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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E


EMERGÊNCIA

ALZIRA VIRGÍNIA ALVES DE ALBUQUERQUE

INTOXICAÇÃO EXÓGENA EM CRIANÇAS POR PLANTA DA ESPÉCIE


DIEFFENBACHIA SEGUÍNE, “COMIGO-NINGUÉM-PODE”

NATAL, RN
2019
ALZIRA VIRGÍNIA ALVES DE ALBUQUERQUE

INTOXICAÇÃO EXÓGENA EM CRIANÇAS POR PLANTA DA ESPÉCIE


DIEFFENBACHIA SEGUÍNE, “COMIGO-NINGUÉM-PODE”

Artigo apresentado à Universidade Federal


do Rio Grande do Norte - UFRN, como
parte dos requisitos para obtenção do título
de Especialista em Enfermagem em
Urgência e Emergência.

Orientadora: Profª Ana Cristina Araújo de


Andrade Galvão

NATAL, RN
2019
ALZIRA VIRGÍNIA ALVES DE ALBUQUERQUE

INTOXICAÇÃO EXÓGENA EM CRIANÇAS POR PLANTA DA ESPÉCIE


DIEFFENBACHIA SEGUÍNE, “COMIGO-NINGUÉM-PODE”

Artigo apresentado à Universidade Federal


do Rio Grande do Norte - UFRN, como
parte dos requisitos para obtenção do título
de Especialista em Enfermagem em
Urgência e Emergência.

Aprovado em: ____/____/____

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________
Profª Ana Cristina Araújo de Andrade Galvão
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

_____________________________________________
Profª
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

____________________________________________
Profª
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

NATAL, RN
2019
INTOXICAÇÃO EXÓGENA EM CRIANÇAS POR PLANTA DA ESPÉCIE
DIEFFENBACHIA SEGUÍNE, “COMIGO-NINGUÉM-PODE”1

Alzira Virgínia Alves de Albuquerque2


Ana Cristina Araújo de Andrade Galvão3

RESUMO

Objetivos: Analisar as produções científicas disponíveis na literatura brasileira acerca


das manifestações clínicas apresentadas e os cuidados oferecidos às crianças com
sinais de intoxicação exógena provocada pela planta tóxica da espécie Dieffenbachia
seguíne, conhecida popularmente por “comigo-ninguém-pode”. Metodologia: Trata-
se de um estudo bibliográfico exploratório por meio do levantamento dos descritores:
“plantas tóxicas”, “intoxicação por plantas”, “Dieffenbachia seguíne” e suas
combinações. A coleta de dados foi realizada no período de 25 a 30 de maio de 2019,
nas respectivas bases de dados: SCIELO – Scientific Electronic Library Online,
LILACS – Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciência da Saúde, Ciência e
Saúde Coletiva. Resultados e Discussão: Muitas plantas, algumas de beleza
singular, são potencialmente perigosas para nossa saúde, em virtude da presença de
toxinas, causando intoxicações tanto em caso de ingestão quanto pelo simples
contato com a pele, as mucosas ou os olhos. Dentre as plantas ornamentais, a mais
comum encontrada em residências é a comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia spp), a
qual apresenta alto grau de toxidade. Este estudo pretendeu fornecer subsídios para
o reconhecimento dessas plantas e esclarecer sobre os potenciais riscos e formas de
prevenção e tratamento em caso de acidentes que resultem em intoxicação exógena,
principalmente com crianças. Conclusão: O conhecimento das potencialidades
tóxicas dessas plantas é a principal estratégia para evitar os acidentes domésticos
que envolvem crianças até os 9 anos de idade, que estão entre os indivíduos mais
suscetíveis, ressaltando-se a necessidade de difundir-se as medidas preventivas e
profiláticas necessárias para o tratamento em caso de intoxicação.

Palavras-chave: Comigo-ninguém-pode. Intoxicação exógena. Plantas ornamentais.

