários e socialistas. O autor também aborda as relações pessoais de Marx,
incluindo sua amizade e colaboração com Friedrich Engels. No geral, a segunda parte da
biografia de Marx escrita por José Paulo Netto oferece uma visão abrangente e detalhada da
vida e obra do teórico revolucionário, bem como do contexto histórico e intelectual que
moldou sua teoria.

A terceira parte do livro, o autor aborda os últimos anos de vida de Marx, desde o fim da
década de 1860 até sua morte em 1883. O autor apresenta uma análise detalhada das lutas
políticas e teóricas de Marx, sua relação com seus seguidores e críticos, e sua influência na
história e na teoria social. Netto destaca a participação de Marx nas lutas políticas da época,
como o apoio à Comuna de Paris em 1871, e suas reflexões sobre o papel do Estado e a
possibilidade de uma sociedade socialista. Ele também aborda as relações de Marx com
outros pensadores e militantes, incluindo Mikhail Bakunin, Pierre-Joseph Proudhon e
Ferdinand Lassalle. O autor apresenta um retrato detalhado da vida pessoal de Marx,
incluindo sua saúde precária e suas dificuldades financeiras, bem como sua relação com sua
esposa Jenny e seus filhos. Ele também discute a influência da morte de seu filho, Edgar, em
1855, sobre a vida e a obra de Marx. Netto enfatiza a importância da teoria marxista para a
compreensão da história e da política, bem como para a luta dos movimentos sociais e
populares. Ele apresenta uma análise crítica da recepção da obra de Marx ao longo do tempo,
incluindo a influência do marxismo-leninismo e do eurocomunismo, e discute as críticas e os
desafios à teoria marxista. No geral, a terceira parte da biografia de Marx escrita por José
Paulo Netto oferece uma análise abrangente e detalhada da vida e obra do teórico
revolucionário, bem como de sua influência duradoura na história e na teoria social.

RESUMO 2

Introdução

O Manifesto comunista é o chamamento aos proletários revolucionários, para que venha a


ocorrer uma revolta contra a burguesia e o acúmulo de bens. Pois, esses exploram os
trabalhadores. E o sistema capitalista é muito desigual, para apontar pra isso Marx realiza uma
análise histórica. Ele apresenta o comunismo como o que acabará com as classes.
Burgueses e proletários

Nesse capítulo Marx começa com sua famosa frase: “A história de todas as sociedades até
agora tem sido a história das lutas de classes. Ele usa exemplos históricos de sociedade para
mostrar que sempre houveram opressores e oprimidos, desde a Roma Antiga até o
Capitalismo. Ele expõe que os antigos modelos podem até mudar, mas nunca dá fim a luta de
classes. Ele da o exemplo de indústria e circunavegação e as colônias, e aponta que tudo isso
levará ao que hoje vivemos e chamamos de globalização. Ele também aponta que o Estado só
cuida dos interesses da classe dominante. Também expõe que o capitalismo não sobrevive
sem inovar. No fim do capítulo, ele faz um apelo aos proletariados, nesse apelo ele fala que a
burguesia criou aquilo que iria derrubá-la, que seria o proletariado. Ele aponta as
desigualdades sociais e entre elas está a exploração nas fábricas. Marx conclui dizendo que a
burguesia escreveu o fim da própria história, porque o proletariado geraria esse fim.

Proletários e comunistas

Karl expõe o interesse do movimento comunista que é unir todo o proletariado do mundo e
promover a luta contra a burguesia. A sociedade burguesa surgiu pela Revolução Francesa
quando foi extinto o feudalismo. O comunismo deseja abolir a propriedade burguesa. Ele
expõe que o trabalho assalariado cria o capital e o mesmo é uma força social. No comunismo,
segundo ele, o trabalho exalta o proletariado, já na burguesia o capital é independente e
individual. O comunismo propõe o fim da propriedade privada, da família tradicional, o fim
da exploração infantil e defende a educação pública e social. O comunismo também quer
extinguir o conceito da mulher como meio de produção e acredita que com o fim da
exploração individual vai acabar com toda a espécie de exploração. E então no fim do
capítulo eles revelam suas ideias políticas. Algumas delas: ruptura com as relações
tradicionais, expropriação da propriedade territorial e emprego da renda e proveito do estado,
impostos progressivos, abolição do direito a herança, centralização do crédito nas mãos do
estado, por meio de um banco nacional com capital do estado e com monopólio exclusivo;
centralização dos meios de comunicação e transporte nas mãos dos estados, entre outras
ideias.

Literatura socialista e comunista


1. O socialismo reacionário

A) O socialismo feudal

Eles expõem que com o antigo sistema derrubado, os aristocratas para suscitar simpatia, para
ter o proletariado do seu lado passou a acusar os burgueses a respeito da exploração da classe
trabalhadora. Eles acusam os burgueses como se no antigo sistema não houvessem pessoas
sendo exploradas. Eles acusam os capitalistas de terem criado a classe que iria destruir toda a
velha ordem social.

B) O socialismo pequeno-burguês

Esse socialismo almejava restabelecer os antigos meios de produção e de circulação, as


relações de propriedade e sociedade antiga, ou aprisionar violentamente os meios modernos
de produção e circulação nos Marcos antigos de propriedade. Por isso, tal socialismo é
simultaneamente reacionário e utópico. Sistema corporativo na manufatura e economia
patriarcal no campo, estas são suas últimas palavras.

C) O socialismo alemão ou “verdadeiro” socialismo

O que ele crítica no socialismo alemão é que esse socialismo tem um caráter metafísico e é
embasado no pensamento dos franceses, porém a França era um país completamente diferente
da Alemanha (Prússia) nesse tempo, tanto no sentido ideológico quanto na velocidade do
desenvolvimento. Além disso o comunismo alemão defendia a burguesia alemã e não o
proletariado e não era revolucionário.

