1) O documento apresenta uma biografia e resumo das principais obras e ideias de Karl Marx, fundador do socialismo científico. 2) Marx analisou o desenvolvimento do capitalismo e suas contradições, defendendo uma revolução socialista liderada pelo proletariado. 3) Sua teoria da revolução e do socialismo buscava a emancipação total da sociedade através da democracia social e do fim do Estado e das classes sociais.
1) O documento apresenta uma biografia e resumo das principais obras e ideias de Karl Marx, fundador do socialismo científico. 2) Marx analisou o desenvolvimento do capitalismo e suas contradições, defendendo uma revolução socialista liderada pelo proletariado. 3) Sua teoria da revolução e do socialismo buscava a emancipação total da sociedade através da democracia social e do fim do Estado e das classes sociais.
1) O documento apresenta uma biografia e resumo das principais obras e ideias de Karl Marx, fundador do socialismo científico. 2) Marx analisou o desenvolvimento do capitalismo e suas contradições, defendendo uma revolução socialista liderada pelo proletariado. 3) Sua teoria da revolução e do socialismo buscava a emancipação total da sociedade através da democracia social e do fim do Estado e das classes sociais.
Karl Heinrich Marx (1818-1883) advogado, filsofo, socilogo, economista e
jornalista alemo. Foi deportado e expulso de vrios pases e morreu como aptrida na Inglaterra sem terminar O Capital, concludo e publicado por Engels anos depois compilando os textos de Marx. Jovem hegeliano de esquerda, foi militante poltico, um dos fundadores intelectuais da Primeira Associao Internacional dos Trabalhadores e da 1 Internacional dos Trabalhadores (Internacional Socialista). Fundou junto com seu amigo Friedrich Engels o que denominou socialismo cientfico e conceitos/teorias como o materialismo histrico/dialtico, luta de classes, alienao social, prxis, mais-valia, etc. Autor de obras como: Crtica Filosofia do Direito de Hegel, Teses sobre Feuerbach, A Sagrada Famlia, A Crtica Economia Poltica, A Ideologia Alem, O Manifesto Comunista, O 18 Brumrio de Luis Bonaparte e, o mais importante, O Capital, dentre outros.
Marx foi um profundo estudioso e compilador do principal do pensamento
ocidental de sua poca, estudou e desenvolveu conceitos tericos e instrumental-prticos imerso no ambiente e convulso social e conflito do final do sculo 18 e todo o seu perodo de vida. Analisou o processo de modernizao da sociedade, da primeira revoluo industrial e de ascenso da burguesia como classe dominante e do proletariado como Trabalho e classe antagnica. Viveu em uma Europa que experimentava a as novas transformaes das foras produtivas e das relaes sociais de produo, embora vivendo em um mundo ainda pequeno, conseguiu exprimir melhor do que qualquer outro as contradies que se agudizavam nesse processo.
Do Direito Economia
Comeou seus estudos na rea do Direito, Filosofia e Histria para pensar,
ampliar e superar o pensamento hegeliano que era hegemnico em sua poca na Alemanha. Transita de uma crtica ao idealismo hegeliano em sua juventude, passando por estudos de histricos e de conjuntura, textos de militncia poltica at a crtica da economia poltica em sua maturidade.
Marx passa da filosofia economia poltica pelo prprio mtodo de apreeso
da realidade que desenvolve (materialismo), entretanto, a poltica no para Marx apenas um epifenmeno da economia, a poltica, pelo mtodo de seu raciocnio, mantm uma relao dialtica com as relaes sociais de produo. A atualidade da revoluo
Compreender a atualidade da revoluo social identifica-la como
possibilidade diante da materialidade em conexo direta com a totalidade histrico-social. Perceber as contradies e iniquidades da realidade como consequncia e estruturas de manuteno das relaes sociais de produo e nestas tentar intervir buscando realizar a democracia social.
As crises econmicas (de produo e depois financeiras), tpicas do
capitalismo, tendem a abrir espao para a possibilidade revolucionria. Marx viveu as consequncias da Revoluo Francesa e Americana, e a realidade das revolues de 1830, 1848 e a Comuna de Paris de 1871(nesta j reconhecido como liderana intelectual e poltica). As transformaes polticas de meados do sculo XIX, embora no tenham sido as revolues pretendidas por Marx, significaram uma importante mudana no cenrio poltico europeu: unificao alem e italiana, o fim do 2 imprio francs e desmantelamento do imprio austro-hngaro (revolues por cima, burguesas) e, por fim, Comuna de Paris, visto por Marx como possibilidade real da democracia social, construda desde baixo.
A teoria revolucionria marxista est em simbiose com o seu pensamento pela
prpria caracterstica de seu mtodo de apreenso da realidade, o materialismo histrico/dialtico. O mtodo revolucionrio, portanto sua teoria teve por consequncia uma perspectiva revolucionria da realidade, tendo as classes sociais como artfices da mudana. Condio de existncia da burguesia como negao para o feudalismo, proletariado para o capitalismo.