EXOTIC INTOXICATION IN CHILDREN BY PLANT OF SPECIES


DIEFFENBACHIA SEGUÍNE, "DUMB-CANE"

ABSTRACT

ObjectivesTo analyze the scientific production available in the Brazilian literature


about the clinical manifestations presented and the nursing care dispensed to children
with signs of exogenous intoxication caused by the toxic plant of the Dieffenbachia
seguíne species, popularly known as "dumb-cane”. Methodology: This is a

1 Artigo apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Especialista em Enfermagem em Urgência e Emergência.
2 Pós graduada em Unidade de Terapia Intensiva. E-mail: virginiaverissimo@yahoo.com.br.
3 Orientadora: Profª Ana Cristina Araújo de Andrade Galvão. Secretária Geral-Facen/INAES,

Coordenadora de Pós Graduação da Faculdade de Ciências Educacionais e Empresariais de Natal. E-


mail: facennatal@outlook.com
5

bibliographical, exploratory and descriptive study performed through the survey of the
descriptors: "toxic plants", "intoxication by plants", "Dieffenbachia seguíne" and their
combinations. Data collection was carried out from May 25 to 30, 2019, in the
respective databases: SCIELO - Scientific Electronic Library Online, LILACS - Latin
American and Caribbean Literature on Health Science, Science and Collective Health.
Results and Discussion: Many plants, some of unique beauty, are potentially
dangerous to our health, due to the presence of toxins, causing poisoning both in case
of ingestion and by simple contact with skin, mucous membranes or eyes. Among the
ornamental plants, the most common one found in residences is the dumb-cane
(Dieffenbachia spp), which has a high degree of toxicity. This study aimed to provide
subsidies for the recognition of these plants and to clarify the potential risks and forms
of prevention and treatment in case of accidents resulting in exogenous intoxication,
especially with children. Conclusion: Knowledge of the toxic potential of these plants
is the main strategy to avoid domestic accidents involving children up to 9 years of
age, who are among the most susceptible individuals, emphasizing the need to spread
preventive and prophylactic measures necessary for treatment in case of intoxication.

Keywords: Dumb-cane. Exogenous intoxication. Ornamental plants.

1 INTRODUÇÃO

A fim de tornar o ambiente doméstico ou de trabalho mais agradável, bonito e


aconchegante, o homem recorre à utilização de diversas espécies vegetais com o fim
de ornamentação, sendo este hábito já incorporado à vida humana. Da mesma forma,
essas plantas são facilmente encontradas em jardins em locais públicos e privados
(CAMPIOTO, 2012).
O planejamento da paisagem urbana ou da ornamentação residencial “exige
cuidados para que não surjam problemas, pois os vegetais são organismos complexos
que apresentam características variadas quanto ao crescimento, desenvolvimento,
exigência luminosa, fertilidade do solo e outros” (FRACARO, 2016, p. 8).
Entretanto, o desconhecimento da origem e fisiologia desses espécimes pode
causar sérias consequências para a vida animal, principalmente às crianças que
entram em contato com algumas plantas que possuem substâncias tóxicas e são
perigosas à saúde quando ingeridas ou entram em contato com a pele e mucosas,
gerando números preocupantes de intoxicação humana (SILVA; USHIROBIRA,
2010).
Considera-se que uma planta seja tóxica se esta, “em circunstâncias
específicas de contato ou em condições naturais tem a capacidade de causar danos
aos organismos animais e humanos, gerando desequilíbrio homeostático e quadro de
intoxicação” (CAVALCANTE, 2015, p. 15).
Nesse contexto, define-se intoxicação como sendo o resultado do contato
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voluntário ou involuntário de substância danosa ao organismo, produzindo alterações