2. O socialismo conservador burguês

Esse socialismo busca amenizar os conflitos da classe operária para com a burguesia. Busca a
dissolução de movimentos revolucionários e que contribuem para sua dissolução. Busca a
burguesia sem proletariado. O socialismo burguês completa sua concepção até constituir um
meio-sistema ou um sistema inteiro. Esse socialismo propõe tirar a classe operária de todo o
movimento revolucionário, mostrando que não necessitam de mudança política, mas a
mudança das condições materiais de vida.

3. O Socialismo e o comunismo crítico-utópicos

Este último seria o comunismo sem a luta de classes, uma tentativa de achar um meio termo,
como uma síntese entre as classes. Mas tentando estabelecer uma nova sociedade só para os
que são comunistas.
Posição dos comunistas diante dos diversos partidos de oposição

Os comunistas apoiavam todo o movimento revolucionário contra as condições sociais das


políticas da época, segundo Marx e Engels. Os comunistas trabalhavam por toda a parte pela
união e o entendimento entre os partidos democráticos em todos os países. Por fim, ele afirma
que os comunistas declaram abertamente que seus fins só serão alcançados com a derrubada
violenta da ordem social existente. Que os comunistas tem um mundo a conquistar.

A NOVA LUTA DE CLASSES

As principais ideia de Marx, são: o socialismo cientifico e a análise de observação histórica.

Marx retira do Hegel a ideia de que a história funciona a partir de um conflito que o Hegel
denominava “senhor-escravo”. Aquele que pode tudo e aquele que não pode nada. Já no
Hegel, a dialética criaria um processo no qual essas forças seriam integradas.

Marx vira a ideia de Hegel de ponta cabeça, ou seja, do campo metafisico, ele traz para o
físico. Usa a dialética para entender e explicar as relações de poder no mundo físico. O
conflito de classes gera mudança e move a história de maneira dialética, ou seja, as duas
classes conflitam e criam uma nova síntese. Exemplo: Escravidão, torna-se feudalismo que se
torna capitalismo. Ou seja, sempre progride um pouco.

A problemática da ideia de Marx é que ele criou uma ideia utópica de que o comunismo
eliminaria o capitalismo e a luta de classes. Ele entende a burguesia como fonte de todo o mal
porque no século XIX só havia a renovação e atualização dos meios de produção. Sua ideia
em relação a isso é atrasada, porque na contemporaneidade o capitalismo não se resume a
meios de produção, tem a área de serviço, marketing, tecnologia, entre outras.

O filosofo L. F. Pondé descreve que se a esquerda não parar de se preocupar com a inclusão
das minorias nos meios de produção e se preocupar em derrubar a burguesia a revolução
finalmente acontecerá. Nesse viés a burguesia só inclui as minorias para renovar e aumentar
seu poder de mercado. Mais inclusão gera mais mão de obra, logo, um numero maior de
pessoas para movimentar o capital. Uma coisa é enxergar as contradições no capitalismo,
outra é idealizar uma saída, ou crer em uma utopia socialista.

Sobre a nova elite e o novo proletariado:


Tem esquerda e direita dentro da nova elite. A nova elite inclui o poder gerencial, isto é, quem
professores e quem gerencia universidade, que não detém os meios de produção, mas detém
os meios de gestão da sociedade. E também detém quem possui os meios de produção. Essa
elite inclui tanto um professor de esquerda, quanto um economista de direita. Ambos são elite
porque organizam e agenciam o mundo a partir do que lhes interessa. Juntos, os dois detém,
tanto os meios de produção capital, quanto cultural.

Então, o que separa a nova elite do novo povo é o diploma associado a tudo aquilo que ele
representa; isto é, viagens, acesso, estabilidade financeira e o acesso a gestão do sistema.
Sendo assim o novo proletariado seria, tanto o católico pobre e esquerdista, quanto a pessoa
que necessita de ajuda do governo, também o evangélico bolsonarista pobre e pessoas das
periferias no geral, entre outros. Pessoas no geral sem acesso ao poder, seja capital ou a
própria informação.

“A elite intelectual tem mais consciência e dá mais valor ao ser do que ao ter”.

O L. F. Pondé explica que com a revolução Neoliberal Tecnocrática, que foi gerada pela nova
elite, vieram lideres populistas, ele citou exemplos na Itália, Brasil e EUA. Ele explica que
essa elite mesmo quando de esquerda, aceita como revolução uma pessoa de minoria
representando uma marca, mesmo que essa marca esteja escravizando pessoas em outra região
(o exemplo do Iphone). O Pondé também fala a respeito dos progressistas do exterior
(americanos e europeus) que fazem parte dessa nova elite, ele diz que eles aceitam o
imigrante com mais facilidade do que o proletário porque os imigrantes não competem
economicamente com eles, enquanto o proletário se sente ameaçado porque há essa
competição econômica.

Enfim, quis comentar a respeito desse tema para mostrar que a luta de classes mudou e que é
impossível agir como o Marx na atualidade porque, ele apresentou aquela ideia como solução
no tempo dele e nossos tempos são completamente diferentes. O mercado e a cultura
mudaram e a elite também.

OUTRAS REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/karl-marx.htm

https://www.google.com/amp/s/mundoeducacao.uol.com.br/amp/sociologia/karl-marx.htm
Vidas Cruzadas, a Nova Luta de Classes: https://youtu.be/Uq-za5Udi7Q

LIND, M. The New Class War: Saving Democracy from The Managerial Elite.

Questões:

Que impacto o Manifesto Comunista gerou na história?

O que seria a luta de Classes na contemporaneidade?

O que seria o Zeitgeist, segundo Marx?

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