Citao, pargrafo anterior e posterior da pag. 233.
Entretanto, para Marx, o proletariado seria uma classe universal de
despossudos, sua funo revolucionria seria derrotar a burguesia, se estabelecer como classe dirigente (socialismo) e acabar com a sociedade de classes (comunismo).
A revoluo para Marx um processo universal, um todo multifacetado mas
coeso em relao a necessidade de ser radical. Entendendo radicalismo como ir s razes das contradies entre o desenvolvimento das foras produtivas e as relaes sociais de produo. E nesse sentido a revoluo parece ser um conflito de impossvel conciliao (pois os interesses e as lgicas prprias de classe so antagnicas), a revoluo tende ser a uma guerra de classes?
Quem produz e como riqueza socialmente produzida est socialmente
distribuda? Emancipao Social e Emancipao Poltica
As obras do jovem Marx so uma clara crticas ao idealismo hegeliano e as
frustraes com a revoluo francesa. Corresponde a uma crtica implcita ao idealismo, como critica as revolues burguesas e a sua liminaridade, no abarcando o novo problema social, o proletariado.
Era preciso uma nova revoluo que emancipasse os povos no s
politicamente, mas tambm toda a sociedade. A revoluo aberta ao antigo regime comeada pela burguesia no parecia mais conhecer limites, pois o povo de maneira geral no se impunha mais limites sociais, a revoluo parecia ter como horizonte abarcar toda a sociedade (o espectro do comunismo).
sobre a critica do idealismo filosfico alemo e sobre a critica da revoluo
(poltica) burguesa que Marx constri sua teoria sobre o Estado e sobre a revoluo socialista. Marx se contrape a Hegel, sua concepo de Estado e de Direito (citao na pgina 237).
Marx um democrata radical, democracia o contedo e a forma, o principio
formal ao mesmo tempo o princpio material, verdadeira unidade entre o particular e o universal. Democracia no pode ser apenas um exerccio protocolar da poltica, democracia um movimento contnuo entre o universal e o particular. Pensa em um homem poltico como Aristteles e Rousseau (democracia poltica x democracia social).
Nos escritos do jovem Marx, na crtica a Hegel atravs do materialismo, j est
presente a mudana de sua perspectiva, no mais a burocracia do Estado o sujeito universal, mas sim o proletariado, no mais o Estado o demiurgo da nova sociedade e sim a sociedade civil.
Emancipao social est para alm da emancipao poltica. Emancipao
social est no campo do fim da alienao e do fim da ideologia (segundo pargrafo da pgina 241).
O Estado e a transio para o socialismo
A classe proletria no pode apenas conquistar o poder de Estado e colocar e
coloca-lo para tender seus prprios fins. O primeiro passo o proletariado assumir o poder de Estado (ao que Marx chama de a conquista da democracia) como classe dominante. De poder d maquina estatal o proletariado deveria utiliz-la no mais para preservar a propriedade privada dos meios de produo, mas sim colocar a servio de toda a sociedade. A sociedade avanaria gradualmente em direo ao fim das classes sociais e, com isso o definhamento e fim do Estado como instrumento poltico de dominao.
Entretanto, o Estado no o instrumento de dominao da burguesia porque
ela a exerce diretamente conduzindo o Estado. O Estado seria o instrumento de dominao burguesa porque ela imprimiu a ele o seu desgnio como classe. A burguesia no a classe mais numerosa, muitas vezes nem a mais expressiva, mas a lgica de funcionamento do Estado para garantir o seu interesse. Entretanto, desta forma, h espao no Estado para a disputa poltica e a conquista de direitos por parte do proletariado (jornada de trabalho, SM, etc.).
A Comuna seria a anttese da centralizao do Estado (segundo pargrafo
pgina 245). Seria a dominao poltica dos produtores.
Atualidade de Marx
Um debate constante entre seus partidrios e entre seus detratores.
Marx no pretendia criar uma frmula de superao do capitalismo, ele um
materialista (as circunstncias histricas implicam condies histricas para a transformao).
Marx antecipa alguns desdobramentos da sociedade capitalista: as crises
cclicas e necessrias ao sistema (o capitalismo se reinventa), o aprofundamento da desigualdade social e da diviso internacional do trabalho, a superpopulao relativa e a taxa decrescente de lucros.
O marxismo no pode ser entendido como um dogma ou como uma religio,
isso o avesso do marxismo enquanto teoria dialtico-materialista. Entretanto, as questes trazidas por Marx dizem respeito prpria emancipao do indivduo. Nesse sentido, no mundo contemporneo, onde as pessoas esto alienadas no apenas de seu trabalho, mas de si mesmas (ser humano reificado, consumidor, colaborador, em sua maioria restrito ao mundo da necessidade, real ou criada) pensar a teoria marxista nesses termos torna Marx atual. Pois, segundo ele, o socialismo uma associao em que o livre desenvolvimento de cada um ser a condio do livre desenvolvimento de todos.