significativas das funções vitais, podendo ocorrer através do contato por inalação,
ingestão e/ou contato direto com o tecido epitelial (OGA; CAMARGO; BATISTUZZO,
2014).
No âmbito das intoxicações por plantas ornamentais merecem destaque as
ocasionadas pelas espécies pertencentes à família Araceae, como a Dieffenbachia
seguíne, que são conhecidas popularmente por “comigo-ninguém-pode”. De acordo
com Pereira (2014, p. 10), “este gênero possui cerca de 135 espécies e constitui-se
num grupo muito importante de plantas tóxicas comumente encontradas nos jardins
das residências”.
As plantas do gênero Dieffenbachia são comercializadas livremente com o
intuito principal de ornamentar residências, posicionando-se entre as plantas
ornamentais tóxicas mais comercializadas nas casas de jardinagem. Por possuírem
alto grau de toxicidade em todas as suas partes, são apontadas pelos Centros de
Informações e Controle de Intoxicações como uma das plantas que mais causam
intoxicação (SILVA; USHIROBIRA, 2010).
A Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ – aponta que em 2017 foram
registrados 239 casos de intoxicação por plantas no Brasil. A distribuição geográfica
dessas ocorrências aponta a região Sudeste como a região mais afetada por esse
fenômeno, sendo responsável por 156 casos, 65% do total. Um dado preocupante é
a faixa etária mais acometida por essas intoxicações, o qual, ainda segundo a
FIOCRUZ, em 2017, do total de 239 registros de intoxicações por plantas, 138 foram
com crianças de 0 a 9 anos de idade, organismos mais vulneráveis e suscetíveis à
agressividade dos princípios ativos tóxicos existentes nas plantas (FIOCRUZ, 2019).
Em vista do acima exposto, essa revisão de literatura justifica-se pela
necessidade de se promover estudos que tracem a dinâmica da intoxicação e alertem
sobre os cuidados preventivos e profiláticos a serem tomados, visto que,
historicamente, percebe-se que o grupo mais afetado por acidentes que envolvem
plantas tóxicas é formado por crianças com idade inferior a 9 anos de idade, vítimas,
sobretudo, da falta de conhecimento sobre as espécies que oferecem riscos à saúde
devido à sua toxicidade.
O principal motivo que levou à condução dessa pesquisa foi a percepção da
pesquisadora, diante da vivência em serviço de urgência e emergência, da ocorrência
de inúmeros casos de intoxicação exógena causada pela ingestão ou manuseio da
7

planta de espécie Dieffenbachia seguíne, conhecida por “comigo ninguém pode”,


envolvendo crianças na faixa etária de 1 a 6 anos de idade, relacionados a injúrias
oculares e dermatite por contato provocando queimaduras vesiculares, prurido e/ou
afecções edematosas, em que os casos mais graves necessitaram da remoção do
paciente para outros centros especializados.
Ante as lacunas do conhecimento relacionadas à temática e à gravidade das
intoxicações, optou-se por desenvolver um estudo que contribuirá com conhecimentos
para muitos profissionais de saúde e para o público em geral sobre o assunto, com
vistas a uma assistência mais assertiva aos indivíduos intoxicados pelo contato e ou
ingestão de plantas tóxicas da referida espécie, principalmente aqueles com idade
inferior a nove anos, por representarem a maior parte dos casos apresentados.
Assim, esse estudo torna-se relevante ao promover as contribuições na área
toxicológica, alertando sobre a importância das ações a serem desenvolvidas
precocemente junto aos indivíduos e dos cuidados a serem dispensados em caso de
acidente com plantas da espécie Dieffenbachia seguine, tanto pela ingestão quanto
por contato com a pele ou mucosas, prevenindo os agravos causados ao organismo
devido ao prolongamento entre a exposição e os primeiros socorros e os cuidados na
unidade de saúde.

2 OBJETIVO

Analisar as produções científicas disponíveis na literatura brasileira acerca das


manifestações clínicas apresentadas e os cuidados oferecidos às crianças com sinais
de intoxicação exógena provocada pela planta tóxica da espécie Dieffenbachia
seguíne, conhecida popularmente por “comigo-ninguém-pode”.

2 METODOLOGIA

Este estudo constitui uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório a


respeito dos riscos de intoxicação exógena em crianças causada pelo manuseio ou
ingestão de plantas ornamentais, especificamente as da espécie Dieffenbachia
seguíne, popularmente conhecida por “comigo-ninguém-pode”. Este tipo de pesquisa,
de acordo com Gil (2008), tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses, “desenvolvida
a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
8

científicos” (GIL, 2008, p. 50).


