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CONJUNTIVITE

Médica Vet Mestre Perla Noé


Conjuntivites
Blefarite
Ceratite
Ceratoconjuntivite
Ceratoconjuntivite seca (KKS)
Quemose
Epífora
Hifema
Hipópio
Classificação
-Aguda ou crônica

-Unilateral ou bilateral

-Catarral ou mucóide, mucopurulenta, purulenta,


hemorrágica, folicular, membranosa ou
pseudomembranosa
Etiologia

Bacteriana-Salmonella typhimurium, Staphylococcus sp -


agudo, purulento, uni/bilateral, dacriocistite
Fúngica – Candida spp, Aspergillus spp
Chlamydophila felis – uni/bilateral, folículos linfocíticos,
espirros, portador assintomático
Mycoplasma sp – (gatos) uni  bilateral
Vírus – Herpesvírus (gatos), Calicivírus (gatos), Reovírus,
Cinomose, Adenovírus I e II
Alérgica, Parasitária, Tóxica, Corpo estranho, Trauma,
Alterações anatômicas
Diagnóstico
a) Clínico: sinais + exame oftalmológico
Equipamentos: Luz, oftalmoscópio, lupa, lanterna,
colírios anestésicos/midriáticos, fluoresceína, fita p/
teste lacrimal etc.

a) Exame laboratorial
• citologia: esfregaço
• cultura/antibiograma
• biópsia
Úlcera de córnea (fluoresceína) e conjuntivite em
gato
Teste lacrimal e Entrópio
Protusão da glândula nictitante
Prolapso de globo ocular e anisocoria
Tratamento
Específico: antibióticos, corticóides, AINES, cirúrgico

Suporte: limpeza sol. Fisiológica, umidificantes, lágrimas

1 – colírio: 5 a 6 x ao dia – uma gota por olho


2 – pomada: 3 a 4 x ao dia – dentro pálpebra inferior
3 – AINES em caso de úlceras de córnea
Conjuntivite por Chlamidophyla e Calicivírus
(língua)
1) Bacteriana – usar colírios ou pomadas com antibiótico
ou ant. + cortic.
Antib.- Tobrex® pom e col., Conjuntin® col.,
Gentamicina® col. e pom., Tobramax® col. (vet)
Ant. + cortic. - Maxitrol®, Dexafenicol®, Garasone®
col., Keravit® pom.(vet)

2) Fúngica – antifúngicos sistêmicos

3) Chlamydophila felis – Doxiciclina/Tetraciclina


sistêmica por 3 semanas; Tetraciclina pomada oft.®
4) Micoplasma sp – resistente a Neomicina, Penicilina,
evitar corticóides.

5) Vírus – Idu® oftálmico pom., Zovirax® pom.

6) Alérgica – col. ou pom. a base de corticóides


Dexaminor®, Maxidex®, Dexametasona®, Minidex®

7) Corpos estranhos/ alterações anatômicas – cirurgia

8) Traumatismos - sintomático
Úlceras de córnea
Não usar corticóides
Úlcera de córnea muito grave – flap de 3ª pálpebra
Usar:
• pom. ou col. a base de antibióticos, AINES - Still®
col. (diclofenaco)

b) Cicatrizantes: Ciprovet® col. (ciprofloxacina + sulfato


de condroitina A); Tobramax® col. (tobramicina+sulf
condroitia A);Epitezan®pom (cloranfenicol+aa+vitA)
Tears® (sulfato de condroitina A)
Detecção de úlcera de córnea após teste com fluoresceína e
ceratite ulcerativa em cavalo causado por P. aeruginosa
Ceratoconjuntivite seca (KKS)
Doença imunomediada que leva a redução da produção de
lágrimas.
Tratamento:
- Optimune® - muito caro! (vet)
- Ciprovet® (vet)
- Tears® (vet)
- Lacrima® (humano)
Ceratoconjuntivite seca
OTITE
1 - Pavilhão auricular (orelha) – capta e canaliza sons
a) Inflamatórias: atopia, dermatite por contato,
hipersensibilidade alimentar, dermatite solar felina,
dermatomicose, demodicose

b) Descamativas e formadoras de crostas – ataque de


moscas, seborréia de margem auricular

c) Parasitárias – sarna otodécica, sarcóptica, notoédrica

d) Traumáticas
Otite por Otodectes cinotys
Otite e otite crônica
Diagnóstico
-Exame com otoscópio

- Exame laboratorial
• raspados cutâneos (ácaros, fungos)
• citologia – esfregaço, decalques

-Cultura

- Biópsia
Conduto audutivo (ouvido)

• Produção de cerúmen
• Ventilação do conduto – evaporação da umidade
• Constante drenagem
• Barreira protetora da membrana timpânica  pêlos +
cerúmen + migração epitelial do ouvido interno p/
externo = equilíbrio de temperatura e umidade
Otite
Processo inflamatório do ouvido. Está classificada em
externa, média e interna.
OTITE EXTERNA - Vai desde a orelha até a membrana
timpânica.

Etiologia
1 - Fatores primários
• Infecções bacterianas: Staphylococcus intermedius, Proteus
mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Corinebacterium, E. coli,
levedura Malassezia pachydermatis, Ptirosporum canis.
• corpos estranhos
• trauma
• obstrução do canal por neoplasias, pólipos, hiperplasias
2- Fatores predisponentes

• anatomia: orelha caída, ouvido estreito e pregueado,


excesso de pêlos

• produção excessiva de cerúmen

•iatrogênico

• extensão de distúrbios da orelha


Produção excessiva de cerúmen
Retirada de pêlos na limpeza do conduto
Sinais

• agitação cabeça
• coçar e esfregar de orelhas
• dor, gemidos, choros
• mau cheiro nos ouvidos
• hiperemia nas orelhas, ouvido
• descarga secretória, otorréia ( escorre p/ fora do ouvido)
Diagnóstico

• Clínico – anamnese, sinais, otoscópio

• Laboratorial – citologia, cultura e antibiograma, biópsia


Tratamento:
- Controle da inflamação
- Fatores primários
-Remoção de fatores prédisponentes

1 – Limpeza
• deve ser completa e profunda
• usar agente ceruminolítico
• materiais: algodão, pinças, produtos de limpeza, sonda
• Epiotic®, Oto-Clean®, álcool, éter, solução salina
morna, etc.
Lavagem com sonda e sol. salina
2 – Terapia tópica específica

• agentes antiinflamatórios
• agentes antibacterianos
• agentes antifúngicos
• agentes antiparasitários

Otomax®, Natalene®, Panalog®


3 – Terapia sistêmica
• antiinflamatórios – AINES, esteróides
• antibioticoterapia – otite bacteriana, rompimento do
tímpano
- Cefalosporinas (cefadroxila, cefalexina)
- Quinolonas (enrofloxacina - Flotril®, orbifloxacina
Orbax®)
- Sulfa+trimetoprima
- Cloranfenicol

4 – Cirurgias – defeitos anatômicos, neoplásica, massas,


pólipos, etc.
OTIE MÉDIA E INTERNA
- a otite média geralmente é seqüela de otite externa –
50% de otites crônicas externas tem otite média
- a otite interna é extensão da média

Etiologia – extensão de otite externa


Sinais – mesmas da otite externa, + sinais nervosos
Tratamento –
- Terapia tópica específica - cuidado otointoxicação
- Terapia sistêmica: antibióticos, antiinflamatórios
- Cirúrgico.

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