Você está na página 1de 12

Relatório aula prática Identificação de plantas toxicas

Campina grande

2023
Família: Araceae

Nome científico: Dieffenbachia picta schott

Nome popular: comigo-ninguém-pode, pode, aninga-do-Pará, bananeira-


d’água, cana-de-imbé.
Mecanismo de ação: Estruturas de oxalato de cálcio denominadas de ráfides
(cristais em forma de agulha) que auxiliam na inoculação agentes químicos
como enzimas proteolítica, análoga à tripsina. Essa proteína provoca a lize de
membranas celulares liberando histamina, serotonina e outras aminas, que
desencadeia um intenso processo alérgico responsável pela formação de
edemas.

Sintomas: Em contato com os olhos pode causar dor, inchaço, sensibilidade à


luz, lesões na córnea, conjuntivites, lacrimejamento e espasmos nas pálpebras.
Ao entrar em contato com a pele pode provocar dermatites, queimaduras e o
surgimento de bolhas. E ao ingerir pode causar dor e inchaço na língua,
cólicas, salivação excessiva, dificuldade de realizar a deglutição, sangramento
gastrointestinal, vômitos e diarreias. O inchaço do sistema digestório pode levar
à obstrução do sistema respiratório, ocasionando dificuldade para respirar e,
algumas vezes, a morte. 

Tratamento (antídotos): Em casos mais leves é recomendado a utilização de


medicamentos para aliviar os sintomas.
Nome científico: Euphorbia milii

Nome popular: coroa-de-espinho, colchão-de-noiva, dois-irmãos, bem-casado

Mecanismo de ação: látex leitoso tóxico irritante

Sintomas:  a ingestão causa náuseas, vômitos e diarreia. Contato com a pele:


dor, prurido (coceira), eritema, edema (inchaço) e bolhas. Contato com os
olhos causa inchaço de pálpebra, irite, ceratite, diminuição de acuidade visual,
conjuntivite. Nos casos mais graves podem ocorrer lesões de córnea e
cegueira temporária.

Tratamento (antídotos):  para ingestão de administrar protetores de mucosa


(leite, clara de ovos ou óleo de oliva em pequena quantidade). Para lesões de
pele os cuidados higiênicos para evitar infecções secundárias. Em lesões muito
pruriginosas (coceira intensa) usar solução de permanganato de potássio e
após pomadas com corticoides. Anti-histamínicos por via oral, se necessário.
Contato com os olhos: lavar abundantemente com água corrente ou soro
fisiológico. Avaliação oftalmológica. Notificar o caso ao Centro de Controle de
Intoxicações.
Nome científico: Codiaeum Variegatum
Nome popular: Folha-imperial, cróton Brasileiro

Mecanismo de ação: liberação de toxinas através da seiva

Sintomas: Erupções cutânea na área afetada. A ingestão pode resultar em


vômitos, erupção cutânea e diarreia.

Tratamento (antídotos): tratamento de sintomatologia

Nome científico: Philodendron Brasil


Nome popular: Costela de adão

Mecanismo de ação: Seiva contendo oxalato de cálcio

Sintomas: Logo após a ingestão de qualquer parte da planta, ou do simples ato


de mastigá-la, surgem intensas manifestações: irritação de mucosa; edema
(inchaço) de lábios, língua e palato; com dor em queimação, salivação;
dificuldade de engolir; cólicas abdominais; náuseas e vômito.

Tratamento (antídotos):  O tratamento é sintomático e inclui uso de


demulcentes, antiespasmódicos, analgésicos e anti-histamínicos. Nos casos de
ingestão, realizar endoscopia digestiva alta, se houver dor intensa.

Nome científico: Urticaceae

Nome popular: Urtica dioica 

Mecanismo de ação: pelos bem finos ( diterpenos / miliaminas ) contendo ácido


fórmico

Sintomas: Em contato com a pele produz vermelhidão, coceira, ardência


(queimaduras) e, consequentemente, muita dor. Ao ingerir causa edema de
lábios e língua dor em queimação e salivação. A nos olhos pode causar
conjuntivite além de lesões na córnea ao ponto de perder a visão.
Tratamento (antídotos): O tratamento é feito com aplicação de leite de
magnésia para uso tópico.

Nome científico: Melia azedarach


Nome popular: Cinamomo
Mecanismo de ação: atua com ação das saponinas e alcaloides Neurotóxico.
Sintomas: ingestão causa salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais,
diarreia intensa, e sintomas mais graves como depressão neurológica,
distúrbios respiratórios e cardiovasculares, podendo levar até o óbito.