A coleta de dados foi realizada no período de 25 a 30 de maio de 2019, e
utilizou-se para a pesquisa as bases de dados Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletrônic Library Online (SCIELO)
e National Library of Medicine (PUBMED).
Foi definido como principal critério de inclusão: artigos publicados entre os anos
de 2010 e 2019. Outro critério a considerar diz respeito aos descritores em ciências
da saúde. Foram incluídos neste estudo artigos que apresentam descritores como:
“plantas tóxicas”, “intoxicação por plantas”, “Dieffenbachia seguíne” e suas
combinações, como “’plantas tóxicas’ and ‘Dieffenbachia seguíne’” e ‘intoxicação por
plantas’ and ‘Dieffenbachia seguíne’”. Foi limitado o idioma da Língua Portuguesa para
as pesquisas nas bases de dados, na tentativa de obter quantidade relevante de
referencial teórico que esteja de acordo com a realidade vivenciada em nosso país.
Somando-se os resultados das pesquisas nas bases de dados usando os
descritores concatenados, foram encontrados 1.081 artigos. Após a leitura dos títulos
dos artigos, foram excluídos os que se repetiram nas diferentes bases e aqueles que
não satisfaziam os critérios deste estudo. Após a leitura dos resumos dos 249 artigos
remanescentes da etapa anterior foram excluídos os que não diziam respeito ao
propósito deste estudo e selecionados 98 artigos que preenchiam os critérios
propostos para a leitura na íntegra, conforme se apresenta na Tabela 1, abaixo.

Tabela 1: Resultados da busca nas bases de dados e seleção dos artigos pertinentes
Base de Títulos Resumos Artigos
dados Total Aceitos Total Aceitos Total Aceitos
LILACS 510 108 108 39 39 17
SCIELO 344 89 89 28 28 13
PUBMED 227 52 52 31 31 19
TOTAL 1.081 249 249 98 98 49

Após a seleção dos artigos conforme os critérios de inclusão previamente


definidos, foram seguidos, nessa ordem, os seguintes passos: leitura exploratória;
leitura seletiva e escolha do material que se adequava aos objetivos e tema deste
estudo; leitura analítica e análise dos textos, finalizando com a realização de leitura
interpretativa e redação. Após estas etapas, constituiu-se um corpus do estudo
agrupando os temas mais abordados nas seguintes categorias: As Dieffenbachia
seguíne: beleza e toxicidade na ornamentação residencial; Conhecendo a dinâmica
da infecção pelas plantas da espécie Dieffenbachia spp.; Cuidados a serem
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dispensados nos casos de intoxicação por plantas tóxicas em crianças de 0 a 9 anos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 AS DIEFFENBACHIA SEGUÍNE: BELEZA E TOXICIDADE NA


ORNAMENTAÇÃO RESIDENCIAL

As plantas ornamentais possuem atrativos visuais que as distinguem das


demais, como o florescimento, forma e colorido das folhas, aromas, formato e aspecto
geral da planta, preenchendo espaços e estabelecendo o mínimo de contato possível
entre o homem e a natureza no mundo moderno. Plantas ornamentais são utilizadas
de acordo com o efeito que podem proporcionar no ambiente, separando-as em
grupos, as que ornamentam por suas flores e as que possuem folhas vistosas
(FRACARO, 2016, p. 10).
A Dieffenbachia é um gênero de plantas utilizadas para ornamentação de
ambientes, membro da família Araceae. A espécie mais conhecida é a Dieffenbachia
seguíne, sinônimo taxonômico de Dieffenbachia picta Schott e Dieffenbachia
maculata. Estas plantas são popularmente conhecidas por comigo-ninguém-pode,
encontrando-se bem distribuídas por todo Brasil, ocorrendo espécies desde as áreas
subtropicais mais sulinas até as florestas equatoriais do extremo Norte (DANTAS, et
al., 2007, p. 120).
O gênero Dieffenbachia é representado por aproximadamente 135 espécies,
sua distribuição não é uniforme e o maior centro de diversidade inclui a Colômbia com
37 espécies, Equador (34), Peru (30), Brasil (23), Panamá (20) e Costa Rica (13). As
espécies deste gênero podem atingir até 3 metros de altura, com caule em formato
cilíndrico com até 5 centímetros de diâmetro. De coloração verde, as folhas crescem
de 30 a 45 cm e apresentam manchas irregulares em tons creme (SANTOS, 2011, p.
185).
A Dieffenbachia spp. pode ser cultivada em vasos ou em jardineiras a sombra
ou meia-sombra, protegida do vento e bem suprida de água. É muito sensível às
baixas temperaturas de inverno e multiplicam se por estacas. Algumas pessoas
acreditam que esta planta possui potencial de amuleto contra “inveja e mau olhado”
(SILVA, et al., 2015, p. 125).
Entretanto, apesar de as Dieffenbachia serem conhecidas por suas
propriedades tóxicas e irritantes, durante muito tempo foram utilizadas na medicina
10

