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CURSO DE NUTRIÇÃO
Belém
2023
Resenha Crítica apresentada ao Centro
Universitário do Estado do Pará como
requisito para obtenção de nota referente
ao 1º bimestre da disciplina de
Farmacologia.
Belém
2023
O alimento é um fator essencial e indispensável para manutenção e ordem
da saúde como um todo, pois nele há o fornecimento de nutrientes necessários ao
sustento do corpo. Alterações no nosso organismo por doenças levam à utilização
de medicamentos com objetivo de curar e restabelecer a saúde. Dessa maneira,
pode-se afirmar que os nutrientes são capazes de interagir com fármacos e ao
contrário também, sendo um fator de grande relevância para a prática clínica devido
suas alterações na relação risco/benefício de possíveis interações. Com isso,
pode-se afirmar que os pacientes idosos são mais propensos a interações
fármaco-nutrientes, visto que geralmente são pacientes que fazem o uso de
polifarmácia e são mais propensos a alterações e deficiências nutricionais por
diversos fatores. Portanto, é de suma importância nessa faixa etária o conhecimento
de possíveis interações fármaco-nutrientes, sendo essencial e aplicável na rotina do
nutricionista, tendo em vista sempre o benefício da recuperação e da saúde dos
pacientes de forma íntegra.
A administração de medicamentos simultaneamente com alimentos é um
fator capaz de determinar se a resposta terapêutica desejada ocorrerá
adequadamente ou não. A interação fármaco-nutriente pode ocorrer durante os
processos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, podendo gerar uma interferência
do estado nutricional pelos fármacos, como um desequilíbrio de nutrientes
promovido por um medicamento, ou por meio da modificação de um efeito
farmacológico pela ação ou presença de um nutriente. Por meio da análise
farmacocinética, pode ser constatado que as interações podem ocorrer em todas as
fases (absorção, distribuição, biotransformação e excreção). O idoso possui mais
suscetibilidade à desnutrição, motivo pelo qual a presença de doença, aliada ao uso
de fármacos, pode exacerbar a perda de nutrientes, dentre eles, os principais
estudados foram sódio, potássio, zinco, ferro, cálcio e magnésio, além das vitaminas
C, E, B1, B12 e ácido fólico. O número de medicamentos consumidos por idosos
variam de 1 a 13 tipos, de acordo com o artigo lido, foram selecionados os fármacos
mais utilizados e responsáveis pela perda de nutrientes, como: ácido acetilsalicílico,
verapamil, furosemida, hidroclorotiazida, metformina, carbonato de cálcio, diurético
poupador de potássio, anti-hipertensivo inibidor da enzima conversora de
angiotensina, hipolipemiante inibidor da enzima hidroxi- metil-glutaril coenzima A
redutase, antidepressivo inibidor seletivo da recaptação de serotonina. (Carina
Duarte Venturini, et al). De forma geral, medicamentos podem causar um estado
nutricional insatisfatório em pacientes idosos por diferentes mecanismos, e com
intuito de minimizar os efeitos negativos, a farmacoterapia e o conhecimento do
potencial das interações entre drogas e nutrientes podem permitir intervenções que
previnam efeitos colaterais indesejáveis, limitando à terapia medicamentosa
indicada, ou elaborando estratégias para melhoria da escolha dos nutrientes, desse
modo pode-se evitar os efeitos adversos que contribuem para a perda de peso e
consequente risco de desnutrição.
Portanto, sabendo que os nutrientes derivados dos alimentos exercem
influência sobre os fármacos, podendo desde potencializar os seus efeitos até
interromper completamente sua eficácia, e, tendo em vista que os idosos constituem
maior a parcela dos usuários de polifarmácia e que tendem a ter deficiências
nutricionais, entende-se que este é um grupo altamente exposto às consequências
oriundas das correlações fármaco-nutrientes. Assim sendo, é imprescindível o
conhecimento básico procedente de um estudo prévio sobre o tópico antes da
prescrição de qualquer medicamento, priorizando sempre promover a saúde e o
máximo de bem-estar do enfermo.
Referências: