Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NATAL, RN
2019
ALZIRA VIRGÍNIA ALVES DE ALBUQUERQUE
NATAL, RN
2019
ALZIRA VIRGÍNIA ALVES DE ALBUQUERQUE
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
Profª Ana Cristina Araújo de Andrade Galvão
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
_____________________________________________
Profª
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
____________________________________________
Profª
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
NATAL, RN
2019
INTOXICAÇÃO EXÓGENA EM CRIANÇAS POR PLANTA DA ESPÉCIE
DIEFFENBACHIA SEGUÍNE, “COMIGO-NINGUÉM-PODE”1
RESUMO
ABSTRACT
1 Artigo apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Especialista em Enfermagem em Urgência e Emergência.
2 Pós graduada em Unidade de Terapia Intensiva. E-mail: virginiaverissimo@yahoo.com.br.
3 Orientadora: Profª Ana Cristina Araújo de Andrade Galvão. Secretária Geral-Facen/INAES,
bibliographical, exploratory and descriptive study performed through the survey of the
descriptors: "toxic plants", "intoxication by plants", "Dieffenbachia seguíne" and their
combinations. Data collection was carried out from May 25 to 30, 2019, in the
respective databases: SCIELO - Scientific Electronic Library Online, LILACS - Latin
American and Caribbean Literature on Health Science, Science and Collective Health.
Results and Discussion: Many plants, some of unique beauty, are potentially
dangerous to our health, due to the presence of toxins, causing poisoning both in case
of ingestion and by simple contact with skin, mucous membranes or eyes. Among the
ornamental plants, the most common one found in residences is the dumb-cane
(Dieffenbachia spp), which has a high degree of toxicity. This study aimed to provide
subsidies for the recognition of these plants and to clarify the potential risks and forms
of prevention and treatment in case of accidents resulting in exogenous intoxication,
especially with children. Conclusion: Knowledge of the toxic potential of these plants
is the main strategy to avoid domestic accidents involving children up to 9 years of
age, who are among the most susceptible individuals, emphasizing the need to spread
preventive and prophylactic measures necessary for treatment in case of intoxication.
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
2 METODOLOGIA
Tabela 1: Resultados da busca nas bases de dados e seleção dos artigos pertinentes
Base de Títulos Resumos Artigos
dados Total Aceitos Total Aceitos Total Aceitos
LILACS 510 108 108 39 39 17
SCIELO 344 89 89 28 28 13
PUBMED 227 52 52 31 31 19
TOTAL 1.081 249 249 98 98 49
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Fonte: google.com.br
Uma parte das ervas e flores comuns no solo brasileiro escondem venenos
perigosos que, se ingeridos em demasia, podem até provocar a morte. As
plantas de uso ornamental são as mais perigosas, pois atraem pela sua
beleza e estão ao alcance de qualquer pessoa, principalmente das crianças,
que são as maiores vítimas de intoxicação, e dos animais domésticos. Os
efeitos tóxicos das plantas variam de acordo com as diferentes espécies,
sendo comum náusea, vômitos, diarreia, desidratação, entre outros sintomas
(PEREIRA, 2014, p. 17).
depois do contato oral, com ulceração dos lábios e, em alguns casos, obstrução da
laringe, dificuldade respiratória e morte” (PEREIRA, 2014, p. 18).
Segundo o Programa Nacional de Informações sobre Plantas Tóxicas (2008),
os mecanismos de toxicidade das Dieffenbachia spp. estão relacionados com a
presença de oxalato de cálcio e saponinas. Estudos mostram que os mecanismos de
toxicidade são múltiplos e incluem drusas e ráfides de oxalato de cálcio, associadas a
lipídios, alcaloides e proteínas que ocorrem no interior de células presentes no
parênquima de todos os órgãos, no colênquima caulinar e nos meristemas da raiz
(OLER, 2011, p. 5). Entretanto, a natureza química das substâncias responsáveis pela
toxicidade do gênero Dieffenbachia ainda não foi completamente esclarecida.
Os primeiros pesquisadores a relacionar os efeitos tóxicos e irritantes dessas
plantas à ação mecânica dos cristais de oxalato de cálcio existentes em grandes
quantidades na planta foram Rizzini & Occhioni, em 1975, que observaram que estes
cristais se apresentam na forma de ráfides (agulhas), e estão contidos dentro de
células ejetoras denominadas idioblastos.
Outros estudiosos, como Ladeira et al. (1975), admitiram a existência, na seiva
da planta, de uma enzima proteolítica denominada dumbcaína, que é injetada no
organismo humano através dos cristais de oxalato de cálcio, que apresentam
extremidades cortantes que perfuram as mucosas. A dumbcaína, então, provoca a
lise das membranas celulares e libera histamina, serotonina e outras aminas,
responsáveis por desencadear o processo alérgico que resulta na formação dos
edemas (ROCHA; PEGORINI; MARANHO, 2006).
Os idioblastos são essenciais para a toxicidade das Dieffenbachi spp., pois são
responsáveis pela ejeção das ráfides no organismo, o que ocorre com uma força
surpreendente, através de pressão osmótica, levando os cristais a perfurarem e
penetrarem nos tecidos. A força ejetora dos idioblastos é responsável por
desencadear a toxicidade, o que não aconteceria apenas com a simples presença das
ráfides de oxalato de cálcio e das enzimas proteolíticas (SILVA, 2006).
Dessa forma, pode-se resumir a dinâmica da intoxicação por estas espécies
como o resultado combinado dos seguintes fatores: 1. a força ejetora dos idioblastos
expulsa as ráfides de oxalato de cálcio; 2. as ráfides perfuram as mucosas, causando
uma irritação mecânica primária; e 3. esta irritação é agravada pela entrada
simultânea de uma enzima proteolítica, análoga à tripsina, que desencadeia um
processo inflamatório que, por sua vez, é potencializado pelos oxalatos solúveis
14
De acordo com Matos et al. (2011), ao longo dos anos, os casos de acidentes
envolvendo vegetais ganhou proporções preocupantes, tornando-se um grande
problema para saúde da população, causando, inclusive, impactos na economia do
país. Entre esses acidentes, a intoxicação por plantas tóxicas destaca-se,
ocasionando perdas de vidas humanas, vitimando principalmente as crianças e
causando prejuízos financeiros ao Estado com manutenção dos serviços de
emergências e por vezes com utilização da rede terciária hospitalar.
Normalmente esses acidentes acontecem em ambientes domésticos ou
públicos, como afirmam Matos et al. (MATOS, et al., 2011):
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
BALTAR, Solma L. S. M. A.; FRANCO, Erivelton S.; AMORIM, Lucineide P. (et al.).
Aspectos botânicos e clínicos das intoxicações por plantas das Famílias Araceae,
Euphorbiaceae e plantas das Famílias Araceae, Euphorbiaceae e Solanaceae no
Estado de Pernambuco. Revista Fitos, Rio de Janeiro, v. 11, nº 2, p. 126-139, 2017.
ISSN 2446-4775. Disponivel em: <http://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-
fitos/article/view/508>. Acesso em: 01 Jun. 2019.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo:
Atlhas, 2008. 200 p. ISBN 978-85-224-5142-5.
18
MATOS, Francisco José de Abreu; LORENZI, Harri; , Lúcia de Fátima Lopes dos
SANTOS (et al.). Plantas tóxicas - Estudo de Fitotoxicologia Química de Plantas
Brasileiras. Nova Odessa-sSP: Plantarum, 2011. 256 p. ISBN 8586714375.