em algumas aplicações e usos populares. Algumas espécies de Dieffenbachia foram


utilizadas no tratamento externo de pruridos, gota, infamações, hanseníase, frigidez e
até impotência sexual, através de emplastos feitos com suas folhas e seu suco. Há
relatos de outras formas de utilização da espécie Dieffenbachia seguíne:

Habitantes masculinos de uma ilha do Caribe mastigavam a D. seguíne para


se tornarem estéreis durante o intervalo de 24 e 48 horas. Os índios do Alto
Amazonas utilizavam extratos de folha e caule de D. seguíne em combinação
com o curare como veneno em flechas. Na Jamaica, os escravos eram
obrigados a mastigar pedaços de caule de espécies deste gênero como forma
de punição (SANTOS, 2011, p. 185).

Figura 1: Planta da espécie Dieffenbachia seguíne plantada em jardim.

Fonte: Santos, 2011, p. 185.

Na Figura 1, acima, pode-se ver a planta da espécie D. seguíne usada


ornamentalmente. Suas folhas têm formato oblongo-elípticas ou oblongo-lanceoladas,
de coloração verde-escuro, podendo apresentar máculas brancacentas com
tendência a ordenar-se em duas séries ao longo da nervura central. Suas flores são
dispostas em espádice, com as flores masculinas ocupando a porção superior da
inflorescência, e seus frutos apresentam-se em forma de bagas vermelho-alaranjadas
(ROCHA; PEGORINI; MARANHO, 2006, p. 57).
Na Figura 2, abaixo, pode-se ver os detalhes do caule e das folhas das plantas
da espécie D. seguíne.
11

Figura 2: Detalhes do caule (E) e da folha (D) da Dieffenbachia

Fonte: google.com.br

4.2 CONHECENDO A DINÂMICA DA INFECÇÃO PELAS PLANTAS DA ESPÉCIE


DIEFFENBACHIA SPP.

As plantas tóxicas são classificadas de acordo com as substancias nocivas que


nelas se encontram. Dessa forma, “as Dieffenbachia spp. estão no grupo de espécies
com interações complexas entre princípios ativos, pois possuem mecanismos
complexos de ação que envolvem diversas substâncias e também fatores mecânicos”
(OLER, 2011, p. 5).
Embora exista uma quantidade imensurável de plantas que podem ser
utilizadas medicinalmente, é necessário observar que nem todas as plantas são tão
inofensivas e benéficas quanto parecem. É possível observar, por exemplo, a
existência de produtos artesanais produzidos com ervas e extratos naturais à venda
em feiras livres por todo o país, que podem, associado à suscetibilidade dos indivíduos
à intoxicações, piorar o quadro de acidentes por plantas.
Nesse contexto, Pereira (2014) afirma que:

Uma parte das ervas e flores comuns no solo brasileiro escondem venenos
perigosos que, se ingeridos em demasia, podem até provocar a morte. As
plantas de uso ornamental são as mais perigosas, pois atraem pela sua
beleza e estão ao alcance de qualquer pessoa, principalmente das crianças,
que são as maiores vítimas de intoxicação, e dos animais domésticos. Os
efeitos tóxicos das plantas variam de acordo com as diferentes espécies,
sendo comum náusea, vômitos, diarreia, desidratação, entre outros sintomas
(PEREIRA, 2014, p. 17).