Tratamento (antídotos):  Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em


tempo útil) com água, permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%.
Tratamento de suporte, sintomático. Tratar hipertermia com medidas físicas.
Evitar sedativos nos casos mais graves.
Nome científico: Anthurium sp

Nome popular: Antúrio

Mecanismo de ação:

Sintomas:   irritação de mucosa; edema (inchaço) de lábios, língua e palato;


com dor em queimação, salivação; dificuldade de engolir; cólicas abdominais;
náuseas e vômito.

Tratamento (antídotos):  O tratamento é sintomático e inclui uso de hidróxido de


alumínio e ainda antiespasmódicos, analgésicos e anti-histamínicos.
Administrar corticoides. A pele e olho devem ser lavados com água e soro
fisiológico sem esfregar.
Nome científico: Jatropha gossypiifolia

Nome popular: pinhão roxo

Mecanismo de ação: Vaso relaxante, antagonista não competitivo dos


receptores a1, inibição de influxo de cálcio.

Sintomas: Náuseas, vomito, dor abdominal, diarreia sanguinolenta, conjuntivite,


dermatite.

Tratamento (antídotos):  pesar dos vômitos aparecerem rapidamente, é


indicada lavagem gástrica na ingestão de sementes. O tratamento é
sintomático e de suporte, com o uso de antieméticos, antiespasmódicos e,
eventualmente antidiarréicos. 

Nome científico: Atropa belladona L

Nome popular: Erva-midriática, Erva-moura-furiosa

Mecanismo de ação: anticolinérgico boqueia de receptores muscarínicos.

Sintomas: taquicardia, dilatação das pupilas, redução da mobilidade gástrica,


alucinações, disúria, oligúria, retenção urinaria e agitação psicológica.
Tratamento (antídotos):  

Nome científico: Cascabela thevetia

Nome popular: chapéu-de-napoleão

Mecanismo de ação: Potencializa contrações musculares com a inibição da


bomba de sódio e potássio

Sintomas:  inchaço e irritação dos lábios, língua e garganta e problemas


gastrointestinais como vômitos, diarreia, náusea, tontura ou irregularidades no
ritmo cardíaco. Dermatites e bolhas na pele também podem ocorrer devido ao
contato direto feito entre a seiva e a pele, bradicardia e fibrilações.

Tratamento (antídotos):  
Nome científico: Lithraea brasiliens

Nome popular: aroeira

Mecanismo de ação: A ação é dada pela toxina urushiol

Sintomas:  O contato provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão e


coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações
gastrointestinais.

Tratamento (antídotos):  O tratamento geralmente consiste em agentes


sedativos esteroides tópicos locais, mas esteroides sistêmicos podem ser
necessários em casos graves.
Nome científico: Ricinus communis L.

Nome popular: mamoneira

Mecanismo de ação: A ação toxica e dada por os seguintes componentes-


ricinina (alcaloide) na folha e ricina (toxoalbumina) na semente.

Sintomas: A intoxicação pelas folhas é aguda causando perturbação


neuromuscular. Já a intoxicação pelas sementes varia de aguda a subaguda,
apresentando fraqueza, apatia e diarreia sanguinolenta, por irritação do tubo
digestivo.

Tratamento (antídotos): Deve ser o mais precoce possível. Deve-se avaliar a


indicação de lavagem gástrica com sonda nasogástrica calibrosa, para permitir
a retirada de resíduos das sementes. Uso de medidas sintomáticos e, correção
de distúrbios hidroeletrolíticos para prevenir complicações hemodinâmicas e
renais. Notificar o caso ao Centro de Controle de Intoxicações.  
Referencias:

Andrade Filho,A., Campolina, D. and Dias, M., 2001. Toxicologia Na Prática


Clínica. BeloHorizonte: Folium.

Chen B, NelsonLS. Poisonous plants. Tintinalli Emergency Medicine 2020.

Manual deToxicologia Clínica: Orientações para assistência e vigilância das


intoxicaçõesagudas / [Organizadores] Edna Maria Miello Hernandez, Roberto
MoacyrnRibeiroRodrigues, Themis Mizerkowski Torres. São Paulo: Secretaria
Municipal da Saúde,2017. 465 p.

Revisão • An. Bras. Dermatol. 85


(4) • Ago 2010 • https://doi.org/10.1590/S0365-05962010000400009

Você também pode gostar