São apontados como os principais fatores associados às intoxicações


exógenas por plantas: o hábito da população de cultivar plantas ornamentais no
interior de residências, escolas e locais públicos; erro na identificação da planta; uso
12

de espécies vegetais, com finalidade terapêutica sem conhecimento prévio de suas


propriedades, e substituição de determinadas espécies alimentícias por outras
semelhantes, impróprias para consumo. Sendo o público infantil o mais exposto ao
risco de intoxicação em decorrência do uso negligente de plantas e suas brincadeiras
(BALTAR, et al., 2017, p. 127-128)
Por ser uma planta ornamental de uso muito comum em residências, bares e
estabelecimentos comerciais, a comigo-ninguém-pode é vista como uma das plantas
tóxicas que oferecem maior risco de acidentes no ambiente urbano. As vítimas mais
frequentes são crianças de 0 a 6 anos que, atraídas pela exuberância da folhagem da
planta, levam partes desta à boca (MARTINS, 2014).
A exposição à toxicidade da Dieffenbachia ssp. pode ocorrer através de três
rotas: ocular, dermal e oral. A toxicidade ocular causa severa dor, inchaço, fotofobia
(sensibilidade ou aversão a qualquer tipo de luz), lacrimejamento, lesão da córnea e
conjuntivites. A exposição dermal causa sintomas que variam desde dermatites
moderadas até severas queimaduras e erupções com bolhas (PEREIRA, 2014, p. 18).
Quanto à exposição via oral aos efeitos tóxicos da planta, Dantas et al. (2007),
apoiados em estudos de diversos pesquisadores, afirmam que

[...] o contato oral com a planta usualmente está associado com


consequências mínimas, tanto no homem quanto nos animais. No entanto, a
mastigação da haste e/ou das folhas da Dieffenbachia sp. pode resultar em
doloroso edema orofaríngeo, inabilidade da fala e salivação abundante
(DANTAS, et al., 2007, p. 122)

A ingestão de qualquer parte da planta leva à intoxicação, com irritação


acentuada da mucosa bucal e da faringe, edema nos lábios, língua e gengivas,
esofagite, vômito e cólica. Além disso, o contato da planta com os olhos causa
conjuntivite e edema nas pálpebras, sendo responsáveis por casos sérios de
dermatite de contato por plantas (OLER, 2011, p. 5).
De acordo com Pereira (2014), o efeito intoxicante da D. seguíne é observado
apenas no momento do contato direto com a cavidade oral, quando acidentalmente
inalado, “mas não no caso de ingestão, uma vez que, nesse caso, é sugerida a
inativação de substâncias ativas por enzimas estomacais” (PEREIRA, 2014, p. 18). A
pesquisadora afirma ainda que os casos de fatalidade ocasionados pela ingestão do
suco ou partes dessa planta são causados “em virtude da obstrução do sistema
respiratório e do severo edema na glote”, que pode ser observado alguns minutos
13

depois do contato oral, com ulceração dos lábios e, em alguns casos, obstrução da
laringe, dificuldade respiratória e morte” (PEREIRA, 2014, p. 18).
Segundo o Programa Nacional de Informações sobre Plantas Tóxicas (2008),
os mecanismos de toxicidade das Dieffenbachia spp. estão relacionados com a
presença de oxalato de cálcio e saponinas. Estudos mostram que os mecanismos de
toxicidade são múltiplos e incluem drusas e ráfides de oxalato de cálcio, associadas a
lipídios, alcaloides e proteínas que ocorrem no interior de células presentes no
parênquima de todos os órgãos, no colênquima caulinar e nos meristemas da raiz
(OLER, 2011, p. 5). Entretanto, a natureza química das substâncias responsáveis pela
toxicidade do gênero Dieffenbachia ainda não foi completamente esclarecida.
Os primeiros pesquisadores a relacionar os efeitos tóxicos e irritantes dessas
plantas à ação mecânica dos cristais de oxalato de cálcio existentes em grandes
quantidades na planta foram Rizzini & Occhioni, em 1975, que observaram que estes
cristais se apresentam na forma de ráfides (agulhas), e estão contidos dentro de
células ejetoras denominadas idioblastos.
Outros estudiosos, como Ladeira et al. (1975), admitiram a existência, na seiva
da planta, de uma enzima proteolítica denominada dumbcaína, que é injetada no
organismo humano através dos cristais de oxalato de cálcio, que apresentam
extremidades cortantes que perfuram as mucosas. A dumbcaína, então, provoca a
lise das membranas celulares e libera histamina, serotonina e outras aminas,
responsáveis por desencadear o processo alérgico que resulta na formação dos
edemas (ROCHA; PEGORINI; MARANHO, 2006).
Os idioblastos são essenciais para a toxicidade das Dieffenbachi spp., pois são
responsáveis pela ejeção das ráfides no organismo, o que ocorre com uma força
surpreendente, através de pressão osmótica, levando os cristais a perfurarem e
penetrarem nos tecidos. A força ejetora dos idioblastos é responsável por
desencadear a toxicidade, o que não aconteceria apenas com a simples presença das
ráfides de oxalato de cálcio e das enzimas proteolíticas (SILVA, 2006).
Dessa forma, pode-se resumir a dinâmica da intoxicação por estas espécies
como o resultado combinado dos seguintes fatores: 1. a força ejetora dos idioblastos
expulsa as ráfides de oxalato de cálcio; 2. as ráfides perfuram as mucosas, causando
uma irritação mecânica primária; e 3. esta irritação é agravada pela entrada
simultânea de uma enzima proteolítica, análoga à tripsina, que desencadeia um
processo inflamatório que, por sua vez, é potencializado pelos oxalatos solúveis
14

presentes na seiva (OLIVEIRA; GODOY; COSTA, 2003).


O contato com os olhos provoca lesões da córnea, acompanhadas por dor e
fotofobia. Algum tempo depois, as ráfides se fragmentam na córnea e, a partir deste
momento, a recuperação passa a ser lenta e progressiva (OLIVEIRA; GODOY;
COSTA, 2003).

4.3 CUIDADOS A SEREM DISPENSADOS NOS CASOS DE INTOXICAÇÃO POR


PLANTAS TÓXICAS EM CRIANÇAS DE 0 A 9 ANOS

De acordo com Matos et al. (2011), ao longo dos anos, os casos de acidentes
envolvendo vegetais ganhou proporções preocupantes, tornando-se um grande
problema para saúde da população, causando, inclusive, impactos na economia do
país. Entre esses acidentes, a intoxicação por plantas tóxicas destaca-se,
ocasionando perdas de vidas humanas, vitimando principalmente as crianças e
causando prejuízos financeiros ao Estado com manutenção dos serviços de
emergências e por vezes com utilização da rede terciária hospitalar.
Normalmente esses acidentes acontecem em ambientes domésticos ou
públicos, como afirmam Matos et al. (MATOS, et al., 2011):

Geralmente crianças menores de cinco anos de idade sofrem intoxicação por


plantas como a comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia sp), o tinhorão
(Caladium bicolor) e antúrio (Anthurium andraeanun) utilizadas nas
decoração de jardins, parques, praças, vasos, dentro das residências e até
mesmo em terrenos baldios (MATOS, et al., 2011, p. 12-13)

Nesse sentido, o conhecimento acerca das plantas tóxicas, suas características


e compostos tóxicos é a melhor forma de se prevenir acidentes de intoxicação por
plantas, principalmente no meio doméstico, onde as crianças são as mais atingidas
(MARTINS, 2014, p. 92).
Tal conhecimento pode ser assegurado por meio de campanhas educativas e
de prevenção junto à comunidade em geral, a fim de provocar mudanças de atitudes
e diminuir os acidentes envolvendo intoxicações por plantas tóxicas, orientando sobre
as medidas a serem tomadas em casos de intoxicações. E, principalmente, direcionar
os esforços para as faixas etárias mais vulneráveis do grupo etário entre 0 e 5 anos
que necessita de proteção e cuidados especiais (CAMPIOTO, 2012).
A melhor forma de prevenção consiste no conhecimento, orientação e medidas
a serem tomadas em casos de intoxicações (CAMPIOTO, 2012). Algumas medidas
preventivas devem ser tomadas para evitar acidentes de intoxicações por plantas
15

ornamentais, entre as quais pode-se citar:


1. Manter as plantas venenosas fora do alcance das crianças;
2. Conhecer as plantas venenosas existentes na casa e arredores pelo nome
e características;
3. Ensinar as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como
brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.);
4. Não preparar remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação
médica;
5. Não comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembrar-se de que não
há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das
venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.
6. Tomar cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação
na pele e, principalmente, nos olhos; evitar deixar os galhos em qualquer
local onde possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver
lidando com plantas venenosas usar luvas e lavar bem as mãos após esta
atividade;
7. Em caso de acidente, procurar imediatamente orientação médica e guardar
a planta para identificação (CAVALCANTE, 2015).
Em caso de ingestão, o tratamento da intoxicação é sintomático e inclui o uso
de demulcentes, que podem ser: leite, azeite de oliva, clara de ovo ou bochechos
utilizando hidróxido de alumínio. Também podem ser administrados
antiespasmódicos, analgésicos, anti-histamínicos e pacotes de gelo para aliviar o
desconforto do paciente (BRITO; MARTINS, 2015).
No caso de contato na pele ou nos olhos, a região afetada deve ser lavada com
água e soro fisiológico, sem esfregar. Para os casos mais graves de intoxicação na
região ocular, além da lavagem demorada com água corrente, deve-se utilizar colírios
antissépticos e, se possível, realizar avaliação oftalmológica (BRITO; MARTINS,
2015).
No caso de intoxicação grave por ingestão recomenda-se realizar endoscopia
digestiva alta, se houver ocorrência de dor intensa. Em todas as situações,
recomenda-se notificar o caso ao Centro de Controle de Intoxicações .

5 CONCLUSÕES

Na sociedade contemporânea, é comum a presença de plantas ornamentais


16

com variados teores de toxidade dividindo os variados ambientes com as crianças,


como ocorre nas casas, escolas, parques e praças da cidade. Dessa forma, é
necessário que os adultos e, principalmente, as crianças, que formam o principal
grupo de indivíduos exposto às intoxicações por plantas, tenham conhecimento sobre
os principais espécimes encontrados nesses ambientes, a fim de adotarem atitudes
de autocuidado e de prevenção aos acidentes com plantas.
Esse estudo buscou, através da análise da literatura científica produzida acerca
da intoxicação provocada por plantas tóxicas da espécie Dieffenbachia seguíne,
conhecida por “comigo-ninguém-pode”, identificar as manifestações clínicas que as
vítimas dos efeitos tóxicos podem apresentar e orientar sobre os cuidados que devem
ser dispensados em casos de acidentes dessa natureza, principalmente com crianças.
Estudos dessa natureza representam uma contribuição significante para as
comunidades em geral, tanto aos adultos, crianças, equipes de atendimento de
enfermagem e farmacêutico, no que se refere à divulgação de informações sobre
plantas tóxicas ornamentais comumente encontradas nos ambientes domésticos.
Dessa forma, acreditamos que outras diversas práticas educativas sobre o
tema precisam ser introduzidas socialmente, seja nas escolas ou nas diversas mídias
disponíveis aos públicos jovem e adulto, para que se consiga compreender os riscos
envolvidos na utilização dessas plantas como ornamentação ou medicação popular,
evitando expor a risco desnecessário as crianças de menor idade, que constituem o
principal grupo de indivíduos que sofrem intoxicações acidentais com plantas.
É importante o emprego de meios como trabalhos educativos, palestras,
folhetos informativos, abordagem nas disciplinas relacionadas, entre outros, para que
todos tenham algum conhecimento e consentimento dos perigos existentes por trás
da beleza que essas espécies apresentam.
Dessa forma, pode-se concluir, por meio deste estudo, a Dieffenbachia spp.
forma um grupo de plantas amplamente utilizada para fins ornamentais em
residências, escritórios e jardins, tanto públicos quanto privados, e, por seu potencial
tóxico, tornam-se as principais responsáveis pelos casos de intoxicação exógena por
plantas em diferentes regiões do Brasil.
Acreditamos que devesse haver uma mudança na legislação a fim de tornar
obrigatórias tanto a veiculação das informações no tocante à prevenção de acidentes
com esses vegetais quanto a obrigatoriedade das notificações aos órgãos de controle
do Sistema Nacional de Saúde, como o Sistema Nacional de Informações Tóxico
17

Farmacológicas (SINITOX), o que tornaria mais reais os números relacionados à


epidemiologia dos acidentes com plantas ornamentais tóxicas.

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